DEUS NÃO É ÍDOLO DE RESERVA
Deus é Essencial, Insubstituível, Ente Eterno e
Necessário, Ser Original e Originante, Causa Primeira e Senhor de tudo. Nós,
seres humanos (ricos ou pobres, letrados ou ignorantes, velhos ou novos), somos
seres criados, dependentes, temporais, relativos. Só existimos em contínua
relação com o mundo, com os outros e com Deus. Sobretudo com Deus, donde viemos
de Seu poder criador e para onde peregrinamos buscando a felicidade na comunhão
com Ele.
Deus é eterno, nós temporais. Ele é necessário, nós relativos.
Poderíamos não existir e tudo continuaria a existir sem nós. Mas esta relação
com Deus deve ser trabalhada, zelada, aprofundada continuamente, porque encontramos
empecilhos, obstáculos, dificuldades que nos limitam e distraem. Não nos
podemos acomodar no desinteresse. Não nos devemos refugiar na distração, na
auto-suficiência. Somos nEle e existimos por Ele. Sair disto é cair no vácuo. O
pecado é a antecipação negra da negra sepultura.
Deus não nos chamou só à vida. Cumulou-nos de cuidados, de
gestos de ternura e amor. Manifestou Seu projeto em Cristo e fez-nos nascer,
pelo Batismo, para uma relação de carinho, participação, comunhão e amor.
Nascemos em uma família que nos transmitiu essa feliz notícia. Se formos
espertos nunca esquecemos: “amor com amor se paga!” ou: “o amor sempre deve ter
retorno!”
Deus nunca pode ser uma divindade de reserva entre muitos
ídolos que adoramos. Deus é único e necessário. Deus não pode estar na nossa
vida como strep no carro, como pneu suplente, para ser usado só em caso de
acidente. Deus não pode ser considerado como muleta ou bengala arquivada para a
velhice ou invalidez. Deus não é como remédio só para ser tomado em ocasião de
debilidade ou grave doença. Deus não é como biscoito para entreter criança ou
adoçar a boca em hora de enjôo. Deus não é enfeite disponível para ser usado em
dia de festa. Deus não é como peça de vestuário que se pode abandonar ou trocar
oportunamente. Deus não é como jogador de reserva para substituir nossos ídolos
quando eles se mostram impotentes.
Deus não pode ser considerado objeto de
arquivo, como, por exemplo, chave em duplicado, que só se usa quando a comum
quebra. Deus não deve ser tesouro guardado para futuras oportunidades em que
tivermos necessidade. Deus não é vigia esquecido que só nos lembramos dele e
oculpamos quando acontece o indesejado.
Deus é Deus. Esquecê-lO? – Desgraça maior. Abandoná-lO? –
Eterna perdição. Viver como se ele não existisse? – Flagrante erro que lança
nossa vida no vácuo. Desinteressarmo-nos por Ele? – Pura estupidez que
desorienta nossa vida e nos reduz a meros animais. Sem uma relação de amor com
Ele é fazer que vivemos.
O CRISTÃO NO
MUNDO DE HOJE
É evidente que a cultura latino-americana tem forte
presença da tradição cristã. Mas hoje vivemos um tempo de crise, de profundas e
rápidas mudanças que abalam nossos costumes e tradições. Vivemos em ambientes
de cultura adversa e, talvez até, hostil ao conteúdo evangélico. Transita nos
nossos ambientes uma cultura epidérmica, superficial, de rápida criação e fácil
ingerência que busca satisfazer o imediato prazer, que deseja satisfazer
desejos incontrolados, que orienta para a facilidade de vida, para a
promiscuidade. Arquiva-se valores adquiridos na experiência de longos séculos,
assume-se posições e atitudes encontradas, com facilidade, nas esquinas que
contornamos. O homem moderno é orgulhoso dos dados científicos descobertos e da
tecnologia inventada que lhe revela o imenso potencial da inteligência humana.
