domingo, 28 de novembro de 2021

As “indiretas” dos evangelhos, que viraram milagres de Jesus.


 

Todos sabemos o que é uma “indireta” que nos faz dizer “pra bom entendedor meia palavra basta”, ou como dizem também os evangelhos “quem tem ouvidos para ouvir ouça” e ainda “quem puder compreender, compreenda      (Mt. 19,12).

Um dia no evangelho de Marcos aconteceu uma dessas “indiretas”. Na viagem para Jerusalém os dois  irmãos Tiago e João pediram a Jesus que “preparasse  os primeiros lugares” no palco do Reino que Jesus iria inaugurar ’Mestre, concede-nos que nos sentemos na tua glória um à tua direita e outro à tua esquerda’ (Mc.10,37). Nessa “caminhada catequética elaborada pelo evangelho de Marcos é descrita a cegueira dos discípulos. Mas, em vez de dizer que os  discípulos estavam cegos é apresentada uma cena em que um cego surgiu à beira do caminho, o Bartimeu, filho de Timeu, e gritou “Mestre, que eu veja” (Mc.10,51). Até que, recuperando a vista, começou “seguindo Jesus pelo caminho”(v.52). Você pode fazer legitimamente a pergunta cristã: foi um milagre ou foi uma indireta essa “cura? Só você pode responder.

Esta foi a primeira cena deste episódio. Agora a 2ª Cena:

O filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado na beirada do caminho. (Mc.10,46). Ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho (v.52). A moral da história é que quem está na beirada do caminho deveria seguir o caminho normal da sociedade. Uma vez que os sentados nas beiradas e nas bermas das estradas estão isolados, cegos, e mendigos e discriminados, e sem poder falar e nem levantar a voz. “Muitos o repreendiam para que se calasse” (10,47).

No mês passado vimos as notícias de um Supermercado do Sul do Brasil que entregava “bandejas vazias” direcionadas a pessoas pobres e negras que iam comprar carne nas prateleiras.. Só poderiam receber a carne com pagamento antecipado pagando o preço na bandeja. E noutros Supermercados tocava o alarme quando as mesmas pessoas entravam, como aviso de que eram pessoas suspeitas...Agora eu pergunto: Porquê não colocam “Alarmes” nos “colarinhos brancos” de Brasília? Suponho que não se poderia suportar o ruído de tantos alarmes no Brasil. Ou não será também que muitos lobistas que organizam esses Supermercados não abusam também dos preços?  E muito mais praticam a discriminação racial e  social?

Criou-se um ambiente de mundo racista e de suspeição intolerável. A verdade é que “cega” é a sociedade de hoje quando não vemos o valor das pessoas, mas a sua posição social e só visamos o lucro, igual os dois discípulos autocandidatos a ministros. A “indireta” continua valendo nestas situações.

P.Casimiro João      smbn

www.paroquiadechapadinha.blogspot.colm.br

domingo, 21 de novembro de 2021

O que quer dizer “Para Deus tudo é possível” ?


 

Em primeiro lugar, São Tomás de Aquino comentava assim: “Deus é onipotente para as causas possíveis” (S.Tomás). Por exemplo, eu não posso pedir a Deus que 2 + 2 sejam cinco mas posso pedir que eu multiplique muitas vezes 2 x 2 pães em favor dos outros em vez de ser só para mim.

A expressão “para Deus tudo é possível” é usada na Bíblia (Mc.10,27), e tem sua raiz na história do povo de Israel, na teoria da escatologia, ou fim dos tempos. Isto é, já que os Judeus lutaram tanto para ser o povo dono do mundo e não conseguiram, então jogaram essa “ilusão” para o fim dos tempos ou do mundo.

Nesse longínquo “fim do mundo” viria Deus descido dos céus e nas nuvens, para se vingar dos inimigos do seu povo, e dos ricos e poderosos que maltratavam os pobres o tempo todo. Para eles não seria possível essa vingança, mas para Deus sim. “Ó Senhor, Deus vingador; Intervém! Levanta-te, juiz da Terra; retribui aos orgulhosos o que merecem” (Sl.94,1-2).  Copiando para o Novo Testamento, “Minha é a vingança; eu retribuirei”, diz o Senhor” (Rom.12,19).

E a transposição dessa ideia para o Novo Testamento: “Como é difícil para os ricos entrar no reino de Deus; é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus; Para os homens isso é impossível mas para Deus não, para Deus tudo é possível” (Mc 10,23.27).

Aliás, no conceito dessas afirmações vem o que nós devemos ter em conta: o reino de Deus, que nos torna mais compreensível isso de “o camelo entrar no buraco de uma agulha”. Dias atrás os jornais falaram nos milhões de dólares que o ministro da economia e o presidente do Banco Central colocaram nos “Offshores” dos paraísos fiscais no estrangeiro. Eles ganharam e continuam ganhando  milhões em cada dia só com a subida do dólar.

