A vida não é dia sim, dia não.
Nem podemos embrulhar a vida e usá-la só em dias de festa. Ou arrumá-la atrás
duma porta, para a usarmos só quando quisermos ou de vez em quando. A vida é de
todos os dias. Parar é morrer. Por isso, comemos, convivemos todos os dias.
Assim a fé. Ter fé não é questão de “às vezes!”, “quando calha!”. Nem é só para
crianças. Fé é confiança total, é entrega absoluta. Tem uma dimensão pessoal. É
para todo o homem e para o homem todo. Não podemos acreditar porque nossos
familiares iam à missa. Ter fé é uma decisão pessoal. Um encontro pessoal com
Cristo que entrou, para sempre, em nosso existir.
O testemunho dos outros tem
valor ( e muito!), mas a fé parte duma aceitação, duma experiência pessoal,
duma vivência que enche toda nossa vida. Torna-nos crentes em Deus. Mas, se a
fé tem a dimensão pessoal, ela também é eclesial. Não acreditamos no que
queremos ou nos parece melhor. Não. Cremos no que Cristo revelou e nos é
transmitido pela Igreja. Por isso, a fé é vivida, é professada, é celebrada, é
testemunhada, é anunciada... A relação de Deus com Seu povo não é algo de
puramente individual, que se guarda com ciúme, sem mostrar aos outros. No dia a
dia, sentimos necessidade de conviver, partilhar, dialogar, festejar a vida com
outros. Isolar-se, viver solitariamente é prisão voluntária, morte antecipada.
Assim a vida da fé. Primeiro há uma relação de conhecimento, de intimidade, uma
relação muito profunda com Deus. Mas esta relação também vira fraternal,
celebração comunitária, vivência eclesial.
Notemos a cruz: tem uma haste vertical que nos
orienta para Deus e outra horizontal que nos une aos irmãos. É uma só, mas tem
duas direções. As ações litúrgicas, como ações públicas da Igreja, são escola
de fé, fonte de vida divina, enriquecimento mútuo e convite a nós mesmo para
que nos entusiasmemos com o exemplo dos outros e a estes para que se saciem nos
mistérios pascais e vivam unidos no amor. Na escuta da Palavra de Deus, na
oração, na interiorização e meditação, na partilha fraterna... a fé pessoal se
alimenta, se fortalece e se comunica. Daí a beleza com que se devem realizar os
atos litúrgicos, da formação de todos para a participação ativa. A beleza dos
atos litúrgicos é expressão excelsa da glória de Deus, aproximação do céu,
antegozo do Amor divino que nos foi revelado em Cristo. Dizer:”eu cá tenho a minha fé!” não basta. É
pouco. Falta-lhe a dimensão eclesial. Eu tenho e professo a minha fé que coincide
com a fé da Igreja. A fé é como o amor. Tem que ser celebrada, aumentada,
partilhada.
Deus salvou-nos e salva-nos em família. Por isso, estamos
intensificando nossa preparação para sermos missionários. As Santas Missões que
se estão já a realizar têm que ser uma exigência conatural. Não podemos viver
Cristo como quem bota um chiclete (plox) na boca. Anda para aqui, para acolá,
esquece-se, mastiga-se e, por fim, bota-se fora! Não. Cristo é de sempre e para
sempre.
PÁSCOA NÃO É
UM DIA. NÃO TEM SÓ 24 HORAS.
Todos os
seguidores do Nazareno estavam decepcionados. Desiludidos. Coisas tão belas que
o Mestre tinha ensinado! Mas seu projeto falhou. Enganou-se e enganou-nos a
nós. Politicamente está condenado, arrumado. Em bem poucos dos Seus seguidores
terá restado uma tímida certeza na caducidade do sepulcro. Alguns já decidiram voltar
ao antigo. Remaram para casa. Dois, sabemos já, dirigiram-se para Emaús.