Por tudo isso, nossa realidade histórico-cultural, marcada pelo Evangelho de
Cristo, quase abandonou Deus. Há nela opressão, violência, ingratidões,
comportamentos viciosos... É uma cultura com forte tendência para a morte. Há
turbulências sociais e políticas, abusos na vivência dos direitos humanos,
emergência de diversas ofertas religiosas que tratam, a seu modo, com imenso
atrevimento e na defesa de interesses humanos, de responder à sede que nossos
povos manifestam. A droga e a promiscuidade sexual são outros enganos que
entraram com facilidade nesta cultura moderna.
A Igreja e nós católicos devemos repensar profundamente e
relançar com fidelidade e audácia nossa vivência cristã e nossa missão
evangélica. Nem só de perigos estamos rodeados. Não existe só complexidade de
situações. Deus continua a querer proteger-nos com Sua graça e pela força do
Espírito Santo que nos foi dado. É nosso dever enfrentar esta situação
cultural, confirmando, renovando e revitalizando a novidade do Evangelho que
temos mantido no desinteresse e no esquecimento. Urgente provocar encontro
pessoal e comunitário com Jesus Cristo. Entrar na Sua escola de vida,
tornarmo-nos discípulos de Suas propostas, encarnar esta tradição e Sua novidade
e sermos protogonistas de uma vida nova para a América Latina. A luz e a força
do Espírito querem reinar nos nossos ambientes. Hoje não basta ser um cristão
batizado, um católico cliente ocasional de alguns ritos religiosos. Isso não
basta e é ridículo que paguemos tanta ternura e amor de Deus com tanta
mesquinhez.
Nossa fé cristã não se pode reduzir a um elenco de verdades que
aprendemos na catequese, que decoramos e repetimos com frequência. Nossa
pertença à Igreja de Jesus não pode ser feita de acauteladas proibições,
duvidosas e selecionadas adesões a algumas verdades, atrevidas substituições de
verdades de fé por devoçõezinhas adquiridas, do esquecido e humilde hábito de
rezar por “orações fortes” pretendendo assim manipular Deus e colocá-lO ao
nosso serviço. Cristo não pode ser reduzido a alguns princípios doutrinais, a
um conjunto de normas morais, a uma filosofia de vida, a uma tradição recebida,
a uns comportamentos morais de princípios brandos e facimente esquecidos, a uma
participação ocasional nos sacramentos, a um esquecimento total da coragem dos
santos que tudo deram e dão por Cristo. Entretemo-nos demasiado com cânticos
melados na vez de imitar os santos e
aceitar seu incentivo à santidade e sua poderosa intercessão junto de Deus.
Mais que rezar aos santos é necessário aprendermos a rezar como os santos
rezavam, com eles e com sua intercessão. E acabamos por esquecer o Deus de
Jesus Cristo.
Com tudo isto, a fé vai-se desgastando, esmorecendo,
desaparecendo e gerando mesquinhez e mediocridade de vida. E é grave o exemplo
de igrejas ou seitas que nos rodeiam pregando o Evangelho como quem vende
pipocas na praça, como quem berra a boiada desgarrada, como quem usa Deus como
moço de recados ou moleque a nosso serviço. O uso de teologia da prosperidade é
sintomático duma cultura materialista, dum capitalismo ultrapassado até
historicamente. É impressionante a busca de poder, a repugnante venda do
Evangelho a interesses económicos, a busca de presença e influência no
exercício do poder temporal, bem patrocinado e melhor remunerado.
Temos que
revitalizar nossa fidelidade ao Evangelho (escrito com letra grande!) e não aos evangelhozinhos
inventados, amar nossa tradição que nos leva aos princípios apostólicos, que nos
une à igreja de milhões de mártires e santos. Somos membros de uma Igreja que
entusiasma. Devemos evitar a influência de tanto atrevimento e afastamento do
essencial que é a Pessoa de Cristo, pobre, crucificado, morto, mas que venceu e
está vivo para nos ajudar a refazer Seu projeto de amor e salvação.
1-
Vamos iniciar o festejo da Padroeira. É festejo religioso. Tem exigências
morais e é organizado pela Paróquia. Agradecemos toda a compreensão das
autoridades do Município o terem
publicado um decreto-lei para salvaguardar o festejo de abusos pagãos e de
ambientes de promiscuidade não condizentes com a circunstância. O centro do
festejo não é a feira nem o parque de diversões. O centro da festa é a Matriz e
as celebrações da Palavra de Deus e Sacramentais que aí se fazem. Este ano
tememos que algumas lideranças, sobretudo dos barraqueiros, querendo agradar a
seus eleitores e mostrar força, queiram furar a ordem estabelecida. Se as
autoridades não puderem desfazer abusos, o jeito que a Paróquia tem é adiar o
festejo e culpar os atrevidos em tribunal.
