segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA- O PROVÉRBIO É: “MAIS VALE CAIR NAS GRAÇAS QUE SER ENGRAÇADO”. – SERÁ MESMO VERDADE?


Este provérbio cheira-me a falsidade, a mentira, a hipocrisia... É do espírito mundano. Foge ao Espírito de Deus. Tenta satisfazer pretensões sem buscar valores. Cai na presunção sem aceitar a resignação. É bom para planta trepadeira. Para atraca. Para maracujá que só dá fruto se subir noutra planta. Mas há pessoas que também precisam de estaca para mais parecer do que ser. Não vale, mas deseja aparecer.  Revela hipocrisia misturada com falta de ética e falsidade pretensiosa. Mas, infelizmente, se vê muito disso por aí!i Roupa suja a precisar de cabide!


A melhor maneira de viver bem (pensam muitos!) é agradar aos poderosos: fazer o que eles gostam, dizer o que eles querem, concordar com o que eles pensam e viver, chupando o que eles têm. Esta é a máxima para quem quer lucrar algo, agradando a alguém: escolher palavras, tecer elogios, prestigiar ações (mesmo insignificantes!), evitar críticas, esconder diferenças. Muitos sorrisos, salamaleques, aprovação total, antecipada e absoluta concordância, jeitos para agradar ao máximo! 

É o que se chama: querer subir, desafiar a desonestidade, prestigiar personagens, confiar na falsidade, vender-se a exuberantes pretensões. Não interessa o valor do personagem escolhido. Vale o que tem e o que pode conceder. Importa apenas aquilo em que o ator apostou. Ator? – Sim, porque parece jogada de circo e de palhaçada se trata.


Jesus, no Evangelho, coloca um fariseu (pessoa pertencente à classe dirigente do povo judeu!) a fazer teatro. Diz que ele escolheu o templo para parecer piedoso, foi para perto do altar para que todos o vissem e falou palavras elogiosas para que não restassem dúvidas das suas pretensões. Era o melhor e acima dele, ninguém! 

Exibiu um bom programa de vida, se auto-definiu como perfeito cumpridor da lei, satisfazendo exageradamente o seu ego, talvez carente de estima. Um publicano, mais sério e sincero, preferiu moderação no lugar em que ficou, nas atitudes que tomou e nas palavras que rezou. Ficou lá longe, humilhando-se e pedindo perdão. Não se achou melhor que ninguém. 

É que “humildade” vem da palavra latina “humus” que significa terra. Este publicano não saiu da sua realidade, bem perto da terra, bem pobre, bem humilde! Era engraçado, tinha valor, possuía graça, mostrou o que era e pediu o que necessitava. O fariseu, não! Queria apenas cair nas graças, fingir para ser apreciado, mas sem ser engraçado. Sendo orgulhoso, achava-se o melhor de todos e não precisava de nada. Por isso, saiu mais pobre do que entrou. E o publicano saiu atendido e elogiado por Jesus.


Mais vale ser “humano” que parecer “grandioso”. Melhor aceitar a resignação do que se é, do que ser pretensioso demais, confiando nos poderosos.  Feia demais a ganância! Por isso, Deus bateu palmas à humildade do publicano e se desinteressou do orgulho do fariseu. Mais vale a verdade que a falsidade. Melhor subir pelo esforço próprio que usar a escada dos poderosos. Esta escada costuma quebrar com facilidade. E depressa.  

É triste ver pessoas cair na dependência, venderem sua dignidade, pisarem seus semelhantes para serem pedintes da dependência alheia, apegarem-se com garras e dentes aos poderosos, para parecerem alguma coisa! Cantiga desafinada de quem não sabe cantar! Total incompetência e infantil subserviência de quem nunca aprendeu a caminhar e sempre pede colo!

FÉ NÃO É BORRALHO ESCONDIDO NA CINZA
 NEM LAMPARINA COM LUZ MORTIÇA!

     
    A vida é um dom de Deus. O mais precioso dom, porque fundamento de todos os outros. Mas Deus não ficou por aí. Chamou-nos à participação da Sua vida divina. Pela fé, deu profundo sentido à nossa existência e chamou-nos a sermos seus colaboradores na obra salvadora. Que bela, grande e nobre é nossa vida cristã! Deus chama-nos a uma relação íntima com Ele, relação amiga e pessoal, com a possibilidade de Lhe poder dar uma resposta à Sua graça. Quanta responsabilidade carregamos! Somos amados por Deus e Seu Espírito nos impele ao amor. 
  
