Vejamos
como foi. A construção do primeiro Templo foi obra de Salomão (930 a.C.).
Quando o reino do Norte (Israel), voltou do cativeiro da Síria, o rei Ciro
construiu o templo de Betel (530) para a Samaria. E quando mais à frente o
reino do Sul (Judá) voltou da Babilônia, com Neemias e Esdras, Dário
reconstruiu também o templo de Jerusalém. E quando mais à frente sofreu abalos
por guerrilhas internas, ainda foi de novo o rei Artaxerxes I que
subsidiou, já bem perto da época dos macabeus.
Os
reis, mesmo os dominadores, sabiam que a religião servia à segurança do
império. Por isso, quando Neemias e Esdras reorganizaram o Judaísmo, depois do
decreto de Ciro que decidiu a volta dos deportados para a sua pátria, o rei Dário,
filho de Ciro, permitiu que reconstruíssem o Templo. Porém, mesmo com as
recomendações de Esdras e Neemias, eles não levaram avante. Ninguém mexia uma
palha para a reconstrução do templo Quem, passados uns 25 anos, construiu foi o
rei Seleuco, que sucedeu a Dário e Elexandre.
Quando
morreu Nabocodonosor, após anos de cativeiro, a frustração e a desilusão era
tanta que entre os Judeus que tinham retornado para a Judeia debaixo do comando
de Neemias, generalizavam a ideia de que não havia nenhuma utilidade em ser
leal à religião. E havia o grande risco da desintegração da religião, como já
tinha acontecido na comunidade de Elefantina, que tinha se formado no
Egito.
Providencialmente,
na corte de Artaxerxes, depois de Dário, havia um judeu chamado Neemias, que
tinha um alto posto como copeiro do rei. Foi enviado para Jerusalém para animar
os Judeus e para reconstruir o Templo. Uns anos depois, foi Esdras para auxiliar
na observância da Lei, o qual levou consigo um exemplar da Lei.
Na
carta, o rei dizia que era “decreto régio”, e um judeu que tal lei
desobedecesse, desobedeceria também “à lei do rei”. Porquê? Porque a religião
servia à segurança do Estado e do império.
Foi
este o motivo do envio de Neemias para Judá. Neemias depois chamou o sacerdote
Esdras para acertar as coisas com a prática judaica.
Após
este período, Judá ficou bastante entregue a si , na época de Alexandre, que
derrotou os dominós babilônicos e assírios. Viveu não muitos anos, só 30, e
veio Ptolomeu, para tomar conta da Babilônia, e de quebra, da Palestina.
Os
Judeus que viviam fora da Palestina, sobretudo no Egito, eram mais de um
milhão, muito mais do que os da Palestina mesmo. Após várias escaramuças, entre
facções antagônicas, o Templo sofreu vários abalos. Foi preciso ainda ajuda dos
reis selêucidas para reconstruírem. Após esta época, vem a época de Antíoco IV
Epifanes, que tentou impor a cultura e a religião gregas, mas respeitou o Templo,
na sua estrutura, porém colocou lá os deuses gregos de mistura com o culto
judaico.
Voltamos
à nossa afirmação inicial “orar pelo rei” e pelo bem estar do rei foi sempre
uma constante dos Judeus, pelos motivos explicados, além de outros motivos já
nestas matérias anteriormente falados, oriundos do pensamento antigo de que o
rei era filho de Deus e ocupava o lugar de Deus na terra.
Sistema
este que era chamado “teocracia”, substituído nos tempos modernos pela democracia,
e separação de poderes entre religião e Estado. (Estado Laico).
P.Casimiro
João smbn
www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br
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