segunda-feira, 25 de março de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - QUAL O GRUPO A QUE PERTENÇO?



Naquele dia o movimento era grande nas ruas de Jerusalém. Havia muita gente e peregrinos chegavam para a festa religiosa no Templo. Alguém, inesperadamente, se depara  com o Mestre Jesus e grita. “É Ele mesmo! Foi Ele que me curou!”. A notícia corre veloz, passa de boca em boca, espalha-se na cidade. O ambiente se incendeia de entusiasmo. A alegria é contagiante e apega-se a mais um grupo que se aproxima, a mais outro que vai chegando... Então não havia máquinas fotográficas nem o costume de pedir autógrafos. Ninguém perde tempo com essas etiquetas. Mas cada um vai buscando seu jeito de aclamar. Uns botam mantos no chão, outros cortam ramos das árvores, um puxa um hozana logo repetido por todos, as crianças ( não falham!) acorrem também de todos os lados... É festa, é reconhecimento público, é gratidão, é alegria.

 E o cortejo avança com tamanha multidão que o Mestre se vê obrigado a montar num jumento para poder avançar.  Mas, ao longo do percurso, há olhares desconfiados, rostos apreensivos, pessoas indignadas. São os encurralados no poder, os encarregados de defender a religião tradicional, os saduceus do negócio, os fariseus das leis, os sacerdotes do templo, os zelosos da tradição. Custa-lhes engolir a cena. Pensavam e, talvez, dissessem uns para os outros: “isto é muito perigoso! Olha como o povo se entusiasma! Vamos ter problemas pela certa! Ele é um sedutor! Não há outro jeito senão fazer desaparecer este homem!” E aí começa a conspiração. Jesus não vai escapar! Seu trono será a cruz. Aí Ele reinará pelo amor desiludindo quem já pensava em cargo honroso. Entregou-se. Morreu por nós, por nosso amor, por nossos pecados!

 E eu e você de que lado estamos? Do lado dos que aclamam ou do lado dos que perseguem? Jesus também nos incomoda? Estamos agarrados à tradição do desinteresse, abraçados á mediocridade de vida?  Habituamo-nos a sufocar os apelos do eterno? Vamos adiando o nosso compromisso com Deus e atacando quem no-lo lembra com sua piedade? A fé não se pode resumir em agitar um ramo neste domingo


SEM EDUCAÇÃO, NÃO HÁ SOLUÇÃO

O fundador do Instituto Missionário da Consolata, P. Allamano, costumava dizer aos seus missionários: “fazei o bem, bem feito!” Bom conselho não só para os missionários, mas para todos nós que nos dizemos pessoas educadas e cristãs. Temos que ser educados e colaborar na educação de outros para fazer o bem. Criar a cultura do fazer o bem e do bem fazer. Não podemos viver de qualquer maneira. Temos que procurar viver do melhor modo que formos capazes. É urgente abrir nossa vida ao bem e às ações bem feitas.. “A vida é boa, mas não pode ser vivida à toa!” Educar não é só mandar para a escola ou deixar o filho seguir, com espontaneidade, o que o seu temperamento e a sua natureza humana lhe inspiram. E a tarefa do colégio não é só ensinar a juntar letras ou multiplicar números. Não. Isso não basta! 

Educar é saber orientar para a vida, é saber aconselhar, para apanhar a direção certa de um viver feliz. É trazer para fora o que de melhor, mais belo, nobre e livre Deus semeou no interior do nosso ser. Educar é domesticar instintos selvagens que afloram mesmo sem nós querermos, é limitar espontâneos confrontos perante o diferente, imprimir valores como a sobriedade, a tolerância, a fidelidade à palavra dada e a solidariedade para com os mais frágeis. Educar é ajudar a arranjar maneiras sadias de bom relacionamento, aprender a gostar e sacrificar-se para ter competência profissional, saber evitar os perigos e fugir dos empecilhos que nos podem derrubar. 

Hoje pensa-se que “ser moderno” é o máximo. E entende-se por “ser moderno” dar largas à liberdade, engrossar as fileiras dos arrastados pela moda. Mesmo que a moda seja feita de todas as extravagâncias possíveis! Mesmo que ela venha de cérebros desmiolados ou de mentes poluídas. Mesmo que a medíocre mídia a favoreça com assaltos de vôo picado como fazem os abutres para encontrar carniça ou como urubus que têm preferência pela lixeira. Não podemos comparar modernidade com enxurrada que arrasta tudo que encontra pela frente: coisas úteis, mas toda a porcaria que encontra. Não. Educar não é isso. Não é excitar todos os instintos (viver não é um big brother que já alguém comparou a um chiqueiro de suínos e uma alienação para conquistar fama rápida e fácil!).