Percorriam o caminho da dúvida prolongada, da amargura mal digerida, da
desastrosa derrota, da falsidade dos grandes sonhos... Já se tinham afastado de
Jerusalém, lugar do encontro. Tinham-se separado do grupo dos seguidores. E,
agora discutindo pelo caminho, pouco faltava para se separarem um do outro. O
desânimo é mau conselheiro! Pode destruir tudo! Iam ruminando dúvidas, encaroçando
incertezas e lamentando o tempo perdido. Mas eis que lhes aparece um estranho
forasteiro que mete conversa e pergunta por que vão discutindo. E recusa
aceitar as historietas que eles começam a narrar. Chamando-os de tardios na compreensão, situa Ele
agora o que aconteceu na grande História da Salvação. Começa desde Moisés a
explicar o que Deus vinha preparando. A narração vem carregada com tanta
certeza e o ritmo da conversa é tal que até parece que se lhes acende a velha
ilusão e começa a brilhar uma tênue esperança. O forasteiro fala como quem
sabe! Por isso, convidam-no a ficar com eles aquela noite. Costuma haver perigos
na estrada. O forasteiro aceitou. Tornou-se “companheiro”, isto é, preparou-se
para comer com eles. Sentaram-se. E antes de comer, ele abençoou o pão. Partiu-o.
E foi quando os dois se olham espantados... “É Ele! Ele mesmo! É o Senhor!”
Conheceram-no no partir do pão. A esperança acende-se. A alegria chega, mas o
Ressuscitado já não está mais ali. Desapareceu. Não precisa de portas nem de
janelas. É Ele mesmo, mas é Outro. É sempre um Deus irrequieto que não pára,
porque ainda falta muito para a Ressurreição ser total e absoluta em todos. E
os dois fugitivos do grupo voltam a Jerusalém. Regressam ao lugar do encontro. Sem
medo. Fazem o caminho de noite. Afinal o
medo estava só dentro deles. É preciso fazer marcha à ré no caminho do
desânimo. Na nossa vida deve acontecer o mesmo. É sempre preciso recomeçar,
arriscar, refazer o caminho mal andado. Não basta ficar na nossa ( eu cá tenho
a minha fé!), é preciso juntar-se ao grupo, participar da vida eclesial e da comunidade. Ter fé íntima, sim, mas também professar a
fé, celebrar a fé, alimentar a fé, testemunhar a fé a todos e por toda a parte.
Anunciar que o Senhor está vivo! Isso é ser cristão! Isso é ser missionário!
TUDO COMO ANTIGAMENTE! INSTINTOS
HUMANOS (ESSES SIM!) SÃO ANTIGOS.
Nota-se hoje irritante aversão aos
valores cristãos. Chama-se a Igreja de antiquada, retrógrada, ultrapassada...
Mas, ao longo de séculos, seus valores
foram ponto de referência e sentido precioso de vida para milhões e milhões de
pessoas. O cristianismo purificou costumes, imprimiu e reorientou valores,
despertou e influenciou culturas. A fidelidade conjugal se opôs à
permissividade, a castidade à promiscuidade, o sentido fraterno à competitividade,
a solidariedade à solidão, o perdão à vingança... É verdade: também houve situações
de pecado e de ofensa à vida e à liberdade dos outros: frutos de uma época em
que se sacrificava o corpo a uma supervalorização do espírito. A modernidade vem agora trazer e incentivar à
inovação.
Supervaloriza o corpo, sacrificando o espiritual. O contrário da Inquisição
e com muito mais vítimas. Faz tanta propaganda daquilo que diz serem seus
valores que se esquece que muitos são a perfeita realização de instintos
humanos. Também esconde os resultados: o medo do futuro, o terrorismo, o
consumismo, a AIDS, o aborto, a homossexualidade, a liberalização do uso do
sexo, o perigo em que está o planeta terra... Todos estes costumes modernos,
esses sim, são antigos e antiquados. Alguns deles já apareceram no jogo da
perda do paraíso, quando os primeiros pais quiseram ser como Deus. E a
mitologia grega os explana com inteligência. Descreve sua existência, demonstra
seus exageros e castiga seus seguidores. Hoje não. O mundo moderno fica sempre
exaltando suas bestas atitudes e seus nefandos costumes sem os relacionar com
seus terríveis efeitos. Vejamos.
