segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Deus não evita as dificuldades da vida, mas dá força para as vencermos



Começamos hoje a ler o capítulo 14 do Evangelho de Mateus. O texto da missa fala-nos da travessia do mar pelos apóstolos num barco batido pelas ondas. Os apóstolos remam sozinhos, abandonados às suas forças. Sentem a dificuldade da tempestade e Jesus não estava com eles. 

Quantas vezes nos sentimos abandonados, entregues só a nós mesmos! Jesus tinha ficado orando, sozinho. Recorrendo à fonte, carrega de força sua energia para enfrentar as multidões, falar, ensinar e curar. Sem rezarmos, sem irmos à fonte que é Deus, nunca mataremos nossa sede de felicidade e seremos vencidos, com êxito, pelas dificuldades.


Mas Jesus aparece andando sobre as águas. Aquele por quem os apóstolos anseiam e que pensam distante, está à procura deles. A força que os apóstolos-remadores tinham para vencer a tempestade já estava vindo dEle

Deus não evita as dificuldades da vida... mas dá força para as vencermos. Está sempre perto de nós, mesmo quando parece que está longe. Está apenas, vigilantemente, escondido para que a crise se torne uma oportunidade. Nós é que, muitas vezes, nos afastamos dEle, preferindo confiar só nas nossas forças e esquecemos Sua ajuda e amizade. 

Quantas vezes reduzimos Deus a um médico nas doenças ou a um cirurgião nas situações mais graves. A Igreja é sempre barca de salvação e não só agência de pronto-socorro para salvar náufragos. Embora frágil e a pedir o auxílio de nosso esforço, ela nos ajuda a passar à outra margem onde o Ressuscitado nos espera. Nos sacramentos e em toda a vida da Igreja, Jesus está presente e vem ao nosso encontro.

Pedro lança-se ao mar para ir ao encontro do Senhor. Fixa o olhar firme e decidido em Jesus. Boa solução, mas exigindo o milagre de não afundar. Com a confiança que ele tem em Jesus, acontece o impossível, mas quando se atrapalha e deixa de confiar afunda-se nas ondas e fica ao sabor dos ventos. 

Quando só confiamos nas nossas limitações e deixamos de fixar o olhar em Jesus começa a derrota. Mas sempre Jesus vem ao encontro do frágil barco de nosso coração e nos dá a mão de Seu amor à nossa pouca fé. Sentir que precisamos dEle, sermos capazes de dar o grito a pedir socorro... já é graça divina. Como precisamos de escutar o silêncio de Deus e sentir Sua presença no murmúrio da brisa ligeira do quotidiano, sem andar pedindo milagres extraordinários

E nos momentos mais difíceis, mesmo quando os pés nos estiverem faltando, mesmo nessas ocasiões, ouviremos: “Coragem! Sou Eu! Não temais!”

FESTA PARA TODOS,
MAS NÃO PARA TUDO.

A alegria gera festa. E a festa é uma exigência da natureza humana. A religião que nos une a Deus é legítima fonte de alegria. E o cristianismo de modo particular: Cristo foi anunciado como realização plena dos anseios humanos e apareceu como Notícia Alegre, Evangelho de felicidade e Salvação. 

Quando o céu toca a terra, o divino se encontra com o humano e o homem sente que Deus o ama, há alegria, sente-se necessidade de celebração, de juntos, como família, grupo ou comunidade, agradecer. Mas toda esta beleza está hoje ameaçada. O sentido religioso da vida está dificultado. 

Vivemos uma mudança de época. Não só uma época de mudanças. Hoje é mais ampla e abrangente a influência que recebemos para abandonar hábitos sadios, costumes bons e valores necessários. E mais: nossa atual cultura pretende arrumar Deus para o lado e apresenta, para O substituir,  aliciamentos gozosos. Esta tendência faz-se sentir, de um modo especial, em costumes tradicionais pagãos ou em demonstrações artísticas que se afirmam como exigências de uma pseudomodernidade. 

