domingo, 30 de novembro de 2014

Nem oposição nem bajulação! Só participação de um simples cidadão


Antigamente estragavam-se os alimentos. Sem freezer ou geladeira, apodreciam depressa. Agora quem se estraga somos nós: as pessoas. Vivemos sujeitos à influência de contaminações ambientais, de costumes perversos, de abusos generalizados. 

São bactérias esquisitas, infeciosos vírus, graves tendências, péssimas ilusões... Ai de quem não se cuida e não luta contra estes condicionamentos! Depressa normaliza-se a banalidade, aceita-se a mentira como verdade, tem que se aguentar a corrupção como prática normal. Tudo fica de pernas para o ar e com a galharda afirmação de que assim é que é! Aproveita quem pode. 

As contradições são flagrantes, mas dizem que uma mentira repetida muitas vezes passa por verdade. Vejamos algumas demonstrações que são mais que meras suspeitas: Vocifera-se com facilidade que o poder vem do povo, que vivemos em democracia. 

Mas, o que impera a maior parte das vezes? - A monocracia  (só um manda) ou moneycracia( poder do dinheiro), uma descarada ditadura, um totalitarismo absolutista que vive de fazer acontecer o que lhe agrada, obriga a dogmatizar seus pontos de vista, a evitar e até combater a participação da sociedade, a esconder muita atrevida esperteza e a aproveitar, em benefício próprio, o mais que se pode. 

Confunde-se opinião pessoal com a absoluta verdade, esquece-se o bem comum para entronizar interesses próprios e tudo por aí fora... O poder está a saque. Quem mais dinheiro tem é que é que é o preferido. Por isso, cada um que se quer promover, procura amealhar o mais que pode. 

Acumula-se verbas sobre verbas, retira-se grossas fatias de projetos, esconde-se o mais que se pode a publicação das licitações para ninguém concorrer e o gestor poder decidir... 

O “povo” é esquecido ou então amarfanha-se e mete-se no bolso. Fica na boca para ser usado e na carteira para ser guardado. É a canonização própria e ai de quem não concorda! Surge a vingança, irrompe o rancor, a ameaça e a realidade do despedimento, a perda de direitos. Puro infantilismo! 

É a lógica positivo-narcisista que procura viver sem tensões, fazendo o que se quer ou a lógica utópica-prometeica que exige total liberdade para fazer o que lhe convém. Tristes e nojentos produtos que já deviam estar fora de uso! 

E a mania está tão generalizada e age com tanta pacatez que conhecidos arbitrários inescrupulosos, doutros municípios, especializados nestes trambiques, aspiram pelo Governo de Chapadinha. 

Na verdade, está engordando, entre nós, um ambiente de crítica mordaz, de desconfiança fundamentada na falta de informação local, de explosão de afirmações sobre abusos de poder, falsificações, desvios de verbas, acúmulo de bens por sabidos... muito perigoso isto! E esta situação tem influência criadora de situações iguais no dia a dia. 

Vulgariza-se a vontade de acumular de qualquer maneira, de prejudicar o património público, de esconder, mentir, cada um fazer o que quer. Mania imoral e imoralizante. E porquê tudo isto? – Porque o estímulo está aí! Existe incentivo! Se eles fazem, por que não eu?  

Esta é uma situação imoral, sem ética e é preciso que os responsáveis vejam o que estão fazendo. Não digo isto por ser oposição ou por pertencer ao grupo dos gratificados bajuladores. Só por ser cidadão!  Quero bem a esta terra onde não nasci, mas onde vivo há 36 anos e que escolhi como se fosse meu solo materno!


A MAIS BELA FLOR DO JARDIM DAS VIRTUDES HUMANAS! A MEMÓRIA DO CORAÇÃO: A GRATIDÃO!

Sem dúvida, a gratidão é a mais bela flor do jardim das virtudes humanas. Não é uma coisa qualquer, talvez até dispensável. É caraterística das almas nobres. A pessoa orgulhosa ou mesquinha só aprecia os outros com base nos seus interesses ou egoísmo. Acha-se o centro de tudo e, por isso, não sabe agradecer. 

Pessoas vazias de análise fraterna ou de vista espiritual não são agradecidas. São duras como pedras, ingratas como cachorro danado, mais esquecidas que alguns irracionais. Acham que têm direito à prosperidade e que todos as devem servir. Têm Deus como um empregado que as deve abençoar em tudo. Nada é favor. Tudo é obrigação. Rompem até o vínculo de filiação e acabam por tratar Deus, mal educadamente, como um patrão que tudo deve dar. A gratidão é a memória do coração. 

A partir de nossa interioridade afetiva, ao contemplarmos nossa jornada do passado, encontraremos pessoas com atitudes que foram importantes para nossa vida. Saber agradecer é uma sabedoria. Uma grandeza de ânimo! Dizer “obrigado” é gesto nobre. É a melhor forma de medir o caráter duma pessoa, é o termómetro para conhecer a altura de sua grandeza ou a baixeza de sua mesquinhez de caráter. A gratidão revela sensibilidade ao bem e sabe criar bons ambientes à sua volta. Viver é um enorme e constante milagre. A gratidão é a mais bela resposta a este dom. 

Também Deus, que nos fez inteligentes para saber analisar tudo que se passa ao nosso redor, sabe apreciar a gratidão. Olhem como Cristo notou a ingratidão daqueles nove leprosos curados que não vieram agradecer! Afinal, somos filhos e não escravos. Mesmo quando lhe pedimos algo que não acontece, devemos saber agradecer, porque isso foi decisão de sua misericordiosa bondade. Saber ser educado e agradecido é uma riqueza. 

