Nas sociedades dominadas pelo imperialismo antigo, como nas do capitalismo liberal moderno acontece que as elites centrais capitalizam e centralizam os recursos em suas mãos. Como eram sociedades agrárias oprimiam o povo com tamanhos impostos sobre os produtos da terra, que os camponeses não podiam pagar. Dizem os historiadores que os camponeses judeus pagavam 30 a 40% por cento das suas colheitas. O método do império era arrancar das suas mãos as terras quando eles tinham dívidas, e os cidadãos viravam escravos para se juntar à multidão de escravos do império. E as elites dos judeus imitavam e faziam a mesma coisa.
Nas províncias seguiam os métodos das elites centrais.
Consta historicamente que as classes dos Sacerdotes tinham seus grupos de
capangas ou milicianos armados para arrancar os impostos dos lavradores,
espancando-os até à morte em caso de recusa. Assim se dava o acúmulo de
riquezas por parte das elites. Quando nos evangelhos vem a ordem “Dá dos teus
bens aos pobres”(Mt.19,21) não se trata de caridade, mas de justiça, como
compensação de tudo que as elites tinham surripiado das populações. Dar seus
bens aos pobres não significava autoempobrecimento mas sim a restituição da
riqueza mal adquirida e fraudulenta; e as razões para dar aos pobres não
estavam enraizadas na caridade autosatisfatória mas na restituição requerida
pela justiça. O Jubileu de 50 em 50 anos permitia a cada israelita retornar
para sua família e propriedades, mas ninguém, praticava.
Daqui poderíamos sacar outra observação acerca dos governos
e democracias atuais no respeitante aos “programas sociais”. Eles Ficam muito
atrás do que é sonegado às classes baixas, enquanto bilhões e bilhões são
destinados às classes altas e mormente à classe política. Desde a sonegação aos
pobres dos direitos a moradia, saneamento básico, asfaltamento de ruas, acesso
a programas sociais e universidades, e não só, mas aos estudos básicos. Como
consequência, diante de configurações sociais tão precárias, inevitavelmente
surgiam movimentos que apelavam à rebelião. O inconformismo e indignação diante
de um império opressor que escraviza por meio da violência e de extorsão por
meio de ações policiais. Isso só podia gerar movimentos de revolta. Mas estes
movimentos, por sua vez, e na justa causa por pedidos de justiça e de
atendimento eram rotulados de criminosos. Porque se tornavam uma ameaça aos “status
quo” da posição privilegiada das elites. Em nome da segurança os governos
passam a intensificar suas ações de repressão com a criação de forças policiais
de “controle” e de repressão. Para isso, mais sangue é derramado aumentando as
práticas de violência sem controle. Assim nasceu a força policial de
repressão no império romano, e assim isso é copiado nos governos modernos
até chamados de democracias. Democracia é onde o povo manda, mas virou o
significado contrário onde o “dinheiro manda”. Na verdade, nas “elites”
romanas e judaicas, além da força imperial, criaram grupos armados para
extorquir os impostos e para coibir qualquer movimento de resistência. Hoje no
Brasil tem os grupos milicianos da classe rica para os mesmos fins e praticar
os mesmos crimes ocultos.
Vem aqui a propósito a seguinte questão: De onde veio o histórico
de “direita” e de “esquerda”? Foi na Primeira Constituição mundial que foi
feita na França em 1789, por ocasião da Revolução francesa. As classes médias
procuravam diminuir os poderes dos mais ricos, e da Igreja que estava ligada
com eles, e os reis. Então na Sala da formação da Assembleia Constituinte os ricos
recusavam se sentar ao lado com os mais pobres, e logo foram se juntando na mão
direita da Sala. Isso deu origem daí em diante ao que se chama de “direita” ou
de “esquerda”. Os da esquerda defendiam os mais pobres, e os da direita
continuavam querendo ficar unidos aos reis e aos ricos com os seus direitos.
Veja como isso está até hoje.
Conclusão. Está na cara que as classes baixas da
pobreza são humilhadas 3 vezes: uma pelo abandono que lhes bate à porta; a
segunda quando suas reclamações não têm resposta; a terceira é quando são
caluniadas como “desordeiros” e “comunistas” pelas suas justas reclamações, e
que são objeto de repressão policial que as ataca sempre defendendo as classes privilegiadas
e os políticos e os governos.
Portanto, a força policial é quase cem por cento criada para
defender as injustiças dos governos, e, de quebra, das classes privilegiadas da
sociedade. Por outro lado, para melhor controle destas classes, os governantes
as mantêm no analfabetismo para não terem condições de ser informadas sobre
seus direitos. E não só,, para não terem condições de trabalho ganhando mais
dinheiro e não subir para cargos de comando na sociedade sendo mantidas na
condição de escravidão.
P.Casimiro João
smbn
www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br