Dizíamos na semana passada que o
protagonismo dos cristãos não deve ser só de “ajudar” dentro da igreja mas em
todas as decisões e atividades.
Na Conferência latino-americana de Santo Domingo foi dito: “Que todos os leigos
sejam protagonistas da nova evangelização, da promoção humana e da cultura. É
necessária a constante promoção do laicato, livre de todo clericalismo e sem
relação ao intra-eclesial” (n.97).
Porém, em vez de levar a sério muitos
se deixam assustar. E muitos dentro da própria Igreja gostariam que a ideia
caísse no esquecimento. Na verdade isto não agrada àqueles que querem manter os
antigos sistemas estabelecidos. E, como diz o teólogo Renold Blanc, há até
grandes tentativas de frear este movimento do Vaticano II.
No entanto a Igreja é sempre desafiada
pelas transformações de mentalidade. Se não dermos ouvido aos novos desafios
muitos irão encontrar a solução na “emigração silenciosa” para fora da Igreja,
e cair num vácuo emocional que muitos cultos oferecem.
Hoje se oferecem
movimentos das mais variadas tendências, e se oferecem como substituição das
instituições religiosas de outrora, para satisfazer as frustradas necessidades
emocionais. Não estará aí o porquê das macromultidões nos cultos religiosos e o
cultivo do emocional?
Porquê assim? Quando o homem urbano
pós-moderno suspeita de tentativas que o querem tutelar ele reage. E na maioria
dos casos a sua resposta é esta: ele vai embora buscar outros espaços e outros
campos de ação. Eis uma das razões mais profundas da “emigração silenciosa”.
As
pessoas vão embora porque têm a impressão de ser tuteladas. É bom a Igreja se
interrogar o porquê de nas celebrações cada vez mais se encontram pessoas acima
dos 50 anos.
Todas as pesquisas sociológicas apontam
na mesma direção: a geração dos jovens se interessa por religião, mas rejeitam
em grande escala as antigas instituições. Porquê? Porque sabem que as suas
bases nunca poderão ser de pretensão de poder mas de serviços. Na sua grande
maioria o homem atual rejeita instintivamente uma religião que queira mantê-lo
numa situação de dependência.
E consequentemente não aceita uma
pastoral que no fundo não promove a autonomia das pessoas, mas procura mantê-las num estado de submissão. Aí
não se conseguirá evangelizar o homem do século 21.
O homem moderno deve tornar-se
consciente de sua capacidade, de seu valor como sujeito, de sua
responsabilidade. Ele não se deixa guiar como um rebanho de ovelhas. Ele é
crítico, talvez rebelde, e questionador e inovador.
E daí surge a pergunta: Será que
aceitamos esta maneira de agir dos companheiros de Igreja? Será que não
preferimos o homem dócil e humilde das épocas passadas? Será que queremos de
fato católicos autônomos e corresponsáveis?
Será que aceitamos aqueles que questionam também ordens do poder
eclesiástico? Será que estas pessoas são vistas sempre com bons olhos dentro da
Igreja?
Se não for assim, esta Igreja tem que
descobrir que uma grande parte da Sociedade não mais a toma a sério. O grande
desafio para a Igreja é este: conhecer e compreender a nova situação atual.
Por último, devemos ter presente que o
homem moderno é uma pessoa que aprendeu a
escolher e decidir por si mesmo. Porquê? Porque na época passada a
estrutura o mantinha no caminho bitolado, e decidia para ele. E quase nunca ele
tinha de assumir uma atitude pessoal.
Na sociedade urbana de hoje em dia tudo
isso passou. Ele se realiza decidindo.
NOTICIÁRIO:
1)- O festejo de São Sebastião no
Bairro da Cruz começou no dia 10 com uma caminhada de manhãzinha seguida de um
café comunitário, e à tarde adoração. Hoje é a terceira novena, participe. O
festejo encerra no próximo domingo com a santa missa às 09.00h, e procissão e
show de prêmios à tarde.
2)- A coordenação da Catequese
paroquial já reuniu para as programações deste ano. Ficou decidido que a festa
da inscrição será no dia 16 de fevereiro, o 3ºsábado; e o início da
catequese no dia 23, o sábado seguinte. O preço da inscrição fica ao
cuidado de cada Bairro. E vamos combinar com o sr. Bispo para que o sacramento
da Crisma possa acontecer em Março.
3)- Primeira assembleia do Conselho
pastoral juvenil: 16 e 17/02. Local, no Rincão. Quem participa: as
coordenações de todos os movimentos e pastorais de jovens das duas paróquias de
Chapadinha. Ao cuidado da Ir. Santinha e do assessor estadual.
4)- Encontro das coordenações
paroquiais da catequese em Palestina para estabelecer os programas da
diocese e das paróquias para o ano 2019: 19 deste mês, próximo sábado.
5)- Na reunião do CPP desta semana, dia
08, foram distribuídos pelas Comunidades e pastorais os encargos de colaborar
com a alimentação para a assembleia
paroquial nos dias 26 e 27, e os serviços.
6)- Na mesma foi escolhido o Paulo
Dhiognér como coordenador geral da liturgia da Matriz. Agrademos a
sua disponibilidade em servir a paróquia. Foi recomendado que em cada Bairro
possa existir também uma pessoa para o mesmo cargo, com a missão de estabelecer
um dia toda a semana para preparar com antecedência a liturgia de cada domingo.
7)-
Concluíram a última etapa de formação em teologia as senhoras: Socorro Pinto, Amparo Cardoso, Francisca
Carvalho, Alexandrina e Fabiana Rodrigues. Parabéns às mesmas.
8)- Pedimos aos dizimistas que vão buscar
os carnês no Secretariado, obg.
9)- Pedimos que façam o pagamento do Jornal da Celebração O DOMINGO, e a
LITURGIA DIÁRIA, Obg.
10)- Amanhã o seminarista Jhon Lucas estará de volta
para Belo Horizonte, e no final do mês
para Portugal . Votos de bons progressos na sua formação e bons anos de
estudo.
11)- Hoje tem Exposição do Ss.mo na igreja
.
Mariz.
Pastoral da acolhida:
Já temos bastantes pessoas que se inscreveram para esta pastoral. Teremos uma tarde de formação no dia 10/03, segundo domingo de março no CBNET. Até que na Comunidade de São Raimundo já está existe, no sentido que já em todas as missas tem acolhedores nas portas da entrada com a sua bata: “Acolhida”. E na Comunidade de São Pedro também, e você ganha uma mensagem escrita com uma oração quando você chega para a santa missa. Isso é muito lindo e faz parte da pastoral da acolhida.
Esse tipo de acolhimento é que deve existir em todas as Capelas e igrejas. Acolher com um abraço, um sorriso quem chega para a santa missa é a coisa melhor do mundo. Às vezes a pessoa ainda não ganhou um abraço ou um sorriso e pode até chegar meio sem jeito, mas quando entra numa igreja e alguém lhe dá um abraço e sorriso, isto é uma felicidade para começar bem o seu dia e sua oração.
Também nos eventos diocesanos e não só tem alguém para informar as pessoas que chegam e precisam se informar. São as pessoas da pastoral da acolhida que elas vão logo procurar. Outras vezes são visitas, gente de outras cidades e municípios para saber horários de missa, programações da paróquia. E o pessoal da acolhida tem que estar por dentro. Nalgumas empreses tem até aquela inscrição: “Posso ajudar?” Em resumo, são algumas dicas desta pastoral que é preciso ir cultivando.
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