sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Família acolhe outras cinco nas enchentes de Santa Catarina




No Sul do Brasil, um homem morreu nesta segunda-feira (26) afogado em Rio do Sul - uma das cidades de Santa Catarina atingidas pela chuva da semana passada. Para receber desabrigados pelas enchentes, famílias estão abrindo as portas de casa.
A água já expulsou 23 mil de pessoas de casa em Santa Catarina. Neste momento tão difícil, Marcos abriu as portas da casa dele e mais que isso.

“Meu filho precisou de fralda, de leite, ele que foi atrás porque não tinha onde ir comprar. Eu agradeço ele, porque ele ajudou eu, a minha amiga, minhas filhas, porque é ruim, o que a gente passa é ruim”, contou uma mulher.


Aperta aqui, ajeita ali, Seu Marcos está hospedando cinco famílias de Rio do Sul há quase uma semana. A sala da casa dele tem uma cama, sofá, dois fogões. Ele abriu espaço para receber não só as pessoas, mas também tudo que elas conseguiram salvar da enchente: eletrodomésticos, roupas, colchões. Tudo que eles conseguiram tirar antes da água subir.

“A gente fica feliz por acolher estas pessoas que tanto precisam neste momento”, disse Marcos Barbosa, radialista.
Este é um drama que Seu Antônio, de Rio do Oeste, no Alto Vale do Itajaí, conhece bem. Ele mesmo perdeu a casa numa enchente na década de 1980, e hoje abriga os vizinhos e parentes que não têm para onde ir.

“A pessoa chega aqui e eu não posso dizer que não tem lugar, vou fazer um lugarzinho”, disse Antônio Batista, aposentado.

O município de Rio do Oeste é um dos mais atingidos pela enchente. Depois de três dias sem chuva e ninguém conseguiu voltar para casa ainda.  O Centro da cidade está debaixo d’áqua. O problema é que a água está baixando muito devagar: em média, apenas três centímetros por hora.

As três famílias que estão com Seu Antônio não sabem quando vão poder voltar pra casa. Enquanto isso, dividem o espaço e o carinho que encontraram na casa dele.


“Vai dividindo, fazendo as refeições junto, como se fosse uma família”, contou um homem que foi abrigado.

“É que nem coração de mãe aqui, sempre tem lugar para mais um”, disse uma mulher.


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