domingo, 12 de agosto de 2012

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - DEUS NÃO PODE FICAR NA PERIFERIA DA VIDA



DEUS NÃO PODE FICAR NA PERIFERIA DA VIDA
ESCAVAR MAIS FUNDO PARA ENCONTRAR DEUS ESCONDIDO

     É preciso fazer silêncio na vida para escutar o silêncio de Deus. É necessário trabalhar a intimidade com Deus para se poder apreciar Seu amor por cada um. Não basta viver. É urgente escavar fundo, prestar atenção e usar a inteligência para se sentir, na vida,  a presença divina e Sua ação criadora. Nunca Deus acaba de nos criar. Está constantemente criando, tecendo nosso existir e, por isso, todo o ser humano devia espantar-se com tanta maravilha que Deus realiza em nós e à nossa volta. Mas, infelizmente, o que se nota é que gostamos de viver na periferia de Deus, ter Ele como um ser distante, exótico e incômodo.

      Vivemos muito presos aos sentidos, impressionados só com o que enxergamos. E, às vezes, esquecemos o essencial. Preferimos refugiar-nos no provisório de nosso orgulho e na vaidade de nossa autosuficiência. O céu já habita a terra. E, nós, seres terrenos, não gostamos de escavar o mais profundo do coração para encontrar seus valores e ensaiar  a eternidade. 


     Em Cristo, Deus fez-se pequeno, simples. Tornou-se criança, quase nada, um palmo de gente. Recomeçou Sua história de proximidade sendo menino. Para isso, tinha enviado um anjo, mandado uma mensagem a uma moça. Pediu licença para se hospedar em seu ventre, para habitar em sua casa. Fez de Sua mãe uma habitação. Escondeu-se na intimidade do seu lar. E todos temos que nos tornar pequenos e humildes, diante do infinitamente pequeno, para O encontrar. Sua proximidade foi absoluta e sabemos que hoje há um pouco de Deus em cada ser humano, um pouco de santidade em cada vida. Precisamos parar para escutar esses apelos, aproveitar essas forças secretas no nosso espírito. 


     A Incarnação não terminou. Deus deu beleza à existência, esplendor ao tempo e acontece na carne humana, nos gestos de generosidade; habita nos olhos que semeiam bondade, precisa de nossas mãos para continuar a enxugar lágrimas e a despedaçar injustiças. Deus continua a comunicar-se feito Palavra nas nossas palavras que acendem luz. Esconde-se no humano para transmitir dimensões de eternidade aos corações. Precisou do colo da Mãe e precisa hoje da família e do trabalho e esforço dos pais para fazer crescer os seres humanos. 

     Eu conheci um homem que se tornou disponível a Deus para me fazer viver, me alimentar e construir sonhos que, mais tarde, se tornariam realidade. E testemunhou-me sua fé, seu jeito bonito de rezar, seu costume de celebrar seu amor a Deus. Foi meu pai. Talvez teu pai fez o mesmo. Nossos pais. Mãos calejadas, rosto queimado pelo sol, corpo cansado pelo manejar da enxada... suas palavras eram sábio conselho, seu olhar transmitia força educadora, seu exemplo de trabalho e honestidade foram lição de vida e sabedoria. Hoje, dia dos pais, vamos pedir a Deus que faça nossos pais homens de verdade, longe do vício que mata e da infidelidade que destrói. 
RESPEITO AOS ESPAÇOS SAGRADOS

      Nossas igrejas e capelas não são átrios para gente pagã. O “átrio dos pagãos”, de que agora tanto se fala e que devemos criar na nossa paróquia, deve ser um espaço acolhedor, de fraterno convívio, onde os católicos se podem juntar, conviver e aproveitar para evangelizar quem aí vai e não acredita em Deus. 

     Nossas igrejas e capelas não são lugares de meros ajuntamentos, de festas sociais ou de diversão pública. Não. São locais em que se celebra a presença de Cristo, ora na comunidade de pessoas reunidas em Seu nome onde Ele prometeu que estaria no meio, ora na Eucaristia em que sabemos que está presente, sacramentalmente.
     Igrejas e capelas merecem respeito e reverência. São espaços de oração, reflexão, meditação e, por isso, deve-se guardar silêncio dentro e nas vizinhanças. Quem não o faz mostra não ter caridade para com quem gosta de ficar rezando ou não tem fé e deseja chatear. Nem que seja uma só pessoa, ela tem o direito de procurar uma igreja para se recolher, rezar, refletir, chorar ou estar, simplesmente, perto do Senhor. Se algum propagandista que anda fazendo publicidade não respeita o silêncio, junto das capelas ou igrejas, é mal formado. Isto quando elas estão cheias de gente que celebra ou quando estão com poucas pessoas. Sempre!           