O lucro e as muitas modalidades de satisfação pagã colocam nisto toda a força. E os espaços sagrados ficam invadidos e imensamente prejudicados. Mas há costumes tradicionais que também são chamados como argumento de respeito à tradição: “é costume”, “sempre foi assim”, “não é bom acabar com o que é popular!” E, se não houver cuidado, tudo se vai desvaziando do seu legítimo e necessário objetivo. Há uma invasão do sagrado. O que é próprio vira alheio, o acessório passa a ser essencial, o acidental abafa o necessário. 

O nosso povo é religioso. E é preciso não deixar perder o potencial evangelizador dos nossos festejos paroquiais.  Mas se não forem respeitadas determinadas exigências nessas demonstrações, a religiosidade popular acaba por ser desvirtuada e muito explorada. 

Entre nós, a carência económica de uma grande parte da população, a luta pela vida de certos grupos ambulantes que andam promovendo toda a espécie de divertimentos, o atordoado barulho de estafados altifalantes cuja capacidade aumentou assustadoramente, o despique de mil ofertas...  suplantam o motivo religioso da festa. Abafam o fim para que a Igreja promove suas solenidades. 

Em Chapadinha os festejos da Padroeira e dos Padroeiros das comunidades dos bairros são promovidos pela Paróquia para promover e desenvolver a fé. Não devem resumir-se a ocasiões de feira ou facilitar o alcoolismo e a promoção de drogas. São para todos, mas não para tudo. Se alguns precisam de ganhar a vida, todos precisamos de mais espiritualidade e dignidade humana. 

O festejo da Padroeira não pode acontecer à revelia da espiritualidade, fugir ao seu fim específico que é a evangelização das pessoas e, promovendo a bandalheira, permitir a satisfação de vícios perigosos ou fomentando ambientes de pecado. Por isso, solicitamos a todos, população e autoridades, que nos esforcemos por preservar a ordem, a segurança e a verdadeira alegria. 

A festa religiosa deve promover o convívio fraterno e a elevação educativa e religiosa. Tudo faremos para que o festejo da Padroeira não perca o seu potencial religioso e evangelizador.

Continuação da explicação das partes da Missa

13) - Credo

Vivemos numa sociedade dogmática, isto é, que impõe, como certas, suas ideologias e valores e o faz com enorme pressão social. Não gosta que outros lhe façam concorrência. E, se o fazem, procura relativizar tudo. Depois de todas as vivências anteriores de perdão, intercessão, escuta e interiorização da Palavra, vem um momento muito importante: a publicação de nossa adesão a Deus e às verdades reveladas. A comunidade levanta-se e, enérgica e decididamente, recita publicamente sua adesão, sua fé nAquele que gera o Universo e é como que o diretor executivo de tudo que acontece. Fazer isto não é dizer que acredita numa doutrina, em coisas sobre Deus ou dá prioridade a uma filosofia de vida ou a uma moral especial. Não. Deus é único e Incógnito, isto é, nossa mente não O atinge. Nossa fé não assenta em coisas que se vêem, senão seria uma evidência. Também não assenta na conclusão científica de um raciocínio bem feito, porque a fé não é uma ciência nem uma filosofia. A fé não assenta também em certezas matemáticas comprovadas. A fé é íntima e pessoal evidência fundamentada na confiança e amizade que temos com Deus. Para quem aceita a fragilidade humana, é difícil pretender dispensar Deus. O ateísmo moderno dispensa, sim, falsas ideias de Deus. Ao afirmarmos com o bloco de verdades do Credo que acreditamos em Deus não limitamos nossa liberdade, mas, pelo contrário, ultrapassamos os limites de nossa mediocridade mental. Deus nos ama. Ama cada um de nós, pessoalmente. E este amor leva-nos a ver tudo a essa luz. Tudo, mesmo: nossa vida, a família, os outros, o trabalho, o lazer, o sexo, a política, a economia, a cultura em que vivemos... Eu podia não existir, mas se eu existo é porque o Amor me ama. Por isso, eu acredito e digo-o publicamente. Antigamente, para os primeiros cristãos, o fazer isto era colocar a vida em risco. Mas ainda hoje, quem acredita e o afirma, publicamente, tem que ser muito corajoso.

