sábado, 14 de julho de 2012

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - A COMUNHÃO LEVA À MISSÃO - LITURGIA DOMINICAL

 
O amor e a fidelidade são eternos aliados. A paz e a justiça são imensamente amigas. Poderão até beijar-se para selar sua amizade. Sem justiça, não há paz. Sem fidelidade, o amor desaparece. Isto parece evidente, mas à luz da Palavra de Deus, torna-se imensa e expressamente claro.
Com facilidade, o poder, quando não exercido com humildade, corrompe. 

O profeta Amós, humilde lavrador, aventura-se a ir ao Reino do Norte semear a verdade. Mas essa terra não é fértil. Os grandes do templo e do reino, com suas injustiças e corrupção, desprezaram a Aliança com Javé. E sentem-se incomodados com a palavra do profeta. Consideram-no esquisito mercenário e conspirador político. (A safadeza não é bruta. Sempre procura ter campo livre e afastar os obstáculos aos seus intentos! Ainda hoje!  Quantos não desejam que a Igreja se cale! E, por isso, a perseguem). E obrigaram o profeta a regressar à origem, a não chatear.

O verdadeiro missionário é aquele que está profundamente unido a Deus e também comprometidamente unido aos irmãos. Sem estes dois requisitos, fica impossível alguém ser profeta. É S. Paulo que o lembra: nossa grandeza só tem garantia pelo chamado à adoção divina. Fomos arrancados do pecado e iluminados para conhecer a Vontade de Deus. Escutando e recebendo a Palavra, abraçamos a fé e sentimo-nos cheios do Espírito Santo. Sem isto, nada! 

Que beleza o resultado do trabalho  da graça de Deus em nós! Mas, se somos chamados, não é para brincar ou ficar dengosos. Deus não nos chama para a mimalhice. É para sermos enviados aos irmãos: “ide...”(Mat. 28, 18-20 ) Toda a vocação tem uma missão. E Jesus dá normas de ação:
 - “Dois a dois”: O apostolado não é tarefa individual. Tem dimensão comunitária. Enquanto um prega, outro reza.

-“Não levem nada pelo caminho”: O missionário precisa ficar livre para não se prender ao efêmero. Precisa de se abandonar totalmente a Deus. Absoluta dependência da fé!
-“Deu-lhes poder”: melhor, o enviado vai em nome de Deus. O Deus que vai nele é que tem todo o poder (Mat.28,18). O profeta nunca pode confundir seu palavreado com a responsabilidade da Palavra que transporta.

1)-Votar é exercer cidadania. É sentir-se gente, membro ativo da sociedade, integrar-se. É sentir-se útil, participar, não ficar escondido no anonimato. Não ser ignorante político, indiferente ou imbecil.
2)-Votar exige responsabilidade. A canalha não vota, porque votar não é brincadeira. O voto carrega tudo o que a pessoa é: o que sente e o que sonha ser melhor para o futuro. Quem vende seu voto é comerciante ganancioso, deixa-se dominar pelo lucro. Troca a verdade pelos interesses individuais. Prefere o bolso ao coração. Bota  cofre no peito e lixeira na cabeça. Bestializa-se. Reduz-se a coisa e transforma a eleição numa feira em que leva quem mais dá e sabe enganar. Quem vende seu voto está a solicitar ao candidato que depois seja ladrão. Incentiva-o a procurar recompensa posterior, retirando esse dinheiro dos cofres públicos. Quem tem coragem de andar oferecendo dinheiro ou outros benefícios a eleitores é charlatão enganador, pessoa maldosa e profissional político vagabundo.
3)- Votar é um direito e um dever. Direito, porque todo o cidadão pode participar nos destinos de sua Pátria e de seu Município de que é membro. Dever, porque, quem não vota, comete uma falha, deixa de participar. Constrói um espaço vazio.
4)- Ser candidato não é fruto de uma mania. Não deve demonstar tara. Não é uma extravagância de tresloucado. É chamado comunitário. Devia ser resultado de uma reflexão e de uma escolha organizada de membros da sociedade. Devia ser fruto da capacidade que foi achada, pelo menos, suficiente para promover o bem comum. Quem se impõe e “deseja, porque deseja”, ser candidato mostra estupidez natural e orgulhosa incompetência.
5)- O candidato, mesmo sem querer, vai para a luta com todo o seu histórico: sua vida pública, seus hábitos familiares, sua privacidade conhecida, seus valores preferidos. Não pode pretender colocar alguns espaços vitais entre muralhas, para que ninguém os comente. Tudo será analisado e é, nas demonstrações da vida privada, que melhor se conhecerá sua personalidade e preferência de valores. Querer esconder algo é já desejar enganar os eleitores. Apelar para o direito à privacidade íntima pode não ser legítimo. Ser candidato a cargo público exige honestidade de comportamento, competência de ação, transparência de relacionamento e disponibilidade para servir o bem comum. Candidatar-se é disponibilizar-se ao serviço fraterno. Não é querer enricar, ou servir-se de um cargo para dominar.
6)- Quem for “ficha suja” já está arrumado. Não serve, mesmo encostado a outrem. O sujo consporca quem se aproxima dele. Quem se serve do sujo mostra que não tem nenhuma delicadeza pela honestidade. Não tem ética. É sujo também.
7)- O corrupto é ladrão. Já extorquiu sua dignidade, já prejudicou os outros e, dificilmente, se corrigirá. Basta de indignidade! Nem ladrão sabido, nem vagabundo atrevido. Tudo é perigo eminente. Quem vota no corrupto é corrupto também e envergonha o país.
8)- Os candidatos devem ser retirados de pessoas competentes, honestas e estimadas pelo povo com provas já demonstradas de sua capacidade e fidelidade ao bem comum. Não se pode servir do exercício dum cargo público nem de estruturas eclesiais para se imporem. Entreguem seu cargo para ficar mais livres, poder se dedicarem com mais empenho à sua candidatura e colocarem-se mais dentro da total realidade do Município.
9)- Campanha eleitoral não é tempo de folia. Exige reflexão e escuta das propostas dos candidatos que não devem prometer coisas impossíveis. Pede que se observe se os candidatos têm maneiras  educadas ou não para atacar os opositores. Exige escolha séria a partir da análise do seu comportamento anterior. Solicita atenção a tudo que acontece para se saber donde vem tanto poder económico.