     A presença de Cristo na Eucaristia merece respeito.
E já agora outro assunto: não se pode transferir para os templos sagrados, para as celebrações de fé, os vícios das festas sociais: falta de silêncio e recolhimento, conversas ou brincadeiras levianas, exagero de máquinas fotográficas, modas femininas sem o mínimo de recato, profissionais de gravação etc., etc. Sobretudo nos casamentos mais “festeiros”, tem mulher que pensa que está em tempo de exibição carnavalesca e pagã, que igreja é como piscina ou passarela de moda. Atitudes inconvenientes de pessoas descascadas, com maneiras despudoradas, descaradamente provocantes, vaidosamente exibicionistas... não se podem permitir em atos litúrgicos. E tanto vale serem da nossa comunidade paroquial como de outras distantes. 

     Quem convida pessoas amigas para atos religiosos deve informá-las das exigências de decência que aqui (e devia ser para todos os templos cristãos!) são requeridas e tente evitar cenas desagradáveis que nem ao sacerdote nem às pessoas intervenientes serão fáceis de suportar. Me abstenho, por achar desnecessário, de falar sobre o modo de vestir de quem em função ativa na celebração, quer seja noiva ou ministra de algum serviço litúrgico. Quando a vaidade e pretensão mundanas fazem esquecer a dignidade do lugar sagrado e a fé que se celebra... fica tudo estragado. 

    Os sacramentos não são uns quaisquer rituais religiosos ou pagãos. Não são festas sociais. Cristo, que é a fonte e a razão de todas essas celebrações, não pode ser esquecido, nem tido como algo de distante e vago. Não é lícito mostrar tanta ignorância religiosa, nem tão pouca vergonha ou má educação. Cristo é Deus, manifestação plena da Vontade do Pai, Pessoa divina, Amigo fiel, nosso Senhor e Redentor, razão do nosso crer e da nossa esperança, Pessoa que devemos procurar com entusiasmo, conhecer com alegria e amar com toda a confiança. Cristo não é um ser exótico e estranho que podemos reduzir a uma mera motivação para exibir nosso mundanismo selvagem. 
     
     O espaço da igreja ou capela não é “átrio dos pagãos”, nem salão para atos profanos. E  até o que chamamos “átrio dos pagãos” (como a nossa  lanchonete!) exige comportamento digno e educado. Para isso a Paróquia, com muito sacrifício, se tem esforçado por construir centros comunitários para  reuniões das pastorais, encontros de catequese, cursos de formação cristã e quaisquer outras atividades do género. E, se estamos a falar da necessidade de construir o Rincão na Aparecida é para não se ter que usar a Matriz para grandes assembleias.


MAIS “VONTADE POLÍTICA”.  MENOS A VONTADE DOS POLÍTICOS

     Precisamos de um novo estilo de autoridades. Não basta haver pessoas que ocupam cargos de autoridade. Precisamos de autoridades que consigam ser educadoras, com força moral, capazes de influenciar para o bem. Não de vícios ou desinteresse social, mas de atitudes humanas e de esforços de trabalho e verdadeira promoção das pessoas. Urgente que apareçam pessoas de envergadura interior, que tenham projeto de vida e de vida em família sã e estável. Que não vivam de enganar e explorar  a ganância ou os vícios alheios e que sejam capazes de colocar sua inteligência e vontade a funcionar. Para alguém merecer ser escolhido para representante da população é preciso que tenha ideal, que lute por ele e que não fique preso, gananciosamente, a lucros malucos; que não esteja habituados a meter a mão e o coração em lodaçais vergonhosos, em lixeiras de imoralidade, em atitudes de descarado oportunismo a favor de grupos ideológicos ou de perversos poderios financeiros. 

     Precisamos de gente com sincera vontade política, isto é, que queiram promover o bem comum. Estamos cansados de vontades de políticos desgovernados. Estamos cansados de quem sabe elaborar promessas. Mas se esquece depois de tomar decisões plausíveis. Estamos cansados de políticos  atrevidos e inescrupulosos, bons de campanha, mas péssimos de trabalho. Queremos políticos com menos foguetes, menos zoada e mais silêncio e escuta dos reais problemas do povo. Com menos diversão e mais seriedade. Urgente haver pessoas de caráter, com verdadeira vontade de fazer o bem, criadas na honestidade, dispostas a trabalhar sem a terrível coceira da ganância. Incomoda muito ver gente corrupta, mentindo, prometedora em demasia, que mede sua importância pelo incômodo barulho que produz e depois vai ficar, silenciosa e surrateiramente, a contar os montões que retira do patrimônio público.


