quarta-feira, 6 de novembro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - UMA PÁGINA NÃO É UM LIVRO. UM DEGRAU NÃO É UMA ESCADA. DEZ MESES NÃO SÃO UM MANDATO, MAS...





A Comunicação Social é um poder extraordinário. Quer seja falada ou escrita. Os Meios de Comunicação Social são poderosos. Acautele-se quem quiser ou puder! Aquele que tem pernas pequenas depressa é apanhado, mas quem possui  reduzido sentido crítico não está em melhor situação. 

Como o peixe descuidado cai, com facilidade, no anzol, assim pode uma pessoa, sem sentido crítico, ser apanhada nas malhas da comunicação. E hoje em dia com maior razão. É que o puramente racional está em falência. 

Os modernos Meios de Comunicação Social, ajudados pela sedução que a beleza da imagem carrega, procuram muito invadir a área emocional, entrar pela porta do coração para atingir mais fortemente a totalidade da pessoa. 

Pela emoção, a pessoa  deixa-se enlaçar como pela razão. O livro com verdades acabadas, denso e frio, perdeu terreno. A palavra serve para tudo. Para dizer “sim” ou dizer “não”, para semear dúvidas ou cultivar certezas, para sublinhar verdades ou impingir mentiras. Não se pode ficar só a ouvir palavras.

 É preciso ver o que está por detrás delas. A palavra, escrita ou falada, tudo sabe demonstrar, explicar, criar, transformar ou destruir. O que nunca se pensou, por idiotice, agora pode ser verdade irrefutável. O que foi verdade dogmática, agora tem-se como pura hipótese ou tese combatível. E não é por se ter evoluído na investigação científica. Não. 

Por mera influência do ambiente ou interesse pessoal. Quem tem a palavra tem poder. Mesmo que alguém possua mil razões para proclamar uma certeza, se se cala, pode ir parar no baú das antiguidades esquecidas. 

O que era considerado herético há pouco tempo, hoje passou a ser dogmatismo plausível. Mas, cuidado! Não embarquemos assim tão facilmente na onda da modernidade, pensando que a informação tudo desculpa, tudo absolve.  Nem tudo pode ganhar foro de dogmatismo absolutista. Há coisas tão evidentes  que o tempo também se encarregará de corroer a mentira e trazer à tona o cerne do que é mais válido.


Economia não é só dinheiro. Guerra não se reduz a armas. E política não pode ser só capacidade de esconder ou de se sentar na cadeira das decisões. Exige mais. É a moralização do poder, a demonstração se há ou não capacidade realizadora. Sem ética e esforço de trabalho não há política verdadeira nem democracia. 

Chapadinha é um fenômeno! Parece-me uma multidão de interessados em usar o dinheiro público à procura de um político honesto. Olhem o que acontece na campanha eleitoral! Todos pedem um favor, uma ajuda, um dinheirinho para isto e aquilo! Que é isto? – Corrupção. Mas depois critica-se os eleitos por se apoderarem do que deram! 

E a sofreguidão de se aproveitar do que é comum é tamanha que nem há oposição. Chapadinha não tem oposição. Há alguns vereadores que vivem numa autêntica dança. Mexem-se e viram-se para onde há dinheiro. Vivem ao ritmo dos seus meros interesses.
E o lucro é tão fácil e grande que alguns só pensam em subir na escalada do poder!


Palavras leva-as o vento. Desculpas? – Podem ser invenções e quase sempre são razões mal forjadas. Não adianta discursos, vereadores calados, sindicatos desativados, apaixonados defendendo...  

Passaram-se dez meses sobre esta atual administração municipal. E até hoje, nada de novo! Talvez o lixo melhor recolhido ou mais lâmpadas públicas acesas. Mas... é pouco. Nem aquela arrancada espetacular inicial que todo o governante tem para iludir e descansar depois meses ou anos seguidos. 

Para já só administração dividida, cada qual fazendo o que lhe apetece, o dinheiro a desaparecer e muitas queixas e falatório. Compreende-se por qual razão os atuais administradores estiveram tão calados nos mandatos anteriores. 

Estiveram a prestar atenção para aprender bem a lição! Sabemos que um degrau não é a escada. Nem uma página é o livro. Mas por causa de uma má página ou de um degrau perigoso... pode-se decidir não continuar.


Arruma-se tudo de lado e procura-se outra tarefa. A paciência também se está esgotando e o povo não agüenta mais ficar só a mastigar descontentamento. É tempo de tomar decisões para uma administração unida, séria e que trabalhe. 

Assim continuando, a situação está má. Só promoção de pessoas, só aproveitamento individual... não é desenvolvimento social. Será que Chapadinha virou alfobre de futuros deputados? Prevalência da ignorância popular? Influência dos cursos de agronomia?

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