A Sagrada Escritura assumiu os mitos
(mythoi) para transmitir manifestações de Deus. Neles se ultrapassa o caráter
intelectual puramente de pensamento, de ideia, para envolver o emocional e o
afetivo.
Na verdade, sobre o solo humano,
afetivo, brotaram os mitos, os sonhos, as narrativas. Muitas narrativas da Escritura
lançaram mão desta arte para transmitir os sonhos da humanidade, como seria e
como será, coisas que ninguém sabe e nem saberá.
Tem coisas que não vão pela
lógica do raciocínio, mas em forma de imaginar personagens, experiências, episódios,
enredos, diálogos.
Desse jeito esses contos que hoje
chamamos de fadas, naquela época eram os
mitos, que envolvem o ouvinte em tempo e espaço irreal mas parecendo real.
Assim é que essas narrações começam
sempre : “Era uma vez”, “A terra de ninguém”, “Naquele tempo” , “No tempo em
que Deus ainda caminhava sobre a Terra”...
Nessas narrativas os animais falam,
acontecem coisas milagrosas fisicamente impossíveis mas cheias de significado.
O ser humano nasce curioso e
questionador. Apagar nele este anseio da saber seria castrá-lo. Se pais calam
ou se omitem ou desviam para escanteio perguntas dos filhos, estão castrando-os
assim mesmo.
E nos primeiros anos de escolaridade como é importante contemplar
a imaginação das crianças. Elas vão das panelas ao quarto de dormir, e das
tarefas de já se imaginar de pais e mães até se imaginarem como tais.
Os adultos que queimaram etapas ficam
espantados, de queixo caído com tanta imaginação, e os que esqueceram retornam
com as crianças ao seu tempo de criança.
Foi assim com primeiros seres humanos
quando se interrogavam sobre a vida, de onde viemos quem nos fez, como nos fez,
e se tem Deus, como Deus é? Como Deus é? Certamente como nós mesmos somos. O
que inventa a criança? Como ela olha o pai, e a mãe fazendo, e os mais velhos,
e os irmãos e irmãs.
“Quando era criança pensava como
criança, raciocinava como criança, sentia como criança; quando cheguei à idade
de adulto deixei para trás as atitudes próprias das crianças” (1.Cor. 13,11)
Quando a humanidade virou mais adulta
achou que a ciência podia explicar tudo. E deixou de escutar muitas dessas
narrações míticas que nos excedem.
Há, porém, uma coisa a esclarecer: com o
crescimento da humanidade, todo mundo sabe distinguir os “contos de fadas do
que não é conto de fadas. Assim como um livro de contos, de outro livro
qualquer.
Porém, no referente à Bíblia, talvez por ser um livro de muitas
misturas, em que se misturam contos de fadas, os mitos com outras realidades
mais históricas, todo mundo ficou pensando que aí os mitos eram também coisas
históricas.
Exemplo, a serpente falava mesmo; que representando o demônio era
ele mesmo que falava; que o “dragão” era mesmo dragão; que a “árvore do
paraíso” era mesmo essa planta; que os seres humanos tinham mesmo aqueles
nomes, e por aí adiante.
Tem faltado esclarecimento em
distinguir o imaginário, ou o mito, da realidade na Bíblia. Distinguir o mito
do que não é. Aqui e tomo a palavra “imaginário” justamente por este conjunto
de imaginações com que a humanidade nasceu, igualmente como as crianças quando
se envolvem e nos envolvem com as suas imaginações.
E justamente como as mulheres mais
velhas referidas por Platão contavam às suas crianças histórias simbólicas,
mitos – mythoi – para diverti-las e instruí-las. Com mitos e contos de fadas.
Então o que é mito? A forma
ancestral de conhecimento humano para narrar os dilemas universais da
existência humana.
NOTICIÁRIO:
1)- Hoje daremos início à caminhada
de preparação do Bote Fé 2018, com a imagem de NªSª das Dores. A imagem de
Cristo Rei já anda percorrendo as Comunidades da paróquia de Cristo Rei. Veja
mais abaixo o Programa.
2)- Nesta 3ªfeira reunião do CPP. Sua
presença é muito importante.
3)- Próximo domingo será dia do Sacramento
da CRISMA na Paróquia, na missa das 10.00h. E no sábado, 16, Retiro
no Rincão, com a participação dos padrinhos,
que irão participar com o almoço para seus afilhados. Na parte da tarde
estarão também presentes para as palestras junto com os afilhados.
4)- Dia 14, 5ªfeira, reunião de
formação dos Ministros da Eucaristia. Contamos com suas presenças.
5)- Dia 15, 6ªfeira, reunião para o
Evento do Coração de Jesus. Sua presença é muito importante.
6)- Dias 14-17: Encontro diocesano de
formação de Fé e Política na cidade de Brejo, interessados inscrevam-se.
7)- Contas da Peregrinação do mês de
Maio: Centro Grupo 1=2.525.15; Grupo 2=1.544,45; S.Teresinha=370,05; S.Pedro=1.700,00;S.Francisco=1.500,00;
S.Antônio=824;00; S.Raimundo=2.260,00; Santana= 236,00; Bom Parto= 100,00. TOTAL=11.059,65
Início das caminhadas de preparação
para o bote fé 2018, com o tema”eis-me aqui”.
Próximo domingo, dia 17, após a missa da noite na matriz
será o envio da imagem de NªSª das Dores para a Comunidade de S.ta
Teresinha. Dia 18, 2ªfeira as 18.00h, caminhada para a Comunidade de Santa
Teresinha, com a a 1ª celebração lá. A Comunidade do Centro entregará a
imagem para a Comunidade de Santa Teresinha no Retorno.
Organização da
Caminhada: a equipe que irá participar do JMJ no PANAMÁ de 22 a 27/01/19: Antônio Junho, Gerre Adriano, Alisson Melo,
Talison, Rodrigo Santos, Rodrigo Teles, Ítala, Antonieta e Vanúzia.
Datas de entrega para as outras Comunidades: S.Teresinha entregará para S.Raimundo
no dia 24/06; S.Raimundo para S.Antônio no dia 01/07; S.Antônio para Santana no
dia 09/07; Santana para NªSª do Bom Parto no dia 15/07; N.Sª do Bom Parto para
São Pedro no dia 22/07; São Pedro para S.Francisco no dia 29/07; S.Francisco de
volta para o Centro no dia 05/08.
No dia 18/08 às 18.00h será a grandiosa procissão junto com
a imagem de Cristo Rei que anda percorrendo as Comunidades da paróquia de
Cristo Rei para a PRAÇA DO POVO para
a missa de abertura do BOTE FÉ.
Tem novidades para esta 7ª edição do
Bote Fé, nos dia 18 e 19/08, mas ficará
para os números seguintes de nosso Informativo VIDA NOVA.
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