1 - D. Valdeci está ainda entre nós depois de passar a semana em Visita Pastoral à Paróquia. Foram visitadas algumas autoridades civis, houve encontro com grupos, Pastorais e Movimentos, celebração Eucarística nalgumas igrejas dos bairros e fez também uma visita ao lugar da Tiúba  (onde encontrou fechado o portão que dá acesso à propriedade com dois cadeados) e à comunidade de S. José onde administrou o Santo Crisma. O senhor Bispo percorreu todos os lugares da cidade, inteirou-se dos principais desafios pastorais da área urbana, viu e assinou os livros paroquiais, inclusive o de contas. Foram uns dias de muita utilidade para a comunidade sacerdotal que conviveu com satisfação com o Pastor da diocese e para as comunidades religiosas que também foram visitadas. Foram-lhe apresentados alguns problemas sobretudo a necessidade da divisão da Paróquia em três ou quatro e da urgência de mais agentes de pastoral a pleno tempo. Impressionante a maneira rápida como estão crescendo novas áreas de habitação e a falta de recursos humanos e económicos para satisfazer as exigências do desenvolvimento do Município. Contamos na próxima semana publicar uma mensagem do senhor Bispo.

2 - Celebra-se nesta semana a Semana nacional da Família. A pastoral familiar organizou grupos de trabalho e reflexão em todas as comunidades e desejamos  a todos o máximo de entusiasmo. A Família é o segundo útero e sem ele não há vida responsável e feliz. A Família é a segunda placenta. Sem ela não se vive feliz em sociedade. A Família é a escola, a universidade... que nos educa para a vida. Sem ela, não somos cidadãos felizes.  Esta Semana da Família vai terminar com uma caminhada, no próximo domingo, pelas ruas da cidade. Às 07.30H iniciaremos a caminhada junto da matriz e, por isso, não haverá missas nos bairros de manhã.

3 - Já chegaram os cartazes do festejo da Padroeira que estão a ser distribuídos pelas comunidades. Também adesivos do “BOTE FÉ” estão à disposição para, quem quiser, trazer nos veículos. A todos pedimos que sejam mensageiros deste evento. E participem!

4 -A construção da capela de S. Expedito adiantou muito esta semana. As paredes quase estão preparadas para receber o madeirame do telhado que também já se encontra pronto.

5 -Recomeçou a catequese. Pedimos aos pais que se interessem para seus filhos participarem dos encontros.

6 -O Grupo Missionário João Paulo II continua com sua presença missionária no bairro da Boavista. Que a comunidade saiba aproveitar esta ocasião de graça de Deus e aprenda a passar a Palavra de Deus aos irmãos que não participam da comunidade.

7 -Para admiração nossa e, sem explicação, caiu o forro da sacristia da Matriz. E ainda foi colocado há pouco tempo!

8- Impressionante o desinteresse com que a população está recebendo a campanha eleitoral. Não se ouve falar no assunto e nota-se que o afastamento dos políticos dos reais problemas do povo cria certo desânimo. O aparecimento de certos meninos que se valem da popularidade de algum familiar, mas que nunca fizeram nada... fazem admirar. E pouco adianta que, nestas semanas, haja políticos que aceleram obras e pretendem demonstrar que ainda existem! O problema da Tiúba, as arbitrariedades aqui cometidas, o portão fechado com dois cadeados demonstram bem a facciosidade, os interesses e a indevida proteção de algumas autoridades locais. Os interesses que estão por detrás são bem conhecidos

9. O nosso grande amigo, e missionário, Tiago continua muito unido à nossa comunidade, esta semana escreveu para todos nós o seguinte: «Quatro meses após o regresso, a situação familiar mantém-se com alguma instabilidade. Felizmente, prevê-se que, muito em breve, o meu pai inicie a reabilitação física de forma mais intensa. Agradeço a todos aqueles que se ligam a nós através da oração, bem como àqueles que mantém um constante contacto virtual! Rezo por todos os chapadinhenses e mantenho viva a esperança de voltar a (re)viver outra experiência missionária na Chapadinha amada.» . Continuemos unidos a ele com a nossa oração!






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