segunda-feira, 22 de abril de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - NÃO SE PODE BRINCAR ONDE SE DECIDE A VIDA DO POVO


NÃO SE PODE BRINCAR ONDE SE DECIDE A VIDA DO POVO


          
Desmontar idéias feitas e experiências vividas que, ao longo dos tempos, se foram transformando em tradição... é trabalho difícil. O brio pessoal, os interesses individuais e as tendências partidárias, quando não controladas, empurram as pessoas para comportamentos esquisitos e até para becos sem saída. Mas temos todos que nos convencer que ter poder administrativo é uma grave responsabilidade social, cultural e política. Não pode ser instrumento de auto-diversão ou pódio social. Não se pode brincar onde se decide a vida do povo. O prestígio duma autoridade só pode ser fruto do desempenho legal das suas responsabilidades; nunca do exercício da arbitrariedade. 

A incompetência aliada ao atrevimento, quando exercida com tranqüilidade orgulhosa e satisfação de caprichos pessoais, incomoda muito. Política é virtude para fazer bem à sociedade; não é corrupção em proveito próprio. Política é arte de procurar o desenvolvimento e o bem estar públicos; não é habilidade de fazer o que se quer. Política é ciência de promover o bem comum; não é descarado aproveitamento individual. Já Séneca, na longínqua antiguidade, dizia que não se pode acreditar que seja possível alguém ser feliz procurando a infelicidade dos outros. E quem pode viver melhor e ter mais sorte e jeito para acumular bens deve-se lembrar que tem mais responsabilidade na sua ação. Há mais razão para pensar nos outros. 

Soubemos pelo noticiário local que a Câmara Municipal aprovou a instituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a investigar possíveis irregularidades na administração municipal anterior. O pedido desta Comissão veio de alguém que está mais comprometido com a base que com estruturas politiqueiras. Aguardamos, com todo o interesse, a sua atuação e o trabalho desta Comissão. Muitas vezes publicamos neste boletim suspeitas e dúvidas que pareciam ser causa da escandalosa inoperância em que vivíamos e do “escondimento” estratégico dos responsáveis. Os senhores vereadores que vão desenrolar esse inquérito (nem que antes tenham apoiado ou simplesmente calado diante do que aconteceu!), integram um mandato do povo. Devem servir o bem comum e dignificar o serviço público. 

O seu esforço em vasculhar o passado vai ter valor no futuro, porque servirá para que os vindouros e presentes administradores saibam que não estão ao serviço dum lazer lucrativo, mas do reconhecimento e promoção do desenvolvimento das populações e do necessário esforço para satisfazer urgentes necessidades de todos, mas, sobretudo, dos mais carentes. Quem não tem moral nem vergonha e esbanjou saliência, teimosia e proveito próprio deve responder pelo que fez. Não é questão de vingança. É dever educar quem erra e prevenir outros para que não façam o mesmo. A impunidade é causa de muito mal estar. E a justiça não foi feita só para quem rouba uma galinha. Reflitamos todos: o governar com monopólio comercial ou ditadura política estanca a participação, impossibilita lucros alheios, desagrada a todos e cria mau estar. É bom não fazer do cargo a continuação do palanque político da campanha eleitoral

QUE OS SURDOS TAMBÉM OUÇAM!

         
  A Paróquia viveu, no último fim de semana, momentos de muita animação e responsabilidade. Foi realizado o primeiro retiro de preparação para as Santas Missões Populares. Presentes cerca de 600 participantes e muita outra gente envolvida em trabalhos. Correu bem e com muito interesse. Foi um espaço de reflexão. Uma parada, em família, para reorientar nossa caminhada cristã. Cristo “é o Caminho e a Meta. Deve ser a orientação de todo o nosso atuar. Precisamos identificar nossa vida com os valores, as atitudes e o atuar de Jesus de Nazaré. Ele é o essencial ponto de referência do nosso processo de fé. É o tesouro mais precioso, a causa mais necessária de nossa alegria e a maior certeza de nossa felicidade. Os diversos setores em que a Paróquia foi dividida (19 ao todo!) puderam exibir e levaram uma bandeira vermelha do Espírito Santo, porque Ele é chamado por Jesus como “Espírito da Verdade” e encarregado de nos levar à plena verdade (Jo.16,13). É Ele que testemunha em nós que somos filhos de Deus e que Jesus ressuscitou e é sempre “o mesmo ontem, hoje e por todos os tempos” (Heb.13,8). 