    Pelo Batismo somos integrados na família cristã, na Igreja. Não somos seres isolados, perdidos, desintegrados... Por isso, temos obrigação de trabalhar pela felicidade de todos: os que estão dentro e os que estão fora do redil de Cristo. Temos que ser cristãos em família, alegres e corajosos! Não podemos ser cristãos vadios, cristãos de rua, desinteressados, ancorados em preguiça e desleixo, cristãos solteirões sem compromisso com nada nem com ninguém... Deus não é estrepe ou ser suplente para ser usado só em caso de falência de nossos recursos. 

   
Deus não é dono de possibilidades armazenadas para ser usado só em caso de necessidade absoluta. Nossa fé é fruto de um encontro pessoal com Ele. É como uma luz que tem que iluminar. Não pode ser apenas pavio apagado, borralho escondido debaixo da cinza, vela mortiça que se está a extinguir e que já não tem força para pegar fogo, ameaçando se apagar à mínima dificuldade. A fé é bela e grandiosa quando é vida forte e madura em Cristo. Deus entra em relação conosco e podemos dar uma resposta pessoal à Sua graça. Sabemos que somos amados por Ele e o Seu Espírito nos impele ao amor.

  Pelo Batismo, somos integrados na família eclesial. Cristo nos salvou em família. E é em família que temos que viver nossa fé. Testemunhar a vida de Deus em nós não é, essencialmente, uma obrigação. É mais: é uma exigência natural. Só não gosta de comunicar uma notícia feliz quem já está muito doente! Testemunhar o Evangelho de Jesus é uma alegria. É transmitir uma novidade que gostamos que todo o mundo conheça. 

Ouvi de D. António Marcelino, bispo português que morreu há poucas semanas (bispo imérito da diocese de P. Pedro!), uma frase que muito me impressionou quando ainda era seminarista: “Deus não nos chama à Igreja para ficarmos a jogar a bola na praça. Chama-nos para entrar, participar e, se possível, subir à torre de nossa igreja para nos convencer que o mundo vai além do nosso quintal. Não termina ao lado da nossa residência” Temos, portanto, que espevitar a luz de nossa lamparina, mexer o borralho de nossa lareira... para que não se apague e seja, suficientemente, forte para nos iluminar, aquecer e, comunicar-se a outros.


VIVER NÃO É SÓ VIVER.


Deus concedeu-nos o dom da vida. Compete-nos a nós viver bem. Não somos como peças fabricadas em série e amontoadas na terra. O nosso planeta não é lixeira do universo. Não fomos atirados para o mundo e arrumados. Não. Somos criação do Amor e vivemos para amar. Daí a necessidade de trabalhar nossa realização. Temos uma distinção essencial do resto dos outros seres existentes. Por isso, é grande nossa responsabilidade.


À nossa volta está o mundo mineral, inanimado e inerte. Quietude estável, capacidade receptiva à influência da natureza e do ser humano. Depois vem o reino vegetal, feito de muitas variedades e evidências atrativas. Nascem, vestem de beleza os ambientes, brilham à luz do sol. No reino animal estão os bichos dominados pelos instintos e assim realizam as exigências da sua espécie. Reagem por forças hereditárias e fatais. Foram trazidos, estão, serão levados. O ser humano pertence a este reino, mas tem uma classificação especial, porque tem inteligência, memória, vontade e liberdade. 

Os outros animais são dominados por instintos e assim realizam as exigências da espécie. O ser humano também tem tendências inatas que o arrastam às exigências da espécie, mas seus instintos são susceptíveis de orientação e medida. A razão cai sobre o instinto e pode-o trabalhar, regular ou reprimir. Os animais irracionais não.


O ser humano pode orientar sua vida para o bem ou para o mal. Pode buscar felicidade, servir a vida ou preferir a tristeza e a morte. No animal irracional, o instinto é força irredutível. No homem, converte-se em matéria maleável e susceptível de mudança. O ser humano é o único animal inacabado, imperfeito, não feito de todo. Está sempre não acabado de fazer. Os irracionais nada mais podem ajuntar ao que é exigência de sua espécie. Nascem programados.


Por isso, a responsabilidade humana é grande sobre si e sobre a criação. A matéria inorgânica, a mineral, a vegetal e o reino animal irracional são trabalhados pelo homem para sua serventia. Tornam-se obra das faculdades superiores do homem. Mas se o ser humano esquece esta sua condição e, por egoísmo, se fecha no estreito cárcere dos seus instintos deixa-se arrastar a uma condição inferior, escraviza-se a forças da espécie e cai num personalismo absurdo e caprichoso.  

Renunciar a ter um ideal, a conceber idéias de felicidade, a dilatar a vida enfrentando problemas e encontrando soluções, a trabalhar a vontade, a dilatar a vida com a ajuda do mundo que o rodeia... eis a tarefa quotidiana a quem Deus dotou de faculdades superiores. Se a pessoa se deixa arrastar por forças de prazer, facilidade, espontaneidade... acaba por não viver bem. Vive, mas  vegeta, animaliza-se brutalmente. É como peixe que tenta nadar na ardente areia da praia. Não consegue e morre.


