Estamos no ano da fé. Deus quer atuar em nós. Mas a colheita não depende só da semente. Também da terra, do ambiente e do trabalho de zelar a sementeira. Para a graça de Deus atuar em nós é preciso que se cultive a sinceridade, o sermos pessoas honestas e não vivermos na falsidade ou na duplicidade de vida. Quando Jesus viu Natanael disse:“aí vem um israelita de verdade, um homem sem falsidade”(Jo.1,47). Parece que estou admirando Natanael: homem direto, expressivo, forte, humilde e sincero; um homem sem falsidade, sem dobras, sem encobrimento, um homem coerente com suas mais profundas convicções, numa constante tensão pela procura da verdade, na busca da manifestação da vontade divina. Homem que vive e professa a verdade numa vida simples, coerente, sincera e honesta. Tudo difícil, mas possível!
Temos que, também nós, ser sinceros. Hoje há muito quem viva dominado pela mentira, abraçado à falsidade, vencido pelo poder do demônio a quem o Evangelho chama: “príncipe deste mundo”. Jesus veio destronar o diabo, vencer a força do mal, libertar mentes obscurecidas, vontades rebeldes, corações empedrados. Jesus veio eliminar as trevas da mentira. “Eu sou a Verdade!”, disse Jesus (Jo,14,6). A graça e a Verdade vieram por Ele (Jo.1,17) Mas Ele respeita nossa liberdade, não força nossas convicções. Bate à porta, pede para entrar, não força fechaduras nem rebenta ferrolhos. Propõe. Não impõe. Por isso, cuidado: mentiras, duplicidade de vida, falsidade de comportamentos, enganos, hipocrisia... podem existir muito entre nós. A verdade fica ferida em consciências que se fecham em meias verdades, em ideologias falsas, em interesses pútridos, em visões macabras, cheias de fúteis entrelinhas.
Há quem viva dominado pela mentira. O diabo é o pai da mentira. A primeira e principal mentira da História veio dele:”vós sereis como deuses”(Gen.3,5). Adão e Eva acreditaram no adversário. E aconteceu o fato mais frustrante e enganador da História. Instalou-se a mentira, iniciou-se a batalha entre o bem e o mal que ainda hoje continua. O diabo dominou o ser humano, subjugou-o, fez ele mortal, fraco, curvado sobre seu egoísmo, tendencioso e inclinado ao mal. O salmo 51 contempla exasperado a lógica do perverso: ”tu amas mais o mal que o bem, mais a mentira que a verdade. Só gostas das palavras que destroem, ó língua enganadora! ”(Sl.51, 5 e ss). Seremos nós, cristãos de hoje, pessoas que amam e vivem na verdade? Cristo não contornou a verdade, não fugiu perante ameaças, não se deixou dominar por interesses mesquinhos. Assumiu a Verdade e morreu para a defender.
Não podemos viver preocupados e dominados por muitos conhecimentos, fama elogiosa, facilidades na vida, riqueza ... mas devemos possuir “sabedoria”, deixarmo-nos atrair por uma vida honesta, simples, sincera; não sermos complicados, fechados, egoístas, dobrados sobre nossos interesses como mãe que protege filho... E não esqueçamos: a verdade é como o azeite, sempre vem ao de cima.
1- É evidente a falta de formação do nosso povo para aceitar e respeitar a diversidade de opiniões e interesses. A alternância, no exercício do poder democrático, é um direito normal em sociedade. Mas, entre nós, ainda não é bem aceite. Isso leva quem ganha a ficar eufórico demais e até ofensivo , mal educado e provocador. E quem perde machuca-se, isola-se e cria rancor. Prefeitura ainda é cabide demasiado grande e procurado para empregos!
2- O grande número de abstenções, anulações de voto ou votos em branco não pode ser esquecido. Será bom que se estude a causa destes números e se tire uma conclusão de como é necessário ter dignidade moral e capacidade de trabalho para alguém ser candidato. Não basta querer e ter dinheiro. É preciso ter um comportamento moral de vida aceitável e um testemunho de capacidade e trabalho notório. Dinheiro ainda suplanta outros valores, talvez, mais urgentes.
3- A comunhão nas famílias, grupos, comunidades, vizinhanças... saiu ferida. Vive-se um ambiente de demasiada rivalidade e xingação que exigirá de cada um muito esforço para refazer a comunhão.