Saiba falar disso a seus filhos pequenos e comece essa educação com pequenos gestos: saber abrir uma porta para papai passar em primeiro lugar; quando estamos sentados, ceder o lugar para um idoso ou pessoa respeitável se sentar; oferecer uma flor, um agradecimento, um sorriso, uma saudação alegre,  um aperto de mão, um bilhete, um e-mail... Saudar as pessoas, dizer: “bom dia”, “boa tarde”, pedir a benção a quem de direito. 

Tudo pode exteriorizar o valor que teve para nós a atitude de outra pessoa. E evitar palavras duras, críticas mordazes, insistentes teimosias, pertinentes desobediências e sobrancerias em família, no colégio, na relação com outros. A má educação e a insensibilidade ao bem revelam uma pessoa grosseira, inclinada à intriga, fácil para a provocação e o mau estar,  porque não sabe conviver

FRANCISCO  DE ASSIS! UM HOMEM QU EU ADMIRO

Vou confessar meu pecado: durante muito tempo, não fui admirador de S. Francisco de Assis. Achava-o um exagerado, um louco, um diferente de todos... Parecia-me que levava tudo ao extremo e, para se ser santo, não é preciso tanta coisa. Achava eu! 

Afinal, a vida de Jesus não foi tanto assim! Os Evangelhos apresentam em Jesus um homem mais normal. Mas com o andar dos anos, fui-me convertendo aos seus exageros. A vida foi-me ensinando muita coisa! Quando se quer acabar com um pé de capim ou erva daninha tem que se lhe arrancar pela raiz. Se não se arranca toda a raiz, ela ainda vai rebentar depois. Assim é na nossa vida. Em questão de conversão, de ascese, de mudança de vida... aceito o ditado: “ou tudo ou nada”!  

Hoje sou admirador e devoto de S. Francisco. Claro que não sou capaz de ser tão radical, mas procuro ir dando-lhe o jeito que posso e tirar de tudo uma lição. Francisco, tu deixaste uma casa rica, uma vida de negócio e dinheiro, mas soubeste enriquecer de graça muitas famílias.

Andaste descalço, vestiste pobremente, sem perfumes nem vaidade, mas não deixaste de entrar nos palácios dos ricos para questionar seus exageros. Foste humilde, até demais, mas tiveste coragem de te apresentar no Vaticano desapegado de toda a pompa. Fizeste mudar muita gente poderosa, mas primeiro trabalhaste teu interior. 

Aceitaste ser duro, original, exótico mesmo, mas não procuraste elogios do mundo, nem admiração de ninguém, nem dividendos de teu comportamento. Soubeste maravilhar-te com a beleza das aves, o encanto do sol e das estrelas, louvar a Deus pela Criação, mas não te distanciaste dos seres humanos que é preciso tornar mais libertos e felizes. Tua austeridade não era teatral, fingida ou oportunista.

Não a impuseste a ninguém como obrigação, mas a todos deixaste o fascínio e a recomendação de que, neste mundo, somos peregrinos. Hoje admiro a profundidade do teu olhar, a grandeza do teu coração, a força da tua opção... que não te deixaram prender ao que é efêmero. 

Amaste a todos sem reter para ti ninguém. Despojado e pobre, viveste com a disponibilidade dum presépio onde Deus nasceu e pode viver. Sonhaste com uma Igreja diferente daquela que existia na tua época, mas sonhaste dentro dessa mesma Igreja. Não inventaste outra. 

Não quiseste outra que seria a tua. Ficaste e amaste a de Jesus Cristo, feita de pessoas pecadoras, mas trabalhaste para a purificar. Por isso, te admiro, Francisco de Assis!

             NOTICIÁRIO PAROQUIAL

1)-  Ouvimos direto pela rádio, na sessão da Câmara de 24, nesta semana, uma vereadora lembrar o que escrevemos há semanas neste Boletim: a urgência da construção de uma nova Rodoviária e de um Cemitério Municipal. Agradecemos o lembrete de uma necessidade que todos sentimos. Pena foi que depois, na sequência da intervenção, passou a esquecer a rodoviária e a dizer que o Governo Municipal já fez diligências para aumentar os cemitérios do Novo Castelo e o do Areal, mas... Bem! Não gostámos. Tentou-se agradar ao Padre e à Prefeita, a gregos e a troianos, mas ficou a impressão de que o império tem que ficar salvo. Como está. Vai-se adiando o que é “super-urgente” Não: são precisas essas duas iniciativas e urgentemente. Bem sabemos que mortos não dão votos. Mas também não podem emigrar para as estrelas. A solução não é aumentar os cemitérios existentes, mas fazer um novo, de grande porte. Segundo o que ouvi dizer: peça à Márcia que ela consegue!

2)- A reconstrução da capela de Santa Teresinha está feita. Vai ser inaugurada hoje. Aumentamos o templo sete metros, colocamos janelas com grades e piso de lajota, foi rebocado todo o templo, aumentado, rebocado com duas grades de ferro o muro circundante, construída uma nova sacristia e limpos e envernizados todos os bancos. No adro foi feito um pequeno palco para representações e missas campais, levantado o chão para escoar melhor a água das chuvas e feita a calçada do muro da capela. Também foi comprado um novo altar de mármore para o Santíssimo. Ao    todo, foram gastos R$40.000,00. Queremos hoje, pelas 16,30H, celebrar missa lá, abençoar o novo templo e entregá-lo à comunidade local.  Convidamos os amigos e as comunidades.

3)-Foram administrados pelo Superior geral do Instituto, ao seminarista José António, os ministérios do Acolitado e Leitorado, em em Contagem.  Parabéns ao José António que trabalhou entre nós este ano.

4)- Mais uma vez lembramos que serão administrados os dois ritos do Batismo à quem vai ser batizado no dia de Natal hoje, dia 30 e no dia 14 de Dezembro, depois da missa das 10.00H.