2-
Pedimos a toda a população que tenha o máximo de cuidado em guardar seus
pertences, sobretudo nos grandes aglomeramentos dentro da Matriz, na praça e no
Parque. Quando forem vistas três pessoas desconhecidas e com olhar
desconfiado...deve-se redobrar de cuidados. Também ao sair da Matriz pelas
portas do fundo e laterais, usar da máxima atenção.
3-
Segundo uma reunião feita na passada sexta feira, foram indicados os
responsáveis pelas barracas, lanchonete, procissão, animação cultural, limpeza
da praça e arranjo das cadeiras, sistema de som e imagem, ornamentação,
leilões, transporte de andores e pálio. Liturgia e canto. Os sacerdotes devem
ficar livres para assistir de confissão e presidir às celebrações. Os Homens e
Mulheres do Terço devem ter todo o cuidado para que pessoas estranhas aos
grupos não conduzam os andores.
4-
No dia da procissão com o Senhor dos Passos e Nª Sª das Dores que sairão,
respectivamente do Bairro da Cruz (homens) e de Nª Sª Aparecida (mulheres),
todas as pessoas devem participar. Todos os homens e mulheres quer sejam do
terço ou não. O encontro será perto da porta da Matriz.
5-
O mastro virá este ano do Bairro da Corrente. A comunidade está encarregada de
organizar o transporte solene. Como estamos todos cansados de foguetes, pode-se
diminuir o uso deles durante estes eventos.
6-
A procissão será organizada por uma rádio local. Pedimos às pessoas que tenham
rádio o favor de o trazerem para a procissão. Nenhum carro de som com
propaganda política à vista pode incorporar-se no cortejo. Mas os outros carros
podem ficar de lado, em lugares estratégicos a oferecer o som à multidão que
vai passando.
7-
Vamos pedir a todas as autoridades e, sobretudo, aos partidos políticos que não
se use sistemas de som nas proximidades da matriz. Tem carros de som que quando
passam a praça logo colocam o som bem alto. Ora isso incomoda o trabalho
litúrgico. Desde o começo da Praça do Abrigo ou do Banco do Brasil até à Guarda
Municipal, agradecemos que seja calado o som. E quem vem do lado da rodoviária
também deve cortar o som a 200
metros da Matriz.
8-
Todas as manhãs, como é costume, haverá Missa. A recitação do santo terço e
novena começam às 19.30H. Todos os dias haverá confissões, exceto na tarde de
sábado, todo o domingo e segunda feira.
9-
Pedimos, como é costume que as comunidades e grupos ofereçam o que puderem para
a lanchonete. O Movimento do Terço também pede ofertas de roupa usada, mas em
bom estado, bijuterias e sapatos para o Brechó. Leilões só haverá no dia 08 e 13.
10-
A localização das barracas dos vendedores ambulantes está a cargo da
Prefeitura. O responsável da paróquia pelo sector é José Alves, o Zezão.
Pedimos que ninguém queira mostrar força e ajudar os da classe, mandando fazer
invasões. Será culpado e responderá pelas consequências.
11-
Todo o dinheiro arrecadado será usado na construção de um templo nas 1000
casas. Pedimos especial atenção para as crianças candidatas a Rainha ou Rei do
Festejo e para o sorteio de uma moto nova.
12-
Este ano foi mandado fazer um novo andor para a imagem da padroeira porque o
antigo está sendo muito pesado e de
dificl transporte. Como nos anos anteriores, o andor da padroeira será
transportado desde o Banco do Brasil até o interior da Matriz pela Polícia
Militar a quem agradecemos, desde já, todo o apóio.
13-
O festejo de S. Raimundo correu bem e com muita participação. Queremo-nos alegrar pela maneira como grandes
multidões participam dos atos litúrgicos e da procissão e nada tem acontecido.
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