domingo, 29 de julho de 2012

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - CRISTO É PÃO INTEGRAL NÃO SIMPLES APERITIVO


A liturgia de hoje, do 17º domingo comum, fala-nos do poder de Deus e da Sua misericórdia que sacia os famintos. Multiplica o pão para matar a fome de muitos.

           Eliseu dá comida para 100 pessoas; “elas comeram e ainda sobejou”. Jesus alimenta “numerosa multidão” e ainda “encheram doze cestos com os restos”. Deus não é mesquinho. Não sovina seus bens. Dá em abundância. Se alguns têm fome, é preciso ver onde está a causa. Em Deus não.

          O Banco Mundial reconheceu que seu objetivo, de reduzir para metade a pobreza do mundo, não foi alcançado. A FAO admitiu o mesmo fracasso. E, no início deste terceiro milênio, existe mais fome que há dez anos. As desigualdades sociais aumentaram. Os cálculos, de que a pobreza diminuiria na proporção do aumento da produção, falharam. Cresceu a produção, mas não houve solidariedade. Menos ainda caridade. E, sem estas, o supérfluo aumentou muito para poucos  e faltou o necessário para muitos.

          Jesus veio para saciar todas as fomes e a fome de todos. E aconselhou a partilha. O amor virou mandamento. Mas poucos O escutam. Bastaria um pouco menos de egoísmo de alguns para matar a fome de muitos. Dizem que, se no Brasil se roubasse menos 5% do que se desvia dos cofres públicos, o país seria bem mais rico. E nunca será rico enquanto houver tantos pobres apenas sobrevivendo!
  
          Cristo fez-se pão para a mesa da Eucaristia. À mesa de nossas casas tudo está perto: as pessoas, a comida, a palavra, a convivência, as ideias... A comida aproxima. As refeições não servem só para alimentar. Ajudam a conviver. Cristo, na Eucaristia, promove o encontro, dá força, facilita o amor . Mas tantos não ligam para Ele e desprezam a Eucaristia! Cristo é pão integral, comida forte para mudar nossa vida e transformar o mundo. Não é simples aperitivo. Não é biscoito para só adoçar a boca. Nem merendinha para dias de festa. Não ficou em bolo de aniversário para ser lembrado uma vez por ano. Ficou no pão quotidiano. Para ser presença amiga e constante. Necessária! Por isso, não façamos da religião cristã enfeite ocasional, como cereja em bolo; nem encontro médico só para quando estamos doentes. Só Cristo é solução para a fome do mundo.  

         A proposta cristã está baseada no amor, na partilha e na solidariedade. Todos os outros critérios falharam e falharão. Os planos humanos só globalizam a fome e a miséria. Olhem o que está acontecendo na África e até na Europa! Hoje há muitos nomes de pão e de fome. Atingem ricos e pobres. Há carências de bens materiais, há carências de felicidade...Só em Cristo há abundância de vida. O resto são utopias enganadoras
DEMOCRACIA OU DINHEIROCRACIA?    REPRESENTAÇÃO OU IMPOSIÇÃO?

       O bom jornalismo é uma mediação. Mediação entre a verdade e o leitor. Devia ser. É dever dos Meios de Comunicação Social educar o povo, promover valores, transmitir a verdade, criar condições de sã convivência. Mas, infelizmente, nem sempre há essa preocupação. Vivemos um tempo de rapidez, de grande velocidade em que os acontecimentos se sucedem em elevada rotação. Qualquer jornalista que vive do que escreve ou tem necessidade de se promover socialmente (já não digo politicamente!) é inclinado a embarcar no sensacionalismo, na necessidade de criar “audiência”. E, por isso, fazer depender desses seus interesses o conteúdo informativo. Não é a verdade que ganha. 

