O povo de Deus, desde a
sua origem, fez a experiência do amor
de Deus, sentiu sua presença libertadora e procurou acolhero seu projeto. Como
todo povo que começa a se formar, também
o povo de Israel começou esboçando normas e estatutos a fim de garantir as
condições de vida e uma mínima dignidade em sua vida.
Mais tarde,
porém normas e estatutos foram interpretadas segundo os interesses do sistema
sacerdotal de pureza, contra o qual Jesus se posicionou. Na verdade, como diz
Albert Nolan, entre muitas coisas que muitos se escandalizavam nas atitudes de
Jesus, uma delas era a pouca importância que Jesus dava ao pecado (Jesus antes
do Cristianismo). Digamos mais,
sobretudo falando do pecado “formal” ou formado pelos homens, por seus sistemas
e teorias quando querem se colocar no lugar de Deus, estabelecendo por sua
conta e risco onde é pecado e onde não é.
Tinha grupos interessados nesse controle da
religião, como uma maneira coercitiva de manter o controle do povo na
dependência dos interesses do grupo que controlava tudo. Em todo lugar havia
espiões ou curiões para controlar qualquer infração.
Podemos imaginar o que
sentiam as pessoas diante de tantas exigências religiosas incutidas desde a
infância nesse sistema desumano que oprimia as consciências e querendo invadir
as livres decisões humanas. Eram “mandamentos humanos” que não honravam a Deus.
(Mt, 7,7) E ainda mais fazendo do pecado o centro da religião.
Porém, o centro da religião é a caridade e a solidariedade ”visitar o
órfão e a viúva nas suas tribulações como afirmou o apóstolo São Tiago” ( Tg. 1, 27). Vem ao caso lembrar
aqui como foram feitos os mandamentos. Fomos ensinados desde pequenos que eles
foram caídos do céu, assim como os árabes dizem
que o “Corão” foi escrito pela dedo de um anjo”.
E não há quem possa
não sorrir do católico e do protestante quando pensamos que os Mandamentos
também foram escritos pelas mãos de
Deus. Porém não imaginamos que são expressões idiomáticas para sublinhar a
importância do acontecimento, igual quando dizemos “suas palavras são de ouro”, ou “ você
destila mel em suas doces palavras”.
Na verdade, os mandamentos são produtos das tribos
quando começaram a se organizar para se
defender dos inimigos. E fizeram a sua “constituição”, como nossos deputados
fizeram a Constituição do Brasil, a 1ª em 1824, alterada depois em 1891.
“Diversos grupos de marginalizados uniram-se ao redor do mesmo sonho. Fizeram a
experiência do Deus vivo e libertador. Identificaram-se como “povo de Deus”. Na
terra de Canaã organizaram-se em tribos e nela puderam viver orientados por
leis estabelecidas com base nas descobertas feitas na convivência durante o
êxodo e no processo de organização na nova terra.
São normas e estatutos que orientam
desde as relações familiares até as tribos como um todo. Abrangem princípios
econômicos, políticos e ideológico-religiosos” (Celso Loraschi).
Tinha grupos
interessados nesse controle da religião, como uma maneira coercitiva de manter
o controle do povo na dependência dos interesses do grupo que controlava tudo.
Em todo lugar havia espiões ou curiões para controlar qualquer infração.
Podemos imaginar o que sentiam as pessoas diante de tantas exigências
religiosas incutidas desde a infância nesse sistema desumano que oprimia as
consciências e querendo invadir as livres decisões humanas.
Eram “mandamentos
humanos” que não honravam a Deus. E ainda mais fazendo do pecado o centro da
religião.
Porém, o centro da
religião é “ visitar o órfão e a viúva nas
suas tribulações” ( Tg. 1, 27)
Nenhum comentário:
Postar um comentário