1)- Hoje vive-se ignorando a
transcendência, desprezando a religião. Deseja-se viver sem Deus. Também entre
os gregos havia esta tendência. Por isso, o mito Prometeu. Era manhoso e astuto.
Não aceitava a divindade e roubou a Zeus o fogo e uma filha com quem casou. Mas
morreu e de nada lhe valeu sua astúcia. Foi amarrado a uma rocha e todos os
dias uma águia lhe vem comer um pouco do fígado. Este cresce para a águia
voltar. E assim estará até o fim dos tempos.
2)- O homem moderno orgulha-se da
tecnologia e da ciência que conquistou. Acha-se superior a tudo e também quer
dispensar Deus. Não acredita na eternidade e vive como se fosse o senhor de
tudo. Mas seu atrevimento é infrutífero. Com frequência cai na sua fragilidade.
Sísifo é outro mito grego. Encarnou
a rebeldia contra os deuses. Aprisionou a morte e prometeu que os homens não
morreriam. Acabou morrendo e foi viver no inferno, tendo como castigo levar uma
pedra para cima dum monte e vê-la cair para o mesmo lugar, para recomeçar
sempre a levá-la novamente.
3)- O prazer e o bem-estar estão bem
presentes na vida moderna. É o culto do prazer. A vaidade acima de tudo. Olhem
as academias de ginástica e as cirurgias plásticas. O prazer legitima tudo: a
busca do erótico, a sedução, a permissividade sexual, a pedofilia, a
prostituição, a destruição da família... Os gregos tinham o mito Narciso que era célebre pela sua
beleza. Levado pela vaidade apaixonou-se por uma irmã gêmea com quem ia à caça.
Quando a irmã morreu, teve muito desgosto e, ao tomar banho num lago, viu sua
imagem refletida na água. Apaixonou-se pela sua beleza, entrou em êxtase, e desapareceu
virando estátua.
4)- O homem moderno é vaidoso das potencialidades de suas invenções.
Justifica a guerra, luta para realizar sua ganância, explora os outros, é
corrupto, usa drogas para ter o máximo de prazer e vaidade. Até justifica o
aborto, porque acha que sua liberdade não tem limites. Os gregos também tinham o mito de Dédalo e seu filho Ícaro. Dédalo era
inventor de renome. Mas, pensando que o podia ultrapassar, matou seu sobrinho,
Talo, lançando-o abaixo da Acrópole. Foi condenado ao exílio com seu filho. Sem
poder fugir da ilha onde estavam presos, Dédalo fabricou umas asas para o filho
voar. E recomendou que não voasse alto. Mas Ícaro, entusiasmou-se e voou alto.
Como as asas eram de cera, derreteram-se e Ícaro, caindo, desapareceu no mar.
Dédalo morreu de saudades.
NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA
Primeira
Comunhão no Centro e nos Bairros – 2013:
AREAL : dia 21 de Abril, à 16.00h. Dias
de preparação: 17-18-19. Confissões: dia 20 às 09.00h
TERRAS DURAS: dia 21 de Abril: também às 16.00h. Dias de preparação: 17-18-19.
Confissões às 15.00h
CAMPO VELHO: dia 28 de Abril, às 16.00h. Dias de preparação: 24-25-26. Confissões:
dia 27 às 09.00h
S. ANTÔNIO: dia 28 de Abril, às 10.00h. Dias de preparação : 24-25-26. Confissões: dia 27 às 15.00h
CORRENTE: dia 03 de Maio, às 20.00h. Dias de preparação: 29 e 30 de abril.
