A primeira condição para que haja uma
boa convivência comunitária é de não julgar o irmão ou irmã, ou seja,
eliminar os preconceitos que impedem a convivência transparente. O que
significa isso no concreto?
O evangelho de São João dá um exemplo de como Jesus
vivia em comunidade com os discípulos. Jesus diz: “Eu não chamo vocês de
empregados, pois os empregados não sabem o que seu patrão faz, eu chamo de
vocês de amigos, porque comuniquei a vocês tudo o que ouvi de meu Pai”. (Jo
15,15).
Jesus é um livro aberto para os seus
companheiros. Esta transparência nasce da sua total confiança nos irmãos e
irmãs e tem a raiz na sua intimidade com o Pai que lhe dá a força para abrir se
totalmente aos outros.
Quem assim convive com os irmãos e irmãs, aceita o outro
do jeito que o outro é, sem preconceitos, sem impor-lhe condições prévias, sem
julga-lo. Aceitação mútua sem fingimento e total transparência!
Este é o ideal
da nova vida comunitária, nascida da Boa Nova que Jesus nos trouxe de que Deus
é Pai/Mãe e que, portanto, todos somos irmãos e irmãs uns dos outros. É um
ideal tão difícil e tão bonito e atraente como aquele outro: “Ser perfeito como
o Pai do céu é perfeito” (Mt 5, 48).
Mateus 7, 3-5: Vê o cisco e não percebe
a trave.
Em seguida, Jesus dá um exemplo:
“Porque você fica olhando o cisco no olho do seu irmão, e não presta atenção a
trave que está no seu próprio olho? Ou, como você se atreve a dizer ao seu
irmão: “deixe me tirar o cisco do seu olho”, quando você tem uma trave no seu?
Hipócrita, tire primeiro a trave do seu próprio olho, e então enxergará bem
para tirar o cisco do olho do seu irmão.
Ao ouvir esta frase, costumamos pensar
logo nos fariseus que desprezavam o povo como ignorante e se consideram a si
mesmos melhores que os outros (cf. Jo 7, 49; 9,34). Na realidade, a frase de
Jesus serve para todos nós. Por exemplo, hoje, muitos de nós católicos pensamos
que somos melhores que os outros cristãos.
Achamos até que os outros são menos
fieis ao evangelho do que nós católicos. Olhamos o cisco nos olho dos nossos
irmãos e não enxergamos a enorme trave de orgulho prepotente coletivo ou
individual nos nossos olhos.
Esta trave é a causa por que, hoje muita gente tem
dificuldade de crer na Boa Nova de Jesus. Regra de ouro: Fazer ao outro aquilo
que você gostaria que o outro fizesse a você meu irmão e minha Irmã (Mt 7, 12).
Que Deus por intersecção de Nossa
Senhoras das Dores, te abençoe. Em Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
Amém.
Padre Ambrósio – Pároco – Missionário
da Boa Nova.
Como é bom as pessoas viverem em
harmonia.
A gente vai embora
A gente vai embora,
fica tudo aí, os planos a longo prazo e as tarefas de casa, as dívidas, as
parcelas do carro.
A gente vai embora,
se dissolve e some a importância que
pensávamos ter, a vida continua, as pessoas superam e seguem suas rotinas
normalmente.
A gente vai embora,
as brigas, as grosserias, a impaciência, a infidelidade serviram para nos afastar de quem nos trazia
felicidade e amor.
A gente vai embora
e todos os grandse problemas que tínhamos se transformam em um vazio, não
existem mais problemas.
A gente vai embora
e o mundo continua caótico como se a nossa presença ou ausência não fizesse a
menor diferença. O cachorro é doado, e se apega aos novos donos. Os viúvos se
casam novamente, fazem sexo, andam de mãos dadas e vão nas festas.
A gente vai embora
e somos rapidamente substituídos no cargo que ocupávamos na empresa. As coisas
que sequer emprestávamos são doadas, algumas jogadas fora. Quando menos se
espera
A gente vai embora,
aliás quem espera morrer? Se a gente esperasse pela morte talvez a gente
vivesse melhor, talvez a gente esperasse menos dos outros, talvez perdoasse
mais, risse mais, saísse à tarde para ver o mar, talvez a gente quisesse mais
tempo e menos dinheiro.
A gente vai embora
e o tempo voa; a partir do momento que a gente nasceu começou a nossa viagem.
A gente vai embora
aos poucos, um pouco mais a cada segundo que passa.
O que você está fazendo com o pouco
tempo que resta? Que possamos ser cada dia melhores e
que saibamos reconhecer o que realmente importa na nossa passagem pela Terra. E
que “a terra possa ficar mais bonita depois da nossa passagem”, até porque
A gente vai embora.
Encerra
hoje o sínodo dos bispos para a PAN-AMAZÔNIA
O Sínodo quis “ouvir tanto o clamor da
terra quanto o clamor dos povos amazônicos”. Com insistência na promoção das
tarefas da mulher amazônica, e da espiritualidade. E para que se proceda à
tradução da Bíblia para as línguas autóctones amazonenses, e até possíveis
adaptações do rito eucarístico às culturas locais no reconhecimento da
espiritualidade amazonense.
“Os povos amazônicos nunca estiveram
tão ameaçados em seus territórios como agora, tendo sido considerados como
Despensa das nações e Estados locais.
Resultados do SÍNODO: ´1)- Deu voz aos
povos amazônicos, quilombolas e ribeirinhos. 2)- Surgiu um ARQUIVO com mais de
oitocentos informes que vieram de todas as comunidades amazonenses. 3)- Romper
com as mentalidades de colonização em cima da Amazônia.
A doutora Avelin
Buniacá amazonense falou em entrevista:
“Somos nós que temos que dizer do que
precisamos, o que fazemos e por qual motivos lutamos. O Papa Francisco é uma
referência mundial. Nós sabemos que este Sínodo vai incomodar muito. Acabem com
o slogan: terra indígena é atraso, é retrocesso.
Quero deixar uma mensagem para
os cristãos, os católicos, para aqueles que vivem o cristianismo:
acompanhem-nos nessa jornada em defesa
da nossa grande mãe”.
E outra participante disse: Porquê o
Sínodo? Porque nós somos Terra, a Terra é a nossa Mãe. Ela é a mãe , independentemente de raça,
religião, cultura a país. Com ela vivemos, e se ela falha, pouco a pouco todos morremos
mais depressa (Irmã Ceriz Monteiro, amazonense). "E por isso que é preciso "amazonizar" o mundo, concluíu.
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