O Espírito encheu toda a terra e estava presente em tudo que de bom e santo tinham as culturas dos nossos primitivos povos. E foi o Espírito que nos ajudou a receber o Evangelho e suscita ainda hoje, em nosso atual povo, anseios de libertação. Precisamos estar atentos à autêntica presença do Espírito nas nossas comunidades e nos ambientes sociais. O Espírito é o Doador de Vida Nova, o grande Evangelizador que deve animar todos os evangelizadores. Ele é Espírito da Verdade e do Amor. Ao enviar-nos o Espírito de Seu Filho, o Pai “derrama Seu amor em nossos corações” (Rom.5,5), convertendo-nos do pecado e transmitindo-nos a alegria e a liberdade de sermos Seus filhos e irmãos uns dos outros. Como foi bonito ver a participação das nossas comunidades da cidade e do interior, sem exceção, reunidas na unidade e enriquecendo-se na diversidade dos dons e das experiências

. A Paróquia de Chapadinha cresceu sempre na vivência da fé com a dinâmica de um forte espírito missionário. Nesta caminhada não esquecemos os irmãos que já partiram como: Sebastião Alves, Suede (na Malhada do Meio), Antônio Ovídio e seu filho Chico Ovídio, Maria Bandeira, Eliodoro e, mais recentemente, Antônio Alves... Precisamos caminhar, rumo ao futuro, no impulso do belo exemplo do nosso passado missionário. Parabéns a todos que trabalharam na organização, na animação, no acolhimento, na cozinha, na lanchonete, nos transportes, na animação, nas coreografias, nos enfeites... Um “muito obrigado” sincero a quem nos ajudou, mesmo alguns comerciantes que colaboraram na alimentação. 

FÉ, ASSUNTO SÉRIO!  MERECE PERGUNTAS


Há dias, um jovem fez-me perguntas e eu prometi-lhe resposta neste boletim paroquial. Eis algumas dessas interrogações:

1º- Sou obrigado a crer? – Não. Você é o único responsável pela sua vida. Cada pessoa é que deve decidir como quer viver ou morrer. Mas dialogar, com outra pessoa, sobre assunto tão importante, pode ajudar.

2º-Temos que fazer alguma coisa para crer? – Claro! A fé é sempre uma graça de Deus. Mas a graça, para atuar eficazmente, pede disposições. Primeiro é preciso liberdade. Ninguém crê por obrigação ou por mera tradição. Tem que partir de uma decisão pessoal. Deus não é boneco para brincar. Quem tiver ídolos, mesmo escondidos, a que dedica todo o seu esforço e amor... difícil avançar na fé antes de combater essa idolatria. Temos que nos sentir bem com Deus. E ficar atentos ao que vai dentro do coração para não desprezar o chamado que aparece no nosso interior.


3º- Qual o método para crer? – Não há métodos para crer. Há caminhos e cada pessoa tem o seu. Não há receitas nem fórmulas mágicas. Crer é ter confiança em Alguém. Não é encontrar alguma coisa. Por isso, é muito importante ser honesto e escutar a vida até o mais profundo. É sorte encontrar água à superfície. É preciso fender a terra, abrir um poço e esforçar-se até encontrar água. Quem tem sede precisa de água. Não há como dispensá-la!  Um assunto tão importante como a fé que decide sobre nossa maneira de viver aqui e na eternidade... merece que lhe dediquemos algum tempo.

4º- A fé não será uma questão de temperamento? – Não. É verdade que cada pessoa tem uma sensibilidade diferente. Há quem seja mais sensível, esteja mais disponível e quem tenha mais dificuldade. Quando a cabeça anda cheia de soluções já escutadas ou de enormes preocupações materiais... a pessoa tem medo e custa mais. Mas a fé não depende de sentimentalismos. Deus deseja encontrar-se com todos. De todos é Pai. E respeita o modo próprio de cada um.

