sábado, 1 de dezembro de 2018

As ondas e vaivens da amizade e inimizade entre cristianismo e judaísmo até se chegar ao holocausto de Auschwitz


Na época de Jesus o judaísmo tinha muito prestígio entre muitos cidadãos do império romano. O monoteísmo e sua moral tinham grande valor para os romanos e pagãos. Muitos pagãos simpatizavam com os judeus e se chamavam os “tementes a Deus” e havia outros que já tinham aceitado mesmo o judaísmo e até a circuncisão, eram os “prosélitos”.

Entre os judeus havia os que esqueceram a língua hebraica e só já  falavam o grego, e se chamavam helenistas (da antiga Grécia que se chamava Helénida). Estes criticavam mais as leis judaicas e começavam a se distanciar dos outros. Santo Estêvão era um destes, e quando foi assassinado pelos outros, todos os helenistas imigraram para fora da Palestina e se espalharam pela Samaria e pela Fenicia.

As coisas foram andando até que as Sinagogas começaram a não mais aceitar nas suas celebrações os cristãos que tinham vindo das outras nações, mas somente os cristãos judeus. Até que depois da guerra judaica e destruição de Jerusalém no ano 70 d.C os fariseus expulsaram de vez também os cristãos- judeus aos quais chamavam de “mestres do erro”. 
(Destruição da cidade de Jerusalém no ano 70 d.C.)
Foi nesta época que se deu a crise total entre judaismo e cristianismo (séc.III).  Tudo vinha como consequência da destruição da cidade de Jerusalém, naqueles versículos que fazem lembrança no evangelho de Lucas, que foi escrito depois desse acontecimento ”Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra as nações ficarão angustiadas...Os homens vão desmaiar de medo; quando essas coisas começaram a acontecer levantai a cabeça porque a vossa libertação está próxima” (Lc, 21,25).

Na verdade isto já tinha acontecido e é descrito como coisa que iria acontecer. Os judeus atribuíram a causa da destruição de Jerusalém aos cristãos. Daí em diante houve uma exclusão total ou seja, para o judaismo o cristianismo era herege, e vice-versa, para os cristãos o judaísmo era também herege.  

E proclamavam: o povo de Deus agora não é mais Israel mas a Igreja; a Igreja é o novo Israel. Isto até que contrariava as orientações de Paulo para  o qual o Israel era sempre o Israel de Deus quando repetidas vezes ensinava que “no fim dos tempos todo Israel será salvo” (Rom. 1,16). Aí fracassou a pregação de Paulo.

Foi agora que se fixou a noção da palavra “Igreja”, retomada do antigo Israel como ”reunião, aglomeração”, em grego ekklesia, (Dt.23,2). Vêm daí as Cartas onde se diz “À igreja que está em Corinto, em Roma, ou na casa de Áquila”. Para Flávio Josefo, historiador judeu, era também uma Escola filosófica.

Aí começou também um cristianismo e uma teologia que não estavam familiarizados com a fé e as tradições do judaísmo, e se aproximaram mais das religiões e filosofias dos pagãos. As consequências dessa separação do judaísmo foram as perseguições tanto por parte dos judeus como do Império. Porquê? 

O judaísmo estava contemplado como religião aceita pelo Império mas não o cristianismo. Por isso a religião dos cristãos era perseguida e o judaísmo não. O que resultou em tantos mártires cristãos. E tanto aumentava a raiva dos judeus  e pagãos contra os cristãos como aumentava a raiva dos cristãos contra os judeus, atribuindo-lhes toda a culpa pela morte de Jesus Cristo.

A Idade Média levantou esta nova tradição caracterizada pela Inquisição, pela qual se intensificou a perseguição e morte aos judeus. Os países cristãos perseguiam e expulsavam de seus territórios os povos judeus. 

Até que tudo veio a desembocar na maior tragédia da humanidade que foi o holocausto de Auschwitz, na Alemanha em 1939-45 onde foram dizimados cerca de 6 milhões de judeus.

Quem sabe, se tivessem dado ouvido à pregação de São Paulo as coisas poderiam levar outro rumo. Paulo pregava: “A salvação está em última instância aberta a judeus e não judeus. A salvação de Deus em Jesus é para a humanidade inteira, até mesmo em primeiro lugar para os judeus” conclui Paulo. (Rom.11,33).

      Noticiário:


1)- Domingo que vem. 09/12,  tem o 1º Rito para os catecúmenos na missa das 10.00h. Faça sua ficha no Secretariado como sem falta.

2)- Os missionários da Boa Nova estivemos reunidos em assembleia em Contagem (MG) nos dias 27 a 29/11. P. Ambrósio retornará no dia 05 pois ficou em visita a alguns amigos.

3)- Dia 08, sábado começa o festejo de NªSª do Bom Parto na Comunidade da Tigela. Vai até o dia 18, a outra 3ªfeira o festejo. Participe.

4)- Dia 05 é o dia nacional da Pastoral da Criança. Terá comemorações em prol da Dr.a Zilda que foi a fundadora e está em andamento o processo de canonização para ser a terceira Santa brasileira.

5)- Hoje encerra o segunda etapa de estudo para Catequistas no método da Iniciação à vida cristã (IVC).

6)- Hoje, primeiro domingo do mês tem a exposição do SS.mo a partir da  missa das 10h.

7)- Dia 06 é a 1ª quinta feira do mês e tem confissões durante o dia e celebração penitencial à noite na matriz

8)- Lembro aos Colegiados para apresentarem nomes para a Pastoral da Acolhida no próximo CPP da outra semana, dia 11/12. Ou 04 ou 08 ou mais nomes dependendo das portas onde vão ficar os acolhedores.

9)- Estão abertas as inscrições para a renovação das Assinaturas da Lliturgia ´DIÁRIA e do Jornal da Celebração.


Outra imagem da destruição da cidade de Jerusalém no ano 70 d.C.
Confira com o evangelho de hoje que se reporta justo a isso e foi escrito após esse acontecimento:
Haverá sinais no Sol, na lua e nas estrelas. Na terra as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. Os homens vão desmaiar de medo
Quando essas coisas começarem a acontecer levantai-vos e erguei a cabeça porque a vossa libertação está próxima. Tomai cuidado para que os vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida ”(Lc. 21,25-36).




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