Judeus e cristãos viviam das antigas
promessas confiadas a Israel.
A Bíblia de Israel era a única Bíblia que todos usavam. Um
“Novo Testamento” reconhecido não houve antes do século II. Também os cristãos
no início continuavam frequentando sinagogas e o Templo.
Havia duas teologias do Antigo
Testamento, uma chamada deuteronomista que meditava a falência da instituição
do reinado no século X: ninguém podia ser rei neste mundo, só Deus mesmo, e não
podia terceirizar.
E a segunda, a javeista quatro séculos depois, que tomou
como exemplo o rei Davi e daí fez outra teologia para interpretar as origens da
Criação. Davi falhou, mas tira daí um exemplo: como falhou o rei, também faliu a
primeira criação com o primeiro homem Adão.
E põe o paralelo entre Davi e o 1º
homem Adão. Davi era o pequeno homem chamado do rebanho atrás das ovelhas, o
“pequeno homem” (2 Sam.7,18), tirado do pó e do barro (1Rs 16.1-3) assim como
Adão também tirado do pó e do barro (Gn.2,7). Porém, tanto Davi como Adão foram
exaltados como reis.
Esta teologia javeista sabia que a
descendência de Davi tinha falido nesta tarefa, e que Deus o censurou e puniu
como puniu o primeiro homem Adão. E por outro lado, que nem a um nem a outro
Deus retirou os seus favores e as suas promessas (2.Sam.7,15).
Nesta tradição javeista o Adão, o homem
tirado também do barro, equiparado ao modelo do rei Davi, do pó do nada, foi
também estabelecido como rei da criação (Gn 2,7). A ele é confiado por Deus a
guarda dos Jardins, a morada terrena.
O homem ficou responsável pela história
da terra como Davi devia mudar a desordem em ordem melhor na época dele. Deus
acreditou no homem, digamos que essa foi a mensagem javeista da Criação. Da
falta tanto de Davi como do 1º Adão veio uma nova confiança que nem tudo esta
perdido.
Esta foi e reflexão que levou os Judeus
a escrever a “história das Origens”, o livro do Gênesis no séc. V antes de
Cristo, tomando o exemplo de Davi para aplicá-lo a Adão.
Porém a história não acaba aí. No Novo
Testamento esta história é transferida para Jesus: Se em Davi não deu 100 por
cento de sucesso, mas em Jesus deu. O reino de Deus se completa na pessoa de
Jesus, na sua vida, na sua morte e ressurreição. Por isso ele é o filho bem
sucedido de Davi.
Jesus é o homem no qual a tarefa da criação teve êxito feliz.
Segue que a confiança neste homem é a concretização da confiança de Deus no
homem e na humanidade. Ele nos amou
quando ainda éramos pecadores (Rom.5,8)
Desta teologia inicial se foram
formando as “confissões de fé” de exaltação do nome de Jesus. Tanto maior tinha
sido a queda tanto de Davi como de Adão, tanto maior agora é a figura de Jesus,
tanto para os judeus convertidos como para os cristãos vindos de outras crenças.
“Não há debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devemos ser salvos”
(At.4,12).
Esse hino e outros semelhantes são de exaltação como quando uma
nação declara que não tem rei igual ao seu. Tudo para afirmar que o que não deu
certo nos primeiros homens, mas deu certo com Jesus.
Na verdade, o tempo vai modelando e
configurando a fé da Igreja em novas afirmações e compreensões. Assim, o
concílio de Florença em 1440 condenava ao inferno todos os não cristãos, coisa que foi
contestada no concílio Vaticano II, e desfez essa condenação.
Deste modo podemos constatar como é
grande a nossa herança das construções de fé que professamos e que são
desenvolvimentos das construções de fé dos Judeus. A partir da história do rei
Davi que foi o fundador dos reinados de Israel, a teologia judaica construiu a
teologia sobre o suposto primeiro homem e faz a paralelo entre ambos.
De onde
surgiu a afirmação do nosso título: O “shemá”
de Israel é continuado no judaísmo dos primeiros cristãos e transformado
em fórmulas que ainda hoje sustentam a nossa fé católica, como aquela “não há
debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devemos ser
salvos”(At.4,12).
NOTICIÁRIO:
1)- Encerra hoje a assembleia paroquial
que teve dois dias de trabalhos sendo que ontem foi um tempo de formação com
assessoria do diácono Jerry Lima seguindo-se avaliação e finalmente
planejamento das atividades envolvendo o processo de INICIAÇÃO À VIDA CRISTÃ
(com os temas: CATEQUESE E LITURGIA).
2)- Neste sábado dia 02 temos a missa
da unidade, envolvendo todas comunidades, movimentos e pastorais.
3)- Próximo domingo dia 03 tem
exposição do Santíssimo com adoração nos seus horários.
(Antônio Junior e Rodrigo Teles representantes da Paróquia deN.S. das Dores na XV JMJ do Panamá 2019) |
4)- A jornada mundial da juventude
(JMJ) ocorreu nesta semana, de 23-27 no Panamá, e lá se fizeram presentes
o Antônio Junior e Rodrigo Teles. Aguardamos seu testemunho domingo que vem dia
03 e suas noticias neste horário.
5)- IX ASSMEBLEIA DIOCESANA DE
CATEQUESE: 08 a 10/02 02 em Araioses, com a presença de 05 elementos de cada
paróquia.
6)- Recordamos que a festa da
inscrição para as catequeses será no dia 16/02.
7)- Inicio das catequeses no dia 23/02
8)- Lembramos o pagamento das
assinaturas do “DOMINGO” e LITURGIA
DIÁRIA.
9)- Lembramos que nos dias 16 e 17 tem
assembleia do Setor Juvenil das paróquias de Chapadinha no RINCÃO, se
prepare.
10)- Lembramos que terá uma tarde de
formação para a pastoral da acolhida no dia 10/3 no CBNET.
11)- Pedimos aos dizimistas buscar
os carnês no Secretariado. Obg.
NOTAS
LITÚRGICAS:
I)-
“Ide para vossas casas e comei carnes gordas, tomais bebidas doces e reparti
com aqueles que nada prepararam” (Ne.8,10) – Lição moral: a partilha.
II)- “Como todos os membros do corpo embora sejam muitos formam um só corpo,
assim também acontece com Cristo: Vós todos juntos sois o corpo de Cristo e,
individualmente, sois membros desse corpo” (1 Cor. 12,12.27)- Lição moral:
a unidade e a colaboração na Igreja e na sociedade.
III)- “O Espírito do Senhor está sobre mim porque ele me consagrou com a
unção.” Para ser um catequista (anunciar a boa nova); abrir caminhos
contra as opressões e ajudar os cegos a ler; trabalhar dentro e fora da igreja
para colaborar para uma sociedade mais liberta e aberta.(Lc. 1,18).