 Educar não é justificar comportamentos que nos levam a reboque do espetáculo dos meios de comunicação social (não podemos deixar-nos escravizar pelos interesses comerciais, políticos e ideológicos duma minoria privilegiada, nem tão pouco,  sermos candidatos à lixeira a céu aberto!). Educar não é só ensinar a gerir as futilidades da rotina quotidiana, não é dar a prioridade a todos os devaneios da vida social, não é instalar a mentalidade de dar primazia ao mais fácil e aos prazeres instantâneos que a vida pode oferecer. E depois desculpar-se dizendo que é cultura. Educar é um ato pessoal de colocar limites à sua liberdade no caminho da escolha do melhor para si. Não só no momento que passa, mas para toda a existência. Educar é selecionar inclinações, priorizar valores de vivência comunitária como: renunciar ao supérfluo, à idolatria das coisas, à insensibilidade das necessidades dos escorraçados para a última fila da vida. 

Urgente a educação! Sem educação não há solução! Educar é admitir o transcendente, apontar para pequenos gestos como: saudar as pessoas, pedir a benção aos pais e padrinhos, oferecer o assento em que estamos a um idoso ou mulher grávida que chegam, fechar uma porta que abrimos, apagar a luz que acendemos, dizer “obrigado” a quem nos oferece algo, não se levantar da mesa sem pedir licença ao chefe de família, chegar a casa a horas que todos se possam deitar sossegados...  


CUIDADO, MUITO CUIDADO... DIZ O PAPA FRANCISCO.


No Vaticano. Surgiu o homem de branco à sacada da janela. A multidão aguardava-o ansiosa. Não era só um homem. Era um novo estilo de ação, um novo compromisso da Igreja, uma boa mensagem do Espírito, um novo programa de vida... que apareciam. Mostrou-se, também ele, admirado pela escolha que o Espírito tinha feito e pediu perdão pela preferência dos cardeais. A sua palavra foi firme e clara. Seu jeito simples e simpático. Seu olhar afável. Acenou agradecendo à multidão, dispensou vestimentas papais. 
Apresentou-se como bispo de Roma, o primeiro entre iguais, guardião da unidade e responsável pelo governo com todos os bispos em colegialidade. Mostrou que compreende a Igreja como Povo de Deus e, por isso, pediu que rezassem por ele e, curvando-se, pediu a benção. Quando todos que o acompanhavam na janela se afastaram, ele ainda ficou em gesto prolongado de gratidão pelo acolhimento recebido. E falou de silêncio e oração. E rezou com o povo as tradicionais orações do Pai Nosso, Ave Maria e Glória. A lição foi dada e ficou bem gravada: a simplicidade é a nova forma da riqueza espiritual. A humildade? – Sinal da grandeza de nossa dignidade e gesto do eterno que transportamos em nós. A igreja ou aceita Cristo e a cruz ou não passa de uma mera empresa, uma ONG religiosa. No caminho da fé não se pode parar. 
É urgente caminhar e ajudar outros a caminhar para Cristo. Somos plural. Somos família. Devemos achar normal viver em fraternidade, ter cuidado com nossa casa que é a mãe terra, tão ameaçada, e prestar mais atenção às crianças, idosos, doentes e pessoas carenciadas. E veio este homem lá do fim do mundo para me dizer que eu sou mais do que eu. Eu sou também preocupação divina, ânsia de eterno que tenho que satisfazer, responsabilidade fraterna que tenho que assumir. Deus me chama e me ama. Temos todos que nos aproximar de Deus. E o Papa insiste para que sejamos mensageiros dessa ternura divina, apóstolos de Sua misericórdia, arautos de Seu amor, eternos amigos de Seu projeto de Salvação sobre o mundo. 
Estou certo que o estilo do Papa Francisco vai desconcertar poderosos, incomodar instalados, enaltecer os pobres e apontar para o essencial: aceitar Deus, amar e servir a Cristo, dar acolhimento ao transcendente, alimentar a esperança e testemunhar ao mundo a ternura do Pai. A vida é um palco onde todos temos que ser bons atores em pareceria com a graça divina. Só teremos futuro se tivermos um presente que desilude as ilusões do mundo. Só a fé pode congregar o mundo na unidade.


 1- Terça e quarta feira desta semana, à tarde, haverá confissões na Matriz. Nesses dias, pela manhã, serão visitados alguns idosos e doentes.

2- Quinta-Feira Santa, dia do Sacerdócio, do Mandamento Novo, da Eucaristia... serão celebradas missas na matriz e na igreja de Cristo Redentor, no Areal. Pelas 16.00H. Depois as igrejas ficarão abertas até às 23.00H para adoração e acompanhamento ao Senhor.

