“Hoje não tem mias lugar para
autoridades absolutas, mas só para autoridades que aprenderam a se encaixar no
diálogo” (D.Hélder Câmara,1972).
Dentro da Igreja todos devemos
ter, hoje, esta mudança de mentalidade, esta conversão , em nome de Deus. A nossa Igreja é capaz de mudar, e
como tem vindo mudando devagarinho, mas tem.
Os Estudos da CNBB têm mostrado
que a “imagem da Igreja como sociedade desigual na época de Pio X deu lugar a
uma Igreja participativa: Os esquemas de poder e de monopolização do sagrado
desapareceram. Basta olhar o trato da “hóstia” e da eucaristia e do altar que
antes era um deus nos acuda, só reservado ao padre, e hoje está aberto aos
fiéis. As pregações e celebrações antes reservadas ao clericalismo, hoje não.
Na mentalidade clerical isso não era possível.
A Igreja visivelmente tornou-se
povo de Deus, onde se preza mais o serviço em vez de poder, onde de supera o
clericalismo e o legalismo triunfalista. E na maioria do clero o poder tem-se
superado também o medo de perder o poder, coisa que nalgumas latitudes ainda
impedia a aceitação dos verdadeiros servidores.
Para que na Igreja não aconteça mais
isso devemos superar todo discurso e preconceitos de poder. A grande opção de
Jesus era pelo serviço. E isso o colocou em oposição frontal e bateu de frente
com a instituição religiosa da época.
Graças a Deus, em nossas Comunidades,
Pastorais e Movimentos já estamos praticando esta mística do evangelho e do
serviço: “Um só é o vosso Mestre; todos vós sois irmãos; o maior seja o vosso
servo” (Mt.23,8). E: “Entre vós não seja como nos governantes que exploram o
povo, entre vós não seja assim” (Mc.10,42).
Deste modo criaremos uma sociedade
e uma Igreja fraterna, igualitária, sem domínio de ninguém sobre ninguém.
Se nalguns lugares existirem ainda
mentalidades de exclusão e medos de perder o poder, essas poderão ser chamadas
as resistências da caminhada.
Na subida da uma ladeira faz-se sentir o cansaço
da luta. Seria mais cômodo a estrada larga e plana da rotina e da subserviência
manifestada nas atitudes de um “sim senhor”, “está tudo bem”, ou de um “amém” a
todas as coisas.
Ao contrário, todo o Povo de Deus é
chamado para a Missão. E assim nasceu , após o Concílio, uma Igreja de comunhão
e participação, e ministerial. E esta Igreja respondeu ao desafio formulado nos
documentos: substituiu-se as estruturas de poder hierárquico por estruturas de
comunhão e Participação.
Os homens e as mulheres, formados em
habilidades de cooperação participativa e responsável não aceitam mais ser
reduzidos a status de ignorantes. As suas habilidades de
cooperação, eles as querem colocar nas suas experiências de ser Igreja. Em vez
de obediência se exige cooperação, e em vez de subordinação se fala em
colaboração.
Estas atitudes são o fruto de quatro
épocas de muita reflexão: a primeira época, no fim do século dezanove; a segunda
até no final da 1ª Guerra Mundial (1940); a terceira desde 1940 até 1980; e a
quarta época a partir de 1980, com a Informatização e Globalização até hoje.
Resumindo esta visão de conjunto
podemos dizer que tem CRISTÃOS SEM IGREJA, e IGREJA SEM CRISTÃOS.
Vale
dizer: quando numa época, participar das decisões era privilégio daqueles que
“sabem”, e onde os “pastores “ dessa
Igreja podiam chamar todos os outros de “ignorantes” ou “leigos”, então muitos
se revoltaram e recorreram Àquele que é a única base e único fundamento de toda
a Igreja, Jesus Cristo.
Sendo assim, pode acontecer que ainda
tenha “CRISTÃOS SEM IGREJA” e o inverso também é verdadeiro: “IGREJA SEM CRISTÃOS”, quando eles são inconscientes e
privados de seus direitos.
E voltamos à inversão do nosso
cabeçalho: IGREJA SEM CRISTÃOS e CRISTÃOS SEM IGREJA, mas com Jesus CRISTO.