Não basta ter nascido para viver. O ser humano não se pode limitar a existir. Tem que se inserir na caravana humana e fazer História. 

Todos e tudo esperam seu trabalho: a matéria está 

esperando ser transformada, os vegetais belos ser 

apreciados e utilizados, os animais ínfimos ou 

corpulentos tornarem-se parceiros de um mundo mais 

habitável. Mas se o ser humano, por hábitos ou 

ingredientes, diminui suas capacidades superiores e se 

deixa arrastar pelas inferiores... é dominado, perde a sua capacidade transformadora, sofre e morre.    

                NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA

1. Como resultado do que tantas vezes acontece, publicamente, de uma igreja protestante, conhecida na cidade por ofensas graves à simbologia religiosa e injúria à fé dos membros da Igreja Católica, a Paróquia pediu uma intervenção à Promotoria Pública. 

Em referência, sobretudo, a atuação do pastor Washington. A forte manifestação da comunidade católica dispensou o recurso a tribunal. Acabamos de receber do Ministério Público da cidade o esclarecimento sobre uma audiência informal com os pastores da Assembléia de Deus de Chapadinha e Mata Roma em que lhes foi comunicado o descontentamento da comunidade católica. 

Os Pastores “afirmaram que iam agir positivamente no sentido de evitar ocorrências de novos incidentes que possam representar ofensa à Igreja e aos seus fiéis”. Mas, até hoje não chegou à Paróquia o pedido de desculpas que seria normal. Por este caso e por muitos outros que têm acontecido (como aquele no bairro da Caterpilla o ano passado!). 

E isto vem acontecendo, sobretudo, de uns tempos para cá. Impressiona-nos muito que pensem que os católicos são insensíveis e têm que aceitar todas as barbaridades que digam contra nós, mas eles, sim, são sensíveis ao máximo e se ofendem com qualquer coisa que se escreva sobre o seu atuar, como aconteceu com um artigo publicado no Boletim Paroquial e colocado no Blog da Paróquia em 07 de Agosto de 2013. 

Desejo que todos saibam: nós, católicos, também somos sensíveis. Exigimos respeito à nossa fé e, quando ofendermos alguém, saberemos pedir desculpa. Se a caridade não nos une, ao menos a boa educação não nos empurre para a ofensa!


2. Hoje, domingo, pelas 15.00H, pedíamos a presença das diretorias das comunidades no CEBNET para combinação do evento “IRRADIE FÉ!”, de 23 deste mês na Praça do Povo e a visita da imagem da Sagrada Família. Muito importante este encontro! Não faltem!

3. Durante a semana, em encontro com jovens e outras pastorais, foi elaborada uma lista dos responsáveis para as diversas tarefas do “IRRADIE FÉ!” E vamos também descobrindo outras causas de nossa celebração: a caminhada das CEBs está fazendo 40 anos. E lembra os 40 anos da caminhada dos judeus no deserto para alcançar a terra prometida. Por isso, mandamos fazer uma barraca com lona branca para colocar no meio da praça, servindo de capela com o Santíssimo, lembrando a “tenda do encontro”, a “tchekiná” que Moisés e Aarão visitavam nos momentos de dificuldade. Nesse encontro solene vamos escutar cânticos, pela primeira vez, de um coral da Paróquia dirigido pelo Prof. Tiago. Importante!


4. Pedimos ao grupo que se inscreveu para a Crisma que, na próxima sexta feira, pelas 18.30H apareça na Matriz para se combinar o dia dos encontros. Quem, mesmo nesse dia, tem aulas a essas horas não sabemos como fazer. Mas receber a Crisma sem se tomar consciência do seu valor, também não!


5. A construção do Centro Catequético da Tigela está pronto para ser inaugurado e entregue. No domingo, dia 17 deste mês, pelas 17.00H, será a inauguração. Pedimos a presença de todos para verem onde a Paróquia aplica as ofertas que tem recebido. E já começou o Centro de S. António, embora se vá pintar primeiro a capela de Terras Duras. A capela da Sagrada Família levará também alguns melhoramentos.


6. A Imagem da Sagrada Família chegará à Igreja do Divino Pai Eterno, no dia 15, sexta feira, pelas 19,30 H. No sábado, à noite virá para o Bairro da Cruz e daí para a Matriz, domingo de manhã, pelas 8.00H. No sábado, visitará a igreja da Aparecida e depois a da Sagrada Família, seguindo para S. Benedito.


7. No Secretariado Paroquial existem algumas velas do Advento, de diversas cores, que as comunidades podem adquirir para acenderem uma em cada semana, até o Natal.



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