3- Sexta-Feira Santa a encenação da Paixão de Cristo pelas ruas começa na Matriz às 15.00H. O itinerário e os responsáveis pela ornamentação das cenas têm a indicação em papéis que foram distribuídos pelas comunidades. Depois de acabar a encenação, todos devem entrar na Matriz para um momento de silêncio. No Areal a encenação da Via Sacra será, de manhã, sexta feira.

4- No domingo passado foi muito proveitosa a tarde de confissões promovida pela Pastoral Familiar. Muito bom todos nos lembrarmos que devemos receber o Santo Sacramento da Reconciliação durante o tempo pascal.

5- O Município de Chapadinha está aniversariando Sexta Feira Santa. Como todos sabem, este dia é alitúrgico, quer dizer, não tem liturgia. Apenas há uma celebração, à tarde, de adoração da cruz e que nós substituiremos pela encenação da Via Sacra. Por isso, vamos celebrar duas missas a lembrar nossa terra. Hoje, domingo, à noite, vamos lembrar aqueles que aqui viveram e já faleceram, E   na   Quinta   Feira  Santa,   na   missa vespertina, vamos também lembrar o nosso Município que queremos seja parcela do Reino.

6- Hoje, domingo, convidamos os coordenadores das comunidades e dos grupos de jovens para efetuar uma reunião no Centro Paroquial por causa da visita da cruz da Jornada Mundial da Juventude que está a percorrer as comunidades da cidade. Esta semana esteve em Areal, depois de ter saído da igreja de S. José. No dia 30 irá para Nossa Senhora Aparecida e no dia 06 de Abril para Nossa Senhora da Conceição.

7- Como todos sabem, foi arrombada uma janela da capela de Terras Duras e roubada uma caixa de som, além de terem jogado por terra todas as roupas da capela. É coisa de garotos porque o buraco aberto na janela é bem pequeno. E continuamos a estar em insegurança total. Da frente da Matriz roubaram também uma moto-serra que ficou dentro de um carro. O ladrão foi encontrado, já tinha vendido o aparelho, mas está solto e sorridente na rua. Assim como o que roubou a capela da Tigela. E as comunidades se matam a trabalhar para adquirir as coisas necessárias e estes atrevidos e conhecidos... E, parece-nos, não adianta denunciar ou registrar a queixa. Que tudo fica pelo mesmo. Há algo que é urgente mudar na Segurança de Chapadinha. Estamos totalmente decepcionados. Roubar está a ser uma profissão permitida e premiada. Mas falaremos disso depois.




segunda-feira, 18 de março de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - VAMOS REZAR POR SI, PAPA FRANCISCO






















Com a resignação de Bento XVI, o mundo voltou-se para Roma. Milhares de jornalistas, milhares de canais de televisão, multidões... acorreram a Roma para acompanhar todo o processo do afastamento de um Papa e a escolha de outro. Bento XVI entrou como teólogo e saiu como místico. Soube estar atento às exigências de seu ministério petrino e ser corajosamente humilde para tomar a decisão de resignar.

E nos primeiros dias da semana passada, novamente o mundo se voltou, com expectativa, para Roma. Quem será o escolhido? Desta nação, daquela... de Milão, de S. Paulo...? Mas a escolha do sucessor de Pedro não é fruto de tendências televisivas ou resultado de uma sondagem jornalística.  A decisão não depende da popularidade de um ou da fama de outro cardeal. Há outras motivações, outros interesses, outros valores que se procuram. E o resultado veio no dia 13. Habemus Papam! Temos Papa: Jorge Mário, cardeal Bergoglio de Buenos Aires que toma o nome de Francisco! Estava quebrado o silêncio, satisfeita a expectativa, comunicada a escolha do colégio cardinalício... 

Um homem simples, muito humano, humilde e de disponibilidade máxima para aceitar o pesado cargo de fazer comunhão, celebrar unidade e defender a tradição apostólica na Igreja Católica. Bispo de Roma, o primeiro entre todos. Logo na sua apresentação foi notória a simplicidade: não veio com as insígnias papais, não se apresentou como Pontífice Máximo, mas como Bispo de Roma. Começou por pedir que todos rezassem por ele, curvou-se perante a multidão como que pedindo a sua benção e só depois colocou, ele mesmo, a estola e deu a sua benção. E não se afastou. Ficou saudando a multidão. Não aceitou jantar de homenagem, mas bastou um pouco de champanhe para celebrar, com todos os outros presentes, o que Deus tinha realizado. Um Vigário de Cristo escolhido na América Latina!   

A Europa recebe o prêmio de sua evangelização pelo mundo.  Papa Francisco, homem não acostumado a viver em palácios (já ia caindo, escorregando num degrau do Vaticano!), pessoa habituada à convivência e à luta pela participação social dos mais carenciados ( não aceitou entrar sozinho no elevador, usou a van com cardeais e foi pagar o que devia no colégio onde se hospedava!). Sem muitos empregados, nem motorista particular. Pobre e amigo dos pobres. Usava os meios de transporte públicos e, comia, muitas vezes, o que ele mesmo cozinhava. Sua mãe faleceu no parto do quinto filho e, por isso, Jorge Mário assumiu a responsabilidade materna no seu lar. O nome escolhido: Francisco define bem os valores que transporta em seu coração.

