domingo, 20 de janeiro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA -CRISTO DEUS É A PÁTRIA.CRISTO HOMEM É O CAMINHO

CRISTO DEUS É A PÁTRIA

 S. Agostinho, filho de S. Helena, foi um convertido a Cristo. Nasceu em 354 e morreu em 430. Filósofo e teólogo, bispo de Hipona, na atual Algéria, escreveu algumas das obras mais influentes da história, como “Confissões” e “Cidade de Deus”. É um dos maiores pensadores da história da Igreja. Transcrevo a seguir dois textos seus para nossa reflexão:
“Estava, na pobreza do presépio, Aquele que contém o mundo. Não falava e era a Palavra. Era o Caminho e estava deitado. Quem os céus não abarcam coube no ventre de uma mulher. Ela trazia Aquele em quem existimos; ela amamentava o nosso Pão; oh! manifesta debilidade e maravilhosa humildade na qual se escondeu toda a divindade! Governava com poder a Mãe a quem submetia a Sua infância; apascentava com a Verdade aquela de cujos peitos sugava o sangue. Que em nós complete os seus dons Aquele que também não desdenhou fazer bem os nossos começos. E nos torne também filhos de Deus Aquele que, por nossa causa, se quis fazer filho do homem”. (sermão184)

CRISTO HOMEM É O CAMINHO

 “O Filho da Virgem foi às Bodas; Ele instituiu as núpcias quando estava junto do Pai. Tal como a primeira mulher, pela qual entrou o pecado, foi formada do homem sem o concurso da mulher, assim também o Homem, pelo qual foi apagado o pecado, foi formado a partir da mulher, sem concurso do homem. Por causa daquela, fomos precipitados, graças a Este fomos elevados. E que criou Ele nessas bodas?- Vinho da água. Poderá haver maior poder? Quem tinha o poder para realizar tais obras, abaixou-se até suportar carências. Quem da água fez vinho, tinha o poder de transformar pedras em pão. Tratava-se do mesmo poder. Mas, então, foi o diabo a fazer a proposta. E, por isso, Cristo absteve-se de o fazer. Certamente não ignorais que quando Cristo Senhor foi tentado, foi isso que o diabo insinuou. (...) O pão teve fome, tal como chegou ao limite de Suas forças o Caminho, tal como foi ferida a Saúde, tal como se apagou a Vida (...) E assim Aquele que teve o poder de realizar tais prodígios sofreu a fome, a sede, sujeitou-se ao cansaço, cedeu ao sono, foi preso, foi flagelado, foi morto. Este é o caminho: caminho pela humildade para alcançarmos a eternidade. Cristo Deus é a Pátria para onde caminhamos; Cristo Homem é o caminho pelo qual avançamos”. (sermão 123,2.3)

A ORAÇÃO É COMO O SANGUE.
O SANGUE DÁ VIDA AO CORPO. A ORAÇÃO DÁ FORÇA À FÉ.

