sábado, 1 de fevereiro de 2014

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - CRIME HORRÍVEL? – NÃO, PIOR! CRIME HORRÍFICO!






 CRIME HORRÍVEL? – NÃO, PIOR! CRIME HORRÍFICO!

Vida é vida. É dinamismo sagrado. É dom que Deus empresta ao ser humano. É graça que nos é oferecida. Só Deus pode desencadear essa força. Vem do Seu poder, carregada de possibilidades. Vida é alegria que pula do infinito para se fazer grande e bela na cidade humana. 

É propriedade de Deus da qual lhe daremos contas. Ninguém pode desprezar a sua vida ou inutilizar a vida de outros. Pisar uma flor é calcar a possibilidade dum fruto. Se os frutos falassem, diriam que são filhos da flor. Matar um feto humano é dizer não à vida. É impossibilitar uma existência. Abortar é crime. Crime horrível? – Não isso é pouco. 

É horrífico. Não só traz horror, mas fica gerando horror. Enche a vida de terror! É apoderar-se do alheio. É matar. É assassinar uma individualidade humana. Por essa individualidade ainda ser desconhecida, ninguém a vai defender. Inocente? - Não merece ser atacada. Pequena? – Seu ritmo de crescimento não devia ser interrompido. Traz em si a originalidade, a grandeza e a beleza de um projeto divino.

 Desde o primeiro momento, na junção de duas células apenas, Deus veio semear aí seu amor criador. Interromper esse ato é negar um direito pessoal. É usar a cancela da má liberdade para não deixar Deus passar. É trancar a ação de Deus. É ferir o universo. É enterrar uma alegria. É querer trocar a eterna felicidade duma existência por um individual prazer passageiro.



Diz o povo africano: “Quando a vida se anuncia, espera-se. Quando nasce, celebra-se. Quando cresce, acolhe-se. Se adoece, cura-se. Quando diminui, ampara-se. Se chora, consola-se. Quando envelhece, respeita-se. Quando ameaça terminar, vela-se. Quando se vai, acompanha-se”. 

Em tudo ela deve ter a primazia. Quem vive quer viver. Vida é preciosidade. Exige proteção máxima e respeito absoluto. Sejamos todos sentinelas, vigias atentos do direito à vida. Desde o primeiro instante até o último momento. Até Deus vir buscar o que é seu. Celebremos cada dia a vida no seu santuário que é a família. Partilhemos esse dom na caridade. Aguardemos sua plenitude na eternidade. 

Que ninguém ataque a vida! Guerra contra inocentes, indefesos, desconhecidos...? - Não nos alistemos nessas fileiras. Combatamos contra!



SANTAS MISSÕES ANUNCIAM PERSEGUIÇÃO AO 
 COMODISMO!


Na vida cristã ninguém se pode contentar com: “faz de conta!” “mais tarde, veremos!” “Agora, ainda não!” “Alguma coisa” é muito pouco. O tempo urge. Amanhã pode ser tarde. 

O atual Bispo de Roma, o Papa Francisco, vem, insistentemente, convidando toda a Igreja a mais seriedade. Não quer uma Igreja acomodada, parada em tradições, uma Igreja fechada em si, preocupada só em defender-se ou em fazer manutenção do que é. Somos, com seus gestos de coragem e suas palavras incendiadas de entusiasmo, convidados a quebrar as amarras do medo que nos prendem à passividade, a arrumar nossas desculpas de indiferença, a desmontar nosso comodismo... para lançar a Igreja, todos os crentes em Cristo vivo, nos caminhos da Missão. 

Precisamos todos de acordar, de sair à rua, de saber correr riscos, mas não ficar, como moribundos, sem ter força para nada. Precisamos colocar a Igreja, toda a Igreja, em estado permanente de Missão. Ser cristão não é embrulhar-se, encolher-se, deixar correr a vida de qualquer maneira! Temer qualquer dificuldade, mínimos resfriados e deixar-se ficar... não é próprio de um cristão. Ser cristão é pôr-se a caminho, sair de si, ganhar a ousadia de aceitar a agilidade do Evangelho e, como Maria, vestirmo-nos de prontidão para anunciar Cristo. Ser cristão não é ser apenas cliente frequentador de alguns atos litúrgicos. 

