A teologia da
libertação nasceu no Chile. Na época de
1960 alguns economistas, e sociólogos cristãos refletiram sobre o projeto de desenvolvimento no
continente.
Eles perceberam que o
desenvolvimento beneficiava poucas pessoas que mantinham as nações e as camadas
populares na dependência do seu poder econômico e de suas ideias. E elaboraram
planos para uma libertação em face dessa dependência. Tempos atrás tinha havido
uma independência das colônias. Pois urgia agora outro tipo de independência em
curso.
Os teólogos refletindo
por sua vez debruçaram-se na história da salvação ocorrida na época do Êxodo,
na Bíblia, e constataram que as épocas e os motivos eram paralelos.
Ao mesmo tempo que nos
hebreus aconteceu uma independência política aconteceu também uma independência
econômica porque eles eram escravizados no Egito por uma dependência tanto
econômica como política.
E aconteceu também uma independência religiosa, uma
vez que eles não podiam nem rezar no Egito: “Deixa-nos ir pelo caminho de três
dias de marcha no deserto para orar e sacrificar a Javé nosso Deus, pediu
Moisés ao Faraó” (Ex. 3,18).
Depois veio Jesus que
com a sua pessoa e práxis praticou a mesma perspectiva libertadora. Ele se fez
pobre com os pobres para libertá-los da condição de marginalizados e oprimidos,
devolvendo-lhes a dignidade de filhos de Deus.
Formou-se assim a
linguagem da libertação no campo da teologia, lançada pelo teólogo Gustavo
Gutierrez. Os teólogos enxergaram que a história da libertação tem uma chave de
leitura que é a experiência de libertação que o povo hebreu fez da escravidão
do Egito.
E o ponto alto é a pessoa de Jesus que incidiu na libertação do
rigorismo das leis, dos medos de Deus e das estruturas desumanas. Na verdade
onde há leis que oprimem, aí está o poder tanto político como econômico e
religioso. E o Salvador enfrentou com suas ações e suas palavras esses três
poderes.
No Brasil, o primeiro
a captar esta situação e esta socioteologia foi o sociólogo Paulo Freire,
com os livros: “Educação como prática da liberdade”, e “Pedagogia do Oprimido”.
E logo após foi Leonardo Boff com o livro “Teologia do Cativeiro de da libertação”.
Paulo Freire descobriu
que de um lado está o horizonte de libertação, e de outro a opção primeira que
Deus fez pelos pobres. Por seu lado, Jesus manifestou e viveu esta opção na sua
vida.
Devemos ter em mente
estes três tipos de Jesus que se tem vivido através da história.
Em primeiro
lugar, vinha sendo comum o tipo de um Jesus monarca, cosmocrator, ou ser
celestial cujo acento cai quase exclusivamente na glória, o Jesus glorioso. Seu
triunfo não tem mais nada a ver com o que acontece na Terra, minimizando e
desconhecendo a totalidade da caminhada
histórica dos oprimidos de sua
época e de agora, como faziam os deuses do Olimpo.
Em segundo lugar, um
tipo de Jesus dorido, sofrido que simplesmente merece compaixão mas que não
provoca nenhuma reação de indignação dos que fazem a mesma coisa com os pobres,
os queridos de Jesus. Detém-se no Jesus das dores, sem ter nada a ver com o que
acontece na história. Era o tipo das antigas VIAS SACRAS, onde se lamentava só
o “coitadinho de Jesus”.
Felizmente, a CNBB tem querido mudar essa atitude nas
Vias Sacras das Campanhas da Fraternidade: antes a Via Sacra detinha-se só em
Jesus, e pronto. Hoje em dia na Via Sacra olhamos mais para os que sofrem, num
panorama das situações erradas em que o Brasil está mergulhado.
E assim nasce um
terceiro tipo de Jesus que está ao lado e na carne de todo injustiçado. O Jesus
que quer que toquemos a “carne sofredora dos outros” (Evangelho da alegria,
270).
Este Jesus é o tipo do
Jesus inquietador e nunca pacificador das consciências acomodadas na situação
de benesses e privilégios, ao lado e à custa da pobreza de muitos.
Assim voltamos à
afirmação: a gênese da teologia da libertação e as consequências dos três tipos
do Jesus que cultuamos. Com qual tipo eu e você nos identificamos mais?
NOTICIÁRIO:
1)- Nesta 4ªfeira, 25,
é a última noite do festejo da Santa Ana. Convidamos a participar e colaborar
com a Comunidade da Sant’Ana que abrange o Bairro Aldeia e Vila Liberdade.
E
faça sua parte para a conclusão da nova igreja da Comunidade da Santa. No dia
26 tem a procissão às 16.00h e show de prêmios de um boi e duas valiosas
poupanças de 600 reais e 200 reais. E aproveite para visitar as obras da nova
igreja da Sant’Ana.
2)- Em combinação com
o CAP (Conselho de apoio à paróquia) e com o engenheiro Thyago iremos começar a
preparar o festejo da Padroeira NªSª das Dores dando um novo visual na parte da
frente do interior da Matriz. A reforma inclui também a construção do santuário
do Santíssimo onde ficará o Sacrário, do lado direito. As obras começarão nesta
segunda feira dia 23. Contamos com a arrecadação do bingo para esta despesa, e
com suas ofertas.
3)- Atenção: Nesta
época do festejo aparecem sempre aproveitadores a aproveitadoras que se
arriscam a roubar o cidadão de uma maneira muito religiosa pedindo para um
doente ou uma doente com cirurgias e semelhantes mentiras e invenções,
inventando ainda que é pro festejo e usando o nome do P.Casimiro.
Não aceite
nenhum papel ou pedido sem a assinatura do pároco e carimbo da Paróquia. E se
for XEROZ tem que ser autenticado. Se não for assim é EXTORSÃO, fique de
olho e chame a polícia.
4)- O bingo da
Padroeira será colocado também nas bancas dos vendedores da cidade. Duas
poupanças de 2 mil reais e uma poupança de 4 mil reais e um boi. Agradecemos sua colaboração.
5)- Sobre as
Novenas: Os de cada noite ficarão responsáveis pela novena, pela
apresentação cultural e pelo Leilão. -A
liturgia da novena a cargo da Pastoral ou Movimento. -Leilão e
Apresentação cultural a cargo da
Comunidade, que terá novas dinâmicas, como
irá aparecer no folheto das programações. Também tomarão parte os Setores do
Interior.
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