Papa Francisco, que Deus o abençoe! Que esta última etapa da sua peregrinação na terra seja gasta a caminhar e a fazer caminhar com Cristo, a evangelizar e a animar a evangelização da Igreja, a testemunhar a pobreza e a simplicidade dos verdadeiros discípulos de Jesus. Vamos rezar por si, Papa Francisco! Não queremos que as etiquetas e as acostumadas honrarias do Vaticano lhe tirem esse seu jeito tão próximo, tão amigo e atraente que já nos conquistou! Queremos uma Igreja mais rica em pobreza, mais bela em simplicidade, mais evangelizadora no testemunho, mais apaixonada por Cristo, mais transparente na verdade e mais comprometida com os pobres!

                                                               A MISÉRIA HUMANA FRENTE À MISERICÓRDIA DIVINA

Todo o tempo tem força redentora. É acontecimento salvador. É kairós, tempo carregado de graça divina. O ser humano bem precisa desta ajuda.  Está fragilizado na procura e perdido no seu esforço. Pode possuir uma bicicleta, um carro, uma habitação. Mas a verdade lhe escapa, o transcende, o ultrapassa. O ser humano anda sempre numa atitude de contentamento descontente. Queremos, mas não podemos. Buscamos, mas não achamos uma plenitude que nos satisfaça. E se paramos de buscar é porque nos contentamos com o superficial, com o aparente. E isso alimenta mais a ilusão que realiza o sonho. Precisamos sempre de aprofundar a realidade que achamos.

O Evangelho de hoje nos coloca o tema do perdão divino. Só Ele sabe perdoar. Quando nós humanos perdoamos algo é por pura graça de Deus. O perdão é sempre uma lição não suficientemente aprendida. E quantas vezes confundimos perdão com esforço de esquecimento!

Um bando de malvados, uma pobre mulher apanhada em adultério, um Deus a escrever no chão, onde o vento tudo cobre... E os acusadores depressa viram acusados de pecado. Basta uma pergunta do Mestre. E os malvados se afastam envergonhados. Fica só a pecadora e o Salvador. A miséria humana frente a frente com a misericórdia divina. A mulher humilhada, esfarrapada na sua dignidade... diante do Deus frágil, acolhedor e solidário que nunca anda de mãos vazias. E a mulher é perdoada. 

Deus se mostra paciente. Cristo aparece como aventureiro Deus revestido de nossa frágil humanidade. Manda a mulher embora. Uma nova mulher. Muda-lhe a rota. Pede-lhe correção! A ela e a nós. Todos temos sempre que nos converter. Afinal temos que aprender com o avião que não foi feito para andar sempre no ar. Nós também não podemos andar sempre rastejando no lamaçal de nossos vícios. Somos pecadores, mas temos a turbina da graça que nos pode levantar. Estamos contagiados pela graça de Deus!
No Concílio Vaticano II o peso do prestígio institucional não deixou expressar, concretamente, o sentido pecador da Igreja, o peso da  influência maléfica dos seres humanos pecadores. A expressão “Igreja pecadora” fora substituída na redação final por: “Igreja santa, mas sempre necessitada de purificação”.


 POLÍTICA EXIGE MORAL.
NÃO É ANÁRQUICO REFÚGIO DE IRRESPONSÁVEIS.


Toda a mudança, como atitude oportunista e lucrativa, é nojenta. Cheira-me a imbecilidade e falta de nobreza. Não por ser mudança, mas pelo atraso na convicção. Quer dizer: antes havia sossego no parque de repouso, direção errada na procura do bem comum. E isso não se viu. Porque também dava lucro. O que está sempre em jogo é o proveito próprio. Não o serviço assumido, nem a missão que lhe foi entregue. Política não é bombril que sirva para fazer brilhar vidas sujas. O sujo pode querer encobrir-se com palavras bonitas, mas será descoberto.