Precisamos refletir e não continuar a querer enganar-nos e a pretender satisfazer a vontade de Deus com qualquer coisa. Vida cristã é vida rumo à plenitude. É mais que qualquer coisa, mais que rotina, mais que vida desinteressada, vida reles... Muito mais! É decidir-se em não ter uma vida estagnada, ancorada em desinteresse; é não aceitar o comodismo que envergonha, é combater a indolência que se torna insensível à dinâmica da Palavra de Deus; é trocar tudo pela alegria de viver em Cristo, testemunhar Cristo e ensaiar já aqui na terra a plena comunhão com Deus.


As Santas Missões, que estamos a viver, são convite, chamamento divino, graça concedida. Deus não nos chama para sermos pastores de coisas conhecidas, do que já possuímos. Chama-nos para sermos pescadores, para procurar o desconhecido, para enfrentar os perigos que nos podem aparecer como quem entra no mar. Somos pescadores e pecadores. 

Precisamos acordar para o chamado a uma vida com mais seriedade. As Santas Missões são graça de Deus que nos toca. Somos discípulos-missionários. Ser missionário não é atributo acessório, dispensável, acidental... Não, é essencial. Quem vive, transmite. Quem tem, irradia. Quem possui, dá. 

Não podemos ser como lâmpadas queimadas, câmaras de ar furadas, rodas empenadas, canos enferrujados, pessoas amedrontadas...! 



POLÍTICA SOCIAL E FLAGRANTES DESIGUALDADES!

É urgente uma educação para que haja uma cultura dos direitos de cidadania. Só ela nos pode dar a visão exata da realidade e a solução dos problemas sociais. A democracia vive-se na prática e é necessária uma cidadania ativa. Não basta ouvir dizer que estamos em estado democrático para tudo ficar democrático. 

A democracia aprende-se, assimila-se lentamente com esforço constante. Não é panaceia para servir de desculpa a toda a egoísta imbecilidade. Entre nós, estamos dando os primeiros passos, ensaiando a democracia e com muita dificuldade e desafinação. O problema agrava-se quando se fala de políticas sociais: alguns defendem o subsídio-dependência (a esmola, a ajuda gratuita, a bolsa família...) e outros acentuam a importância de comportamentos pró-ativos, que valorizem a colaboração pessoal (a inserção laboral, a prestação de serviços públicos...)


A política social tem como objetivo principal o bem estar de toda a sociedade. Seu objetivo é universal, voltado a toda a população, embora deva resolver necessidades básicas e vitais de alguns membros que chegaram aos limites da necessidade, por alguma falta de genica, mas também, mais ainda, por uma causalidade social. Conhece-se, por exemplo, países em que é garantida a todos os cidadãos a realização de uma dignidade humana necessária, atribuindo-lhes um Rendimento Mínimo Garantido (RMG). 

Não é uma esmola. É uma participação nos direitos de cidadania. Governo e sociedade civil tentam assim satisfazer condições económicas para pessoas e famílias viverem dignamente. Quem luta contra a pobreza ou contra a exclusão social deve saber incluir, como objetivo principal do seu esforço, a integração laboral. 

O trabalho é um dever e um direito. Ninguém a ele deve poder fugir. Quem tem possibilidades de trabalhar, deve trabalhar para viver.  Não basta receber. Não basta ser sanguessuga. É preciso colaborar. Todos têm o direito de viver, mas também o dever de trabalhar. Cada pessoa tem o dever de buscar e aceitar emprego. Favorecer a dependência é alienação. É crime, é exploração.  Já basta a dependência daqueles que estão impossibilitados de inserção laboral por doença ou limites físicos. Toda a população ativa deve reconhecer seu direito e dever ao trabalho.


