Naquele dia o movimento era grande nas ruas de Jerusalém. Havia muita gente e peregrinos chegavam para a festa religiosa no Templo. Alguém, inesperadamente, se depara com o Mestre Jesus e grita. “É Ele mesmo! Foi Ele que me curou!”. A notícia corre veloz, passa de boca em boca, espalha-se na cidade. O ambiente se incendeia de entusiasmo. A alegria é contagiante e apega-se a mais um grupo que se aproxima, a mais outro que vai chegando... Então não havia máquinas fotográficas nem o costume de pedir autógrafos. Ninguém perde tempo com essas etiquetas. Mas cada um vai buscando seu jeito de aclamar. Uns botam mantos no chão, outros cortam ramos das árvores, um puxa um hozana logo repetido por todos, as crianças ( não falham!) acorrem também de todos os lados... É festa, é reconhecimento público, é gratidão, é alegria.
E o cortejo avança com tamanha multidão que o Mestre se vê obrigado a montar num jumento para poder avançar. Mas, ao longo do percurso, há olhares desconfiados, rostos apreensivos, pessoas indignadas. São os encurralados no poder, os encarregados de defender a religião tradicional, os saduceus do negócio, os fariseus das leis, os sacerdotes do templo, os zelosos da tradição. Custa-lhes engolir a cena. Pensavam e, talvez, dissessem uns para os outros: “isto é muito perigoso! Olha como o povo se entusiasma! Vamos ter problemas pela certa! Ele é um sedutor! Não há outro jeito senão fazer desaparecer este homem!” E aí começa a conspiração. Jesus não vai escapar! Seu trono será a cruz. Aí Ele reinará pelo amor desiludindo quem já pensava em cargo honroso. Entregou-se. Morreu por nós, por nosso amor, por nossos pecados!
E eu e você de que lado estamos? Do lado dos que aclamam ou do lado dos que perseguem? Jesus também nos incomoda? Estamos agarrados à tradição do desinteresse, abraçados á mediocridade de vida? Habituamo-nos a sufocar os apelos do eterno? Vamos adiando o nosso compromisso com Deus e atacando quem no-lo lembra com sua piedade? A fé não se pode resumir em agitar um ramo neste domingo
SEM EDUCAÇÃO, NÃO HÁ SOLUÇÃO
O fundador do Instituto Missionário da Consolata, P. Allamano, costumava dizer aos seus missionários: “fazei o bem, bem feito!” Bom conselho não só para os missionários, mas para todos nós que nos dizemos pessoas educadas e cristãs. Temos que ser educados e colaborar na educação de outros para fazer o bem. Criar a cultura do fazer o bem e do bem fazer. Não podemos viver de qualquer maneira. Temos que procurar viver do melhor modo que formos capazes. É urgente abrir nossa vida ao bem e às ações bem feitas.. “A vida é boa, mas não pode ser vivida à toa!” Educar não é só mandar para a escola ou deixar o filho seguir, com espontaneidade, o que o seu temperamento e a sua natureza humana lhe inspiram. E a tarefa do colégio não é só ensinar a juntar letras ou multiplicar números. Não. Isso não basta!
Educar é saber orientar para a vida, é saber aconselhar, para apanhar a direção certa de um viver feliz. É trazer para fora o que de melhor, mais belo, nobre e livre Deus semeou no interior do nosso ser. Educar é domesticar instintos selvagens que afloram mesmo sem nós querermos, é limitar espontâneos confrontos perante o diferente, imprimir valores como a sobriedade, a tolerância, a fidelidade à palavra dada e a solidariedade para com os mais frágeis. Educar é ajudar a arranjar maneiras sadias de bom relacionamento, aprender a gostar e sacrificar-se para ter competência profissional, saber evitar os perigos e fugir dos empecilhos que nos podem derrubar.