A palavra é um veículo. Transporta tudo com que a quisermos carregar. Traz o que temos no interior à luz do dia, Com a palavra, entramos em comunicação com os outros e com o papel. Há palavra falada e palavra escrita. A palavra serve para tudo. Para dizer sim e para dizer não. Para afirmar e para negar. Para defender alguém e para condená-lo. A palavra! Oh! Veículo terrível! Mais forte que um trem de carga. Transmite tudo que se possa imaginar. Nela tudo se pode jogar, tudo se demonstra, tudo se explica, tudo leva, tudo comunica, tudo transforma... Explica situações. Argumenta a favor de todas as atitudes. Há palavras que hoje são monstruosas falsidades e pouco depois já são sentenças dogmáticas. 
A palavra, na comunicação humana, serve para tudo. Mas nem tudo vem pela palavra. Há outras maneiras de comunicar. A ação, as atitudes, os gestos, uma opção... também têm capacidade transmissora. Comunicam, talvez melhor, o que somos e a razão do que fazemos. A economia não é só uma questão de dinheiro. A guerra não se reduz a armas. A política não se esgota em palavras. Não é só uma estratégia, uma habilidade, uma maneira de enganar os outros. Exige honestidade, Pede ética. Não existe política sem moral.  E sem isto, a política reduz-se a politicagem, a estratégia enganadora, a verborréia mentirosa, a aproveitamento desonesto, a divertimento lúdico de retardados mentais. 
A corrupção é vergonhosa para quem tem vergonha! As palavras dizem o que quisermos. Mas escondem também muito do que não queremos que se saiba. Tem palavras carregadas de estúpidas imoralidades. Não servem de raiz à democracia, porque esta é moralização do poder. Sem esta, a democracia é refúgio de medíocres. Só a ética devolve a dignidade à política O resto é palavreado balofo. Palavras? - Leva-as o vento! O que fica são os fatos, as ações, as realizações a serviço dos outros. E, se quem governa nada faz, nem que muito fale, não consegue comunicar nada. Não diz nada em que se possa acreditar. É uma questão de tempo e de análise. Pode-se enganar o povo todo, mas não por todo o tempo. 
A palavra “política” anda fustigada pela ganância de uns poucos. Carcomida em seu sentido genuíno. Engana mentes, invade consciências, rouba direitos, empobrece vidas, atrasa municípios... Pode encher os bolsos dos desonestos, mas será por pouco tempo. Quem domestica o bem comum a seus miseráveis interesses irá ter o que não deseja. A palavra não diz tudo que a pessoa é. Prefiro olhar e observar o que se passa à volta do palavreado. A atividade política tem uma dignidade intrínseca. É conjunto de forças que depressa se podem desintegrar. E aí está a razão pela qual o padre que estudou e compreende de moral pode e deve falar e ensinar política. Política é virtude. Politicagem é pecado. Tomem cuidado aqueles ou aquelas que se dedicam a esta atividade. Não brinquem com o povo! Não troquem sua palavra dada por grossas quantias.


 N O T I C I Á R I O   D A   P A R Ó Q U I A

1- Foi bonito demais! Nunca pensamos ver tantos carros, tantas motos, tanta gente amiga a caminho da Bela Vista levando a imagem de S. José. Parabéns gente amiga! Apesar de não termos usado carros de som ou propaganda na rádio, foi enorme a multidão que compareceu junto da Matriz e acompanhou a imagem do Padroeiro S. José até à Bela Vista. Depois com a nova construção repleta de fiéis, tudo foi entusiasmo, muita alegria e contagiante fé. Todos se juntaram aos fiéis do lugar que receberam a imagem, a levaram para dentro do templo e aclamaram o seu novo padroeiro aí simbolizado na imagem. A construção, ainda inacabada, não conteve a multidão toda, mas todos puderam apreciar o fruto da sua generosidade na Paróquia. Tudo aquilo que ali estava era de todos, era fruto da colaboração de todos e para todos usarem. Foi bonito e alegrou o coração! Parabéns e obrigado, gente amiga!




      2- Com boa participação está a decorrer a novena em honra de S. José na nova Igreja da Bela Vista. Na próxima terça feira será celebrada missa em hora ainda a comunicar.

3- Os locais e os respectivos responsáveis pela ornamentação dos cenários da paixão em Sexta Feira Santa vão ser comunicados através de um edital afixado em cada comunidade. Favor consultarem e começarem a pensar no grupo que executará a ornamentação.

4- Já estão à venda os catecismos para as crianças.

5- Esta tarde haverá retiro e confissão pascal para casais na antiga residência das Irmãs da Caridade.

6- Hoje, domingo, na missa da noite celebraremos em ação de graças pela escolha do Papa Francisco. Pedimos às comunidades e pastorais para se fazerem presentes.
                                                                

quinta-feira, 14 de março de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - SAIBA QUEM É O NOVO PAPA



Novo papa escolhe o nome Francisco 1º
O nome do novo papa foi revelado após o famoso "Annuntio vobis gaudium, habemus Papam" ("anuncio uma grande alegria: temos um papa"), feito pelo cardeal francês Jean-Louis Tauran. O nome papal escolhido pelo cardeal Bergoglio é Francisco 1º.
No momento do anúncio, os fiéis que aguardavam na praça São Pedro ficaram eufóricos. Houve uma comoção geral e o sentimento em muitos era de surpresa.
O novo  papa sulamericano. "sendo de tão longe,  poderá ter uma visão mais global do que se passa no mundo” disse uma testemunha.. Na Argentina, Bergoglio é conhecido pelo conservadorismo e pela batalha contra o kirchnerismo. O prelado também é reconhecido por ser um intenso defensor da ajuda aos pobres.
O argentino costuma apoiar programas sociais e desafiar publicamente políticas de livre mercado.