Nota-se, entre nós, uma forte tendência para atribuir às pessoas pobres e socialmente excluídas a culpa da sua situação. Na maior parte dos casos, é uma injustiça. A causa da situação pode não ser pessoal, mas social. Pode ter havido uma causalidade social que provocou a desigualdade de uns terem muito e outros não terem nada. Por exemplo, a razão de muitas famílias ficarem sem acesso à propriedade de terras foi porque não lhes foi dada a possibilidade da educação. Não sabendo ler nem escrever, não souberam dos trâmites para registrar terras em seu nome. E não souberam defender seus direitos. Embora tivessem trabalhado seus sítios, plantado árvores no seu quintal, beneficiado o ambiente, ganhado amor ao local...  ficaram sem direito a tudo isso quando chegou um senhor lá de longe com um papel e gritou que tudo era dele. E assim teve que ser. 

 Alguns nativos até nem sabiam que existia papel! De quem será a culpa: da pessoa ou da sociedade que não deu instrução suficiente? Uma cultura trabalhada se sobrepôs a uma cultura desprezada. O não terem registrado, como suas, terras que suas famílias já trabalhavam há séculos, não foi culpa pessoal. São erros históricos que têm consequências sociais até ao presente e que merecem trato com sabedoria, muito esforço e justiça. 

A sociedade criou desigualdades que agora a política social deve trabalhar. Nem tudo é consequência de preguiça ou desleixo. Embora custe a aceitar esta teoria, a verdade é que tem que ser estudada e dita. Custe o que custar! Só não a compreende quem foi beneficiado! 
                                     


                 NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA
1.  Na passada terça feira, o Pároco participou numa cerimónia no Comando da Polícia Militar em que se prestigiaram os membros promovidos, se parabenizaram os aniversariantes do mês e todos puderam escutar a palavra de ordem do Comandante Major Glauber. Impressionou o respeito pelo sagrado, o ambiente de proximidade familiar da Corporação e de responsabilidade social incutido. Muitos novos membros em formação. Oxalá esse ambiente venha para a rua.


2.  Hoje, pelas 18.30H começaremos uma caminhada a partir da Matriz que será realizada em silêncio e à luz de velas. Queremos com isso dizer que estamos vigilantes diante de tudo que se tem passado no nosso Estado do Maranhão. Nas paragens vão ser lidas passagens do resumo do inquérito que foi feito às comunidades, movimentos e pastorais. Pedimos que haja interesse em participar desta caminhada e quem for impedido de participar por motivo justo, acenda uma vela frente à sua residência para dizer que está em comunhão de sentimentos. Claro que se estiver a chover ou verdadeiramente ameaçar mau tempo, adiaremos o evento para outra data.

 3. Hoje será dia de exposição do Santíssimo na Matriz depois da missa das 10.00H até ao fim da caminhada ou ao princípio da celebração. Pedimos aos grupos de adoração que não se esqueçam de participar e, a todos que puderem, que passem algum tempo em adoração.


4.  As obras na comunidade de S. António estão prontas. A capela ganhou pedestal de mármore para o sacrário e Padroeiro, grades de ferro para as janelas e um novo Centro Catequético com duas salas, um salão e dois banheiros. A sua inauguração será no dia 23 de Fevereiro, à tarde, pelas 16.00H, com celebração da Eucaristia.

  
5.  A comunidade de Nª Sª de Lurdes, no Recanto dos Pássaros, começou ontem, sábado, o festejo da Padroeira que se celebrará no dia 11. A construção da nova capela vai continuando em ritmo acelerado. Mas teremos que parar uns dias para retificar duas tesouras do telhado da igreja de S. Luzia.


 6.  Nos dias 14, 15 e 16 de fevereiro, o Grupo de Teatro João Paulo II vai promover na rua um evento interessante e muito útil, a favor da amizade e da alegria, com o nome “ALEGRIA CONTAGIA”. Serão esperadas várias iniciativas, em diferentes locais da cidade, pelo que será conveniente a participação de vários jovens voluntários. Esperem pelas surpresas!


 7.  No próximo fim de semana vai-se realizar em Brejo o terceiro retiro diocesano das Santas Missões Populares. Depois disso começará o segundo retiro por setores na nossa Paróquia. Desejamos a máxima participação em todas as comunidades. Os setores do Centro, de S. José e de S. Expedito terão que se juntar aos mais próximos.


 8. Francisco Mário continua no Hospital em situação nada boa. Pedimos e agradecemos oração pelas suas melhoras.


 

 


 

 




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