São
Paulo afirmava isso em resposta e alguns cristãos que faziam questão de mostrar
as marcas da circuncisão para não ser dedurados e perseguidos por judeus e pelos
romanos
Era
porque os cristãos que já não praticavam
mais a circuncisão podiam ser dedurados
e corriam o risco de prisão, e então circuncidavam-se e mostravam as
marcas da circuncisão.
Porém
São Paulo retrucava: em vez dessas marcas eu mostro claramente que sou
de Cristo, e as minhas marcas são de Cristo. Querendo dizer para eles: mostrem
também que são seguidores da cruz de cristo e das suas marcas. E ainda: “Os que querem lhes obrigar à circuncisão
são homens que se querem impor, só para não serem perseguidos por causa da cruz
de Cristo. Para mim, o mundo está crucificado e eu para o mundo” (Gál.
6,12-14). E não eram sinais ou “estigmas”.
Qual
a explicação dos “estigmas”?
Manifestações
psicossomáticas:
Os
médicos e os parapsicólogos estão de acordo em que são manifestações
psicossomáticas. Hoje em dia é uma coisa certa que até o câncer pode
ser produzido pelo inconsciente como efeito psicossomático. Há
vários fatores que causam esse tipo de efeito.
1.
Autosugestão. A auto sugestão pode produzir na carne da pessoa o que o
seu espírito sofre interiormente ou quer produzir.
Apresentamos
dois exemplos de duas santas autosugestionadas. Santa Gema Galgani
formou chagas que correspondiam perfeitamente em tamanho e posição
às chagas de um grande crucifixo diante do qual ela costumava rezar.
Noutra senhora, Ana Emunerich, as marcas eram em forma de ípsilon (Y),
reproduzindo a forma de um crucifixo em forma de Y onde ela rezava desde a
infância.
Uma
pessoa em estado de transe ou patológico pode movimentar energias psíquicas e
modelar em si mesma esses ferimentos num efeito ideoplástico, ou seja, uma
realização fisiológica das suas próprias ideias e desejos para produzi-los em
si própria. O médico Adolf Lechler sugestioou uma doente, e ela chorou lágrimas
de sangue, e os estigmas da coroa de espinhos na sua fronte também
apareceram depois da sugestão.
2.
Autopunição. Forma-se uma necessidade inconsciente de autopunição
quando no seu íntimo a pessoa contempla os sofrimentos de Cristo e se
sente culpada, por si ou pelos outros.
3.
Obsessão de se parecer com Cristo. O P. Thurston chama de obsessão
de certas pessoas contemplativas se conformarem fisicamente com os sofrimentos
de Cristo. Ele conta que Elisabeth, uma jovem luterana alemã que depois de
assistir um filme da Paixão de Cristo sentiu fortes dores nas mãos e nos
pés quando chegou em casa. Aí o dr. Lechler disse para ela que tinha as mãos e
os pés perfurados com cravos. E apareceram as feridas por causa dessa sugestão.
O
mesmo P.Thurston afirma que “não encontrei até hoje um simples caso de estigmas
num indivíduo sadio, é sempre em pessoas de sintomas neuróticos”.
Geralmente
estes sintomas são acompanhados de convulsões histéricas, como na conhecida
Teresa Neumann que tinha histeria muito grave, com cegueira e paralisia facial
4.
O poder inconsciente da mente. Como atrás dito, até câncer o inconsciente
pode produzir para sofrer por outros ou como autopunição, quando a pessoa
se sente super-rejeitada. O seu inconsciente vinga-se assim para obter a atenção e a compaixão dos outros.
Outros
produzem imunidade física em contato com o fogo, sem queimaduras. Em
1871 um senhor, Daniel Dunglas colocou a cabeça nas chamas sem nem sequer
chamuscar os cabelos. O mesmo segurava brasas em suas mãos. Também é
conhecido o caso de uma senhora chamada Maria Sonet. Nesse caso chama-se hipertermia, que é a elevação
térmica na pessoa que fica mais abrasadora que o fogo.
5.
O poder magnético do corpo humano.
Dá
para ver os poderes desconhecidos do nosso corpo, sobretudo em certas pessoas.
São Francisco de Assis e o Padre Pio (São Pio) tinham também o complexo ou obsessão
de crucificação como atrás falado, que combina com uma maior
sugestionabilidade do indivíduo, de querer muito se assemelhar à pessoa do Cristo
contemplado.
Os
especialistas dizem que estes fenômenos só começaram depois do século XIII em
diante. Até lá a Igreja precisava de conversões e então não era oportuno
apresentar a cruz de Cristo. Apresentavam-se milagres e curas. Foi no
séc.XIII que o crucifixo virou símbolo do cristianismo. E São
Francisco foi o primeiro influenciado, digamos com aspas e “contaminado.”
E foi um santo de fácil autosugestão como o São Pio.
Já
no século XVIII, em 1.756 o Papa Bento XIV explicava como naturais esses
fenômenos, não tendo nada de milagres por aí. E dizia assim: “Alguns santos são
santos não por causa disso, mas apesar disso”. E também: “Os santos
também têm autorização para ser doentes”.
P.
Casimiro smbn
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