4- A questão da legalidade dos resultados finais da Campanha Eleitoral e da Eleição são da inteira responsabilidade da Justiça. Mas, depois de tanta notícia de irregularidades, abuso do poder econômico e amedrontamentos, se tudo fica como está agora, parece que algo de muito anormal se passa no povo ou no exercício da Justiça.
5- Notou-se haver já certa situação democrática com a liberdade de expressão pública, a possibilidade do confronto ideológico e a obrigatória aceitação pacífica da oposição.
6- Péssima foi a situação criada à população. O excesso de insegurança e de barulho pelos carros de propaganda, paredões de som (piores que os trios proibidos!), foguetes, carreatas... fizeram de Chapadinha uma cidade inabitável. Apesar da população não ter advogados, devia ter havido mais sensibilidade social da parte das autoridades reguladoras. Deixou-se ir tudo longe demais. Precisamos de um Ministério Público mais atuante e efetivo.
7- Religião não deve querer ser uma república paralela. Certo. Mas política não pode querer ser uma religião substitutiva. Certo também. Usou-se e abusou-se demasiado da religião, nesta campanha, quer nos nomes dos candidatos, quer nos adesivos ou na tentativa de aproveitamento a partir de mentiras caluniosas ou invenções desonestas.
8- Houve compra descarada de votos. A demasiada capitalização da campanha trará, como resultado futuro, só poder-se candidatar quem é rico ou é corrupto no uso do dinheiro público. E isto dificulta a democracia e tem resultados graves no exercício do poder. Onde se irá buscar tanto dinheiro gasto na campanha e, às vezes, emprestado de agiotas?
9- Embora em pequena proporção, mas já se notou que o povo valorizou candidatos que fizeram uma campanha pobre, honesta e fundamentada no testemunho de compromisso social que têm.
10- A Campanha Eleitoral ainda é, demasiadamente, espetáculo, folia, alienação e pouca reflexão. O povo, sobretudo gente nova, aproveita e os candidatos agradecem. O entusiasmo concentra-se em dois meses de Campanha eleitoral para depois murchar, se armazenar e deixar os eleitos fazerem o que querem. Partidos e coligações não se deviam desorganizar, comitês não deviam fechar. Devia haver mais participação com fiscalização e propostas alternativas..
11- Foi bem notória a participação da juventude, como grupo social, nesta campanha. A simples ameaça de um retrocesso na possibilidade da formação intelectual mexeu com a juventude. Não é em vão que Universidades e Centros de Ensino Superior administram cursos
A N O D A F É
De 11 DE
Outubro De 2012 a 24 de Novembro de 2013
- APRECIE A FÉ como dom
precioso de Deus. Deus sem você é Deus.
Você sem Deus não é nada
- TENHA E ZELE SUA FÉ. Ter fé
é muito importante.
- ACEITE A FÉ como resposta
de sua adesão a Deus que se manifesta a si.
- AVIVE SUA FÉ adormecida.
Não abandone a fé no desinteresse e desleixo.
- CELEBRE SUA FÉ em
comunidade. A celebração fortalece esse
dom.
- PROFESSE SUA FÉ com alegria
nos atos litúrgicos.
- REZE SUA FÉ, agradecendo a
Deus essa dádiva.
- TESTEMUNHE SUA FÉ, dando a
razão da sua esperança.
- COMPROMETA SUA FÉ,
transformando, pelo Evangelho, os ambientes.
- VALORIZE SUA FÉ
esforçando-se por ganhar outros irmãos para Cristo.
- VIVA SUA FÉ. Não fique só
espiando os outros e olhando para o mundo.
- ALIMENTE SUA FÉ, orando e
recebendo a graça nos sacramentos.
- TER FÉ não é saber umas
coisas sobre Deus,
Nem ter sido batizado e
feito a 1ª comunhão.
Nem participar
ocasionalmente em atos religiosos.
Nem
obedecer a uma moral recebida por tradição.
Nem
recorrer aos santos quando a necessidade aperta.
Nem
obedecer às exigências duma vaga crença no sagrado.
- TER FÉ é ter encontro
pessoal com Deus,
Aceitar Sua
proposta.
Realizar Seu
projeto sobre nós
Confiar em
Seu imenso amor.
Viver
em comunhão com Ele e em caridade sincera com os irmãos.
PEQUENA É NOSSA VIDA PARA VIVER
INTENSAMENTE NOSSA FÉ
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