Você já notou que, quando duas pessoas se zangam, levantam a voz e começam por se comunicar berrando? Mas, por quê se estão bem perto uma da outra? – Diz o sábio oriental que é porque, embora os corpos estejam próximos, os corações estão distantes. E, quanto mais longínquo um do outro, mais o berro sobe de tom. Quando dois amigos falam não gritam. Não precisam de gritar!  Seus corações estão perto um do outro. E se são mesmo amigos, muito amigos, se se amam de verdade, nem precisam de palavras. Um simples olhar diz tudo.
Lembrei-me deste exemplo ao pensar na oração. Muitos pensam que oração é um dever, que temos mesmo é de rezar muito, procurar livros com orações bonitas, dizer muitas palavras quando estamos a rezar. Mas oração é, acima de tudo, um direito. E um direito que vem duma enorme graça de Deus. Quando vamos orar devemos pensar que vamos ser recebidos em audiência por Deus. Peçamos essa audiência. Deus tem todo o gosto em nos receber em particular, em comunicar conosco, na intimidade, num diálogo de amor. Comunicar com Deus não é um dever. É uma necessidade e grande!
Não há fé sem oração: oração simples, sincera, humilde... Não é questão de muitas palavras. Não precisa de expressões escolhidas, ladainhas decoradas, palavras bonitas. Falemos com Deus como um filho fala com seu pai! Orar é colocar-se diante de Deus, falar de sua vida, lembrar coisas que aconteceram, falar do que desejamos, dizer que O amamos, escutar Sua mensagem, acolher Seus apelos, louvar e agradecer Seu amor. Seu imenso amor e Sua eterna misericórdia que nos perdoa nossas faltas e fraquezas! S. Terezinha dizia que, em muitas horas que passava rezando na capela, apenas olhava para Jesus e sentia que Jesus olhava para ela. A oração exige disponibilidade. Compromete a vida. Esta santa dizia também que se sentia como uma bola que a criança chuta para aqui e para acolá e ela obedece. Até que, quando cansa, a bola fica num canto à espera que a criança brinque com ela novamente. Orar é contemplar, admirar, louvar e agradecer. A intimidade exige tempo de acolhimento. Quem não tem tempo para rezar vive perdendo todo o tempo. Não eterniza a vida. Não espiritualiza seu existir. Vai-se arrastando na banalidade, carrega preocupações supérfluas, aflige-se com chatices inúteis, prende a vida a coisas passageiras sem importância. Esquece o essencial e, por isso, não sai da mediocridade. Vive sempre no perigo de ser levado pela enxurrada da facilidade e do prazer. Temos que nos lembrar da “lei do menor esforço” que todos sentimos.
Orar é parar um pouco. Mergulhar em Deus, sentir Sua constante presença em nossa vida, dizer-Lhe quanto O amamos, dar-Lhe o direito de ser o nosso Senhor, Dono, Amigo e Confidente. Só somos verdadeiramente humanos e grandes quando nos ajoelhamos e sentimos, humildemente, que nada somos e tudo que temos é graça divina. Ontem escutei na Canção Nova um belo testemunho da Elba Ramalho. Quem a conheceu e quem a ouve hoje! Que diferença! Mas que beleza de sentimentos, que grandeza de vida, que belo exemplo para quem se deseja converter, isto é, “verter”, derramar, colocar toda a sua confiança em Deus!
Hoje não esqueça: antes de deitar, agradeça a Deus o seu dia. E amanhã, ao levantar-se, lembre-se que Deus velou por si e conservou sua vida durante o sono. Agora espera que você lhe dê um sincero “obrigado”!



                CÔNJUGES QUE NÃO PUXAM A VIDA NA MESMA DIREÇÃO
OLHARES QUE NÃO VÊEM.

Vivemos num mundo de pressas, de correrias, de velocidade... Antes não tínhamos telefone. Tínhamos que enviar carta, esperar resposta ou ir dar os recados a casa das pessoas. Não tínhamos carro. Fazíamos os percursos a pé, em carreiros enlameados e cheios de pedra. Agora temos estradas, carro e motoca e a pressa é tanta que andamos com o celular no ouvido enquanto conduzimos com uma só mão (o que é perigoso para nós e para os outros!). Não paramos. Queixamo-nos que temos muito que fazer, que não temos tempo para nada. E, com tanta pressa, corremos e não adiantamos, ouvimos e não escutamos, olhamos e não vemos, esbarramos com os outros e não nos encontramos. A vida é muito mais que olhar, ficar à superfície, ouvir... Precisamos de tempo, de frear nossas pressas, andar mais devagar, olhar as coisas e as pessoas com mais calma. Como quem se quer enamorar por elas. Você já notou o contra-senso de pessoas zangadas, bem perto uma da outra, e a gritar, vendo quem berra mais alto? – É que os corpos estão próximos, mas os corações estão distanciados. Quem ama quase não precisa de falar para se comunicar. Basta um olhar e já diz tudo!
Olhar apressadamente dificulta a comunicação, impossibilita a amizade. O olhar contemplativo da mãe que admira a cria de seu útero parece querer decorar-lhe as feições, tornar a possuí-la... A intimidade exige olhar demorado. A intimidade é fruto do muito observar. Há dias vi aquela mãe olhar a filhinha de dias no colo. Um palmo de gente! Tão pequenina que quase não se via por estar tão bem embrulhada. Mas que amor no olhar!
Há homens e mulheres que se juntam, vivem na mesma casa, dormem no mesmo quarto, encontram-se na mesma sala... mas não têm tempo para se verem nos olhos um do outro. O outro é como um espelho. Ao olhá-lo vemos melhor quem ele é e também quem nós somos e o que amamos. Casais que não se admiram! São cônjuges (com o mesmo jugo!), mas trazem os corações bem distantes. Não puxam na mesma direção. Estão à mesma mesa e parece que cada um está a quilômetros de distância. Do outro lado do mundo. Casar não é um ato. Não se faz num dia só. Matrimônio é acontecimento diário, contínua conquista, amor alimentado, namoro quotidianamente atualizado. Não podemos confiar só em promessas. Os compromissos podem-se quebrar com facilidade. Não basta prometer. É preciso fazer. Desejar não é tudo. É necessário trabalhar e lutar. Ninguém se iluda com encantamentos não cuidados e prolongados.
Não há “Companhia de Seguros” para assegurar o amor. Para compensar o desamor. Ninguém oferece amor com carimbo de garantia. Amor exige conquista diária. Cada um, embora amarrado pelo amor, resguarda a liberdade. Amor não zelado é como casa sem portas. Pode entrar pessoa estranha. Há ladrões na praça  Cuidado! Precisamos ter prevenção, trancar a porta e guardar a chave com cuidado, no coração! Está havendo tantas invasões! Não só porque há atrevidos invasores (as), mas porque há pessoas casadas que são descuidadas.