TRAIÇÃO OU DOENÇA? NÃO HÁ DIREITO, ROUBAR ASSIM!

           Desviar dinheiro público, enricar à custa de administrações corruptas, desviar, para proveito próprio, bens de um País ou de um Município, transformar bens coletivos em conta bancária de uma camarilha... é gravíssimo. É pecado. É uma vergonha! É mais que desonesto. É crime.
  
P. Zezinho, bem conhecido de todos nós, tem um artigo, na revista “Família Cristã”, com cujo conteúdo eu concordo em absoluto. Vou tentar resumi-lo.
O Brasil vem sendo vítima de uma situação grave que não sabemos se é fruto de uma traição ou de uma enfermidade. 

Há o corrupto cleptomaníaco, isto é, um enfermo viciado em dinheiro. Desvia o dinheiro do povo para a sua conta, mesmo sem precisar dele. Não precisa, mas quer sempre mais e sua mente distorcida acha que aquele dinheiro roubado é dele. Sente-se dono dos milhões que desvia para seu cofre e que coloca, de preferência, em paraísos fiscais. E fica de cara lavada. É uma verdadeira doença. Uma traição demoníaca. Um vírus maligno. 

O destino que se dá às riquezas  de um país ou de um povo não pode ser nunca a conta bancária da camarilha que se apossou do poder ou daquele Município. Esses senhores sabem esconder, são peritos em arranjar empresas falsas e notas frias, têm contabilistas peritos em disfarçar o errado... Às vezes há distrações e são apanhados pela fiscalização pública. E aí aparecem então os tais chamados “fichas sujas”. Enriqueceram de uma maneira desmesurada, sua família navega em facilidades, não perderam o prestígio entre os analfabetos que foram beneficiados com sua corrupção. 

Talvez até poderão ir para a cadeia, perder o mandato, tornar-se inelegíveis, mas ficam sempre uns privilegiados. Dão-lhe a volta e aí estão eles de novo, no palanque, a receber palmas dos que foram extorquidos  e a proclamar a sua conspurcada inocência. Doentes de cabeça lúcida, ladrões sabidos, profissionais que trocam a sensibilidade do coração pela ganância que enche cofres. Preferem seus interesses ao bem do povo que confiou neles e os fez seus representantes. Ninguém se pode apossar do que não é seu. Desviar bens públicos é crime. É pecado! Ação contra Deus e contra o povo! Respeite-se o indivíduo e seus direitos. Mas ao indivíduo cabe respeitar os direitos do povo.

Até aqui o P. Zezinho. Agora apenas acrescento eu: há quem já praticou isto e há quem está no caminho de ir fazer o mesmo. De onde virá tanto dinheiro que se espalha nas campanhas eleitorais? E serão os políticos tão caritativos que o estejam a dar sem depois o querer ir buscar? Tão ladrão é quem o dá como quem o pede e o recebe.
 
              NOTICIAS DA PARÓQUIA:

- O Centro de Recanto dos Pássaros irá ser inaugurado no dia 12 de Agosto, à tarde e terá também um evento cultural.
- Vai começar, no dia 16 deste mês, a novena de Santa Ana na comunidade da Aldeia e Vila Liberdade.
- Decorreu com muita participação a novena a S. Camilo, Padroeiro da comunidade do Areal. Logo que terminem as obras no Recanto dos Pássaros, far-se-á alguns melhoramentos no adro da igreja de Cristo redentor.
- As Missionárias da Boa Nova, Prudência e Júlia, viajaram para Portugal. Vão tratar da saúde e a Prudência participará do Capítulo geral do Instituto que elegerá a nova Superiora Geral.
- No princípio do mês de Agosto estará conosco alguns dias o Rev.do P. Albino, Superior Geral dos Missionários da Boa Nova.
- No próximo número do nosso Boletim Paroquial já daremos o nome dos responsáveis pelas tarefas do festejo da Padroeira.
- Estamos aguardando a chegada dos jovens missionários do Grupo missionário JOÃO PAULO II no dia 27, sexta-feira.  O envio aconteceu neste sábado, dia 14, pelo Bispo de Coimbra, D. Virgílio Antunes.











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