SAIBA QUEM É O NOVO PAPA:
Novo papa nasceu em Buenos Aires e começou a carreira eclesiástica no norte da Argentina.
Nasceu em Buenos Aires, capital da Argentina, em 17 de dezembro de 1936.
Foi ordenado sacerdote em 13 de setembro de 1969. O jesuíta foi nomeado bispo titular de Auca e auxiliar de Buenos Aires pelo papa João Paulo 2º em 20 de maio de 1992. No mesmo ano, ele foi confirmado como bispo titular da capital argentina em 27 de jupliar
A nomeação como arcebispo também foi feita por João Paulo 2º em 3 de junho de 1997. Chegou ao posto de cardeal pelas mãos do mesmo papa em 21 de fevereiro de 2001.
Bergoglio é o 266ª papa da história da Igreja Católica. Filho de um casal de italianos --Mario e Regina Bergoglio--, o religioso jesuíta chegou a se formar como técnico químico, mas logo abraçou o sacerdócio e começou seus estudos religiosos no seminário de Villa Devoto, bairro da capital argentina.

Estudou na faculdade de teologia do colégio de San José, em San Miguel de Tucumán, cidade no norte da Argentina.
Seu sacerdócio começou em 1969, mesmo ano em que foi para Espanha completar sua formação intelectual de jovem sacerdote na universidade Alcalá de Henares, em Madri. A partir de seu retorno à Argentina, em 1972, continuou sua carreira apostólica no norte do país, na mesma San Miguel de Tucumán.

Bergoglio retornou a Europa em 1986, na Alemanha, para concluir seu doutorado, mas acabou retornando ao seu país no mesmo ano para assumir o cargo de diretor espiritual e confessor da Companhia de Jesus, em Cordoba.

Seu retorno à cidade natal aconteceu em 1992, quando foi nomeado por João Paulo 2º bispo de Auca e auxiliar de Buenos Aires.

domingo, 10 de março de 2013

PARÓQUUIA DE CHAPADINHA - ATEÍSMO PRÁTICO



Vivemos um tempo muito complexo. Nota-se a falência do puramente racional. Hoje uma verdade, para ser aceite, tem que passar pela sintonia da aceitação de muitas faculdades. Envolve o homem todo. Enlaça o ser humano não só pela inteligência, mas pelo coração, emoção, liberdade, vontade, utilidade... Um exemplo disto é todos saberem que Deus existe. Hoje quase não há ateísmo racional. Mas falta a disponibilidade para acolher Sua vontade. Admite-se que Deus existe, mas nós cá nos vamos governando sem Ele, com a moral possível, com a prática de rituais que a sobrevivência do nosso imaginário nos vai ditando. Deus existe, mas sem utilidade prática. Fica na prateleira das inutilidades. 

Deus existe, mas que não nos incomode! Que não queira acabar com nossa liberdade de procurar o que mais agrada. Exagero? – Penso que não! Sempre que, ao domingo, passo por essas avenidas e vejo grupos sentados jogando baralho, descansando, palestrando com amigos... pergunto-me: afinal quem é Deus para esta gente? Muda alguma coisa, na vida deles, o dizerem que acreditam na existência de Deus? E em que Deus acreditam? Deve ser um deus especial que eles mesmo fabricaram. O deus de Jesus não é. Fé verdadeira dá cristão comprometido. E fé que se não zela morre, desaparece.

Pelo desinteresse prolongado, pelo hábito repetido, pela falta de educação familiar, pela influência do ambiente social... assim se afasta Deus do quotidiano. Encosta-se Deus na esquina e lança-se no esquecimento valores defendidos pela religião. Na peregrinação da vida, Deus não é caminho necessário. E cortam-lhe até a intervenção na área social.

 A mídia cala os acontecimentos religiosos quanto pode. E o ser humano, orgulhoso e independente, traça as linhas da História à sua imagem e semelhança. Sozinho. A facilidade com que igrejas aparecem é comparada ao nascimento de cogumelos. Prega-se o evangelho como quem apregoa pipocas. Berra-se nos encontros como quem amedronta bichos. Amedrontando, psicologicamente. E inventando um Deus diferente do de Jesus. Como se este não interessasse para nada. Quando muito, os meios de comunicação social, como os abutres, só fazem um vôo picado a ver se encontram carniça podre ou como urubus a satisfazerem-se em lixo humano. E, depois, fazem-se citações bíblicas para mostrar erudição ou abrilhantar discursos de ocasião. Valha-nos Deus!