5)- Começou o festejo de Terras Duras com o levante do mastro muito animado. A Igreja foi pintada e começada a construção de uma nova lanchonete, só que esta vai ser adiada para depois do festejo.

6)- P. Casimiro já chegou de Belo Horizonte na sexta feira. P. José Adauto ficará lá, tratando de assuntos particulares, até dia 5 de Dezembro.

7)- No próximo fim de semana, haverá o retiro das Santas Missões Populares para os missionários “Mirins”, crianças e adolescentes. Começa em sábado, ás 07.00H da manhã, com a caminhada vinda da Praça da Bandeira.

8)- Como todos sabem e é tradição na Paróquia, a festa da Comunhão Solene é no dia 25 de dezembro e a Profissão de Fé vai-se fazer no dia 01 de Janeiro, ambas na missa das 10.00H. Dias para confissão e reunião de pais: Comunhão Solene reunião às 19.00H no dia 23 de Dezembro. Confissões: dia 24. Para a profissão de Fé, reunião de pais no dia 30 de Dezembro, às 19.00H. Confissões: dia 31 de dezembro.

9)- Não esqueçam a reunião para os dirigentes das comunidades e coordenadores das Santas Missões Populares no próximo domingo, dia 07 de Dezembro.
  






domingo, 23 de novembro de 2014

O cristão tem que ser diferente do indiferente


O indiferente é aquele “que tanto dá!”, o que não se interessa, o que não se quer chatear com nada. Vai vivendo! Obedece à fatalidade, é submisso à mediocridade, vive na banalidade! 

O cristão tem que fugir deste patamar. Pensa:
Se ouviste falar de Cristo, procura encontrá-lO. Se O encontrares procura conhecê-lO. Se O conheceres, procura servi-lO. Se O servires, procura amá-lO. Se O amares, procura torná-lO tua única riqueza. Se assim O apreciares, identifica-te com Ele, aceita Suas propostas e procura testemunhá-lO. 

Afinal, Ele é o Caminho que veio ao nosso encontro, é a Verdade que, como Mestre, Ele nos ensinou, é o Senhor que nos deu tudo que temos. Não sejamos preguiçosos! Corramos para Ele, para O conhecer e amar!

O mundo não é dos espertos, dos sabidos que a todos sabem enganar e que de tudo sabem tirar uma vantagem para seu próprio proveito. O mundo é das pessoas honestas e verdadeiras. A esperteza, um dia, vai ser descoberta e virará vergonha. ( Já se começou a falar disso? Não escutas?!) 

A honestidade pode demorar, mas vai-se tornar um precioso exemplo para as futuras gerações. A esperteza enganadora corrompe a vida das pessoas e atrasa o desenvolvimento social. O excesso de comida que se estraga na casa do espertalhão é o quantitativo que falta na mesa dos famintos. 

A roupa que tu acumulas no teu guarda-roupa é a que falta ao pobre que não tem com que se vestir bem. A honestidade enobrece a alma de quem a tem. Dá alegria a quem a pratica. Cria fraternidade em quem a busca.

Sê humilde para admitir os teus erros! Sê inteligente para aprenderes deles. Sê maduro para os corrigires!


OLHAR, VER E ADMIRAR!


“Olhar” é apenas um gesto. Um mexer de olhos. Ordinariamente não significa muito. Apenas um direcionar um órgão corporal para alguma coisa. Mas “ver” já é uma atitude. Um gesto humano. Requer interesse e sensibilidade. Algo nos atraiu e puxou a atenção. Requer que seja freada nossa pressa de passar. 

Quem vê sempre fica com uma lembrança. Deixa-se impressionar. Mas “admirar” é mais que olhar e ver. É acordar para uma realidade escondida. E acolhê-la. Deus depois que criou o mundo olhou-o como Sua obra admirável. Nós também temos que aprender a admirar o que passa por nós, saber parar para saborear e se extasiar. 

Quem admira passa a soleira do desinteresse, dá a mão e busca acolher. Mas só acolhe quem é acolhido. Para acolher é necessário que o outro se deixe acolher, que não fuja e aceite nossa solidariedade. A admiração só é razoável quando não é interesseira ou manipuladora. Tem que ser fraterna e gratuita. Exige confiança. E só assim suscita credibilidade. 

Dizia um autor que nós conhecemos Deus pelos Seus pés. Admirou, amou... e enviou Jesus que viveu na nossa proximidade. Andou pelos caminhos de nossa terra, caminhos de missão e fez-se Caminho. Jesus, caminho de Deus e caminho para os homens. Via para a eternidade: “versão de Deus em pequenez humana”, como diz D.Casaldáliga. 

E Zubiri acrescentava: “o homem é a maneira finita de ser Deus”. Em Cristo, recebemos a dignidade de filhos, de participantes da divindade. Eis a nossa grandeza! Deus visitou seu povo (Luc.1,68), acompanhou os discípulos de Emaús (Luc.24) na sua rota de desânimo e fuga, convidou Filipe a ser evangelizador de rua (At.8,26) e enviou os Apóstolos por todo o mundo (Mat. 28,18). 

O cristão não pode ser acomodado. Tem que se colocar a caminho e ir ao encontro dos irmãos afastados: a “pastoral do encontro”, do aperto de mão, da saudação amiga, da visita e do tapinha nas costas! 

As comunidades não se devem comportar como meros clientes que frequentam a liturgia como quem vai a um supermercado, recebem o favor divino, a graça e se vão contentes de dever cumprido. Desaparecem. Temos que ser colaboradores de Deus, administradores dos dons recebidos. Saber incendiar o mundo, transmitir a Mensagem que nos foi entregue. 

