domingo, 16 de novembro de 2014

morreu um elefante branco




Morreu um elefante branco. Faz anos que o ginásio no Campo Velho cheirava a corrupção, elegia deputados, era cemitério de muitas verbas. 

Agora foi inaugurado, Parabéns! Mas já era mais que tempo! Mas olhem outra coisa: é uma vergonha, uma lástima, uma falta de sensibilidade pública! Sai autoridade, entra autoridade, ouve-se discursos elogiosos, põe-se trens de desculpas a correr... mas o desprezo, perante algumas coisas necessárias, é absoluto e parece até propositado para humilhar o povo. Querem um exemplo? 

Em Chapadinha não há um lugar decente para embarcar em ónibus nem lugar decente para enterrar quem já embarcou para a eternidade. Que pensam desta situação? Há quem se prestigia na vergonha de nossa Rodoviária Municipal e no desprezo em que estão os cemitérios? - Se alguém acha que está certo, embrulhe-se nas suas razões, mas fique sabendo que há outros que se indignam e com total razão. 

Se não fossem as associações de famílias que têm mortos nos cemitérios e que se encarregam da sua razoável limpeza, tudo estava em pleno abandono e total desprezo. Mas olhem como estão as vizinhanças desses sagrados lugares! Para vergonha do Município e de quem o comanda. 

Desde que o ex-Prefeito, Dr. José Almeida cercou alguns cemitérios pressionado pelo povo, na década de oitenta, mais ninguém se lembrou de cuidar desses lugares públicos. Foi até preciso que o povo da comunidade católica do Areal se movimentasse e arranjasse o grande cemitério de S. Miguel que é o único que tem certa ordem, limpeza e asseio. 

E tudo, por quê? – Porque os mortos não têm voto e só dão lucro às Agências Funerárias. Esta lastimável situação não sei se é causa ou efeito duma outra: Dia de Finados (que bem foi celebrado este ano com shows, festas dançantes, mortes, brigas com facadas...), sentinelas e até Quinta e Sexta Feira Santa viraram brincadeira. 

Perdeu-se a sensibilidade, o saudoso respeito e a humana emoção perante o mistério dos que partem. Quem não faz memória dos seus antepassados, não terá quem, na sua descendência, faça memória sua. Morreu? – Acabou! Triste sorte, negro futuro, fim macabro, falta de fé, absoluta ausência de gratidão, miserável materialismo que nos equipara a bestas! 

Está-se brincando demasiado com um mistério que a todos nos envolve. E a sociedade cala e consente. Não podemos igualar-nos a meros animais irracionais que não têm memória de seus antepassados mortos. E, se alguém não tem sensibilidade, devía respeitar quem a tem que ainda é a maioria. 

Promover shows, fazer festas em Dia de Finados é como dançar em cima de sepulturas. Se, qualquer dia, algum maluco promover isso, não me admiro que vá muita gente, mesmo com bilhete caro. Penso que é urgente um esforço para sermos mais humanos, mais educados e respeitadores. 

Quem quiser viver como criança irresponsável, só desejando diversão e brincadeira... vá para um deserto, longe daqui, que lá não deve incomodar muitas pessoas. 

E a Polícia Civil e Autoridades que dão licença para esses eventos que se lembrem da responsabilidade de serem educadores do povo. Também são responsáveis (e muito!), por esta falta de educação e até provocação pública.

ANTES DA AÇÃO, A MISSÃO É CONTEMPLAÇÃO!

A ação missionária antes de ser uma atividade é uma contemplação; antes de ser comunicação é oração; antes de ser “ir” é “ajoelhar-se”, um sair do seu egoísmo e deixar-se invadir pelo mistério. O missionário tem que saber tirar os sapatos, porque vive na proximidade do sagrado. Sim! 

Ninguém dá o que não tem. Se vamos testemunhar a graça, a amizade de Deus... temos que nos deixar possuir por ela, mergulhar em Deus. Ninguém trabalha por aquilo que não aprecia. Ninguém dá o que não tem. Antes de ir falar de Cristo aos outros é preciso falar a Cristo deles. A missão é um longo caminho para o Coração de Deus. 

Temos que mergulhar no mistério da misericórdia e ternura divinas, deixar que Ele tome conta completamente de nossa vida. Missão é concordar com Deus, é ter procurado e encontrado o tesouro escondido, é ter achado o que de mais belo podemos ter e não ser capaz de guardar isso só para si: o amor divino.  

A Missão não é invenção individual, não é mania de fazer turismo ou de viver em ativismo para realização própria. A Missão tem a sua fonte na Santíssima Trindade, nas três Pessoas que se amam e vivem em plena comunhão e absoluta união. 

A Missão enraíza-se aí nesse Amor que envia Cristo para se comunicar à humanidade e Cristo envia os Apóstolos em Igreja. E, na Igreja, ainda hoje e sempre, pela ação do Espírito Santo, todos são enviados. Ser cristão é ser missionário. A Missão é eclesial, é comunitária. Ninguém pode ser missionário por sua livre iniciativa, desligado da igreja, transmitindo uma mensagem individual. 

Desde o chamado até à aproximação e transmissão aos outros... tudo é graça do Espírito. Quem não se entusiasma pela Missão, quem não sente atração para ser missionário é porque ainda não sentiu o encantamento, a alegria, a sedução da graça. O amor de Deus ainda não entrou nessa pessoa e, por isso, ela não sente o impulso da graça para a comunicar a outros. 