    Mas sem mudar a sociedade, não mudarão os políticos. Sem uma sociedade que saiba escolher os seus representantes, exigente e atenta à sua atuação, revoltada com a passividade das autoridades... não vamos a lado nenhum. Continuaremos a ver gente entusiasmada com campanhas, a meter gasolina para participar em carreatas, mas sem combustível para ir além do arroz e do bocado de feijão, se os tiver. Folia não enche barriga. Brincadeira nunca foi boa para promover vidas.





                                                   NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA

  1)-   Houve crime, sim senhor! Publicar foto e usá-la, maliciosamente, em proveito próprio, para propagandear projetos pessoais, incompatíveis com a realidade, é abuso grave. Deslealdade e demasiada pretensão! E esta semana houve quem publicasse foto em blogs locais, do Grupo Missionário João Paulo II, com uma candidata à Prefeitura. Foi um encontro ocasional que se deu nas ruas da Vila de Fátima onde P. Luis e os jovens portugueses andam, pastoralmente, trabalhando. Foi um encontro inesperado e bem educado. Pois quem noticiou o fato colocou o Grupo unido com a candidata como estando a trabalhar pelo descaso do bairro. Não colocou a candidata a evangelizar. Colocou os jovens a fazer política. Vê-se onde está a preferência de algumas cabeças! E de quem eu menos esperava! Só agora é que vêem o descaso do bairro? Quando antes a paróquia denunciava é porque o padre gosta de polémica! Agora, com interesses de poder, já há quem se pense muito prudente e competente para salvar a pátria. Refiro-me a quem, salientemente, chama a ação da paróquia de polémica! Democracia não é só tempo de propaganda eleitora, amigos. Democracia não é dinheirocracia! É participação, organização, contínuo esforço de assistência e influência social sobre quem nos representa no exercício do poder. Meu Deus, onde estava escondida esta gente durante tantos anos, sem se interessar por nada, espreitando apenas agora a oportunidade de se lançar a apoiar a conquista do poder? Agora conhece-se a carga de oportunismo que há em gente que esquece valores tão importantes na vida! Será que estão com o povo, bem próximo dele, só para lhe continuar a pisar os pés? Parem com insinuações falsas, maliciosas e provocadoras!


Centro Catequético e de Culto do Recanto dos Pássaros

     2)- Hoje, domingo, dia 12 de Agosto, pelas quatro horas da tarde, será inaugurado o pequeno centro de Recanto dos Pássaros. Servirá para encontros da comunidade local que já começou a mostrar vida e interesse pela fé. Haverá benção das dependências e celebração no pátio, onde se construirá a futura igreja. A Paróquia deixa aqui um muito obrigado ao senhor Francisco e sua família, vizinhos da construção, que estiveram sempre conosco, ajudando e apoiando todo o trabalho. Na obra e na compra do terreno foram gastos 40.000 reais. Não há dívidas para pagar.


     3) – No próximo domingo, dia 20, vamos realizar nossa caminhada a favor da família. Desejava que as comunidades saíssem da sua capela às 07.00H em direção à Matriz e começassemos a caminhada às 7.30H. Depois celebraremos a Palavra de Deus no decorrer do percurso da caminhada e a Eucaristia será celebrada no parque da igreja de Nª Sª Aparecida. O itinerário será pequeno e gostávamos de ver as comunidades com suas faixas, cartazes e cânticos a favor da Família. É hora de demonstrarmos os valores que nos animam, se somos pela família, se trabalhamos pela família ou se nos deixamos levar por ideologias que por aí andam.

     4)- Durante a semana vamos trabalhar pela família. Está ameaçada, está sendo perseguida e muito. Mas temos que pensar que a própria igreja começou em casas de família. Casas acolhedoras como a de Maria, casas onde se celebrava a Eucaristia, se escutava o ensino dos apóstolos... nas comunidades primitivas, casas que recebiam com alegria os evangelizadores, casas de família que se convertiam e evangelizavam, casas onde Jesus se reunia e comia com pessoas que se convertiam e O seguiam... A Igreja vem de casas e quer ser a casa de todos, não de tudo.

     5- O Pároco foi convidado para participar neste sábado passado duma homenagem aos policiais que estão na reserva. Bonita homenagem! Mas foi pena não se ter asfaltado na frente do Comando onde os soldados formam e marcam passo ao se apresentar à autoridade. Urgente melhorar o local.

















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