A IGNORÂNCIA DOS QUE CRITICAM
NÃO NOS LEVA A CALAR!
Agrade a poucos ou desagrade a muitos... concordem ou discordem, fiquem alegres ou chateados... a Igreja tem uma missão e não é da nossa competência transformá-la em empresa individual para proveito próprio. Mais que desejos pessoais, temos que obedecer aos documentos e orientação pastoral que nos chegam dos senhores bispos.
Cristo não brincou para nos salvar. Foi ao extremo das exigências do amor. Baixou ao mais profundo da natureza humana, sujeitou-se à humilhação e a uma morte ignominiosa Tudo para salvar todos os homens e o homem todo, toda a humanidade e a pessoa toda. Sujeitou-se a tudo para a todos salvar na totalidade de cada um. Sua salvação não se restringiu a alguns ou a alguma coisa de muitos ou poucos.
Cada pessoa é um ser complexo. Tem, a nível orgânico, coração, braços... e o corpo com diversos membros. No nível funcional: somos racionalidade, porque temos inteligência para pensar e vontade para querer; somos afetividade, porque nos conhecemos na intimidade e comunicamos com os outros na sinceridade, temos sentimentos de amor, ódio, indiferença...; somos criatividade, porque realizamos ações pelas quais nos sentimos úteis e alegres; somos projetualidade, porque sonhamos, temos projetos e, sobretudo, sentido de vida, vocação e tendência para caminhar com os outros. Somos relação com nós mesmo na intimidade, com os outros na alteridade, com a natureza no respeito ecológico, com Deus na transcendência. E sem trabalharmos todas estas dimensões não somos pessoas felizes. E tudo isto tem que mergulhar em Cristo. Tem que ser cristificado. Merece ser santificado. Nada pode fugir à influência da graça ou ao esforço da perfeição.
A Igreja é casa e escola do comunhão. Realiza, no espaço e no tempo, a missão de Cristo. Deixa que Cristo realize sua missão redentora através de seus atos e ensinamentos. Por isso, a Igreja tem que anunciar o amor divino e denunciar o egoísmo humano; tem que anunciar a alegria da família e denunciar a promiscuidade social; tem que anunciar o dever do trabalho e denunciar a preguiça; tem que anunciar a responsabilidade da construção de um mundo mais humano e denunciar a ganância e o desinteresse pelos outros; tem que anunciar a convivência alegre e denunciar as causas do desânimo; tem que anunciar a arte de procurar o bem comum pela política e denunciar a corrupção, a roubalheira e a incompetência desonesta das autoridades...
Quem quiser religião só para entretimento prazeroso, promoção de festas, momentos de emoção e cerimônias silenciosas e agradáveis... engana-se. A Igreja é casa e escola de santidade, de vida nova em Cristo, de esforço e colaboração com Deus para um mundo melhor. Agrade ou desagrade, ela deve falar mais de castidade, política honesta, ética e família. Doa a quem doer. Agrade a poucos ou desagrade a muitos. Os líderes religiosos não podem deixar-se desanimar pelas ideologias que correm ou pelos interesses que se apregoam. Eles são educadores da fé. Não são pudim para todos gostarem deles.
LITURGIA DO DOMINGO
A liturgia de hoje, do 14º domingo comum, traz-nos um ensinamento importante: amar a verdade é proclamá-la, dizê-la, dar testemunho dela. Quem ama a verdade não a esconde, não a amordaça. Está disposto a ser sinal dela na comunidade. Quando amamos a verdade servimos bem a Igreja e a sociedade.
Ser cristão é ser profeta, missionário de boas novas, anunciador de salvação, mas também detonador de males individuais e endemias sociais.
O discípulo de Jesus não cala nem fica indiferente perante os empecilhos ao Reino. Imita Jesus que, mesmo perseguido e ameaçado de morte, foi em frente, enfrentou a hipocrisia, denunciou a falsidade, falou com autoridade. Não aceitou a mentira, compreendeu, defendeu e falou a linguagem do povo. Aceitou morrer pela verdade.