O Evangelho não é um livro que se coloca na estante. É uma vida, um estilo de vida, um modo de viver que se comunica por testemunho, por atração, por um jeito fraterno de amar. Todos missionários do Divino Missionário que é Cristo, Missionário do Pai. 

MAIS VALE ESCAPAR FEDENDO QUE MORRER CHEIROSO


Há meses seguia para S. Luís conduzindo o Ranger. Confesso meu pecado: a uma certa velocidade! Um pouco antes de chegar a Baturité, uma atrevida vaca pulou de lado, mesmo em cima do carro. Não tive jeito! Não havia como escapar! Bati com toda a força no animal, ele voou para o outro lado da pista e... salvou-me a abertura do “air beg” cujo gás fedeu tanto que eu pensava que o carro estava ardendo. Saí apressado, meio incomodado e, graças a Deus, apesar do cheiro, estava vivo e ileso. Foi então que me lembrei do provérbio que é certo: “mais vale escapar fedendo que morrer cheiroso!” E hoje, lembrado desse fato, desejo aplicar o provérbio a outras situações:
- “ Mais vale sofrer para evitar a droga que, querendo gozar, morrer por ser drogado!” Vê-se cada espetáculo! Gente que anda por aí caindo aos pedaços, com cara de defunto, só por ter ilusórias viagens de prazer com droga.
- “Melhor educar o instinto sexual que viver escravo do sexo toda a vida!” O órgão sexual mais importante está na nuca: a hipófise. Quem coloca a cabeça a pensar sabe controlar-se e não deixa passar imorais desejos para a esfera do genital.
-“Preferível aceitar viver com sobriedade que roubar para ser rico!” Há ilusões sonhadas que se pagam caras. A vida humilde, mas passada em liberdade, é melhor que vida com muitos bens, encarcerada em penitenciária.
- “Melhor ser frágil diante de Deus que, dominando tudo, pensar que é um deus!” O pouco, com Deus, é muito. O muito, sem Deus, é nada. Melhor sentir a riqueza da honesta pobreza que ser pisado por ter abusado da sua orgulhosa riqueza.
-Preferível conviver na diversidade que viver sozinho por se dizer diferente!” Temperamento dominador não aceita a diferença dos outros. Prefere separar-se para tentar dominar outra pessoa. E, pensando que é o máximo, acaba por sofrer o desespero da solidão.


    NOTICIÁRIO DA PARÓQUA

1)-Os padres Casimiro e José Adauto estarão ausentes da paróquia esta semana. Vão a Contagem, Minas Gerais, participar da Assembleia Regional dos Missionários da Boa Nova.

2)-O seminarista José António, também membro dos Missionários da Boa Nova, também viajará para Minas Gerais e termina assim o seu ano de estágio pastoral entre nós. Chapadinha lhe agradece. Queremos aqui expressar-lhe nossa alegria pela sua presença, agradecer-lhe sua dedicação apostólica e desejar que continue rumo ao sacerdócio missionário. Não o esqueceremos e continuaremos unidos pela oração.
                   




3)-Estamos torcendo para que esta semana chegue o material de reflexão e preparação para o Natal. Incentivamos famílias e grupos a reunirem-se e prepararem-se para a grande festa do Natal. Aproveitemos esta data para celebrar a união familiar e avivar nossa amizade a Cristo, versão pobre do Deus misericordioso.

4- As assinaturas do jornal litúrgico e da Liturgia Diária estão sendo feitas muito devagar. Pedimos que esta semana, quem o desejar, venha renovar sua assinatura.

5)-Queremos fazer, logo que for possível, um curso para novos Ministros Extraordinários da Comunhão. Solicitamos às Coordenações das Comunidades que vão pensando em possíveis candidatos que só devem ser convidados pelo Pároco depois de apresentação da Comunidade. Requere-se que sejam pessoas com prática religiosa, com mais de 24 anos, situação regular na Igreja e com devoção ao Santíssimo Sacramento. Estes Ministros não são só para distribuir a Comunhão nas Missas, mas para serem portadores de Cristo Eucaristia áquelas pessoas que não podem participar das celebrações.

6)-Neste fim de semana, haverá Encontro de Cura e Libertação do grupo de Oração do Bairro da Cruz feito na Kolping.

7)-Muita gente não compreendeu porque no Boletim anterior chamamos de “elefante branco” a construção do ginásio esportivo do Campo Velho. A alegoria se aplica, porque elefante dura muito, come muito e não costuma haver elefante branco a não ser motivo de doença. O ginásio demorou muito, comeu muitas verbas e foi atacado de grave doença de corrupção.

8)-A comunidade de S. Camilo, no Areal, festeja hoje Cristo Redentor, o titular de sua igreja. Depois de, durante a semana, terem feito encontros pelas casas no bairro, hoje haverá missa solene e procissão.
                    



9)-Anunciamos para o próximo domingo, pelas 16,30H, a inauguração da nova capela de Santa Teresinha, na Boavista. A reconstrução e melhoramento do espaço custou à Paróquia R$40.000,00.



domingo, 16 de novembro de 2014

morreu um elefante branco




Morreu um elefante branco. Faz anos que o ginásio no Campo Velho cheirava a corrupção, elegia deputados, era cemitério de muitas verbas. 

Agora foi inaugurado, Parabéns! Mas já era mais que tempo! Mas olhem outra coisa: é uma vergonha, uma lástima, uma falta de sensibilidade pública! Sai autoridade, entra autoridade, ouve-se discursos elogiosos, põe-se trens de desculpas a correr... mas o desprezo, perante algumas coisas necessárias, é absoluto e parece até propositado para humilhar o povo. Querem um exemplo? 

Em Chapadinha não há um lugar decente para embarcar em ónibus nem lugar decente para enterrar quem já embarcou para a eternidade. Que pensam desta situação? Há quem se prestigia na vergonha de nossa Rodoviária Municipal e no desprezo em que estão os cemitérios? - Se alguém acha que está certo, embrulhe-se nas suas razões, mas fique sabendo que há outros que se indignam e com total razão. 

