sábado, 17 de outubro de 2020

“Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César” (Mt.22,21). Dai a Deus o que é de Deus e ao Povo o que é do Povo


 

Na antiguidade o rei era o representante de Deus. E mesmo era o filho de Deus. Mais à frente, o rei considerava-se o mesmo deus. Para quê ter outro Deus, se ele mesmo era?

Nos Judeus não era diferente, o rei era o filho de Deus. E havia até uma entronização: Quando o rei passava o trono para o filho havia uma cerimônia de entronização, e o filho do rei era aclamado filho de Deus “Senhor dai ao rei vossos poderes”, Sl 71).

Como o rei era o filho de Deus, nomeava sacerdotes para o culto e o templo, e proclamava as festas. Daí que o Sacerdote e o Rei eram uma só coisa. Eram os tempos da chamada Teocracia, ou seja o mando de Deus. Deus era o governador, e o rei era o seu representante.

Quando veio o império romano, o sumo sacerdote e o sinédrio só faziam o que o governador queria. O Pilatos inclusive é  que nomeava os sumos sacerdotes.

Já vemos que a condenação de Jesus foi tanto pelo sumo sacerdote como pelo Pilatos. Os sacerdotes diziam nós não queremos ele, queremos o imperador César. Por isso a pergunta: “é lícito pagar o imposto a César ou não”? Jesus respondeu: vocês não têm César? Então paguem. Vocês não têm Deus? Então adorem a Deus. Na Idade Média ainda vigorava o direito divino dos reis, que acabou no séc.18.

Aplicação para a vida de hoje: Na época chamada moderna, desde o séc.18, deu-se a separação de Igreja e Estado, porque até lá ainda andavam um fazendo oque o outro queria. Agora não. É por isso que as nações agora se chamam Estados laicos ou laicais. Estados laicos. O Brasil é também um Estado laico. Então Jesus nessa hora já foi moderno, como agora o Estado laico: o governo é uma coisa, a Igreja é outra. A Deus o que é de Deus, a Cesar o que é de César.

O governo faz as leis para todos, e cobra impostos de todos. Por exemplo: não pode fazer leis que agradem só aos católicos,  ou aos protestantes, porque na nação não tem só católicos nem só protestantes, tem gente de  todo tipo. E quando ele vai só pelo lado dos católicos ou dos protestantes ele não está certo, tem que consultar a todos: é por isso que às vezes tem o plebiscito em causas que os legisladores não se entendem. Aí consulta a nação inteira. É por isso que houve já plebiscitos sobre o aborto na Espanha, em Portugal, Argentina etc.

Outro dia o governo fez uma besteira. Sabem qual foi? As igrejas protestantes estavam devendo ao Fisco Um Bilhão de Reais, e o governo perdoou. Isso é besteira. É uma falta constitucional ao Art.5,VI da Constituição Federal, e art. 19,1. Essa dívida era para toda a nação. Assim muitas populações ficaram sem hospital, sem casa, sem remédios, sem auxílio emergencial, e convivendo no meio de esgotos por falta desse dinheiro que foi para os bolsos dos colarinhos brancos dos pastores. E assim por diante. Nosso governo aí não praticou a Lei, faltando à lei e roubo de uns para dar a outros.

Dai a Deus o  que é de Deus e ao Povo o que é do Povo.

P.Casimiro smnb

www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br

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