Você sabia?
- o Fundador de CNBB foi Dom Hélder Câmara, em 1952. Depois o
Concilio Vaticano, dali a 10 anos, propôs que todos os Países tivessem
igual. Assim a CNBB serviu de modelo
para todo o Mundo.
Assim a Igreja Católica no Brasil se antecipou e a CNBB serviu de referência prática no CONCÍLIO para
os Bispos de todo o Mundo
NOTICIÁRIO:
1)- Neste domingo tem o
encerramento do festejo de São Sebastião no Bairro da Cruz com a santa missa às
09.00h, e à Tarde a procissão e show de prêmios.
2)- ASSEMBLEIA PAROQUIAL:
neste sábado, dia 26, e domingo 27. Local: Centro paroquial (antigo). Horário:
Começa sábado, com o Café da manhã às 07.00h e termina domingo com o almoço.
Assunto: CATEQUESE E LITURGIA, que é a 3ª urgência da Igreja no Brasil,
como foi explicado no Comunicado que seguiu para as Comunidades. Como já
todas as Comunidades nos seus setores fizeram as Mini Assembleias será mais
fácil agora juntar os resultados. Participantes: (como foi indicado no Comunicado):
da Zona Rural (03 Pessoas), da Zona Urbana (05 Pessoas); Pastorais e Movimentos
paroquiais (04 Pessoas). Até no sábado se Deus quiser.
3)- Escola diaconal:
Será no Brejo nos dias 25-27 para os futuros diáconos das paróquias da diocese.
4)-Também nos mesmos dias acontecerá o repasse da CF (Campanha da Fraternidade)
2019.
5)- Encerra hoje o Encontro
Diocesano da Pastoral da Juventude que aconteceu no Brejo de 18-20.
6)- Curso bíblico –evangelho de
Lucas (Terço dos Homens), em São Bernardo. É impressionante o trabalho da nossa
diocese: até o dia 10 de fevereiro todas as paróquias da diocese estarão
fazendo as suas Assembleias paroquiais. É uma bênção.
Os nossos
parabéns hoje vão para as concludentes do Curso de teologia:Fabiana Rodrigues, Socorro Pinto, LeyldaMonteles, Alexandrina Viana Marques, Amparo Cardoso, Francisca Carvalho, Ivanária Gomes e Lindalva Cardoso.
(em grife as concludentes, as companheiras em formação).Parabéns. (Falta na foto o Chiquinho Ferreira).
NOTAS
LITÚRGICAS:
I- No evangelho de hoje (Jo.2,6-10)
temos duas coisas principais. 1ª: As
talhas de água para a purificação. Sinal de tristeza dos judeus: Só
viviam dos rituais e das purificações, amargurados pelo pecado; 2º: Jesus trocou
a tristeza em alegria, trocando a água pelo vinho: ” as amarras da lei à
confiabilidade de Deus:
“Todo
mundo serve primeiro o vinho melhor, e quando os convidados já estão
satisfeitos, serve o vinho pior, mas tu guardaste o vinho melhor até agora”!
Lição moral: O vinho melhor é Jesus”(Jo,2.10).
II- De 1 Corintios 12: (Lição para a Assembleia Paroquial): “A um é dado
pelo Espirito a palavra da sabedoria, a outro a fé no mesmo Espirito, a outro o
dom de curas, a outro o poder de fazer milagres, a outro a profecia, a outro o
discernimento, a outro falar línguas, a outro interpretação” (12, 8-11)- Vejamos nas nossas Comunidades e pastorais e
movimentos todas estas coisas existentes: uns a sabedoria de organizar, outros
o colegiado, outros o dom de aconselhar, outros a capacidade de ir em viagens,
outros de saber acolher os companheiros, uns a pastoral da família, outros os
homens e mulheres do terço, outros de organizar ministérios de música, outros
de pastoral litúrgica, outros de organizar as catequeses, ou CPP, ou COMIPAS, Gos,
Caminhos e Shalon. Como é bonita a nossa Igreja.
III- Referência à 1ª letura: “TU ÉS A
ALEGRIA DO TEU DEUS”.(Is, 62,5)
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