Se não fossem as associações de famílias que têm mortos nos cemitérios e que se encarregam da sua razoável limpeza, tudo estava em pleno abandono e total desprezo. Mas olhem como estão as vizinhanças desses sagrados lugares! Para vergonha do Município e de quem o comanda. 

Desde que o ex-Prefeito, Dr. José Almeida cercou alguns cemitérios pressionado pelo povo, na década de oitenta, mais ninguém se lembrou de cuidar desses lugares públicos. Foi até preciso que o povo da comunidade católica do Areal se movimentasse e arranjasse o grande cemitério de S. Miguel que é o único que tem certa ordem, limpeza e asseio. 

E tudo, por quê? – Porque os mortos não têm voto e só dão lucro às Agências Funerárias. Esta lastimável situação não sei se é causa ou efeito duma outra: Dia de Finados (que bem foi celebrado este ano com shows, festas dançantes, mortes, brigas com facadas...), sentinelas e até Quinta e Sexta Feira Santa viraram brincadeira. 

Perdeu-se a sensibilidade, o saudoso respeito e a humana emoção perante o mistério dos que partem. Quem não faz memória dos seus antepassados, não terá quem, na sua descendência, faça memória sua. Morreu? – Acabou! Triste sorte, negro futuro, fim macabro, falta de fé, absoluta ausência de gratidão, miserável materialismo que nos equipara a bestas! 

Está-se brincando demasiado com um mistério que a todos nos envolve. E a sociedade cala e consente. Não podemos igualar-nos a meros animais irracionais que não têm memória de seus antepassados mortos. E, se alguém não tem sensibilidade, devía respeitar quem a tem que ainda é a maioria. 

Promover shows, fazer festas em Dia de Finados é como dançar em cima de sepulturas. Se, qualquer dia, algum maluco promover isso, não me admiro que vá muita gente, mesmo com bilhete caro. Penso que é urgente um esforço para sermos mais humanos, mais educados e respeitadores. 

Quem quiser viver como criança irresponsável, só desejando diversão e brincadeira... vá para um deserto, longe daqui, que lá não deve incomodar muitas pessoas. 

E a Polícia Civil e Autoridades que dão licença para esses eventos que se lembrem da responsabilidade de serem educadores do povo. Também são responsáveis (e muito!), por esta falta de educação e até provocação pública.

ANTES DA AÇÃO, A MISSÃO É CONTEMPLAÇÃO!

A ação missionária antes de ser uma atividade é uma contemplação; antes de ser comunicação é oração; antes de ser “ir” é “ajoelhar-se”, um sair do seu egoísmo e deixar-se invadir pelo mistério. O missionário tem que saber tirar os sapatos, porque vive na proximidade do sagrado. Sim! 

Ninguém dá o que não tem. Se vamos testemunhar a graça, a amizade de Deus... temos que nos deixar possuir por ela, mergulhar em Deus. Ninguém trabalha por aquilo que não aprecia. Ninguém dá o que não tem. Antes de ir falar de Cristo aos outros é preciso falar a Cristo deles. A missão é um longo caminho para o Coração de Deus. 

Temos que mergulhar no mistério da misericórdia e ternura divinas, deixar que Ele tome conta completamente de nossa vida. Missão é concordar com Deus, é ter procurado e encontrado o tesouro escondido, é ter achado o que de mais belo podemos ter e não ser capaz de guardar isso só para si: o amor divino.  

A Missão não é invenção individual, não é mania de fazer turismo ou de viver em ativismo para realização própria. A Missão tem a sua fonte na Santíssima Trindade, nas três Pessoas que se amam e vivem em plena comunhão e absoluta união. 

A Missão enraíza-se aí nesse Amor que envia Cristo para se comunicar à humanidade e Cristo envia os Apóstolos em Igreja. E, na Igreja, ainda hoje e sempre, pela ação do Espírito Santo, todos são enviados. Ser cristão é ser missionário. A Missão é eclesial, é comunitária. Ninguém pode ser missionário por sua livre iniciativa, desligado da igreja, transmitindo uma mensagem individual. 

Desde o chamado até à aproximação e transmissão aos outros... tudo é graça do Espírito. Quem não se entusiasma pela Missão, quem não sente atração para ser missionário é porque ainda não sentiu o encantamento, a alegria, a sedução da graça. O amor de Deus ainda não entrou nessa pessoa e, por isso, ela não sente o impulso da graça para a comunicar a outros. 

Pode ser batizado, pode até “assistir à missa”, mas está muito longe de identificar sua vida com Cristo. Ser missionário exige fé forte e, ao testemunhar essa fé aos outros, ela é fortalecida. Salvar uma alma é predestinar a sua.


COMO FOI O SÍNODO DOS BISPOS SOBRE A FAMÍLIA?

o “Sínodo” é uma reunião de alguns bispos representantes do episcopado mundial, sob a presidência do Papa, para estudar assuntos de importância. 

Foi criado pelo Papa Beato Paulo VI para dar corpo e vida à colegialidade na Igreja de que tanto se tinha falado no Concílio Vaticano II. Mas todas as assembleias sinodais vinham sendo realizadas em certo ambiente de inibição, devido às fortes expressões do Magistério do Papa (sobretudo do Beato João Paulo II) ou até da Cúria Romana. 

Neste Sínodo, que tratou sobre a família no mundo contemporâneo, não foi assim. O Papa participou em todas as sessões, escutou sem criticar, pediu a todos coragem e humildade para que fossem sinceros nas suas exposições. 

