Já pelo final da vida de Jesus, aconteceram cenas carregadas
de ironia. Certa vez Jesus entrou no Templo e olhou o ambiente. Deu umas voltas
por Betânia, e de volta expulsou do templo a bagunça de comércio e câmbios de
dinheiro pagão por dinheiro judeu, Mt.21,12: 1ª cena. Em segunda cena
apareceram uns grupos de crianças gritando “hosana ao filho de Davi” Mt.21,16.
E ali na hora fez curas de coxos e aleijados dentro do Templo Mt.21,14. Em 3ª
cena, tinha constado que Jesus tinha feito secar as folhas de uma figueira
encostada no Templo, com uma maldição, Mt.21,18. Em 4ª cena, teria dito: “Se tiverdes fé e não duvidarem, não só
fareis o que foi feito a esta figueira, mas ainda se disserem a esta montanha:
levanta-te daí e atira-te ao mar, isso se fará” Mt 21,21. Em 5ª cena Jesus
entrou de novo no Templo e começou a expulsar os que no Templo vendiam e
compravam e derribou as mesas Mc.11,15. Em 6ª cena apareceram os sumos
sacerdotes e anciãos e perguntaram: “Com
que autoridade fazes estas coisas, quem te deu tal autoridade?” Mt.21,23; E
em 7ª cena, a resposta de Jesus caiu como um raio: Vocês vão me dizer de onde veio o batismo de João, do céu ou dos
homens, se me responderem eu também responderei”Mt.21,24. Eles então responderam laconicamente: “Não sabemos. Ao que Jesus também
respondeu: “Também eu não lhes direi com
que autoridade faço estas coisas” . Em bom português antigo era como se
dissesse, “então vão à missa,” e em bom português moderno “então vão à M.” Observações à 2ª cena, as folhas da figueira: a figueira e suas folhas sem fruto era o símbolo do
Templo: Assim como a figueira foi amaldiçoada porque não produzia frutos e
secou por completo, assim isso era maldição para o Templo, que devia
desaparecer igual a figueira, porque era a base do sistema judeu assente sobre
o Templo que não produzia obra nenhuma de salvação mas só espetáculo com seus “cultos
e sacrifícios abomináveis” Ez.5,11 e seu
sacerdócio inútil. Ai a autoridade de Jesus começou a criar a raiva dos
Sacerdotes e anciãos (Cf. W.Carter, o Evanglho de Mateus, p.527). Observações à 4ª cena, de “jogar uma montanha no mar”. A “montanha” referia-se ao Templo,
pois o Templo estava construído na montanha, o “monte de Sião”, Sal.125,1. O
Templo estava sendo inútil, como a figueira se tornou inútil. Mais, o Templo
cheio de ladrões, e “covil de ladrões” Mt.21,13 tinha-se tornado igual ao homem
dos túmulos, que, possesso de demônios, convivia com a manada dos porcos, os quais se
jogaram no mar à ordem de Jesus, Mc.5,1-20. Assim, aqueles que agissem como Jesus, podiam viver sem o Templo, que estando cheio de “porcos” - demônios, era melhor ser jogado a atirado ao mar (cf. o.c.p.529). Vejam o grau que
aumentou a raiva dos Sacerdotes e anciãos... Observações à 6ª cena “com que autoridade fazes estas coisas”?
Aí os Sacerdotes não se contiveram mais e, encrespados, vociferaram a pergunta”
“Com que autoridade fazes estas coisas”? Porque nós somos o Sinédrio: nomeados e
credenciados por Roma, e nomeados e credenciados pela Lei de Moisés, somos o
Templo, somos a linha sacerdotal, autoridade sacerdotal e do império. Esta
nossa autoridade vem do céu e da terra, porque o Sinédrio governa o céu e a
terra em todo mundo. Nossa autoridade foi dada do céu. E o que você tem, de
onde você recebeu alguma autoridade? Resposta de Jesus: 7ª cena: Me digam agora de onde veio o batismo de
João, do céu, ou dos homens? Se me disserem eu também lhes direi com que
autoridade faço estas coisas” Mt.21,25. Cochicharam com a mente e com os
olhos pensando “Se dissermos que veio do
céu vai-nos dizer ‘porque não acreditaram nele? Se dissermos que veio dos homens
temos medo do povo que tem João como um grande profeta” E então
balbuciaram: “Não sabemos” Mt.21,26.
Conclusão. Daí a resposta de Jesus do nosso título: “Também eu não lhes digo com que autoridade faço estas coisas” Mt.21,27, o que no velho português diziam “Então vão todos à missa”.
P.Casimiro João
smbn
www.paroquiadechapadinha.blogspot.com.br
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