Quem não for humilde, não estiver disponível ao serviço fraterno, não aceitar sua fraqueza como força de Deus, quem não caminhar com o povo, carregando suas alegrias e tristezas... não será capaz de ser verdadeiro. Preferirá um cofre cheio ao seu coração vazio de amor. Apreciará mais amontoar riquezas que respeitar pessoas. Escolherá o seu prazer individual. Desprezará o serviço fraterno aos outros. Sua grande preocupação será pisar a verdade que incomoda, evitar a palavra que descobre sua maldade, iludir os outros para que não acreditem na verdade que é dita. Arranja desculpas, desvia a atenção de quem ouve, faz perguntas desnecessárias, emite pareceres errados, aponta defeitos a quem descobre os seus... Quando a verdade pede a palavra, os néscios tentam desprezá-la.
A CRISE LÁ MORDE.
E NÓS, NÃO ESTAREMOS A CAMINHO DELA?
Cheguei de Portugal. Estive com minha família, visitei nossos seminários e falei com meus colegas missionários que, idosos ou doentes, chegaram de seus campos de trabalho para se tratar. Tive a satisfação de benzer um edifício genial que servirá de galeria para meus sobrinhos artistas exporem suas obras e que contou com a presença de centenas de amigos. Como é agradável conviver em família!
Mas, acima de tudo, impressionou-me ver como um país pode entrar em crise sem saber como sair dela. Os políticos escolheram rotas erradas de promover as populações. Boas estradas, grandes pontes, edifícios públicos modernos... Mas não se cuidaram diante da realidade. Orientaram mal os dinheiros que chegavam da União Europeia. Não qualificaram a mão de obra. Não modernizaram as empresas. Perderam a competitividade. O povo habituou-se a fazer manifestações para exigir mais facilidades e direitos que os patrões não podiam suportar.
Esses políticos agora fugiram do país, vivem bem lá fora e deixaram o povo na miséria. Os que estão governando exigem muito ao povo:os impostos sobem, os salários baixam, perde-se direito a férias e a 13º mês, não se tem emprego estável, muita gente no desemprego, jovens sem poder ter o primeiro emprego, muito desânimo... Fome para muitos a quem a Igreja, através da Caritas Internacional, vai ajudando. Enorme crise! E todo isto porque lhes foi apontada uma meta impossível: viver acima das possibilidades, gozar muito, trabalhar o menos possível e exigir o máximo. Depois, o que acontece é que não há milagres. Perde-se o poder de compra e, quem quiser vender algum imóvel, não tem quem compre.
Se ninguém comprar, para quê produzir? Se não vale a pena produzir, para quê ter as fábricas abertas? E, com as fábricas fechadas, não há emprego nem salários. A agricultura desapareceu. A construção civil não se vê. Que vale ter uma formatura, que vale ter estudado numa boa universidade... se agora não tem onde se empregar? Daí a crise, a obrigação de empobrecer, o ter que emigrar, a enorme exigência de ter paciência... E eu fico pensando no que nos pode acontecer aqui no Brasil! Que nos esperará com este ritmo que observamos de toda a gente vir para as cidades, querer ter carro e boas condições de vida? Irá isto durar sempre?
Outra coisa que me impressionou foi ver P. Bastos e outros colegas doentes, encamados e dependentes na casa de saúde do Instituto. A Sofia, Diana e Zulmira dão tudo que podem para a felicidades destes doentes. Aí estão também os pais do P. Justino que está no seminário de Fátima.
HÁ SEMPRE ALGUÉM
No mundo há sempre alguém que precisa de alguém.
Há pessoas caladas que precisam de alguém para conversar.
Há pessoas tristes que precisam de alguém que as conforte.
Há pessoas tímidas que precisam de alguém que as ajude a lançar-se na vida.
Há pessoas com medo que precisam de alguém que lhes dê a mão.
