No
início do Vaticano II já se discutia se deveria ser evitada a palavra “leigo”
por causa da sua carga pejorativa, baseada na constituição “A Igreja luz das
nações”, n.30-38 onde se declara que a diversificação não se dá a partir de uma
questão de “ordenação” mas a partir dos carismas os quais todos Têm o mesmo
objetivo: o do serviço. A comunidade do povo de Deus tem prioridade sobre a
estrutura jurídica e hierárquica.
Hoje
em dia há cada vez mais empresas onde há participação nas decisões, e conselhos
de fábricas. Mas os mesmos cristão podem estranhar que na Igreja ainda não têm
essa participação e não têm voz. Daí que
a sua saída da Igreja é uma consequência da falta de participação.
A sua saída
chama-se uma emigração silenciosa, isto é, sacodem as mãos e vão simplesmente
embora. Nos pontos chaves das decisões fica esta declaração estranha: “têm
direito a participar, mas sem direito a voto, só com poder consultivo”. Porquê
isso? “Onde uma tal participação está sendo negada a um certo grupo, seja dos
leigos ou mulheres, a comunidade se destrói” (Renold Blanc).
Quais
as causas dessa tal “hierarquização” da Igreja?
A partir do século IV com o
império bizantino, aumentado no séc. VI com os mecanismos do império romano e
com a obra do escritor Dionísio, o pseudo areopagita no livro “ A hierarquia
celeste”.
Em toda esta época a Igreja se dividia em duas classes, a dos
clérigos de um lado e a dos leigos do outro lado, e influenciou até a medula e
formatou a população católica a fiar identificada com este “gosto” de ser
ovelha” isto é, pessoa só para ouvir, calar a boca e dizer que “eu não sei
nada” e nada posso fazer. Os cristãos foram assim se acostumando ao
autoritarismo dentro da Igreja, herdado do autoritarismo do império. Enquanto
que as atitudes e as palavras de Jesus ficaram do outro lado do baú, “Entre vós
não deve ser assim” (Mc 10,42).
Foi
se gerando assim uma mentalidade de passividade. Porquê? Porque a Igreja eram o
Papa, os bispos, e os padres. Eram eles que decidiam, e os leigos “assistiam”.
E estas instâncias é que se consideravam “Igreja”, e viviam de uma
sobrevalorização extrema da autoridade, que muito se aproximava da atitude de
dominação dos sistemas mundanos de poder e prestígio. Esquecendo a ordem de
Jesus “entre vós não deve ser assim” (Mc.10,42).
Esta
carga histórica é que cria obstáculos que impedem ainda hoje a realização de um
protagonismo do leigo. Por uma história de séculos, a palavra-chave que
caracterizava o bom cristão era aquela de ser ovelha obediente e só obediente.
Reagindo
a esta herança que não adéqua mais hoje, muitos cristãos procuram outra
formatação para sua vida e para sua igreja: é aquela de que falei no início, de
interiorizar uma sociologia dos dias de hoje, e cujo pontapé já foi dado em
1789 com o eclodir dos tempos modernos de “liberdade, igualdade e
fraternidade”.
E sem se dar conta este grito trouxe à tona o evangelho de Jesus
que estava mofando. Desse jeito os leigos levam em conta que os leigos já não
são mais leigos, e em escala crescente se conscientizam disso. Estamos
confrontando com uma nova autonomia que não se submete, mas que questiona. Cada
vez mais cristãos e cristãs começam a exigir os seus direitos e também dentro
da Igreja.
Hoje
tem leigos supertécnicos e qualificados em todo tipo de serviços e negócios,
desde Bancos e empresas e pesquisas científicas. Como vão se sentir se perante
uma Igreja que não se interessa com
eles, que não os chama para decidir, avaliar e trabalhar junto? Não são eles
que estudam a bioética as matemáticas, a arqueologia do passado e as
inovações do futuro?
Diante de tudo isso como pode uma Igreja superleiga
promulgar como deve ser isto e aquilo contra as pesquisas e resultados desses
tantos de estudos? Que audiência terá uma Igreja assim e que reações poderá esperar?
É
isto que as estatísticas hoje revelam e vamos constatar: 86% dos casais optam
pelos métodos anticoncepcionais; 26% dos católicos crêem na infalibilidade do
Papa; 36% são de acordo que os casais podem morar junto antes de casar; 90% o
uso da camisinha para evitar a gravidez; 45% que a mulher deve casar
virgem; e 27% o homem; 48% crêem no
inferno; 63% na imortalidade da alma; 55% crêem na vida após a morte; 59% a
favor do divórcio.
Apesar
de a Igreja se considerar “dona” e proprietária da verdade, essa crença vai se
esfumaçando entre os leigos que cada vez
são menos leigos e mais “capacitados”. E se ela não tiver essa humildade, corre
o risco de ir ficando cada vez mais sozinha e isolada.
E quando ela botar leis
e opiniões sempre poderá acontecer como na Idade Média quando os senhores feudais escreviam
a respeito dos decretos papais: “Leia-se, publique-se mas não se cumpra”.
NOTICIÁRIO:
1)-
Fim de ano: Amanhã dia 31 teremos a santa missa de passagem do Ano às 20h, na
matriz e em Santo Antônio.
2)-
Dia 1º de Janeiro 2019, às 7h Missa em
S.Antônio e São Pedro; às 8h em Santa Teresinha e na Matriz. Às 9h em São
Raimundo e Santa Ana. Às 10h e 20h na Matriz.
3)-
Profissão de Fé: Dia 06/01 na missa das 10h; Confissão: dia 05/01 de manhã;
à tarde para os padrinhos e adultos em geral. Reunião: dia 03 e 04/01
4)-
Já tenho nomes para a pastoral da Acolhida das Comunidades de
S.Raimundo. de NªSª do Bom Parto, Santo Antônio, e São Pedro. Faltando as
comunidades de S.Francisco, Santa Teresinha. De Santa Ana e do Centro.
5)-
Pedimos para programar-se e renovar assinaturas e pagamentos do Jornal da
Celebração “O DOMINGO”, e “LITURGIA DIÁRIA”. Já foi paga a 1ª prestação das 05,
no total de 4.894,00. No dia 14/01 cai a 2ª prestação.
6)-
Os dizimistas que estão inscritos no Centro vão pegar os Carnês do
Dízimo de 2019, e os Calendários da Paróquia.
7)-
Agradecimentos: Parabenizamos os dizimistas e em geral todos os
paroquianos de NªSªdas Dores pela sua colaboração e doações durante o ano 2018
e não só. Nestes três anos e meio a Paróquia construiu o Rincão Boa Nova,
inaugurado em 21/07/2016; a igreja de S.Francisco, inaugurada em 04/10/2017; e
a igreja da Santa Ana em 21/11/2018.
O RONCÃO BOA NOVA, inaugurado em 21/07/16 |
IGREJA DE S.FRANCISCO, inaugurada em 24/09/17 |
IGREJA DE SANTA ANA inaugurada em 21/11/18 |
Agradecimentos:
Parabenizamos os dizimistas e em geral todos os paroquianos de NªSªdas Dores pela sua
colaboração e doações durante o ano 2018 e não só. Nestes três anos e meio a
Paróquia construiu o Rincão Boa Nova, inaugurado em 21/07/2016; a igreja de S.Francisco, inaugurada em
04/10/2017; e a igreja da Santa Ana em 21/11/2018. A PARÓQUIA ESTÁ DE PARABÉNS E DEIXO AQUI MEUS
AGRADECIEMTOS E VOTOS DE UM
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