Que aplicação tem aqui “passar pelo buraco de uma agulha”? Seria se esses homens ricos resolvessem de uma vez se tornar amigos e solidários dos cidadãos pobres do Brasil que não têm o que comer em cada dia, e até procurando ossos nos açougues das cidades do Sul. Se eles aceitassem distribuir os seus dólares ou ao menos devolvê-los ao Brasil e fazer uma economia solidária para a pobreza brasileira isso sim que seria “o camelo passar pelo buraco de uma agulha”. E seria o começo do Reino de Deus para eles a para uma parte do Brasil. Porque onde há partilha, e solidariedade e fraternidade aí está Deus.

Então esses dólares não iriam ser multiplicados só para eles mas solidariamente entrariam na economia do Brasil para que acontecesse mais partilha, mais solidariedade e mais fraternidade. Ainda funciona muito o imaginário do Antigo Testamento que nesse longínquo “fim do mundo” poderá vir Deus descido dos céus e nas nuvens, para se vingar dos que maltratam os países  e são causadores da pobreza mundial.

Mas quando eu digo que “para Deus tudo é possível” posso estar tirando da mim a responsabilidade de transformar as estruturas que mantêm as injustiças sociais. Dizer que “para Deus tudo é possível” pode significar a falsa ideia que a sociedade não pode mudar. Pode significar atribuir a Deus os males que existem como fomes, doenças, más governanças, porque eu não estou disposto a colaborar.

Pode significar ainda que quero continuar alimentando a minha pasmaceira em olhar as coisas correr sem eu mexer uma palha. Como se a casa estivesse pegando fogo, e eu na minha cadeira dizendo que “para Deus tudo é possível”, até mesmo que ele venha apagar aquele fogo.

É igual como na expressão fácil “Deus dá o jeito”, na realidade será porque eu não quero dar. Somos muito fáceis em terceirizar. E terceirizamos tudo em Deus, “Deus levou fulano”, “Deus por que levou o meu marido tão cedo”, e por aí adiante. Não será invocar o nome de Deus em vão?...

Não será também uma forma de terceirizar usando a expressão “para Deus tudo é possível”? O evangelho de Marcos coloca também na boca de Jesus, na hora da agoniaPai tudo, tudo te é possível, afasta de mim este cálice” (Mc.14,36); Mateus por seu lado, só as palavras,“Pai, se é possível, afasta se mim este cálice”(Mt.26,39). Lucas e João nada dizem. Nada de admirar, pois Marcos repetiu o imaginário do Antigo Testamento sobre o impossível.  Mateus já mudou para “se é possível”.

Concluindo: Se formos ao Antigo Testamento procurar mais influências teríamos que nos reportar ao imaginário das teorias do Criacionismo, desde os 9.000 anos a.C que fol inventada a escrita pelos povos sumérios e babilônicos em cujos escritos já aparece que Deus formou o homem do barro, e daí passou para o Gênesis. E não só, mas as estrelas, águas e animais tudo pela sua palavra. Esse imaginário perpassa transversalmente todas as épocas da história humana e chegou até à Idade moderna e nossa. Sabemos agora que Deus é parceiro e caminha junto com as nossas possibilidades e nossas impossibilidades.

P.Casimiro João     smbn

www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br

domingo, 14 de novembro de 2021

Será que o batismo de João Batista era para “apagar” o pecado original?


 No batismo de João ainda não havia o conceito de pecado original. Nem a teoria ou teologia de pecado original.  O batismo de João era a credencial de entrar para a ideia do fim que estava próximo; “Eis que  o machado já está posto à raiz das árvores”(Mt.3,10). O que era esperado era tão urgente que as “árvores velhas” que persistissem em não aceitar a novidade já estavam prontas para o fogo(v.11). E de tal maneira que quando Jesus mandou os 72 discípulos com a mesma missão, teriam que andar ligeiro, porque nem teriam tempo de percorrer as cidades de Judá antes que chegasse o fim do mundo que era chamado o “reino de Deus”.(Mt.10,6).

Falemos agora no aporema, ou paradigma, ou teologia de Paulo na Carta aos Romanos. “Irmãos, o pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado entou a morte. E a morte passou para todos os homens”(Rom.5,12). Esta afirmação baseia-se numa antropologia e numa cosmologia e num desconhecimento que já não existem mais. Ora, quando uma teoria se apoia num tripé que não existe e já foi retirado, a teoria também não se segura mais. Qual era a antropologia da época?