Há pessoas sozinhas que precisam de alguém para conviver.
Há pessoas fortes que precisam de alguém que as ajude a utilizar melhor sua força.
Há pessoas habilidosas que precisam de alguém que as ajude a usar a sua habilidade.
Há pessoas que julgam que não sabem fazer nada e precisam de alguém que as ajude a
descobrir o muito que sabem fazer.
Há pessoas impulsivas que precisam de alguém que as ajude a não magoar os outros.
Há pessoas que se sentem fora de tudo e precisam de alguém que lhes indique o cami nho de entrada.
Há pessoas que dizem que não servem para nada e precisam de alguém que as ajude a
descobrir como são importantes.
Há pessoas que são convencidas demais e precisam de alguém que as ajuda a entrar na sua real limitação.
Há pessoas agarradas a velhos hábitos de exploração política e precisam de alguém que não as incentive a continuar.
Todos precisam de alguém. Talvez alguém está precisando de ti....
NOTICIAS DA PARÓQUIA
1- Começou a novena de preparação para a festa do Padroeiro do Areal, S. Camilo. A comunidade precisa que se faça algumas obras no Centro Comunitário, mas serão feitas depois do festejo.
2- O festejo de S. Pedro, no Campo Velho, correu bem, muito participado e sem incidentes de maior, apesar de ter decorrido paralelo ao arraial da Prefeitura ali perto.
3- Os temas da novena da Padroeira já estão escolhidos e irão na linha das exigências missionárias da vocação cristã. Queremos, brevemente, fazer o cartaz da festa e organizar tudo com antecedência. A Matriz irá ser pintada nalgumas localidades, mas pouparemos os gastos o mais que pudermos.
4- A construção do Recanto dos Pássaros está nos acabamentos. Ficará com duas salas e um pequeno salão, além de uma arrecadação com laje por cima e dois banheiros. Foi também feito um poço que, graças a Deus está dando muita água e onde o povo se vem abastecer.
5- P. Neves chegou de Portugal onde passou dez dias com a família e inaugurou uma galeria de arte de seus sobrinhos com a participação de centenas de pessoas amigas. Tem um sobrinho a estudar na Polônia e outro na Suíça para depois terem emprego mais garantido. Encontrou P. Bastos bem pior, sem conhecer ninguém e, praticamente, sem falar. P. Justino está em Fátima e vem ver seus pais que estão internados na casa dos doentes do Instituto na terra do P. Neves, onde a Sofia e a Diana são as responsáveis, ajudadas pela Zulmira, todas pessoas que estiveram aqui em Chapadinha. Jorge Carvalhais t e m
6- P.Neves falou com alguns bispos portugueses pedindo que venha algum sacerdote diocesano para Chapadinha. Só D. António Couto, que é bispo diocesano de Lamego e foi Missionário da Boa Nova, deu esperanças.
7- Está publicado um cartaz a anunciar um show beneficente com a participação de Francisco Marinho e P. Antônio de Pádua. Será a favor da realização dum sonho que temos e que é de toda a necessidade paroquial e diocesana: a construção de um grande rincão na Aparecida. Agradecemos a colaboração de todos.
8- Convocamos o Conselho Paroquial para uma reunião no Centro Paroquial, pelas três horas da tarde, deste domingo. Iremos já programar o festejo da Padroeira.
9- Começou a Campanha Eleitoral e, com ela, a reflexão não só dos eleitores, mas dos candidatos que devem respeitar as leis, não incomodar muito com o som dos carros, não habituar o povo a vender seu voto e ter educação para não ultrapassarem os limites da decência social nos ataques aos opositores. Desejamos ouvir menos promessas com a garantia que o futuro governo municipal será mais participativo, terá contas mais transparentes, políticas públicas a favor da Família, da Saúde, da Educação e menos fuga da realidade e do povo. A Paróquia pede para haver testemunho de mais moralidade e ética durante o governo.
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