sábado, 6 de outubro de 2012

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - EFEMÉRIDES IMPORTANTES NA NOSSA IGREJA

LOGOTIPO DO ANO DA FÉ - 2012-2013

A Igreja Católica vai viver neste mês de Outubro quatro efemérides muito importantes. Primeiro vai abrir, no Vaticano, neste domingo, um Sínodo que é uma reunião do Papa com bispos representantes de todas as Conferências Episcopais espalhadas pelo mundo (do Brasil vão quatro bispos) e que vai tratar dos Desafios da Nova Evangelização. Depois estamos também comemorando 50 anos do Concílio Vaticano II, reunião de todos os bispos do mundo e que foi considerado uma Primavera para a Igreja. Também se passaram 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica, um belo fruto deste Concílio.

E, no próximo dia 11 deste mês, vai abrir o Ano da , que terminará na festa de Cristo Rei de 2013. Este vai ser um ano de muita graça de Deus para despertar a fé adormecida de muitos, animar quem anda distante e projetar força no espírito missionário das comunidades e pessoas. Na nossa Paróquia vamos abrir esse ano no festejo de Nª Sª Aparecida, no próximo dia 11, à noite. Na verdade não basta ter uma fé qualquer, acreditar nalgumas verdades, conhecer algumas crenças cristãs ou praticar alguns atos religiosos isolados.

Precisamos de uma: 1)- Fé pessoal que seja fruto não só de uma tradição recebida, mas de um verdadeiro encontro pessoal com a Pessoa de Jesus. 2)- Fé trinitária. A História da Salvação parte de Deus Pai, faz-se História em Cristo e se atualiza perpetuamente pelo Espírito Santo. 3)- Fé apostólica que se fundamenta no que nos foi transmitido pelos Apóstolos. 4)- Fé vivenciada que atinge todas as dimensões da pessoa: intimidade, família, convivência social, trabalho, afetividade, política... 5)- Fé viva e vivida porque presente e ativa na relação fraterna e com Deus. 6)- Fé esclarecida e esclarecedora que se atualiza nas exigências e beleza da cultura permanente. 7)- Fé celebrada que não é só intimista, mas comunitária onde recebe ajuda e contagia outros. 8)- Fé rezada que sabe que é dom de Deus e, por isso, está em comunhão permanente com o Senhor. 9)- Fé comprometida que não se resume a um mero assentimento intelectual, mas influencia todas as dimensões da vida. 10)- Fé católica que não tem um conteúdo inventado, mas é o mesmo em todo a parte. 11)- Fé professada na liturgia que é fonte de vida cristã. Sem a profissão de fé não temos “porta da fé” nem “caminho de fé”. 12)- Fé processual que não depende de um ato ou de uma decisão simples, mas vai desenvolvendo-se ao longo da vida.13)- Fé amadurecida que não deixa nunca passar sem efeito a novidade de Deus sem perceber a riqueza da Sua presença. 14)- Fé informada, porque Deus não muda, muda o que pensamos de Deus, dependendo da pressão de nossas urgências...

Vamos ao longo do Ano da Fé poder falar de tudo isto e de muitas outras dimensões da fé. Como é belo este tema e é o mais importante de nossa vida!


A FORÇA DA RUA E A RUA SEM FORÇA

Vocês viram a rua cheia? Cheia de gente a gritar, com entusiasmo, com bandeiras, músicas... eram gestos do povo a demonstrar seu apoio ao seu candidato preferido? – Viram mesmo?! Olhem como a rua tem força! Rua cheia de gente tem força, transmite mensagem, faz-se apelo, é notícia, causa impacto... Foi o que vimos na campanha eleitoral: o povo veio à rua e, manifestando-se, disse qual era seu candidato. Toda a população vinha ver, olhava com atenção, ficava admirada e depois ia falando sobre o que viu. E transmitia a notícia a outros que, por qualquer motivo, não tinham visto! É a força da rua em ação. Gente organizada, com direção e objetivos marcados, tem força A rua cheia dá força. Tem força.

