Falando de uma janela do palácio pontifício a
dezenas de milhares de fiéis que ali se juntaram para o Angelus na Praça de São
Pedro, o Papa argentino acabou por improvisar, deixando de lado o texto que
tinha à sua frente. “Vejo lá em baixo, escrito em letras gordas [numa grande
bandeira]: Os pobres não podem esperar! É muito bonito”, disse, recebendo um
forte aplauso.
"Isto
faz-me pensar que Jesus nasceu num estábulo, e não numa casa. Depois teve que
fugir, ir para o Egipto para salvar a sua vida. E por fim, ele voltou a
Nazaré”, disse o Papa, que antes já tinha lançado um longo elogio a José, o
marido da Virgem Maria, que teve a grande coragem de aceitar o seu destino e
depositou a sua confiança em Deus.
“Há
tantas famílias sem casa, seja porque nunca a tiveram ou porque a perderam por
um sem número de motivos diversos. Família e casa são indissociáveis. É muito
difícil conduzir uma família sem antes existir uma casa”, denunciou o
pontífice, sempre muito atento às questões sociais desde que sucedeu a Bento
XVI.
Por
isso, convidou “todas as pessoas, os serviços sociais, as autoridades, a
fazerem tudo o que for possível para que todas as famílias possam ter uma
O papa Francisco afirmou nesta quarta-feira (18),
em sua última audiência pública realizada tradicionalmente às quartas do ano,
que o Natal é uma festa da esperança e o cristão que não serve aos demais,
sobretudo os que mais necessitam, na realidade não é cristão, mas um pagão.
O pontífice afirmou que o Natal é uma "festa
de confiança e esperança", na qual é preciso "reconhecer no rosto de
nosso semelhante, sobretudo nos mais fracos e marginalizados, a imagem do filho
de Deus feito homem".
Natal é "fazer-se pequenos com os pequenos e pobres com os pobres", disse Francisco.
Antes de fazer sua catequese o papa realizou o
habitual percurso entre os fiéis pela Praça de São Pedro a bordo de seu jipe e
bebeu mate oferecido por um dos presentes.
"No Natal, Deus se manifesta não como alguém
que está no alto e domina o universo, mas se agacha, abaixa até a Terra,
humilde e pobre. Para sermos iguais a ele não temos que nos colocar acima dos
demais, mas nos agachar, nos colocar a serviço, nos fazermos pequenos com os
pequenos e pobres com os pobres", disse Francisco.
"É uma coisa feia quando se vê um cristão que
não quer se agachar, que não quer servir. Um cristão que se pavoneia é feio.
Este não é cristão, é pagão. O cristão serve e se agacha", acrescentou.
"O Natal é uma festa de confiança e esperança,
que supera a incerteza e o pessimismo. E a razão de nossa esperança é esta: que
Deus está conosco e Deus ainda confia em nós", disse.
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