segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

Castidade, Hormônios, Células, DNA.


 

Uma vez um rapazinho voltava da escola para casa exibindo alegria. Abraçou o pai que ficou feliz também com ele. E o menino disse, papai, hoje eu estou muito feliz. Sabe, pai, o professor falou que na minha idade os hormônios crescem mais do que a minha vontade. É por isso que eu tenho muita preguiça. Gargalhadas do pai.

Na verdade, na adolescência e juventude os hormônios crescem. É por isso que o desejo sexual e os hormônios da sexualidade, que um dia farão de você um pai ou uma mãe eles crescem também mais do que a sua vontade.  Está aí um motivo de uma preocupação grande pela castidade. Mas, como aquele menino achou desculpas para a sua preguiça e ficou feliz, você pode considerar-se também feliz igual a ele porque não  tem assim tantas culpas quanto você pensava quanto à sua castidade. Bote um pouco mais de culpa nos hormônios e tire mais culpa de você. Fique mais tranquilo e desculpado. E libertado. E equilibrado. Sabe porquê? Você só botava as culpas em você mesmo. Agora divida com os seus hormônios.

Em 1953 os cientistas Warson e Crick, em continuidade de Friedrich Mischer  descobriram o DNA. E descobriram que no corpo humano temos 100 trilhões de células. E junto com o DNA tem os genes, que são sustentados por 6 bilhões de bases oxigenadas. Tudo isto levou já os cientistas a um conceito e a uma admiração do Deus presente no âmago do ser de todo vivente. No Novo Testamento dizemos que somos imagem e semelhança de Deus. Porém este conceito de imagem de Deus encontra-se em muitas outras tradições religiosas. Este ser polimisterioso que somos nós, seres humanos que concentramos toda a energia cósmica num cérebro, chegou à suprema evolução na consciência, e tomou depois o nome de pessoa. 

 Levou muito tempo para uma definição de pessoa. Devemos a Boécio (séc. VI) a primeira definição de pessoa, partindo do grego e formando para o latim e para as nossas línguas: pessoa ou hipóstasis é o que se segura por si mesmo, ou “substância individual de natureza racional”(Boécio).  Até que Descartes (séc. XVII), nos tempos modernos, se apoiando nele, definiu como definição moderna de pessoa ”Eu penso, logo existo”, vale dizer que a pessoa se segura essencialmente pelo pensamento, pela consciência. E Boécio e os teólogos aplicando inclusive esta filosofia à Trindade de Deus chegaram a afirmar que “pessoa na Trindade é os três modos do aparecer ou do agir de Deus”. Daqui em diante entramos numa contemplação do ser humano e da realidade divina que se chama mística.

Se a pessoa é o que se segura por si mesmo, quanto mais eu me seguro por mim mesmo, mais pessoa, e mais me aproximo do ser de Deus, o consistente supremo. E quanto mais consciência, mais pessoa.  Faça crescer sua consciência, porque. como diz o ditado, quem anda pela cabeça dos outros é piolho.

 Resulta daí toda uma metodologia do crescimento humano e cristão. Tem governos e tem políticos que, para manter o povo na sujeição impedem o desenvolvimento da consciência, e portanto da pessoa. Não querem pessoas, mas rebanhos e marionetes ou piolhos. Por isso que não promovem a educação, a instrução, mas investem no analfabetismo. É hora de investir na sua consciência e na sua pessoa, e no seu ser cristão e divino. 

 Por isso diz o profeta: “Então brilhará a tua luz como a aurora e à tua frente caminhará tua justiça, e a glória do Senhor te seguirá”. (Is, 68,10).

 P.Casimiro João      smbn

www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br

 

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