quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - MERCENÁRIOS DA POLÍTICA, NÃO!






 Fazer uma governação com moral não é uma ilusão. Para o cidadão consciente, deve ser uma opção. Pensar que a ação política se pode fazer com ética não é invenção. É missão própria de quem aceita, pelo voto do povo, o serviço de procurar o bem comum. Bom político não é o que ama o poder para fazer o que quer. É o que tem o poder de amar o bem comum para fazer o que deve. 

O Papa Francisco disse há dias: “um governo sem princípios morais não passa duma quadrilha de malfeitores”. Esta é uma verdade-bomba em que devemos pensar. A politicagem é condenável. Não se deve suportar. Menos ainda, favorecer.

 Habituámo-nos à corrupção. E se algum não o é chamam-lhe besta porque não sabe aproveitar. Este hábito social tem que acabar. Temos que mudar e exigir moral na atuação política. 

Estamos num tempo de mudança e, talvez, numa mudança de tempo. Sabemos que costumes não se mudam com facilidade. Mas não se pode mais suportar tanta arbitrariedade! 

Urgentíssimo saber distinguir entre política e politicagem, entre administrador e explorador, entre centralização dominadora e administração com participação, entre abuso e respeito. Precisamos acabar com a inoperância por desvios de dinheiro público... 

Quem é mais antigo ainda se deve recordar da propaganda na boca de urna, dos currais eleitorais, da compra descarada de votos, dos showmícios, dos votos de cabresto, etc. Já se evoluiu muito, mas muito falta ainda evoluir. Todos: candidatos e povo. Sim, porque nosso povo é pedinchão demais, muito interesseiro. Negoceia o voto, vende-o por interesses individuais que depois geram oportunidade para os eleitos retirar do património público o que deram. Sim, porque eles não querem ser beneméritos! 

Tão corrupto é o político como o pedinchão. E aí é que está a função da Comunicação Social. Não se deve transformar-se em castelo de egoísmo para defender arbitrariedades ou como passaporte para reforçar o individualismo. 

Hoje a Comunicação, é generosa em dádivas e em exigências. Em dádivas, porque multiplica as possibilidades humanas com notícias, propostas, estilos, sugestões, modelos de felicidade... Em exigências, porque quem entra neste campo da comunicação tem que saber hierarquizar valores e discernir mensagens para não confundir morte e vida, guerra e paz... 

Sem este esforço de purificação pode-se criar situações desesperadas, acríticas e daí uma vida ao sabor do vento, a preferir o superficial, a vaguear na vida sem sentido. Hoje há muita maneira de fazer política que nada tem a ver com política. Necessário que quem trabalha com a comunicação social seja consciente da sua missão e eduque em ordem a uma situação mais democrática. 

Não se patine no vício, não se propagandeie o erro, não se prestigie quem não soube administrar. O povo tem que ser chamado à razão, a usar a inteligência e a memória. Há pessoas que já demonstraram que não são líderes competentes nem honestos, que se interessaram mais em enricar que em desenvolver Chapadinha. 

Outros, engordaram o populismo a ponto de se prestigiar na alienação. E dizer claramente isso aos senhores profissionais da política e ao povo que vive da pedincha na campanha eleitoral

Os políticos desviam. Mas o povo é o primeiro a desviar com sua pedincha. Ambos mercenários da política. Nosso povo deve evoluir no processo político e não viver da pedincha na época eleitoral, porque isso também é nojento e é corrupção criminosa. Tem que haver mudança para mais honestidade, seriedade, competência... 

Deixemo-nos de brincadeira! Criemos a cultura da boa educação e do trabalho.

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