quinta-feira, 3 de junho de 2021

Significado de “aspergir com sangue”.

1). Nas demarcações de terras e territórios fazia-se o trajeto com um animal vivo, um boi, e depois cortava-se a cabeça, e escorrendo o seu sangue em toda a volta sobre cada um dos marcos que delimitavam a área,

2). Quando se construíam novas moradas, o mesmo sangue servia para demarcar os limites e se aspergiam as delimitações.

3- Na Alemanha, debaixo dos muros eram colocados pezunhos e crâneos de cavalo, juntamente com alguns alimentos, o sangue era vertido  sobre a primeira pedra da construção. Ainda dentro da cabeça do animal se colocavam algumas moedas, para atrair a sorte.

4). Na Suécia era colocado um gato morto com a boca aberta para baixo atrás da porta para arranhar as bruxas que tentassem entrar.

5). Na Dinamarca enterravam um cavalo vivo em seu interior.

6). Na Inglaterra e Escócia se colocava um cão negro na construção de um novo cemitério para defesa dos mortos.

7). Havia as certezas entre as populações de que quem entrasse a primeira vez numa casa nova ia morrer, então o animal sacrificado livrava da morte, e também pintavam os umbrais da casa com sangue.

8). Na Bretanha e na Ibéria a morte personificada sentava-se na soleira ou entrada da porta e esperava o primeiro que entrasse nas novas construções, e por isso se sacrificava o animal espargindo o sangue para livramento.

9). Colocavam-se chifres de carneiro ou de boi incrustados no meio das pedras próximo à porta de entrada, ou crânio de cavalo, ou gato em posição de caça.

10). Se uma vaca morresse, sua cabeça era cortada e enterrada no chão da propriedade, e o corpo era levado pro meio da floresta. Este ritual também curava de uma doença incurável nos humanos e livrava do fogo.

11). Nos currais das casas da Galícia penduravam-se chifres de carneiro contra os raios e mau olhado.

12). Os litigantes por posse de terra deviam entrar com alguns cavalos e dar voltas por duas vezes na terra dos ocupantes. Se os litigantes eram mulheres entravam com ovelhas. Se o ocupante não aceitasse podiam ficar uma noite e um dia lá com os animais até o ocupante sair. E acenderiam o fogo como sinal.

13). Para os antigos mosteiros marcavam os limites soltando uma vaca para pastar; onde ela parasse, era ali o limite. Outro sinal também: soltavam uma mula e um boi, e no lugar em que eles se cruzassem seria o limite.

P.Casimiro João    smbn

www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br 

 

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