“Quando o demônio foi expulso, o mudo começou
a falar” (Mt.9,33). Falei no blog anterior que no estudo de Gonzaga Prado a
catequese dos judeus era assim: Quando Deus
criou os homens no sexto dia, faltava criar os demônios, e criou o espírito mas
não deu mais tempo de criar um corpo para cada um deles porque chegou o
descanso do sábado, que começava sexta à tarde, e por isso ficaram sem corpo.
Então eles ganharam raiva dos seres humanos de tal maneira que cada um começou
a entrar no corpo dos homens trazendo consigo uma doença como vingança. E de
tal maneira que nos evangelhos os “espíritos maus” andam sempre acompanhados
com as doenças: “expulsem os espíritos e curem as doenças”. O resultado é que,
para tirar a doenças tem que tirar primeiro o espírito mau que trouxe a doença.“Quando o demônio foi expulso, o mudo começou
a falar”(Mt.9,33). (Cf. Espiritos e demônios, Gonzaga Prado www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br de 7/2/21). E hoje nesta liturgia o evangelista do
evangelho de Mateus assim fala, para comprovação do dito. A Biblia fala na
linguagem daquela época; a linguagem de hoje é outra. Por isso uma leitora do
Blog comentava: “é preciso usar uma lupa para entender a Bíblia”. Na verdade
confirma-se com a afirmação da Pontifícia Comissão Bíblica quando afirma: “O estudo das múltiplas formas de paralelismo permite um
melhor discernimento da estrutura literária dos textos bíblicos que se baseiam
numa cosmologia já ultrapassada”. Denuncia também a leitura fundamentalista
como sendo “uma grande estreiteza de visão ao analisar certos episódios só
porque encontram-se na Bíblia”. E afirma “a necessidade de uma interpretação no
hoje do nosso mundo, porque os textos da Bíblia são a expressão de tradições
religiosas que existiam antes delas, os
quais foram retrabalhados e reinterpretados para responderem a situações novas
desconhecidas anteriormente”. (Pont. Com. Bíblica, 1994).
P.Casimiro
João smbn
www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br
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