Mas o que será depois do dia 01 de Janeiro quando não se souber para onde foi o dinheiro do Fundo de Participação, quando continuar a faltar tudo nos hospitais, quando se sentir a falta de água, de limpeza, da rodoviária, da lixeira, dum cemitério municipal, quando os empregados públicos não receberem no fim do mês, etc.,etc...?

Não quero dizer que não houve exageros. Houve e muitos. O direito ao sossego foi esquecido (até motos sem silencioso!), a violência incentivada com a exagerada competitividade, vícios com repercussão familiar e social, livremente praticados, nenhuma segurança nos transportes, falta do uso de capacete nas motos... Houve até quem exercitasse a habilidade de palhaço  imitando cenas da televisão. Numa palavra: reinou a folia, a arbitrariedade foi longe demais, faltou força de segurança para tanta movimentação, o trânsito foi sobejamente impedido... Tudo isto e mais exageros praticados têm que ser estudados e evitados de futuro. Não podemos continuar com demonstrações tão selvagens e incômodas à população. O povo tem que ser educado e não excitado e alienado. Nem só candidato tem direito.

Gente, amigos, cidadãos de Chapadinha, por favor, não deixem a rua sem força. Não arquivem o entusiasmo! Não caiam no desinteresse! Guardem um bocadinho de ânimo para protestar quando os políticos que, nós agora estamos escolhendo, se servirem do cargo e não servirem o povo. Vocês imaginam quanto eles agora gastaram em foguetes, gasolina, transportes, empregados, comida, compra de votos, cestas básicas, materiais de construção, ofertas... e vão querer retirar isto dos cofres públicos.

Não esqueçam! Lembrem-se desta maneira de mostrar que todos somos cidadãos e temos força de mudar a trajetória de libertinagens que nos prejudicam a todos. A rua tem força! E nós temos que mostrar a força que temos, na rua, quando for preciso!

 

NÃO ARQUIVAR O INTERESSE
NEM ARMAZENAR O ENTUSIASMO. RELIGIÃO NÃO É POLÍTICA.
POLÍTICA NÃO DEVE QUERER SER RELIGIÃO

Para trás ficou um tempo de campanha eleitoral. Para trás ficaram práticas não muito legais de mexer com o povo. E o povo abusou também cedendo facilidades para se deixar alienar! Estamos todos cansados, saturados! Foi demasiada a agitação social, o incômodo da população, o abuso de arbitrariedades para facilitar a influência dos candidatos. Vamos entrar agora no descanso democrático que não devia existir. Quatro anos! Vai reinar o silêncio, a distância suficiente para os eleitos fazerem o que quiserem: ver o que gastaram, arranjar notas frias, pagar aos agiotas, reembolsar os gastos da campanha e fazer cálculos para o que vão precisar na próxima campanha.

Vamos olhar agora o futuro. Quem ignorou direitos públicos tão conhecidos, não respeitou a lei em tantas dimensões, será que vai ter a honradez de respeitar os direitos do povo? Bastará mudar pessoas nos cargos públicos para mudar a situação? Ou será preciso que o povo tome vergonha e mude também tantas práticas desonestas a que se habituou? – Coisas para pensar!
Política não é espetáculo. É serviço dedicado ao bem comum.

       Política não é só campanha eleitoral. É contínua participação. É perpétua cidadania.
Política não é carreata barulhenta. É esforço e estudo silencioso para mais desenvolvimento.
Política não é agitar multidões. É trabalho sério para fazer o povo mais feliz e alegre.
Política não é espalhar promessas para conquistar votos. É conquistar a confiança do povo.
Política não é amedrontar pessoas a estilo de pessoa dominadora, excluindo os não adeptos..
Política não é religião, comitê não é capela, comício não é liturgia, partido não é seita religiosa... Candidato não é santo descido do céu, político não é pastor do deus dinheiro, do deus influência ou do deus poder.

Que a igreja não se deve meter em política, toda a gente sabe e fala. Mas é preciso dizer ao povo e aos políticos que não queiram endeusar eventos, sacralizar pessoas, divinizar personagens públicos... isso é idolatria. Política não pode pretender ser religião, substituir religiões, criar atrevido absolutismo, promover atitude parecida com fanatismo religioso. Político não deve ser fundador de seita religiosa. E há gente que tanto assume essa mania que promove já o sectarismo apaixonado, a perseguição à liberdade religiosa, um fanatismo exclusivista e destruidor do que não seja sua paixão.