Confissões:
dia 1º de Maio às 09.00 para os comungantes, e
às 15.00h para pais e padrinhos.
CENTRO: Dia 12 Maio, às
10.00h. Dias de preparação: 08-09-10. Confissões: dia 11 às 09.00h
FÁTIMA: dia 13 de Maio
às 09.00h. Dias de Preparação: 08-09.
Confissões: dia 10, às 15.00h
NOVO CASTELO: Dia 19 de
Maio, às 07.00h. Dias de preparação: 15-16-17. Confissões: dia 18, às 08.00h
BAIRRO NOVO: dia 19 de Maio, às 10.00h . Dias de
preparação: 15-15-17. Confissões: dia 18, às 10.00h
SANTA LUZIA: Dia 26 de
Maio, às 10.00h. Dias de preparação: 21-22-23. Confissões: dia 24 às 15.00h
APARECIDA: dia 26 de
Maio às 16.00h. Dias de preparação :
21-22-23. Confissões: dia 25 às 09.00h
TIGELA: Dia 30 de Maio
às 10.00h. Dias de Preparação: : 27-28. Confissões: dia 29 de Maio, às 15.00h
BAIRRO DA CRUZ: Dia 02
de Junho, às 10.00. Preparação: Dia 31 e 1º de Maio. Confissões : dia 1º de
Maio, às 09.00h
BAIRRO DO SOL: Dia 07
de Junho, à 20.00h. dias de preparação: 03-04-05 de Maio. Confissões: dia 06 de
Maio, às 14.00h
RECANTO DOS PÁSSAROS:
Dia 16 de Junho, às 09.00h. Dias de preparação: 11-12-13. Confissões: Dia 14 às
14.00h
BOA VISTA: Dia 16 de
Junho, às 16.00h. Dias de preparação: 11-12-13. Confissões: Dia 14 às 15.00h
SANTANA: Dia 21 de
Julho, às 16.00. Dias de preparação: 17-17-19. Confissões: dia 20, às 14.00h
2-Como é sabido, na sexta feira à
noite começa o 1º Retiro para as Santas Missões. Como tudo vai decorrer na
Matriz, pedimos o máximo de compreensão, porque a Matriz vai ficar isolada para
esse efeito e vai ser retirado o Santíssimo do templo. A missa dominical de
sábado à noite vai ser celebrada na Aparecida. No domingo, bem cedo, vai haver
caminhada pelas ruas da cidade e terminará pelas oito horas com missa campal na
praça da Matriz. Não haverá missas nos
bairros, para todos poderem participar da caminhada das Santas Missões.
.
3 - A igreja de S. José está em vias de
acabamento. Pensamos poder inaugurá-la no prim.
5-
Recebemos a notícia através do P. Luis do Grupo Missionário João Paulo II que
este ano o Grupo volta à nossa paróquia. Tudo está sendo preparado para isso. E
mais: o Sr. Bispo de Coimbra, bispo da Diocese do Grupo Missionário, far-nos-á
uma visita entre os dias 29 de julho e 11 de Agosto. Será a visita dum bispo de
Portugal que deseja a sua diocese em estado permanente de missão, não só lá,
mas além fronteiras. Estamos imensamente felizes por esta notícia.
4-
Recebemos a notícia através do P. Luis do Grupo Missionário João Paulo II que
este ano o Grupo volta à nossa paróquia. Tudo está sendo preparado para isso. E
mais: o Sr. Bispo de Coimbra, bispo da Diocese do Grupo Missionário, far-nos-á
uma visita entre os dias 29 de julho e 11 de Agosto. Será a visita dum bispo de
Portugal que deseja a sua diocese em estado permanente de missão, não só lá,
mas além fronteiras. Estamos imensamente felizes por esta notícia.
5- Muita
gente nos tem perguntado pelo Sr. P. Antônio. Está bem. Reside no seminário do
Instituto que fica a 10 quilômetros de sua terra natal. Dedicou-se muito ao
serviço de confissões na quaresma
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