5º- Posso crer tendo dúvidas? – Sim. Crer é um processo. Não depende dum princípio ético nem duma verdade encontrada. A fé é fruto do encontro com um Acontecimento, com uma Pessoa: Cristo e exige uma caminhada de disponibilidade à graça. Não é necessário que saibamos responder a todas as perguntas que nos vêm à cabeça. Mas, nessa procura, precisamos ser sinceros e honestos e viver a verdade. Não podemos querer enganar-nos ou enganar a Deus. Quem deseja mostrar esperteza materialista e embrulha tudo em muita saliência... vai ter mais dificuldade.

6º- O que sente quem crê? – Alguns sentem paz e alegria. Outros, vontade de ir sempre mais além. A fé, porém, não consiste em ter “experiências especiais”, mas em dar passos concretos na descoberta do sentido último da existência. Isto é que é assunto sério! E exige que não vivamos duma maneira frívola, leviana e superficial. Às vezes, podemo-nos sentir dignos e felizes, outras vezes, achar que o caminho é duro e difícil. É necessário deixar, por instantes, as pesadas preocupações quotidianas e não ter a cabeça cheia com um tumulto exagerado de pensamentos. Bom é dedicar algum tempo Àquele que nos dá todo o tempo. Sentir-se um instante, cada dia, diante de Deus e descansar em Sua presença!


     NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA

1- Desejamos, desde hoje, convidar todos os “Josés” e toda a Paróquia em geral para a inauguração da igreja da comunidade de S. José que vai ser consagrada ao Espírito Santo, no próximo dia 05 de Maio, a partir das três horas da tarde. No bairro das 1000 casas. Agradecemos que as comunidades arranjam transportes para esse dia. Lá, tudo será arranjado para estacionamento seguro de todos os veículos.

2- Essa obra é fruto do esforço de muitas pessoas e (podemos dizê-lo!) de toda a Paróquia. Com a compra do terreno que custou R$35.000,00, a obra como está (sem reboco em parte do exterior!) custou para cima de R$250.000,00. Depois de termos feito contas e dos nossos poucos recursos, podemos afirmar que esta igreja é fruto de uma grande graça de Deus. Aí não houve nenhum percalço de maior nem ninguém se aleijou.  Gastaram-se 920 sacos de cimento, 43.000 tijolos, 13.000 telhas, 420 M2 de lajota, 32 caçambas grandes de entulho, 3,5 caçambas grandes de areia lavada, 11 caçambas de pedra, 17 caçambas de areia de levante, 2 caçambas grandes de piçarra, 420 metros de madeira de duplas, 450 parafusos para apertar 12 tesouras de 13 metros de comprimento, 2.640 metros de ripas, 998 metros de caibros, 531 metros de linha de 7x14, 8 janelas duplas, 9 portas de 2,10 metros por 80 cm e a porta principal com 2,40Metros. Fomos obrigados a abrir um poço de 22 metros de profundidade, a fazer 102 metros de muro circundante e uma pequena   casa  que  vai  servir  para  duassalas de catequese e que serviu de almoxarifado para a obra. Tem dois portões de duas folhas e outros dois de um metro de largura. A parte fronteiriça da igreja tem uma escultura em cimento e em alto relevo do Espírito Santo feita pelo pintor Êxodo. Tudo está encimado com uma cruz, também de cimento e iluminada, com 4,5 de altura. Como o poço secou e deu em pedra dura tivemos que transportar água do posto de gasolina da Boa Vista. Agradecemos ao Zezinho Sansão e irmãos o favor de nossa ter fornecido água assim como ao Geraldinho o nos ter transportado alguns caminhões pipas de água.

3- O coordenador responsável de todo o serviço de pedreiro foi o Sr. José Chico do bairro da Independência. O coordenador responsável pelo trabalho de carpintaria foi o Sr. Luis ( conhecido como Luis Cabeludo). A parte elétrica ficou a cargo do Sr. Washington do bairro da Cruz. Agradecemos a todos os outros pedreiros e ajudantes seu trabalho. Gostaríamos que todos estivessem presentes na inauguração do templo.

4- Hoje, domingo, vai haver uma reunião no Centro Paroquial para todos os aspirantes a acólitos. Às 14.30H

5- Neste fim de semana está havendo um seminário de formação para o ministério de música da Renovação Carismática com a participação de outras paróquias.

6- No próximo fim de semana haverá, com a presença de um professor de teologia de S. Luis, tempo de formação para ministérios e, sobretudo, para a Pastoral Familiar.







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