Era que só havia um casal no início do mundo. Hoje está provado que não existia só um casal. Na época de Paulo havia a teoria criacionista. Hoje existe a teoria evolucionista, segundo a qual os seres humanos evoluíram de formas hominídeas até chegar ao homo sapiens e ao neandertal, por períodos de centenas de milhares de milhões de anos. Inclusive para a aprendizagem da fala levou centenas de milhares de anos.

Qual era a cosmologia? Era que o mundo tinha sido começado com Adão e em seis dias. Hoje a cosmologia é a da explosão do Big-Bang de 15 bilhões de anos atrás. E bilhões e milhões de anos decorreram para o aparecimento das estrelas e galáxias até chegar ao esfriamento da Terra. E mais milhões e bilhões de anos até chegar ao aparecimento dos primeiros seres vivos na terra, começando pelas amebas e em evoluções sucessivas aos vertebrados, répteis, dinossauros, primatas, hominídeos e os primeiros humanos, (homo sapiens e neandertalenses).

O segundo pé do tripé da época de Paulo também não existe mais, como estamos vendo. O terceiro pé do tripé que era o desconhecimento destes princípios da ciência é que compôs o aporema que sustentava o imaginário primitivo das mentes daquela época. Justamente como vem na Bíblia, já vinha nos escritos ou nas “Bíblias” de povos mais antigos do que os Judeus. Na verdade, não foram os Judeus que “inventaram a pólvora”. Os Sumérios, os persas e os Ugaritas, de onde se originaram os Judeus é que começaram com essas narrativas. Exemplo, o Gilgameshe, dos sumérios, que traz a narração paralela do primeiro homem e do dilúvio. Partindo depois para o Código do Sinai, que veio depois do Código de Hamurabi, o sexto rei dos Sumérios (1.792).

E não imaginemos que primeiro “Deus falou” aos Judeus, porque nos livros mais antigos também vem assim: “E Deus disse”, “E Deus mandou estas palavras em minha boca”(Gilgamesh). “Todas as culturas nascem de  uma palavra criadora dita em tempos imemoriais por um poder divino” (Biderman, “Dimensões da palavra” 1998, 45). Para esta autora e para os historiadores das religiões Deus se faz presente nas suas palavras. É daí que se originou a teoria criacionista. Segundo a teoria criacionista Deus cria com a sua palavra. E não só, como também se “encarnava e habitava” na sua palavra. Daí que os gregos tinham o Logos, e os Judeus a Sabedoria onde Deus habitava.

Vimos então que o batismo de João não tinha nada a ver com o pecado original. E vimos que Paulo quando escreveu: “o pecado entrou no mundo por um só homem; através do pecado entrou a morte; e a morte passou para todos os homens” se baseava no imaginário bíblico vetero-testamentário e o transportou para o Novo Testamento, que era devedor da teoria criacionista. A teologia posteriormente formulada por Santo Agostinho só fez espichar o gancho deixado pelo aporema ou paradigma de Paulo. E digamos de passagem que Paulo não falava de pecado original. O autor do nome ou o pai da criança foi Santo Agostinho, que, partindo da filosofia gnóstica e maniqueia atribuiu o pecado original à relação sexual do primeiro casal, de onde todas as outras relações e nascimentos ficavam “contaminados”. (Cf.BLOG www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br 09/05/21).

P.Casimiro João    smnb

www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br

domingo, 7 de novembro de 2021

Davi e Salomão: entenda como a Bíblia distorceu histórias para fabricar uma ideologia nacional.


 

Em continuação da matéria anterior vamos dar mais uns elementos sobre a história do reino de Israel Norte e do reino de Judá, reino do Sul na época do exílio da Samaria (722 a.C) e de Judá (586 a.C.). E de como houve uma “construção ideológica” de um “reinado” que teria sido o maior assombro da humanidade para aqueles tempos, e que ficaria registrado na Bíblia posterior como tal. E assim continuaria, se não fossem as últimas escavações arqueológicas a demonstrar que o mesmo não passou de uma lenda e um mito que foi fabricado pelo reino do Sul, Judá, quando se viu livre da tutela do reino do Norte para legitimar agora o seu momento de glória. Portanto, “esse fabuloso reino davídico-salomônico não passou de um sonho ardiloso de Josias (640-609 a.C), para construir a grandeza do seu reino do Sul”. (Cf.Ademar Kaefer, “A Bíblia, a Arqueologia”p.28). (Cf.www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br

31/10/21).

