sábado, 4 de novembro de 2017

A Cristologia com a visão evolutiva do mundo e a autotranscendência.



Em termos gerais, partimos do princípio que podemos falar da harmonia ou possibilidade da harmonia da cristologia com a visão evolutiva do mundo.

Esta tarefa consiste em que se esclareça a possibilidade de interna afinidade e harmonia mútua entre as duas grandezas. E assim, onde o homem hoje mais se sente em sua casa, neste mundo, este axioma aí atribui o próprio lugar insubstituível de Deus. Deus e homem em insubstituível parceria.

O enunciado central é levarmos muito a sério que o Logos se fez carne. No entanto, descartamos a maneira mitológica não mais sustentável em que certa mentalidade se apoiava nesta dogma.

Como afirma Karl Rahner “quanto a nós, gostaríamos de refletir aqui sobre o que qualquer teólogo poderia dizer ao se confrontar com a necessidade de atualizar sua teologia sob o impacto das questões colocadas pela visão evolutiva do mundo” (Curso Fundamental da Fé, 219).

Partindo então da unidade existente entre espírito e matéria (unidade mas não identidade), iremos entender o homem como existente no qual a tendência fundamental da matéria a se encontrar a si mesma no espírito chega à sua irrupção definitiva na autotranscedência.

Daí decorre o axioma que essa autotranscendência é abertura ontológica e ao mesmo tempo graça e glória produzida por Deus na intencionalidade da criação. E daí partimos para o princípio que todo ser humano, no seu grau assume em si um grau da encarnação de Deus, isto que chamamos também graça e glória porque uma não anda sem a outra.


Pense num Francisco de Assis, num Padre Pio, numa Teresa de Calcutá, quem os via, via Deus naquela carne, naquele kit de carne e espírito numa unidade tão unida, diversa mas uma. Na época da vida deles era abertura ontológica, era graça, e hoje é glória. “Por essa perspectiva, a encarnação surge como o início necessário e duradouro da divinização do mundo no seu todo”.

Por isso que careceria de sabor cristão conceber matéria e espírito como sendo realidades apenas eventualmente justapostas. Para uma teologia e filosofia cristãs é coisa pacífica que a matéria e espírito mais têm de comum do que diferente.

É na unidade intrínseca do homem que se manifesta em sua maior clareza essa harmonia de elementos. Segundo a doutrina cristã, todo homem é não uma composição contraditória ou transitória de matéria e espírito mas uma unidade. No estado de consumação, que chamamos de morte, não se pode excluir a sua materialidade como sendo coisa transitória e adjetiva, mas constitutiva.

E isto é tão belo e tão constitutivo, que à medida que o homem uno assim se experimenta, pode e deve dizer assim, eu sou espírito.

O que é autotranscendência? A matéria como evoluindo por sua natureza interna  na direção do espírito, a que chamamos o devir. O devir há de se entender como um vir a ser mais, como surgimento da realidade maior, como obtenção viva da plenitude de si.

E evolução? Podemos então definir a evolução: a história não é permanência na mesmisidade mas o devir do novo. O anterior se supera realmente ultrapassando-se e salvaguardando-se em toda a verdade. Por isso hoje aceita-se tranquilamente que a evolução chegou até à consciência e à liberdade. Podemos dizer com toda a verdade como sendo o homem produto da natureza e dali em diante parceiro no comando da mesma natureza.

De onde vemos o nexo entre Cristologia, visão evolutiva do mundo e autotranscendêcia.

            NOTICIÁRIO


1)- Hoje primeiro domingo de Novembro tem exposição do Santíssimo, com os grupos e horários de cada grupo.

2)- Colegiados: vamos ter reunião no dia 07, 3ªfeira.

3)- Dia 13 temos a reunião das Equipes de dízimo. Como habitual no CBNET e o horário às 19.00h.

4)- Assembleia diocesana de Pastoral: Dia 09-12, na sede da diocese.

5)- Reunião do CPP, no dia 14, onde cada comunidade deverá trazer suas contas, para colocar em comum no CPP. As comunidades que faltaram na reunião do dia 31/10 e não entregaram o relatório dos pertences da comunidade deverão trazer para o CPP como sem falta.

6)- Recebemos a notícia que o diácono José Antônio da Silva vai ter a ordenação sacerdotal no dia 17 de Dezembro na igreja de N.S. da Boa Nova em Contagem, Belo Horizonte. E no dia 16 do mesmo mês de Dezembro haverá aqui a ordenação de diáconos do Francisco de Assis do Vale, e  do Felipe na paróquia de Cristo Rei

As bem aventuranças noutra versão
“Que avancem os pobres em espírito, porque deles é o reino dos céus!” Os “pobres em espírito” são aqueles cuja vida está apoiada em Deus, não nos bens materiais, e por isso sua luta não será em vão, mas alcançarão aquilo que esperam, a saber, o reino dos céus.
Que avancem os “mansos”, pois, embora atribulados, não agem com violência nem duvidam do amor de Deus por eles. Estes herdarão a terra e a usufruirão sem violência, como o desejam.
Que avancem os que têm “fome e sede de justiça”, a saber, os decepcionados com a justiça terrena, a qual não defende os inocentes e favorece os culpados. E, porque esperam unicamente na justiça divina, não serão decepcionados, mas alcançarão a vitória, viverão numa terra renovada, alicerçada na justiça.
Que avancem os misericordiosos, pois, como agiram à semelhança do agir divino, serão tratados por Deus com misericórdia e viverão num novo mundo, onde a misericórdia e o amor superam todas as coisas.
Que avancem os “puros de coração”, os que são transparentes, não enganam nem são falsos. Eles verão a Deus.
Que avancem todos aqueles que “promovem a paz” ou que produzem o shalom (prosperidade, bem, saúde, inteireza, segurança, integridade, harmonia e realização). Serão chamados filhos de Deus, o verdadeiro doador da paz.

Que avancem os “perseguidos por causa da justiça”, os que sofrem perseguição por causa da fé, por causa do evangelho. Quem sofre por causa de uma participação ativa na construção do Reino não será decepcionado, mas verá o Reino acontecer. Os que se ajustam à vontade de Deus terão lugar no reino dos céus, onde a vontade de Deus é soberana.
Que avancem as pessoas de boa vontade, verdadeiras promotoras dos valores do reino dos céus na história. (Aíla Pinheiro de Andrade)






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