  N O T Í C I A S   D A    P A R Ó Q U I A


1- No próximo mês de Fevereiro, o dia do Dízimo que acontece sempre no segundo domingo, passará para o terceiro domingo, extraordinariamente, por causa do carnaval no segundo domingo.

2- O grupo de acólitos pede para avisar que abrirá a lanchonete no quarto domingo. E, depois dos acólitos, será a organização da Santa Missão Popular a responsabilizar-se todos os domingos. Pensamos, além do mais, que essa é uma maneira sadia de conviver.

3- Convocamos para este domingo, a começar às 15.30H os coordenadores dos dez setores da Paróquia na cidade para a S.M.P.(Santa Missão Popular). Precisamos de combinar assuntos relativos ao retiro diocesano e às primeiras iniciativas de preparação para a realização da Missão. Na próxima reunião dos regionais do interior será também combinada a participação das comunidades.

4- Continua a construção da Igreja de S. José. Estamos pensando na entrega da imagem do Padroeiro ao grupo de católicos das “1000 Casas” para ela percorrer o bairro e depois ser levada solenemente para a igreja. Pensamos já fazer a novena de s. José na nova igreja, embora ainda não acabada. Na próxima semana, as paredes e as colunas serão terminadas para se começar com o trabalho da cobertura. Já foram encomendadas 13.000 telhas.

5- Estamos acompanhando pela internet as respostas e contra-respostas de gente jovem. Gente jovem e com garra é assim mesmo! Pena é que se gaste tanta energia com uma literatura janota eivada de termos chibantes. Ovniomania! Exuberantes intriguelhas que só servem para desintoxicar ambientes tensos com chalaças picantes e satisfazer apetite jornalístico. Mas tudo fica por aí. E, por baixarem tanto, tememos que ainda arranquem as unhas dos pés! Achamos melhor que gente assim,    com     garra     e     competência,   se virasse a uma análise séria de alguns problemas fulcrais para o desenvolvimento local e apresentação de idéias novas e possíveis como: agricultura (ainda no toco!), pretendida fixação do homem no interior, mas construção desumana de “casinhotos” inabitáveis aos milhares na zona urbana (quem compreende esta contradição?), regulação da exagerada realização de shows e demasiado barulho que cria desassossego, afasta a juventude despreparada do estudo e do trabalho e cria instabilidade nas famílias, além de facilitar toda a espécie de vícios, melhoria da educação e preparação profissional, combate, sem trégua, a velhos hábitos coronelísticos, como garantir continuísmo político pelo empréstimo de empregos da Prefeitura, aprovação de contas reprovadas pelo Tribunal de Contas, necessidade do blog da transparência ... Agora que fanfarronice fica mal, fica mesmo! Mas não seria de bater tanto no ceguinho!

6- Pedimos a todos e de um modo especial às famílias que façam a inscrição para o retiro de carnaval. Achamos uma maneira bonita de passar esses dias com proveito e não apenas na fantasia.

7- A equipe de catequese da Paróquia vai prevenindo para a necessária matrícula nos encontros de formação cristã. Estamos também pedindo que todos que, já adultos, não fizeram preparação para a Comunhão que não adiem mais: dêem seu nome no secretariado paroquial para ser formado novo grupo de adultos. Como foi bonita a Primeira Comunhão do anterior grupo de adultos.

8- Continuamos a insistir que a igreja matriz, nos casamentos realizados com solenidade, não é passarela de moda nem estúdio para retratos. Exigimos porte digno e que demonstre fé mais que exibição. E é bom que os noivos se comecem a habituar a registrar nas duas leis ao mesmo tempo.







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