Como isso aconteceu? Desde o séc.X a.C. Samaria e Siquém tinham sido o centro político da Palestina. Foi lá, em Siquém, que o povo que vinha com Moisés, do Sinai, se juntou ao povo de antigos judeus que já moravam em Siquém, e praticamente foram eles que a formaram antes de Moisés. Eles tinham vindo como trabalhadores nas minas de ferro do Sinai. Ainda não se falava nem em Judá nem em Jerusalém (Cf Blog www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br 28/3/21        

Nessa época, a Samaria e Siquém tinham já mais de 50.000 habitantes, enquanto que Judá permanecia quase desabitada e não completava 4.000 habitantes, e Jerusalém não chegava a 1.000 almas. Quando a Samaria foi conquistada pela Assíria,(em 722 a.C.)muitos judeus foram deportados para a Babilônia, mas um grande número teve autorização para migrarem para a região de Judá e Jerusalém, onde reinava Acaz, como dependente do Israel Norte. Feliz com isso, Acaz se viu livre do Reino do Norte e facilmente prometeu obediência aos reis da Assíria para não ser esmagado.

Em seguida vieram Ezequias e Josias. Josias teve quase 40 anos de aliança com a Assíria e conseguiu levar Judá e Jerusalém a um grande desenvolvimento, enquanto que a Samaria estava bem submissa à Assíria depois da deportação para a Babilôlnia. Até que Josias foi morto por Necau, do Egito por traição quando este soube da sua amizade com a Assíria. Daí para o fim de Judá só foi um fio, uns 23 anos, na época de Sedecias, em que a Babilônia surgiu de rompante para esmagar a Assíria e todos os seus domínios, como Judá e Jerusalém em 586 a.C.

O que fez Josias durante aqueles quarenta anos que viveu em paz e fiel vassalo da Assíria? A maior preocupação dele e dos seus escribas do Deuteronômio, que foi escrito nessa época, foi apagar a memória da Samaria e do Reino do Norte, e fabricar a ideologia da sacralidade do império de Jerusalém, tecendo figuras e impérios imaginários como Davi e Salomão. Repetimos aqui o afirmação inicial: “A grandiosidade do Império Davídico e Salomônico, com suas riquezas e esplendores, não passou de um sonho ardiloso do rei chamado Josias (640-609)”para legitimar a sua arrogância” (Cf.José Ademar Kaefer, “A Bíblia, a Arqueologia”p.28). E o mesmo autor observa: “Há cada dia menos estudiosos que sustentam a teoria da existência da chamada monarquia unida sob os reinados de Davi e Salmão” (id).

Salomão não é mencionado em nenhum texto extrabíblico, nem há documentos da tal sabedoria. Pelo contrário, trata-se da disputa entre a sabedoria de Israel e a sabedoria do Oriente e do Egito (o.c.p.56).

Davi e Golias: uma lenda popular que foi aplicada a Davi, aliás existe outra versão de outra lenda dizendo que o tal Golias tinha sido morto por Elcanã e não por Davi (1Sam.12,19), trata-se da mistura de duas lendas. Quanto a Saul e Davi, se realmente existiram, os estudiosos afirmam que não teriam passado de nomes de chefes de clan da época. (o.c.p.45).

Portanto, em tudo está presente a ideologia posterior da “casa davídica”, como uma construção de Josias. Um detalhe: Sempre que se menciona Davi, nos autores deuteronômicos, fica sempre inocentado da morte de seus inimigos.

Para confirmar as fábulas, as escavações arqueológicas recentes confirmam que nenhuma  construção não foi encontrada em Jerusalém, como o falado templo de Salomão. Pelo contrário, o “templo de Jerusalém” foi construído depois do ano 722, depois da queda da Samaria, pelos reis da Assíria para manter a unidade do império e a aliança com Acaz. E por outro lado, há construções datadas da época dos reis do Norte em Meguido, Hazor e Gezer mas nunca e nada do rei Salomão.

Conclusão. Para avaliarmos as passagens da Bíblia sobre o reinado do Israel Norte devemos ter sempre presente o seguinte: é preciso ter em mente sempre que as informações que a Bíblia nos apresenta sobre a história dos reis do Norte passaram pelo crivo dos reis e dos escribas do Sul.

Finalmente, a reforma de Josias: foi mais política do que religiosa. Não é à toa que a Bíblia dá grande preponderância a Josias. Primeiramente, ele e seus escribas fizeram a última edição da Bíblia, chamada deuteronômica. Nessa edição fizeram as mudanças e transposições que serviam agora ao novo Reino de Judá, apagando quase toda a história anterior, ou adaptando à nova ideologia. Um dado importante é que nessa época foi o surgimento do maior apogeu da escrita entre os Judeus.

Outro aspecto importante foi a centralização do poder e do culto, e a destruição de todos os santuários dos povoados do interior para centralizar todo o culto no templo recém-construído que antes era bem insignificante. Inclusive a celebração da Páscoa que também se fazia nos povoados, se tornou uma celebração do Estado, e adquiriu caráter fundante de Judá como Reino que antes não existia.   

 

P.Casimiro João   smbn

www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br