          A mania do sensacionalismo, a necessidade que uma suposta audiência impõe é que lhe transmitem a decisão do que deve ser publicado ou não. E isso acontece muito mesmo entre nós. É fruto da cultura, em que a aparência vale mais que a realidade. Até há igrejas, por aí fora, que “impactam”, gostam do que cria impacto, nem que isso seja apenas publicidade. Por isso, o trabalho do bom jornalista ou simples comunicador honesto é investigar a verdade para a comunicar.
       Estamos em campanha de propaganda eleitoral. Até agora, reinava o silêncio, o desinteresse perante o que acontecia ou deixava de acontecer. Até parecia que todos estavam de acordo. E a Câmara o que fez? – Diz-se que ficou ao lado do povo. Agora não se sabe a fazer o quê! Mas, como os grilos em tempo das primeiras chuvas, muitos pensam que chegou sua oportunidade (falta também saber para quê!) e mostram sua importância, sua oposição ou seu prestígio. A tentativa democrática dos séculos XIX e XX resumiu-se a criar a possibilidade da “representação”. O público escolhe seus representantes. Mas isso merece reflexão profunda e, talvez, revisão histórica. Não basta a representação. É preciso ter representatividade, capacidade para representar. E, muitas vezes, não temos nem democracia (poder do povo), apenas “dinheirocracia” (poder do dinheiro). O abuso no exercício do poder e a sonegação de impostos fornecem imensas oportunidades imorais para acumular bens. E disso nasce a pressão sobre os eleitores. 

          Quem mais propaganda faz, mais força mostra, mais condiciona o público. E, entre nós, ainda existem muitos outros métodos desonestos de influenciar a eleição. Mas, como dissemos, se comunicador tem deveres, também os candidatos políticos os têm. Não se devem julgar tão inocentes a ponto de se fazerem vítimas diante de tudo que se possa dizer deles. Nem tudo na vida é intimidade, nem todos os comportamentos  devem ser reservados e proibidos de análise pública. Há comportamentos pessoais bem conhecidos socialmente. Quer queira quer não, quem se propõe a candidato político, expõe, para análise pública, sua vida, sua competência, suas ações e os valores que movimentam seu viver. Para haver escolha, tem que haver informação. Inventar é mentira. Caluniar é crime. Injuriar também.
       Desmoralizar é baixeza. Mas conhecer a verdade pública e comprovada dos fatos é bom. Ser respeitado é um direito. “In dúbio, melior est conditio possidentis”.(Na dúvida deve prevalecer o respeito pela situação). Até que se prove o contrário. Lembremos bem: público também merece respeito. Exigimos que ninguém se ache no direito de se julgar comprador de comunidades ou movimentos católicos. Se ajudou algum grupo, fez isso como membro. Se o fez com a intenção de comprar votos pode ir buscar o que deu. E depois virá a denúncia de corrupção, porque isso é crime. Ninguém tem o direito de agora se mostrar santinho para arranjar influência. 

          Ao menos tenham vergonha na cara! E tem candidatos com hábitos que colocam em perigo o bem da sociedade, os valores éticos e a família (Const. Art.221, IV e Lei Orgânica de Chapadinha, Art.179, I e II ). Isso devia inviabilizar qualquer candidatura. Mas, entre nós, a democracia ainda tem que evoluir muito. Há valores que devem ser preservados nem que nosso público não esteja sensível. Até dá a sensação, às vezes, de que, quanto pior, melhor. Mais soltos ficam os libertinos. Mais possibilidades há de libertinagem e anarquia. Isto é vadiagem, falta de exigências para uma humana convivência.
       O esforço de pais, professores, igrejas, colégios e sociedade, em geral, para educar a juventude, para respeitar a família... não devia ser tão, escandalosamente, desprezado. Queremos autoridades que não só sejam competentes na administração, mas que sejam também exemplo e testemunho de bom viver. Ambiente de falta de compromisso e nenhum padrão familiar,  banalização da falta de moral familiar onde se educam filhos, promoção e exploração econômica da traição conjugal ou indigência moral de quem quer que seja, hábitos de concentração do poder e fuga do contato com o povo, falta de transparência nas contas da gestão pública, poligamia ou poliandria (muitas mulheres ou muitos homens!), invasão da residência e agressão física, incompetência administrativa, primazia do populismo fácil, não pagar a quem trabalha, falta de controle pessoal e agressividade... não se permitem em representantes do povo. 