Hoje pensa-se que “ser moderno” é o máximo. E entende-se por “ser moderno” dar largas à liberdade, engrossar as fileiras dos arrastados pela moda. Mesmo que a moda seja feita de todas as extravagâncias possíveis! Mesmo que ela venha de cérebros desmiolados ou de mentes poluídas. Mesmo que a medíocre mídia a favoreça com assaltos de vôo picado como fazem os abutres para encontrar carniça ou como urubus que têm preferência pela lixeira. Não podemos comparar modernidade com enxurrada que arrasta tudo que encontra pela frente: coisas úteis, mas toda a porcaria que encontra. Não. Educar não é isso. Não é excitar todos os instintos (viver não é um big brother que já alguém comparou a um chiqueiro de suínos e uma alienação para conquistar fama rápida e fácil!).
Educar não é justificar comportamentos que nos levam a reboque do espetáculo dos meios de comunicação social (não podemos deixar-nos escravizar pelos interesses comerciais, políticos e ideológicos duma minoria privilegiada, nem tão pouco, sermos candidatos à lixeira a céu aberto!). Educar não é só ensinar a gerir as futilidades da rotina quotidiana, não é dar a prioridade a todos os devaneios da vida social, não é instalar a mentalidade de dar primazia ao mais fácil e aos prazeres instantâneos que a vida pode oferecer. E depois desculpar-se dizendo que é cultura. Educar é um ato pessoal de colocar limites à sua liberdade no caminho da escolha do melhor para si. Não só no momento que passa, mas para toda a existência. Educar é selecionar inclinações, priorizar valores de vivência comunitária como: renunciar ao supérfluo, à idolatria das coisas, à insensibilidade das necessidades dos escorraçados para a última fila da vida.
Urgente a educação! Sem educação não há solução! Educar é admitir o transcendente, apontar para pequenos gestos como: saudar as pessoas, pedir a benção aos pais e padrinhos, oferecer o assento em que estamos a um idoso ou mulher grávida que chegam, fechar uma porta que abrimos, apagar a luz que acendemos, dizer “obrigado” a quem nos oferece algo, não se levantar da mesa sem pedir licença ao chefe de família, chegar a casa a horas que todos se possam deitar sossegados...
CUIDADO, MUITO CUIDADO... DIZ O PAPA FRANCISCO.
No Vaticano. Surgiu o homem de branco à sacada da janela. A multidão aguardava-o ansiosa. Não era só um homem. Era um novo estilo de ação, um novo compromisso da Igreja, uma boa mensagem do Espírito, um novo programa de vida... que apareciam. Mostrou-se, também ele, admirado pela escolha que o Espírito tinha feito e pediu perdão pela preferência dos cardeais. A sua palavra foi firme e clara. Seu jeito simples e simpático. Seu olhar afável. Acenou agradecendo à multidão, dispensou vestimentas papais.
Apresentou-se como bispo de Roma, o primeiro entre iguais, guardião da unidade e responsável pelo governo com todos os bispos em colegialidade. Mostrou que compreende a Igreja como Povo de Deus e, por isso, pediu que rezassem por ele e, curvando-se, pediu a benção. Quando todos que o acompanhavam na janela se afastaram, ele ainda ficou em gesto prolongado de gratidão pelo acolhimento recebido. E falou de silêncio e oração. E rezou com o povo as tradicionais orações do Pai Nosso, Ave Maria e Glória. A lição foi dada e ficou bem gravada: a simplicidade é a nova forma da riqueza espiritual. A humildade? – Sinal da grandeza de nossa dignidade e gesto do eterno que transportamos em nós. A igreja ou aceita Cristo e a cruz ou não passa de uma mera empresa, uma ONG religiosa. No caminho da fé não se pode parar.
