Na
antiguidade o rei era o representante de Deus. E mesmo era o filho de Deus.
Mais à frente, o rei considerava-se o mesmo deus. Para quê ter outro Deus, se
ele mesmo era?
Nos
Judeus não era diferente, o rei era o filho de Deus. E havia até uma
entronização: Quando o rei passava o trono para o filho havia uma cerimônia de
entronização, e o filho do rei era aclamado filho de Deus “Senhor dai ao rei vossos poderes”, Sl 71).
Como
o rei era o filho de Deus, nomeava sacerdotes para o culto e o templo, e
proclamava as festas. Daí que o Sacerdote e o Rei eram uma só coisa. Eram os
tempos da chamada Teocracia, ou seja o mando de Deus. Deus era o
governador, e o rei era o seu representante.
Quando
veio o império romano, o sumo sacerdote e o sinédrio só faziam o que o
governador queria. O Pilatos inclusive é
que nomeava os sumos sacerdotes.
Já
vemos que a condenação de Jesus foi tanto pelo sumo sacerdote como pelo
Pilatos. Os sacerdotes diziam nós não queremos ele, queremos o imperador César.
Por isso a pergunta: “é lícito pagar o imposto a César ou não”? Jesus
respondeu: vocês não têm César? Então paguem. Vocês não têm Deus? Então adorem
a Deus. Na Idade Média ainda vigorava o direito divino dos reis, que acabou no
séc.18.
Aplicação
para a vida de hoje: Na época chamada moderna, desde o séc.18, deu-se a
separação de Igreja e Estado, porque até lá ainda andavam um fazendo oque o
outro queria. Agora não. É por isso que as nações agora se chamam Estados
laicos ou laicais. Estados laicos. O Brasil é também um Estado laico.
Então Jesus nessa hora já foi moderno, como agora o Estado laico: o governo é
uma coisa, a Igreja é outra. A Deus o que é de Deus, a Cesar o que é de César.
O
governo faz as leis para todos, e cobra impostos de todos. Por exemplo: não
pode fazer leis que agradem só aos católicos,
ou aos protestantes, porque na nação não tem só católicos nem só
protestantes, tem gente de todo tipo. E
quando ele vai só pelo lado dos católicos ou dos protestantes ele não está
certo, tem que consultar a todos: é por isso que às vezes tem o plebiscito
em causas que os legisladores não se entendem. Aí consulta a nação inteira. É
por isso que houve já plebiscitos sobre o aborto na Espanha, em
Portugal, Argentina etc.
Outro
dia o governo fez uma besteira. Sabem qual foi? As igrejas protestantes estavam
devendo ao Fisco Um Bilhão de Reais, e o governo perdoou. Isso é besteira. É
uma falta constitucional ao Art.5,VI da Constituição Federal, e art. 19,1. Essa
dívida era para toda a nação. Assim muitas populações ficaram sem hospital, sem
casa, sem remédios, sem auxílio emergencial, e convivendo no meio de esgotos
por falta desse dinheiro que foi para os bolsos dos colarinhos brancos dos
pastores. E assim por diante. Nosso governo aí não praticou a Lei, faltando à
lei e roubo de uns para dar a outros.
Dai
a Deus o que é de Deus e ao Povo o que é
do Povo.
P.Casimiro smnb
www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br
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