domingo, 10 de novembro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA -A PARÓQUIA DENUNCIA O ACONTECIDO NA TIÚBA



A respeito do caso tão falado nesta semana que aconteceu na propriedade Tiúba em que uma máquina pesada e populares armados destruíram uma capela e algumas casas, a Paróquia vem a público, mais uma vez, informar:

1. A Paróquia demorou denunciar o acontecimento no lugar da Tiúba pela sua gravidade e complexidade e necessidade de averiguar bem o que aí se passou. Já em Junho passado houve uma outra ação arbitrária no local com invasão de casas e tiros à uma e meia da manhã e amedrontamento de famílias. Depois dos fatos recentes e reincidentes, a Paróquia se admirou da pouca importância dada e oficializou às Autoridades para evitar que se repetisse as arbitrariedade, no que foi imediatamente atendida. Mas esse louvável interesse não deve fazer esquecer a gravidade dos acontecimentos anteriores ou levar a pensar que ele se deu sem querer. É criminoso e grave o acontecido. Exige análise e punição.


2. A situação não é fruto de uma invasão. Por interesse do fazendeiro e com permissão dele foram para lá, há anos, várias famílias. A partir de Junho passado começaram atos violentos para retirar as famílias por novos interesses do proprietário. Não será demasiado exigir rapidez num jogo de interesses individuais com conseqüências muito pesadas para várias famílias?


3. Uma habitação não é uma barraca de lona que se monta e desmonta com rapidez. Habitação tem raízes afetivas e efetivas. E ter uma habitação é direito de todo o cidadão.


4. Vivemos em estado de direito. Nem agora nem nunca a Paróquia pretende analisar o mérito ou o desfavor dos processos em curso no tribunal, embora ache que é enorme a morosidade do julgamento.


5. Agora não houve sentença judicial a justificar o acontecido. Fazer justiça por próprias mãos, de uma maneira arbitrária e por meios violentos é crime. E isso foi o que aconteceu. Colocou em perigo vidas humanas, incentivou a arbitrariedade e o crime e causou instabilidade social.


6. A destruição da capela, construída pelas famílias que aí viviam, é uma afronta grave à Paróquia e às pessoas que aí se congregavam. Ofende também o direito à liberdade religiosa.


7. O grupo criminoso e armado de populares, contratado, que aí se deslocou a apoiar a destruição e a amedrontar as pessoas merece ser investigado e punido. Os integrantes são bem conhecidos. Responsabilizamos o fazendeiro e as autoridades omissas ou com tomada de posição demorada por aquilo que resultar de vingança motivado pela denúncia.


8. O uso de armas e a proibição de, posteriormente, alguém entrar no local, pelo fechamento dos caminhos públicos, é crime e abuso grave. Reacende velha prática de antigos processos praticados pelos latifundiários da região, é retrocesso no estado de direito em que vivemos e abuso grave e perigoso à população.


9. Não se queira abafar a gravidade do crime praticado com especulações sobre a origem da máquina usada. Isso também merece ser investigado, mas é coisa secundária. Pretensões políticas não se devem sobrepor ao procedimento judicial.


10. Exigimos que, o mais rápido possível, se levante inquérito policial sério e imparcial do acontecimento e que sejam julgados e punidos os mandantes e os agentes operacionais. O fato é público, noticiado sobejamente pelos Meios de Comunicação Social locais, testemunhado por pessoas dignas de fé e que, livremente, podem depor para elaborar o processo. E ainda estão verificáveis os efeitos do acontecido no local.


11. Caso haja demora não justificável que tente esquecer ou atenuar a gravidade do acontecimento, promoveremos uma movimentação na rua e um processo popular, pois há muitas pessoas indignadas com o que aconteceu. E tudo está sendo comunicado a instâncias superiores do Estado, como: FETAEMA, Sociedade dos Direitos Humanos, CPT. E não vamos parar por aqui.

                  Veja fotos incríveis:










































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