FILHO MAIS VELHO... O RESMUNGÃO!
O DE ONTEM E OS DE HOJE

Vimos na primeira página deste boletim o itinerário do regresso. O evangelista Lucas nos descreve a parábola do pai bondoso e do filho pródigo. A volta do desiludido. O trajeto do procurador da felicidade perdida.  E há tantos, hoje, a quem poderíamos chamar “procuradores”! Senão vejamos a cena do Evangelho na pessoa do filho mais velho que não se alegrou pela volta do irmão, não concordou com o pai, não participou da festa, não aceitou o irmão e, talvez tenha sido por causa de sua arrogância que o irmão mais novo se ausentou de casa. Ainda hoje há muitos “filhos mais velhos” que têm atitudes velhas, ridículas e que não se deviam repetir. Vejamos o que se passou com o filho mais velho da parábola e o que pensam os filhos velhos de hoje:

1- Há cristãos enganadores. Enganam-se a si mesmo, tentam enganar os outros e, se possível, a Deus. São arrogantes e tentam esticar ao máximo sua competência. O filho mais velho da parábola disse: “nunca transgredi uma ordem tua!” E os filhos mais velhos de hoje dizem:
“Não me confesso, porque não tenho pecados!”. “Vou à missa, mas só quando me apetece! Sou melhor que quem anda sempre por lá!”.“Já fui coroinha e batizei todos os meus filhos! A minha mulher é muito da igreja!”. “Desliguei da religião, porque me proíbe fazer o que gosto: buscar o prazer!”. “Não vou à missa porque não tenho tempo!”

2- Há “catoliquinhos”.  Só sabem inventar desculpas e muitas mentiras! Para isso, transformam-se em juízes dos outros. Escondem sua vida de desinteresse, de mediocridade... catando desculpas, aumentando e badalando os defeitos dos outros. O filho mais velho da parábola disse: ”Esse teu filho que consumiu os bens!...” E os filhos mais velhos de hoje dizem: “Deixei de ir à igreja por causa da saliência do padre!”. “Batizei outros filhos e não era preciso tanta reunião!”. “Não me interessei mais com religião, porque é coisa antiquada, retrógrada!”. “Não concordo com alguns preceitos sobre sexo, aborto, camisinha!”. “Os padres deviam casar. Não casam... olhem o que vai por aí!”. “O padre acabou com a festa não permitindo barracas. Quer mandar em tudo!” “Não vou à missa, porque o padre só fala em política!”

3- Há cristãos oportunistas. Queixam-se de tudo. Querem tudo do seu jeito. Têm interesses contrários ao Evangelho de Jesus. O filho mais velho da parábola disse: ”Nunca me deste um cabrito para fazer uma festa!” Os filhos mais velhos de hoje gostariam ser proprietários do céu! Que Deus fosse seu “garoto de recados”, sempre ao seu dispor, para fazer o que eles querem. Do que fazem, passam fatura a Deus. Exigem benefícios. São uns revoltados por nunca terem sido contemplados na sorte. E dizem: “A religião é uma coisa triste. A missa é sempre a mesma coisa!”. “Comecei um negócio e não deu certo. Deus não me ajudou!’. “Não adianta ir na missa que padre não dá feijão!”. “Minha mulher teve um câncer ... Rezei, rezei e Deus não me valeu!”. “Ia na igreja, mas me convenci que quem lá não vai tem mais sorte!”   

O GAROTO FUJÃO... E O CAMINHO DO REGRESSO

Dentro do itinerário catequético da Quaresma, temos, neste IV domingo, o tema da necessidade de uma vida nova e da certeza do acolhimento amoroso de Deus (Luc.15,1-3 e 11-32). Celebrar a Páscoa é sair da escravidão, atravessar o deserto das dificuldades, esquecer hábitos antigos e alcançar a alegria da aliança. Para isso, serão necessários alguns passos. Torna-se urgente tomar decisões.  Regressar a Deus. O filho mais novo da parábola do Evangelho de hoje, o garoto fujão, ensina-nos que ao itinerário da ilusão se deve seguir o trajeto da penitência. O ser humano é frágil. Deixa-se enganar. Cai no erro. Perde o caminho da felicidade. O diabo (todas as forças contrárias a Deus!) puxa-o e, pouco a pouco, precipita-o na angústia. Aí não se realiza a ânsia da felicidade. Mas Cristo é força reconciliadora, é a Reconciliação. Por Ele começamos a ser novas criaturas. Sem Ele, não há Páscoa. Vejamos o percurso do afastamento da fé:

1- O maligno é hábil. A pessoa cai facilmente nas suas malhas. Depois vem o esforço para arranjar desculpas e justificar nossa decisão, mas a principal é sempre nossa fraqueza pessoal em aceitar certos conflitos que engordam o desânimo e nos empurram para o engano da ilusão.  A solução mais fácil é fugir da família, da comunidade e viver uma aventura. (Pai, dá-me a parte da fortuna...)