Foi, na verdade, o primeiro Sínodo onde se celebrou em pleno a colegialidade quer no levantamento da real situação, quer agora na discussão. Assim, na 1ª fase, o Papa Francisco pediu a todas as dioceses que lhe mandassem respostas a um questionário. Do resultado desse questionário foi feito um resumo e enviado a todos. 

Nesta 2ª fase chamou representantes de todo o episcopado para comunicar o que tinham pensado. O papa soube apenas escutar, sem intervir, deixando que os membros (cardeais, bispos, padres, leigos e casais) expusessem livremente suas ideias e dessem testemunho de suas práticas pastorais. 

Deixou até que fossem conhecidos os resultados de algumas votações. No fim, saiu um documento com o resumo das posições expostas. 

Na 3ª fase, em Outubro de 2015, vai haver uma nova assembleia sinodal para comunicar o que foi decidido nas dioceses e só depois o Papa publicará um documento com as posições que devem ser seguidas por toda a Igreja. 

Na sua intervenção, no fim desta assembleia, o Papa Francisco não escondeu que houve momentos de “cansaço”, de “corrida veloz”, de “entusiasmo e ardor”, de “testemunhos pastorais que traziam alegrias, mas também lágrimas”. E pediu que “ninguém se fechasse no mero dizer da letra, mas se deixassem surpreender por Deus”, que ninguém caísse no “endurecimento hostil”, na posição dos zelosos tradicionalistas ou dos aventureiros da novidade, que “ninguém negligencie o depósito da fé” de que somos guardas e não proprietários. 

Nesta fase de consulta, a admissão dos católicos casados em segundas núpcias, com casamento estável e após integração comunitária e que desejam participação sacramental, teve a seguinte votação: 104 a favor e 74 contra. 

                   NOTICIÁRIO PAROQUIAL

1) -Voltamos a recomendar que quem tem filhos ou educandos, com dois anos de catequese, para serem batizados no Natal, vá ao Secretariado Paroquial preencher a ficha, porque o 1º rito será no dia 30 de Novembro e o 2º rito no dia 14 de Dezembro.

2) -Aconteceu em Brejo, no fim da semana passada, a Assembleia Diocesana. Presentes todas as Paróquias da diocese. Como objetivo do próximo ano será a formação da dimensão social.

3) -A capela de S. Teresinha no Bairro da Boavista ou Mutirão está em vias de acabamento. Esta semana colocou-se o piso morto, a lajota e as janelas e portas. Falta rebocar o muro da frente e pintar. Vamos ver se, na próxima semana, marcamos o dia da inauguração.

4) -Ainda há pessoas que querem, mas ainda não fizeram a assinatura do jornal litúrgico do domingo ou da Liturgia Diária. Pedimos incessantemente que não se adie mais. Temos poucas assinaturas. O mesmo se diga das certidões de batismo e casamento. Todos podem vir a precisar delas. Deviam procurá-las agora, em vida, e guardá-las, porque depois de mortos será difícil seus parentes as arranjarem, se, por acaso, o assento se extraviou. Procurem agora esses documentos e guardem-nos de maneira que os ratos ou a chuva não os danifiquem!

5) -Estamos fazendo todo o possível para que se realize na nossa Paróquia um encontro informativo e formativo com a presença do Dr. Marlon Reis. É urgente a formação da dimensão social de todos para melhorar mesmo nossa participação na política e não deixar correr tudo na irresponsabilidade.

6) -Já existe o material de conteúdo e de música para a próxima Campanha da Fraternidade de 2015 que tem como tema: “Fraternidade, Igreja e Sociedade” e como lema: “Eu vim para servir”.

7) -A Pastoral Familiar a nível nacional lançou um livro interativo que ensina valores do matrimônio a crianças e adolescentes: “construir família conforme plano de Deus”.

8) -Até agora acessaram o site da Câmara dos Deputados para manifestar se concordam ou não  com a definição de “família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher” três milhões de pessoas:52,28% a favor e 47,41% contra e 0,31% não têm opinião. Bom seria que, entre nós, também houvesse participação.

9) -Esta semana foram visitadas as seguintes comunidades do interior: Bacuri do Louro, Centro Água Branca, S. José dos Dários, Buqueirãozinho. Também houve ontem, sábado, a benção da nova capela do Angelim na propriedade do dr. Carlos Henrique.




domingo, 9 de novembro de 2014

Que responsabilidade a nossa igual o profeta jonas




A história de Jonas foi bem pensada. É um bom exemplo de como seriam as novelas daquele tempo! Feita para transmitir um precioso ensinamento. Jonas vivia sossegado no seu sistema religioso. 

A Lei considerava estrangeiros gente intratável e pecaminosa. Poucas relações com eles. Ora a Assíria tinha invadido Israel e imposto pesada submissão no passado. Talvez aí por 722 antes de Cristo e já estávamos no ano de 300 antes de Cristo também. Tempo suficiente para amontoar historietas e amadurecer uma grande inimizade. 

Além de povo estrangeiro, era nação inimiga. Inimiga, perigosa e pecadora. Ora Jonas é enviado a uma de suas cidades, a Nínive, para pregar a Palavra de Deus. Mas, com? Além de perigoso parece um caso desonesto a Jonas. Como querer converter um povo tão rebelde? E é então que tenta fugir. Mete-se num barco que vai na direção da cidade que se conhecia mais distante naquele tempo: Tarsis. 

Entra no navio, esconde-se bem no porão e pensa fugir. Mas dão com ele e, no meio duma tempestade, lançam-no ao mar para descarregar o navio. É então que ele é salvo por um peixe, vem à praia e, aprendendo com a lição que não se deve desobedecer a Deus, pensa e decide-se ir a Nínive. Vai e o povo se converte e faz penitência. Afinal o seu medo era uma invenção.