          E que ninguém, depois de tanta coisa desonesta, ainda tenha coragem de se armar em líder, achando-se no direito de passear seu mau exemplo pelas comunidades católicas, pedindo voto. Não consentiremos que se fomente em Chapadinha um ambiente anormal de comportamentos insanos, próprios de mentalidades dominantes, de bacanais da promiscuidade pagã ou criadoras de lixeira generalizada que transformem Chapadinha em motel do Baixo Parnaíba. E não queiram esconder comportamentos que envergonham qualquer cidadão honesto e deviam também envergonhar quem se deseja candidatar a cargo público.
NOTICIAS DA PARÓQUIA

1)- S. Camilo que nós pensamos ser tão desconhecido, é causa de grandes festejos pelo Brasil fora. A Congregação por ele criada, (Missionários Camilianos), vai fazer, em 15 de Setembro próximo, 90 anos que chegou ao Brasil. E em 2014 fará 400 anos que morreu o santo. Então, para comemorar tudo isto, estão chegando ao Brasil as relíquias de S. Camilo (seu coração) que percorrerão todas as dioceses onde trabalham os padres Camilianos. O Arcebispo do Rio de Janeiro publicou um documento em que exalta as virtudes e a espiritualidade de S. Camilo e o propõe como exemplo a imitar no cuidado, zelo e assistência aos doentes, sobretudo aos moribundos e pessoas abandonadas. Apropriar-se dos gestos, atitudes e sentimentos de Cristo misericordioso (do que Ele disse e fez). E, entre nós, para quando a Pastoral da Saúde?

2)- Nota-se em toda a atual documentação da CNBB uma grande preocupação por algo de estranho que está acontecendo no Brasil. Há grupos de influência que trabalham clandestinamente pela aprovação de leis que, dizem, moderniza o país. Vejam o que aconteceu na Europa! A legitimidade do aborto, no caso de crianças portadoras de anencefalia, evidenciou, na sociedade e culturas atuais, diversas formas de desrespeito e agressão à vida humana que clamam ao céu e exigem dos pastores e fiéis das comunidades católicas uma resposta orgânica, sistemática e propositiva. Não basta continuar a proibir leis contrárias à vida. Mesmo sem leis, a vida humana está sempre a ser ferida. A tarefa dos cristãos é valorizar o respeito, a promoção e a defesa da vida, quer com legislação contrária quer sem ela. Somos chamados, cada um de nós, a trabalhar com entusiasmo a favor da vida, a despertar sentimentos e atitudes de atração, fascínio, amor que acolhe e valoriza a vida, pela sua beleza, porque é o maior dom que recebemos do Criador. Notem só o que está acontecendo:
- O Supremo Tribunal Federal liberou o aborto de crianças portadoras de anencefalia. (Terá assim o direito de legislar?)
- O Projeto de Reforma do Código Penal inclui facilitação de normas para a legalização do aborto, eutanásia, profissão de prostituta/o, entre outras.
- O Ministério da Saúde está, de certo modo, apoiando e legitimando abortos clandestinos, mesmo que a lei o considere crime, tomando medidas para “diminuir os danos”.
- A fecundação artificial dá origem a uma nova vida em situação indigna do ser humano que não nasce do amor, mas de químicas no laboratório. Para cada gravidez encomendada são produzidos de 5 a 8 embriões para depois serem escolhidos os melhores. Como se de cebolas se tratasse!
E a CNBB pede para que se façam debates, sessões de esclarecimento, Comissões de Respeito à Vida, Comissões de Promoção da Vida... Trata-se de defender a vida humana em todas as situações em que é ofendida e ferida a dignidade humana, como: situações de miséria extrema e fome, trabalho escravo, abandono de idosos e crianças, tráfico de pessoas, abuso de menores, etc.

3)- Chegou o Grupo Missionário João Paulo II. P. Luis e seis jovens. Deixaram suas férias, suas famílias e vieram ajudar-nos. Presença amiga e confortante que mostra fé e entusiasmo missionário. Obrigado, amigos!

4) Convidamos você e sua Família para o SHOW  dia 11 de Agosto, na Quadra do FAC, com a presença de Francisco Marinho e P. António de Pádua e outros importantes convidados.

5)- Decorreu muito bem a administração do Crisma no sábado passado. Pedimos aos crismados que procurem, sem falta, a certidão do Sacramento, no Secretariado Paroquial, a começar no princípio da primeira semana de Agosto. E aproveitem para dar uma olhada nas camisetas do festejo da Padroeira deste ano.

6)- Gostaríamos de lembrar as senhores Promotores de Direito Público que, com o barulho dos carros de som, todo o dia e, às vezes da noite, não se pode viver na cidade. Quem tem que trabalhar não aguenta. Não se respeita as leis e, junto da Matriz e escolas, é impossível!  







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