Pode ser batizado, pode até “assistir à missa”, mas está muito longe de identificar sua vida com Cristo. Ser missionário exige fé forte e, ao testemunhar essa fé aos outros, ela é fortalecida. Salvar uma alma é predestinar a sua.


COMO FOI O SÍNODO DOS BISPOS SOBRE A FAMÍLIA?

o “Sínodo” é uma reunião de alguns bispos representantes do episcopado mundial, sob a presidência do Papa, para estudar assuntos de importância. 

Foi criado pelo Papa Beato Paulo VI para dar corpo e vida à colegialidade na Igreja de que tanto se tinha falado no Concílio Vaticano II. Mas todas as assembleias sinodais vinham sendo realizadas em certo ambiente de inibição, devido às fortes expressões do Magistério do Papa (sobretudo do Beato João Paulo II) ou até da Cúria Romana. 

Neste Sínodo, que tratou sobre a família no mundo contemporâneo, não foi assim. O Papa participou em todas as sessões, escutou sem criticar, pediu a todos coragem e humildade para que fossem sinceros nas suas exposições. 

Foi, na verdade, o primeiro Sínodo onde se celebrou em pleno a colegialidade quer no levantamento da real situação, quer agora na discussão. Assim, na 1ª fase, o Papa Francisco pediu a todas as dioceses que lhe mandassem respostas a um questionário. Do resultado desse questionário foi feito um resumo e enviado a todos. 

Nesta 2ª fase chamou representantes de todo o episcopado para comunicar o que tinham pensado. O papa soube apenas escutar, sem intervir, deixando que os membros (cardeais, bispos, padres, leigos e casais) expusessem livremente suas ideias e dessem testemunho de suas práticas pastorais. 

Deixou até que fossem conhecidos os resultados de algumas votações. No fim, saiu um documento com o resumo das posições expostas. 

Na 3ª fase, em Outubro de 2015, vai haver uma nova assembleia sinodal para comunicar o que foi decidido nas dioceses e só depois o Papa publicará um documento com as posições que devem ser seguidas por toda a Igreja. 

Na sua intervenção, no fim desta assembleia, o Papa Francisco não escondeu que houve momentos de “cansaço”, de “corrida veloz”, de “entusiasmo e ardor”, de “testemunhos pastorais que traziam alegrias, mas também lágrimas”. E pediu que “ninguém se fechasse no mero dizer da letra, mas se deixassem surpreender por Deus”, que ninguém caísse no “endurecimento hostil”, na posição dos zelosos tradicionalistas ou dos aventureiros da novidade, que “ninguém negligencie o depósito da fé” de que somos guardas e não proprietários. 

Nesta fase de consulta, a admissão dos católicos casados em segundas núpcias, com casamento estável e após integração comunitária e que desejam participação sacramental, teve a seguinte votação: 104 a favor e 74 contra. 

                   NOTICIÁRIO PAROQUIAL

1) -Voltamos a recomendar que quem tem filhos ou educandos, com dois anos de catequese, para serem batizados no Natal, vá ao Secretariado Paroquial preencher a ficha, porque o 1º rito será no dia 30 de Novembro e o 2º rito no dia 14 de Dezembro.

2) -Aconteceu em Brejo, no fim da semana passada, a Assembleia Diocesana. Presentes todas as Paróquias da diocese. Como objetivo do próximo ano será a formação da dimensão social.

3) -A capela de S. Teresinha no Bairro da Boavista ou Mutirão está em vias de acabamento. Esta semana colocou-se o piso morto, a lajota e as janelas e portas. Falta rebocar o muro da frente e pintar. Vamos ver se, na próxima semana, marcamos o dia da inauguração.

4) -Ainda há pessoas que querem, mas ainda não fizeram a assinatura do jornal litúrgico do domingo ou da Liturgia Diária. Pedimos incessantemente que não se adie mais. Temos poucas assinaturas. O mesmo se diga das certidões de batismo e casamento. Todos podem vir a precisar delas. Deviam procurá-las agora, em vida, e guardá-las, porque depois de mortos será difícil seus parentes as arranjarem, se, por acaso, o assento se extraviou. Procurem agora esses documentos e guardem-nos de maneira que os ratos ou a chuva não os danifiquem!

5) -Estamos fazendo todo o possível para que se realize na nossa Paróquia um encontro informativo e formativo com a presença do Dr. Marlon Reis. É urgente a formação da dimensão social de todos para melhorar mesmo nossa participação na política e não deixar correr tudo na irresponsabilidade.

6) -Já existe o material de conteúdo e de música para a próxima Campanha da Fraternidade de 2015 que tem como tema: “Fraternidade, Igreja e Sociedade” e como lema: “Eu vim para servir”.

7) -A Pastoral Familiar a nível nacional lançou um livro interativo que ensina valores do matrimônio a crianças e adolescentes: “construir família conforme plano de Deus”.

8) -Até agora acessaram o site da Câmara dos Deputados para manifestar se concordam ou não  com a definição de “família como núcleo formado a partir da união entre homem e mulher” três milhões de pessoas:52,28% a favor e 47,41% contra e 0,31% não têm opinião. Bom seria que, entre nós, também houvesse participação.

9) -Esta semana foram visitadas as seguintes comunidades do interior: Bacuri do Louro, Centro Água Branca, S. José dos Dários, Buqueirãozinho. Também houve ontem, sábado, a benção da nova capela do Angelim na propriedade do dr. Carlos Henrique.




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