Deus não faz acepção de pessoas. Nós, sim! E pensamos que a perversão de alguns é tão grande que não merece que se perca tempo. Negamo-nos ir ao seu encontro. Com facilidade montamos esquemas mentais que nos desviam de ajudar, de ir evangelizar.  Pomos nosso desprezo em ação e ficamos na nossa. Cada um que se arranje! Mas Deus tem outra maneira de pensar e agir. Ama a todos. 

A todos quer salvar. A todos concede Sua graça, porque são Seus filhos. E a culpa da situação pode não estar neles, mas em influências culturais e ambientes criados. Talvez até em nós que não damos bom exemplo. Ninguém se desinteresse e fuja de ajudar alguém!  Ninguém se feche nos seus piedosos atos de devoção, no seu sistema religioso, pensando só em se salvar a si mesmo. 

E abandonando os outros na sua situação. É costume divino salvar as pessoas em comunidade, em sistema familiar. Pedindo colaboração a alguém.  Jonas não se saiu bem querendo fugir e, quando se dispôs a ir evangelizar Nínive, obteve bom resultado. Decisão difícil, mas proveitosa! 

E nós? O que estamos fazendo nas Santas Missões Populares? Quem se fecha em si, se embrulha em desinteresse e se acomoda na passividade pode ou, certamente, fica responsável pela perdição de irmãos.


TODO O CRISTÃO DEVE SER MISSIONÁRIO!

A Paróquia não é agência de alguma Empresa especializada em promover eventos religiosos. Nem é uma instituição incumbida de celebrar Sacramentos, nem lugar de prestação de serviços, como: fornecer certidões de batismo e casamento para quem se deseja aposentar ou ganhar algum benefício social. Paróquia não é estrutura burocrática de influência moral ou educação religiosa. Se fosse alguma coisa dessas seria uma realidade estática, burocrática, sem alma, sem coração e sem dinamismo de salvação. 

A Paróquia é a Igreja realizada em determinado lugar. E, portanto, conforme concebermos a Igreja, assim vamos definir e realizar a Paróquia. O Concílio Vaticano II fala pouco de Paróquia. Usa mais a palavra “comunidade”. A “comunidade” é feita de pessoas e relações. A “instituição” não. É estática, parada... Se considerarmos a Igreja como Sacramento Universal de Salvação, como Mistério da ação da graça divina que se quer comunicar a todos, então já podemos falar de “comunidade missionária”. E aí a necessidade de colocar sempre a Paróquia em processo de constante renovação, para ser atuante e missionária. 

A característica “missionária” não indica um desejo, nem uma possibilidade. É uma exigência, algo que pertence à sua essência. As pessoas e as comunidades que se dizem cristãs devem ser missionárias ou não correspondem ao fim para que existem. É seu dever estar sempre em dinâmico processo de radical conversão de mentalidade, para serem fiéis à sua missão que é dar visibilidade e ação à própria Missão de Cristo. Ele é contemporâneo nosso. 

É o centro de nosso trabalho pastoral. Não se trata só de ser comunidade isolada, fechada sobre si mesmo, satisfazendo as emoções de quem a frequenta, procurando cada um só a “sua salvação”. Não. E a “comunidade” de que estamos falando nunca pode ser uma multidão grande. Não podemos transferir o que pensamos agora ser Paróquia e rotulá-la de “comunidade”. A comunidade deve ser um pequeno grupo de oração, de reflexão bíblica, de animação familiar, de vida, de convivência de sã vizinhança, de estudo da questão social na dimensão cristã... Grupo com pessoas que se relacionam e se apaixonam por um assunto de fé, se aproximam mais de Cristo e de outros que andam distantes. 

O grupo cristão torna-se próximo, responsável, apostólico e vai à procura das ovelhas perdidas. Não com estratégias  propagandísticas, mas por atração, por força de sedução do exemplo de quem vive o Evangelho. Por isso, a Paróquia deve ser uma grande comunidade cristã, mas composta de pequenos grupos ou comunidades que se reúnem em assembleia para celebrar o Mistério Pascal e participar da Liturgia. E essas pessoas que formam os grupos não dispensam ir à procura, sair, visitar as periferias, estar próximas de quem precisa duma ajuda. 

Essas comunidades que são pequenas igrejas, Comunidades Eclesiais de Base têm que ser missionárias. Ou missionárias ou sem razão de existir em Igreja. As Santas Missões Populares querem, exatamente, trazer esta dinâmica, esta preocupação, este dinamismo. Não são outra Pastoral, nem outro Movimento Apostólico... Elas querem apenas acordar, lembrar, sensibilizar e motivar para essa  força, essa alma, e esse espírito missionário que deve informar toda a vida da Igreja.


EU NÃO SOU DEUS! VOCÊ NÃO É DEUS!

Para mim, Deus é essencial. Não posso domesticar alguma ideia de Deus a meus interesses. Deus é Deus. Nenhum ser humano é, nem pode ser Deus. Mesmo eu, não me posso julgar deus. Mas há quem brinque com uma ou mais ideias falsas de Deus. Entre nós, surge uma pergunta preocupante? - Qual será a razão pela qual a maior parte dos homens não pratica religiosamente e vive desinteressada de Deus? 

Fui à procura de razões e encontrei algumas: há lucros imorais, busca-se prazeres ilícitos, ganha-se hábitos pecaminosos, vive-se numa libertinagem ofensiva à própria dignidade e ao respeito alheio, conquistou-se uma posição social com falcatruas e... ninguém gosta de ser inquietado e ter que mudar de vida!  Mas há uma razão psicológica que muitos esquecem ou ignoram. Explico: a melhor definição de pessoa é: “um ser em relação”. Somos e vivemos sendo relação. Ninguém é solipsista. Nem ilha. 

