“Em seguida, colocou os dedos nos
seus ouvidos, cuspiu e, com a saliva, tocou a língua dele. Olhou para o céu,
suspirou e disse: “Efatá”, que quer dizer “abre-te”. Imediatamente seus ouvidos
se abriram, sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade”(Mc.7,33-35).
A
arte da cura naquela época chamava-se curandeirismo. Era feita de experiências,
de uso de plantas, águas e recursos como barro, e rezas. Agora a arte da cura é
na ciência, baseada em dados comprovados de análises bioquímicas,
e análise do mapeamento de todo o organismo humano, sobre vírus e
outros micro-organismos. Segundo os evangelhos, Jesus usava os métodos
da época como consta da leitura citada.
Outro
dia eu perguntava: se Jesus vivesse hoje, teria que usar máscara durante
a pandemia do coronavirus? Vi a hesitação de muitas pessoas. Por outro
lado, a surpresa. Nunca teriam feito essa pergunta. E se fosse atingido pelo vírus,
teria que dar baixa no hospital e na UTI? Outra hesitação. Como?
É possível?
Agora,
avanço outra pergunta: Se Jesus tivesse um acidente e ficasse cego,
ou surdo, teria que andar com aparelho? Ou, quem sabe, com óculos?
Precisaria ir no médico? Teria que fazer cirurgias? Pode continuar
fazendo outras perguntas. A Igreja nos diz: “Jesus,
em tudo igual a nós, exceto no pecado”(Heb.4,15).
Então o que concluímos a respeito?
Outra
pergunta: Jesus teria que sujeitar-se à ciência? Esta questão é
sumamente importante na época que ainda estamos passando. Na verdade, se não
precisasse da ciência teriam razão: o presidente, o Malafaia
e o Valdimiro. Se precisasse da ciência nenhum deles tem razão.
Ou por outra: negar a ciência é voltar-se ao curandeirismo, seria voltar 2.000
anos atrás. Ou mais, desde que são conhecidos curandeiros lendários, como
Apolônio de Tiana, Hanina bem Dosa e Eliázar, que a história registra como lendas,
quando a ciência ainda não fazia parte das preocupações dos humanoides.(Cf.blog
www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br
14/7/21).
Obs:
Dei um intervalo na continuação da teologia dos escritos joaninos, aos quais
voltarei no próximo blog.
Segundo
as respostas que forem dadas, pensaremos em Jesus como num deus que andava na
terra disfarçado de homem; ou como um homem que já andava nos céus. Voltaríamos
aos problemas cristológicos das primeiras comunidades cristãs, e estaríamos ainda
sem respostas.
P.Casimiro
João smbn
www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário