É
igual a: “amar o próximo como a si mesmo” (Mc.12,31); e “quem ama cumpriu toda
a lei”(Rom.13,10). Paulo afirma que agora há as três virtudes, fé, esperança e
amor, “Mas a maior delas é o amor”(1
Cor.13,13). Quer dizer que o amor vale mais do que a fé. Essa que é
chamada a “regra de ouro” que vem expressa em todas as religiões da
antiguidade, e por isso a Bíblia cristã a trouxe igualmente no Livro de Tobias:
“Não faça para ninguém o que não gosta
que façam para você”(Tob.4,15) e repetida no evangelho de Mateus: “Tudo o que quereis que os homens vos
façam, fazei-o vós também a eles; esta é a lei e os profetas” (7,12).
Numa constatação pela historia, vemos
que a tradição e a prática das Igrejas não tem sido essa, mas aquela de que a
fé vale mais do que o amor. Por isso se matava, se queimava, se perseguia e
se proibia de falar e de escrever, como na Inquisição e nas Cruzadas. Mas esta
historia vem já do judaísmo: para impor a sua religião guerreavam com
todo mundo. Porém, a mesma fé que formou e unia o povo judeu foi a mesma que
acabou com o povo judeu 70 anos depois de Cristo.
Logo em seguida continuou no Novo Testamento
com o primeiro imperador Constantino condenando todo mundo que não se
convertesse à nova religião do Estado que já era o cristianismo. Logo depois
vieram as Cruzadas na Idade Média para combater o Islão. Em seguida a Inquisição
e a caça às bruxas para matar e queimar quem não professasse a fé.
Católicos matavam protestantes, e protestantes matavam católicos. Logo depois
vieram as conquistas e as “colonizações” e os genocídios de populações dos
novos continentes porque não eram do rei e da fé.
Por último, ainda ficou um saldo da
Inquisição com a condenação de quem não tivesse as teologias da Idade Média,
condenações como a do teólogo Leonardo Boff. Perseguições no Brasil de Leonardo
Boff e da teóloga Ivone Gevara, que defendia os direitos das Mulheres. Houve as
seguintes perseguições na América Latina: Gustavo Gutierrez, Ernesto Cardenal e
Fernando Cardenal, e o bispo Dom Romero; e Jon Sobrino, que sobreviveu a uma
chacina de seis jesuítas, igual o Frei Beto, brasileiro. Na Espanha: José Maria
Castilho, Miguel d’Escoto, Edgard Parrares e Juan Afonso Estrada. Na França:
Teilhard de Chardin, Dominique Chenu, Jacques Dupuis, Ives congar e Henri de
Lubac. Na Alemanha: Karl Rahner, Edward Shillebeeckx e Bernhard Haring; Na
Holanda: Hans Kung; Na América do Norte: Charles Curran e a teóloga Larina
Byrne; Além de Marciano Vidal na Espanha, que junto com Bernhard Haring são os
maiores moralistas do século 20.
Fazemos a seguinte observação: O Papa
João Paulo II recebeu 15 visitas da CIA, no governo de Ronald Reagan, dos USA,
pedindo informações políticas sobre a América do Sul para orientar o Card.
Ratzinger e combater a teologia da libertação. Uma ocasião deixou de receber o
bispo de El Salvador Dom Romero que fazia a caminhada com os pobres de El
Salvador e o forçava a se submeter ao regime genocida do governo, até ser morto
pelo regime dentro da catedral de El Salvador. Depois do assassinato do mesmo
bispo o Vaticano reconheceu que promoveu uma campanha de difamação contra ele
para não ser elevado às honras do altar, e não ser canonizado. (Cf. http://bit.lv/1xeiWi5).
Constatamos, porém, que nas cenas dos
refugiados de guerras, e nas calamidades naturais, no atendimento a milhares de
seres humanos ninguém pergunta qual é sua religião? E quando vêm técnicos de
todas as Nações para socorrer terremotos, Tsunamis? Eles vêm de todas as nações
e de todas as religiões...”Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei
também a eles” Esta é a religião universal, onde o amor vale mais do que a
fé, como dissemos. E já vimos que a fé pode matar, so o amor salva. A fé
pode condenar, só o amor perdoa. A fé pode dividir, só amor une.
P.Casimiro João smbn
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