sábado, 10 de dezembro de 2016

Contar milagres era costume na Antiguuidade



Tanto nos Atos dos Apóstolos, como nos evangelhos, e assim em todo o Antigo Testamento nos deparamos a cada passo com milagres que, contados hoje teriam outra redação. Aí, inconscientemente, nos perguntamos sobre os pensamentos remotos daquela época e o significado real  para a vida atual. E nos damos conta da diferença da distância histórica que nos separa.

Basta lembrar um dado acontecimento acontecido na nossa infância, o jeito como nós interpretávamos, e como o interpretamos agora como crescidos e como estudados mais. Será a mesma coisa?

A este propósito, é bom lembrar que havia uma literatura greco-romana que falava sobre pessoas em que se tornava visível uma força divina. Falavam sobre homens que eram exorcistas, e curandeiros, às vezes ressuscitavam mortos. Nasceram também miraculosamente do próprio Deus, muitas vezes virginalmente (isto é, eram divinos). Depois da morte eram “arrebatados” dentre os humanos e “assumidos” junto aos seres divinos, e não raramente apareciam depois aos seus íntimos e admiradores. 

Essa literatura influenciou as narrativas da vida de Jesus, e depois também dos Santos”(E. Schllebeeckx, 425).

Os judeus de língua grega, educados com tais ideias, ao ouvirem a mensagem de Jesus e ao se tornarem cristãos, sentiram-se plenamente motivados para interpretarem Jesus no quadro do padrão helenista que eles conheciam. João e Lucas usaram muito essa cristologia assim chamada aretológica.

Assim nos vamos dando conta que nos evangelhos fala-se sobre certas ações de Jesus como “sinais” e “atos de poder”, ou simplesmente “obras de Cristo”. Significa portanto que assim como Deus ajudou pessoas de fé antigamente, assim ele fez a mesma coisa agora com Jesus de Nazaré.

Aí entra outra ideia, o amor. Para os que amavam Jesus, a ação era de Deus, para quem não amava, era do demônio. Como naquela época o mundo estava dividido entre o “poder do maligno” e o “poder de Deus”, a questão era como Jesus agia, diante de qual poder estava agindo, porque todas as doenças era atribuídas ao poder do maligno.

Em muitos casos, a própria atuação e manifestação de Jesus já eram consideradas pelos poderes do mal como “agressão” a eles, dizendo “vieste para nos perder, Jesus de Nazaré?” (Mc. 1,23). Porquê? Porque diante dum quadro histórico de sofrimentos e exploração do povo, Jesus colocava-se somente com atos bons, de benefícios. 

Lembremos que a maior parte das ações de Jesus é contada no interior da Galileia, região onde o povo sofre mais e era mais desprezado.
Como já disse, na época as doenças eram todas manifestações dos poderes do mal, coisa que as autoridades incentivavam para que não fossem atribuídas aos maus tratos e à exploração política  das classes dominantes. 

Por isso mesmo que estas classes se defrontavam com Jesus inventando que ele vinha com o poder de satanás, porque tirava o povo do seu sofrimento, dizendo que esse sofrimento era a vontade de Deus como castigo que eles não obedeciam à lei, e às leis que eles faziam.


E essa bola de neve que eles criavam em cima do pobre aumentava cada vez mais. Jesus, que vinha quebrar essa bola de neve, tinham que odiá-lo. Até para João Batista Jesus causava espanto e estranheza, quando mandou dois discípulos dele perguntar: “és tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro”?(Mt. 11,2). 

Porquê? Porque só ouvia dizer que Jesus só fazia o bem, e ele esperava um Messias castigador. Na verdade João Batista partilhava pouco do sonho e da poesia do primeiro Isaías quando cantou: “ Criai ânimo, não tenhais medo; porque se abrirão os olhos dos cegos e se descerrarão os ouvidos dos surdos; o manco saltará como um cabrito e se desatará a língua dos mudos; a terra árida se transformará em lago e a região sedenta  em fontes de água” (Is.35, 4-7).

          NOTICIÁRIO


1)- Hoje tem reunião do CPP, às 15.00h

2)- Neste domingo tem adoração ao Santíssimo, em vez do domingo passado, por conta da administração do 2ºrito dos batismos .

3)- Dia 18 é o dia de NªSª do Bom Parto na comunidade do Bairro da Tigela. Hoje é a terceira noite. Participe. E é a oitava noite da novena de Sta Luzia, no Bairro do Santa Luzia.

4)- Domingo que vem, dia 18 é a Consagração na Capela de São Francisco, na capela provisória enquanto estamos na construção da nova igreja, às 07.00h. E também na capela de Sta Terezinha, às 09.00h.


6)- O seminarista da Boa Nova Jhon Lucas chegou nesta terça feira de Belo Horizonte para suas férias, e poderá colaborar conosco neste período em serviços pastorais. Bem vindo. Tel: 34713351 e watsap: 03131995886179.

O Jerry Lima estará chegando neste sábado, dia 17, e os companheiros Gerre Adriano e Marcos.

8)- III SEMANA DA BALAIADA: Está acontecendo a 3ª Semana da Balaiada desde o dia 07 até o dia 13 no Auditório do SEBRAE. Parabenizamos o prof. Jânio Ayres que leva a efeito esse evento.

9)-A nova igreja de São Francisco no Bairro da Cruz vai em fase da colocação das lages para o salão e para as salas de Catequese, veja as fotos.
















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