2- A realidade é sempre diferente do sonho. A tristeza da solidão e o fracasso de ter caído na falsidade... afastam-nos da alegria e fazem surgir dificuldades intransponíveis. (reuniu tudo e emigrou para um país distante. Gastou tudo e sobreveio grande carestia...)

3- Deixamos de viver, para só padecer. Assim não dá para continuar! O jeito é parar. Travar a vida. Fazer uma viagem ao nosso interior e vislumbrar a possibilidade do regresso. (viveu como um libertino. Começou a passar grande necessidade...)

4- Reconhecer verdadeiramente a péssima situação em que se caiu. Assumir o passado amassado com atrevimento e recheado de erros.    ( enviou-o para guardar porcos. Desejava encher o estômago com o que os porcos comiam, mas ninguém lhe permitia)

5- Convencer-se que é possível outra vida, a alegria. Somos feitos para a comunhão, para a família. A solidão não é nosso ambiente. Precisamos mudar de vida! Aceitar a corda da misericórdia divina que Ele nos lança ao fundo do poço da nossa miséria. Lembrar a casa paterna onde alguém sempre ficou esperando por nós.  Acreditar na bondade do Pai. (caindo em si, disse...)

6- Rejeitar a rebeldia e o egoísmo. Sozinhos, desiludidos, sem forças... Como estamos, não dá para continuar. (morro de fome...)

7- Não basta sonhar, desejar... Falar é fácil. No fazer é que está a dificuldade. É preciso tomar decisões, aceitar o fracasso vivido e lançar-se para o novo que a vida ainda nos oferece. (Pôs-se a caminho...).

8- Reconhecer o erro e fazê-lo com toda a sinceridade. (Pai, pequei...)

9-Assumir o novo e trabalhar atitudes de perseverança no bem. (Já não mereço ser chamado teu filho...).


 N O T I C I Á R I O   DA   P A R Ó Q U I A

1- A DEVOÇÃO A S. JOSÉ NA PARÓQUIA. 
A Paróquia de Chapadinha tem duas imagens de S. José. Uma antiga que tem estado na igreja de Cristo Redentor no Areal e outra mais recente que está na capela de Terras Duras. Esta última, trazida do Rio de Janeiro por Dª Clara Martins, é oferta dos familiares do Sr. José Vieira que estão no Rio. A mais antiga já estava na Matriz quando vieram os Missionários da Boa Nova. Tinha sido entregue à Dª América residente onde hoje é o Hotel Chapadinhense a quando de uma tempestade que destelhou a Matriz no tempo do P. Prestes. Mas quando P. Neves pediu o regresso dessas imagens à Matriz, a de S. José já estava, na parede, ao lado de S. Raimundo, do lado direito do altar. É uma das três imagens que existiam no altar da igreja antiga que Mons. Valter, quando Pároco, substituiu por esta de agora. Havia nessa pequena igreja um pequeno retábulo em madeira com três nichos. Cada um tinha uma imagem. Na do centro estava a imagem de Nossa Senhora da Conceição. Esta semana tentei averiguar se haveria alguém que soubesse a origem dessa imagem de S. José que, agora restaurada, vai ser entregue à nova igreja nas 1000 casas para ser padroeiro dessa nova comunidade.  Consultei   as   pessoas  mais idosas que são tidas como arquivo da paróquia. Ninguém me soube dizer. A imagem já existia à veneração quando todas essas pessoas tomaram consciência. É, portanto, uma das imagens mais antigas da paróquia. A devoção a S. José mereceu até uma associação que se encarregava de arranjar donativos para a formação de sacerdotes no seminário de S. Luís.


 Hoje, domingo, dia 10 de Março, essa imagem de S. José vai ser levada para a construção da nova igreja que o terá como Padroeiro. Pedimos a todos que puderem participar que se incorporem no cortejo que sairá da Matriz às 16.00H. A imagem será entregue a alguns moradores da residencial local e será feito o primeiro dia da novena. Será celebrada missa, a primeira na nova construção e aí decorrerá a novena até à festa no dia 19.









2- A cruz dos jovens a lembrar a Jornada Mundial da Juventude vai hoje para a Igreja de S. José e depois vai percorrer todas as comunidades. No próximo número do Boletim vamos comunicar todo o percurso.



3- No próximo domingo, como está planejado vai haver retiro para casais. Vai decorrer na casa que foi das Irmãs da Caridade. O horário já foi transmitido.
4- Parabenizamos o P. Antônio, que hoje completa 83 anos e desejamos bastante saúde.