sábado, 5 de setembro de 2015

O centro da religião é a caridade e s Solidariedade


O povo de Deus, desde a sua origem, fez a experiência do amor de Deus, sentiu sua presença libertadora e procurou acolhero seu projeto. Como todo povo que começa a  se formar, também o povo de Israel começou esboçando normas e estatutos a fim de garantir as condições de vida e uma mínima dignidade em sua vida.

Mais tarde, porém normas e estatutos foram interpretadas segundo os interesses do sistema sacerdotal de pureza, contra o qual Jesus se posicionou. Na verdade, como diz Albert Nolan, entre muitas coisas que muitos se escandalizavam nas atitudes de Jesus, uma delas era a pouca importância que Jesus dava ao pecado (Jesus antes do Cristianismo). Digamos mais, sobretudo falando do pecado “formal” ou formado pelos homens, por seus sistemas e teorias quando querem se colocar no lugar de Deus, estabelecendo por sua conta e risco onde é pecado e onde não é.

Tinha grupos interessados nesse controle da religião, como uma maneira coercitiva de manter o controle do povo na dependência dos interesses do grupo que controlava tudo. Em todo lugar havia espiões ou curiões para controlar qualquer infração. 

Podemos imaginar o que sentiam as pessoas diante de tantas exigências religiosas incutidas desde a infância nesse sistema desumano que oprimia as consciências e querendo invadir as livres decisões humanas. Eram “mandamentos humanos” que não honravam a Deus. (Mt, 7,7) E ainda mais fazendo do pecado o centro da religião.

Porém, o centro da religião é a caridade e a solidariedade ”visitar o órfão e a viúva nas suas tribulações como afirmou o apóstolo  São Tiago” ( Tg. 1, 27). Vem ao caso lembrar aqui como foram feitos os mandamentos. Fomos ensinados desde pequenos que eles foram caídos do céu, assim como os árabes dizem  que o “Corão” foi escrito pela dedo de um anjo”. 

E não há quem possa não sorrir do católico e do protestante quando pensamos que os Mandamentos também foram escritos pelas  mãos de Deus. Porém não imaginamos que são expressões idiomáticas para sublinhar a importância do acontecimento, igual quando dizemos  “suas palavras são de ouro”, ou “ você destila mel em suas doces palavras”.

Na verdade, os mandamentos são produtos das tribos quando  começaram a se organizar para se defender dos inimigos. E fizeram a sua “constituição”, como nossos deputados fizeram a Constituição do Brasil, a 1ª em 1824, alterada depois em 1891. 

“Diversos grupos de marginalizados uniram-se ao redor do mesmo sonho. Fizeram a experiência do Deus vivo e libertador. Identificaram-se como “povo de Deus”. Na terra de Canaã organizaram-se em tribos e nela puderam viver orientados por leis estabelecidas com base nas descobertas feitas na convivência durante o êxodo e no processo de organização na nova terra. 

São normas e estatutos que orientam desde as relações familiares até as tribos como um todo. Abrangem princípios econômicos, políticos e ideológico-religiosos” (Celso Loraschi).


Tinha grupos interessados nesse controle da religião, como uma maneira coercitiva de manter o controle do povo na dependência dos interesses do grupo que controlava tudo. Em todo lugar havia espiões ou curiões para controlar qualquer infração. Podemos imaginar o que sentiam as pessoas diante de tantas exigências religiosas incutidas desde a infância nesse sistema desumano que oprimia as consciências e querendo invadir as livres decisões humanas. 

Eram “mandamentos humanos” que não honravam a Deus. E ainda mais fazendo do pecado o centro da religião.

Porém, o centro da religião é “ visitar o órfão e a viúva nas suas tribulações” ( Tg. 1, 27)


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