É urgente caminhar e ajudar outros a caminhar para Cristo. Somos plural. Somos família. Devemos achar normal viver em fraternidade, ter cuidado com nossa casa que é a mãe terra, tão ameaçada, e prestar mais atenção às crianças, idosos, doentes e pessoas carenciadas. E veio este homem lá do fim do mundo para me dizer que eu sou mais do que eu. Eu sou também preocupação divina, ânsia de eterno que tenho que satisfazer, responsabilidade fraterna que tenho que assumir. Deus me chama e me ama. Temos todos que nos aproximar de Deus. E o Papa insiste para que sejamos mensageiros dessa ternura divina, apóstolos de Sua misericórdia, arautos de Seu amor, eternos amigos de Seu projeto de Salvação sobre o mundo.
Estou certo que o estilo do Papa Francisco vai desconcertar poderosos, incomodar instalados, enaltecer os pobres e apontar para o essencial: aceitar Deus, amar e servir a Cristo, dar acolhimento ao transcendente, alimentar a esperança e testemunhar ao mundo a ternura do Pai. A vida é um palco onde todos temos que ser bons atores em pareceria com a graça divina. Só teremos futuro se tivermos um presente que desilude as ilusões do mundo. Só a fé pode congregar o mundo na unidade.
2- Quinta-Feira Santa, dia do Sacerdócio, do Mandamento Novo, da Eucaristia... serão celebradas missas na matriz e na igreja de Cristo Redentor, no Areal. Pelas 16.00H. Depois as igrejas ficarão abertas até às 23.00H para adoração e acompanhamento ao Senhor.
3- Sexta-Feira Santa a encenação da Paixão de Cristo pelas ruas começa na Matriz às 15.00H. O itinerário e os responsáveis pela ornamentação das cenas têm a indicação em papéis que foram distribuídos pelas comunidades. Depois de acabar a encenação, todos devem entrar na Matriz para um momento de silêncio. No Areal a encenação da Via Sacra será, de manhã, sexta feira.
4- No domingo passado foi muito proveitosa a tarde de confissões promovida pela Pastoral Familiar. Muito bom todos nos lembrarmos que devemos receber o Santo Sacramento da Reconciliação durante o tempo pascal.
5- O Município de Chapadinha está aniversariando Sexta Feira Santa. Como todos sabem, este dia é alitúrgico, quer dizer, não tem liturgia. Apenas há uma celebração, à tarde, de adoração da cruz e que nós substituiremos pela encenação da Via Sacra. Por isso, vamos celebrar duas missas a lembrar nossa terra. Hoje, domingo, à noite, vamos lembrar aqueles que aqui viveram e já faleceram, E na Quinta Feira Santa, na missa vespertina, vamos também lembrar o nosso Município que queremos seja parcela do Reino.
6- Hoje, domingo, convidamos os coordenadores das comunidades e dos grupos de jovens para efetuar uma reunião no Centro Paroquial por causa da visita da cruz da Jornada Mundial da Juventude que está a percorrer as comunidades da cidade. Esta semana esteve em Areal, depois de ter saído da igreja de S. José. No dia 30 irá para Nossa Senhora Aparecida e no dia 06 de Abril para Nossa Senhora da Conceição.
7- Como todos sabem, foi arrombada uma janela da capela de Terras Duras e roubada uma caixa de som, além de terem jogado por terra todas as roupas da capela. É coisa de garotos porque o buraco aberto na janela é bem pequeno. E continuamos a estar em insegurança total. Da frente da Matriz roubaram também uma moto-serra que ficou dentro de um carro. O ladrão foi encontrado, já tinha vendido o aparelho, mas está solto e sorridente na rua. Assim como o que roubou a capela da Tigela. E as comunidades se matam a trabalhar para adquirir as coisas necessárias e estes atrevidos e conhecidos... E, parece-nos, não adianta denunciar ou registrar a queixa. Que tudo fica pelo mesmo. Há algo que é urgente mudar na Segurança de Chapadinha. Estamos totalmente decepcionados. Roubar está a ser uma profissão permitida e premiada. Mas falaremos disso depois.