Todos precisamos de manter relação com alguém e alguma coisa. Sòzinhos não conseguimos viver. Precisamos de nos relacionar. Mas com quem? Com quê? – Quando crianças, inconscientemente, nós nos julgávamos o centro do mundo. Tudo que pedíamos era-nos concedido. Como mexíamos um dedo do pé, também fazíamos andar tudo à nossa volta. Se não, chorávamos e conseguíamos logo o que queríamos para não continuar a chatear. O colo da mãe era o nosso trono.


Quando tínhamos fome, ali perto tínhamos o peito da mãe com leite. A criança se autocentraliza, se autoentroniza, julga-se o centro de tudo e de todos. Mas, com a experiência da vida e com o que ouvimos, vamos entrando noutro mundo de relações. Do “eu-eu” de criança inconsciente, passamos ao “eu-ele”. Mas ainda aqui podemos transferir a importância que pensamos transportar para coisas e pessoas que conseguimos manipular e usar segundo nossas absolutas ilusões ou enganadores interesses. 

O narcisismo de criança começa então a alimentar-se do domínio dos outros, de gozar prazeres, de assegurar coisas... O “ele”, com quem nos relacionamos agora, ainda é o mesmo do “eu” anterior. Só mudou de lugar e de nome. Na vez de estar em nós passou a habitar outro espaço. Por exemplo: quem domina uma pessoa pensando que a ama, não a ama. Ama-se nela, fazendo dela o que quer. Se pensa em Deus, não O ama, vale-se dEle para não ser diferente em sociedade, para sossegar a consciência... Mas, na verdade, é a si mesmo que ama nessa ideia que arranjou de Deus. Não cresceu. Não amadureceu. Psicologicamente, continua criança. Embora tenham aparecido outras pessoas ou coisas, elas nada são sem essa relação a si. Assim pensa! Pensa a só ela é que conta. É rei ou rainha de tudo. E, por isso, vive com ganância de possuir, com sofreguidão de realizar ilusões, com uma arrogância incrível...


Para uma pessoa ser ela mesma tem que se converter, amadurecer, mudar... e relacionar-se: “eu-tu”, sendo este “tu” tudo que não seja ela. Mas, para isso, tem que se converter, mudar de mentalidade, deixar de ser infantil, aceitar sua fragilidade e identidade dos outros. Só então admitirá Deus na sua vida e respeitará Sua transcendência.
Saberá que Deus é Absoluto e ela pura relatividade. Que importante é a conversão! E como tão pouca gente se converte! Sem uma verdadeira conversão, a pessoa engana-se e vive brincando até com Deus.     

           NOTICIÁRIO PAROQUIAL

1)-Está a realizar-se a Assembleia Diocesana em Brejo. Presentes alguns membros de nossa Paróquia e lá estiveram também PP. Zé Adauto e Neves até ontem.

2)-A construção da capela de S.Teresinha continua. Está já telhada e esta semana vai levar um novo piso de lajota. Também levantou-se o muro de acesso ao adro para lhe dar mais privacidade.

3)-Esta semana foram visitadas as seguintes comunidades do interior: Alto bonito, Lagoa Amarela, Bom Princípio, Malhada dos franceses, Pitombeira, Curralinho. P. José Adauto celebrou também em Estrela.

4)-O Dia de Finados este ano (incrível!) foi bem celebrado com shows, assassino e bastantes facadas. Algo se tem que fazer para os anos seguintes. E uma iniciativa é ter encontros com as autoridades, sobretudo com a Promotoria Pública, para saber se se pode respeitar mais este dia e como diminuir estes shows e ver se têm segurança e licença para se realizar. Uma coisa se devia saber: se estes lugares que fazem shows estão licenciados para os fazer e se têm agentes de segurança. Por um lado, ouvimos dizer que não há agentes de segurança suficientes para atuar na cidade e, por outro, permite-se eventos onde sabemos que se passa droga, há violência e perigo de morte. Mas há agentes de segurança ou não? E, se não os há, como se permite tanta brincadeira perigosa?

5)-Como todos já devem saber, em 2015, em Outubro, vai-se realizar em Chapadinha a Romaria da Terra e Águas a nível estadual.  Estamos já formando uma comissão e Virão dezenas de milhares de forasteiros a Chapadinha. Queremos que essa concentração se realize no Areal e termine na Praça do Povo.

6)-Soubemos que alguns artigos deste Boletim Paroquial têm causado discussão em ambientes públicos. Se houver dúvidas sobre a seriedade ou veracidade de nossas posições, podem dizer que se pode colocar tudo em pratos limpos. Nossa fonte é o Diário do Governo. Notem que o “Fantástico” da Globo também quer saber para onde vai o dinheiro público. E o novo Governo do Maranhão vai ter uma Secretaria para averiguar denúncias e casos de corrupção. Já não estamos bem na antiguidade coronelística! Muito menos no tempo dos pitecantropos ou dos austrolopitecos.  Não se queira tapar o sol com peneira de tela rara.

7)-A insegurança em que estamos vivendo em Chapadinha merece análise séria dos responsáveis. Há quem se queixe que ligações para Delegacias não têm atendimento, que venda de droga parece liberada entre nós, que grupos de bandidos atuam à vontade... Não basta dar casas para o povo. É preciso estar atentos a infiltrações de grupos perigosos nestes ambientes, ver as rotas de fuga criadas e a falta de agentes de segurança.

8)-Convocamos todos dirigentes das Comunidades e coordenadores dos Setores das SANTAS MISSÕES populares para uma reunião 4ªFª dia 12 no CBNET. Horário às 19.30h.

9)-Primeiro Rito para os batismos de NATAL: dia 30 de Novembro; 2ª rito: dia 14 de Dezembro. Os pais vão fazer as fichas no Secretariado até o dia 22 deste mês . Obrigado.