Em termos gerais,
partimos do princípio que podemos falar da harmonia ou possibilidade da
harmonia da cristologia com a visão evolutiva do mundo.
Esta tarefa consiste
em que se esclareça a possibilidade de interna afinidade e harmonia mútua entre
as duas grandezas. E assim, onde o homem hoje mais se sente em sua casa, neste
mundo, este axioma aí atribui o próprio lugar insubstituível de Deus. Deus e
homem em insubstituível parceria.
O enunciado central é
levarmos muito a sério que o Logos se fez carne. No entanto, descartamos a
maneira mitológica não mais sustentável em que certa mentalidade se apoiava
nesta dogma.
Como afirma Karl
Rahner “quanto a nós, gostaríamos de refletir aqui sobre o que qualquer teólogo
poderia dizer ao se confrontar com a necessidade de atualizar sua teologia sob
o impacto das questões colocadas pela visão evolutiva do mundo” (Curso
Fundamental da Fé, 219).
Partindo então da
unidade existente entre espírito e matéria (unidade mas não identidade), iremos
entender o homem como existente no qual a tendência fundamental da matéria a se
encontrar a si mesma no espírito chega à sua irrupção definitiva na
autotranscedência.
Daí decorre o axioma
que essa autotranscendência é abertura ontológica e ao mesmo tempo graça e
glória produzida por Deus na intencionalidade da criação. E daí partimos para o
princípio que todo ser humano, no seu grau assume em si um grau da encarnação
de Deus, isto que chamamos também graça e glória porque uma não anda sem a
outra.
Pense num Francisco de
Assis, num Padre Pio, numa Teresa de Calcutá, quem os via, via Deus naquela carne,
naquele kit de carne e espírito numa unidade tão unida, diversa mas uma. Na
época da vida deles era abertura ontológica, era graça, e hoje é glória. “Por
essa perspectiva, a encarnação surge como o início necessário e duradouro da
divinização do mundo no seu todo”.
Por isso que careceria
de sabor cristão conceber matéria e espírito como sendo realidades apenas
eventualmente justapostas. Para uma teologia e filosofia cristãs é coisa
pacífica que a matéria e espírito mais têm de comum do que diferente.
É na unidade
intrínseca do homem que se manifesta em sua maior clareza essa harmonia de
elementos. Segundo a doutrina cristã, todo homem é não uma composição
contraditória ou transitória de matéria e espírito mas uma unidade. No estado
de consumação, que chamamos de morte, não se pode excluir a sua materialidade
como sendo coisa transitória e adjetiva, mas constitutiva.
E isto é tão belo e
tão constitutivo, que à medida que o homem uno assim se experimenta, pode e
deve dizer assim, eu sou espírito.
O que é
autotranscendência? A matéria como evoluindo por sua natureza interna na direção do espírito, a que chamamos o
devir. O devir há de se entender como um vir a ser mais, como surgimento da
realidade maior, como obtenção viva da plenitude de si.
E evolução? Podemos
então definir a evolução: a história não é permanência na mesmisidade mas o
devir do novo. O anterior se supera realmente ultrapassando-se e
salvaguardando-se em toda a verdade. Por isso hoje aceita-se tranquilamente que
a evolução chegou até à consciência e à liberdade. Podemos dizer com toda a
verdade como sendo o homem produto da natureza e dali em diante parceiro no
comando da mesma natureza.
De onde vemos o nexo
entre Cristologia, visão evolutiva do mundo e autotranscendêcia.
NOTICIÁRIO
1)- Hoje primeiro
domingo de Novembro tem exposição do Santíssimo, com os grupos e horários de
cada grupo.
2)- Colegiados:
vamos ter reunião no dia 07, 3ªfeira.
3)- Dia 13 temos a
reunião das Equipes de dízimo. Como habitual no CBNET e o horário às
19.00h.
4)- Assembleia
diocesana de Pastoral: Dia 09-12, na sede da diocese.
5)- Reunião do CPP,
no dia 14, onde cada comunidade deverá trazer suas contas, para colocar
em comum no CPP. As comunidades que faltaram na reunião do dia 31/10 e não
entregaram o relatório dos pertences da comunidade deverão trazer para o CPP
como sem falta.
6)- Recebemos a
notícia que o diácono José Antônio da Silva vai ter a ordenação sacerdotal
no dia 17 de Dezembro na igreja de N.S. da Boa Nova em Contagem, Belo
Horizonte. E no dia 16 do mesmo mês de Dezembro haverá aqui a ordenação de
diáconos do Francisco de Assis do Vale, e
do Felipe na paróquia de Cristo Rei
As bem aventuranças noutra
versão
“Que
avancem os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus!” Os “pobres em
espírito” são aqueles cuja vida está apoiada em Deus, não nos bens materiais, e
por isso sua luta não será em vão, mas alcançarão aquilo que esperam, a saber,
o reino dos céus.
Que
avancem os “mansos”, pois, embora atribulados, não agem com violência nem
duvidam do amor de Deus por eles. Estes herdarão a terra e a usufruirão sem
violência, como o desejam.
Que
avancem os que têm “fome e sede de justiça”, a saber, os decepcionados com a
justiça terrena, a qual não defende os inocentes e favorece os culpados. E,
porque esperam unicamente na justiça divina, não serão decepcionados, mas
alcançarão a vitória, viverão numa terra renovada, alicerçada na justiça.
Que
avancem os misericordiosos, pois, como agiram à semelhança do agir divino,
serão tratados por Deus com misericórdia e viverão num novo mundo, onde a
misericórdia e o amor superam todas as coisas.
Que
avancem os “puros de coração”, os que são transparentes, não enganam nem são
falsos. Eles verão a Deus.
Que avancem todos aqueles que “promovem a paz” ou
que produzem o shalom (prosperidade, bem,
saúde, inteireza, segurança, integridade, harmonia e realização). Serão
chamados filhos de Deus, o verdadeiro doador da paz.
Que avancem os “perseguidos por causa da justiça”, os que sofrem perseguição
por causa da fé, por causa do evangelho. Quem sofre por causa de uma
participação ativa na construção do Reino não será decepcionado, mas verá o
Reino acontecer. Os que se ajustam à vontade de Deus terão lugar no reino dos
céus, onde a vontade de Deus é soberana.
Que
avancem as pessoas de boa vontade, verdadeiras promotoras dos valores do reino
dos céus na história. (Aíla Pinheiro de Andrade)
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