Temos que estar muito atentos a pretensões macabras que andam por aí girando, mesmo inconscientes. Um documento de trabalho para o Sínodo sobre os “Desafios da Nova Evangelização” que vai realizar-se no Vaticano de 07 a 28 deste mês de Outubro, diz claramente que as sociedades atuais reduzem progressivamente ética e política a instrumentos de espetáculo, levando à chamada cultura do efêmero, do imediato, da aparência, a uma sociedade privada de memória e futuro.

E  s  p  a  ç  o   I n  f  o  r  m  a  t  i  v  o


1)- Convidamos todas as comunidades para se fazerem presentes, na última noite do festejo da Aparecida, dia 11, para iniciarmos com beleza o Ano da Fé. Em cada comunidade deve haver algum sinal (faixa ou quadro) que lembre a todos a importância do ano da Fé.

2)- Os festejos em Boavista e no Bairro da Cruz, decorreram com muita participação e entusiasmo. Acharíamos normal que, devido ao tempo de campanha eleitoral, a participação fosse reduzida. Mas isso não aconteceu. Nossas comunidades vão compreendendo a prioridade da fé. Mais difícil para a juventude, atraída pela folia. Mas a multidão dos conscientes aumenta!

3)- A construção do Centro Catequético da comunidade de Nª Sª de Fátima continua em ritmo acelerado. Pensamos poder inaugurá-lo ainda durante o mês de Outubro.

4)- O Pároco já assinou a Escritura de doação de um terreno  pela Empresa que fez as 1000 casas no Areal. Tem 30 metros x 60 metros. Situa-se do lado direito, no fim da primeira rua do Conjunto, de quem vai do Areal para lá. Estamos já preparando muito material para a construção da futura igreja que, nesse bairro, vai ser construída e dedicada a Nossa Senhora das Graças.

5)- Queremos, depois de passada a confusão da campanha eleitoral, começar um Curso de Formação para Ministros da Comunhão, sobretudo para os bairros que receberam há pouco a presença permanente da Eucaristia. No próximo domingo já vamos marcar as datas.

6)- Desejamos que a quadra esportiva no Centro Paroquial comece a ser mais movimentada pela juventude e não só. Terminado o Centro de Nª Sª de Fátima vamos colocar a parte de tela que falta. Já está comprada. E estamos planejando, em fase adiantada, os encontros de formação e vivência cristã para jovens em nossa Paróquia.

7)- Entramos, depois do Festejo da Padroeira, na fase de namoro e encantamento, para a realização da Santa Missão Popular na nossa Paróquia. Antes de começarmos a reunir será preciso refazer certos ambientes da comunhão paroquial que sai ferida desta campanha eleitoral. Desejamos que todos compreendam que enorme paixão e certa dose de  interesses individuais e, sobretudo, de lucro financeiro, enevoaram o relacionamento de alguns membros das pastorais e comunidades. Pedimos, insistentemente, que todos saibam controlar esses sentimentos, achem normal a diversidade e vivam no respeito mútuo sem xingações ou ataques mútuos e em comunhão alegre. Temos que nos educar para a diferença e para saber moderar as manifestações das campanhas eleitorais que, neste ano, foram exageradas, competitivas demais, fora de todo o controle, além de tudo que seria razoável. E notem que esse ambiente vai ter mau resultado a nível de violência familiar e social. A experiência de vestir livremente, beber, gritar, agredir verbalmente, tirar o silencioso da moto, andar sem capacete, brincar na rua e incomodar os outros... vai querer continuar. Achamos que, pelo resultado das administrações municipais, nada justifica tantos gastos e tanta movimentação na campanha eleitoral. Sinal de que a população ainda faz depender, demasiadamente, o desenvolvimento e a segurança das atividades governamentais e não assume a responsabilidade que lhe é própria. Entre nós, Prefeitura é, por demais, cabide de empregos. Na Itália, sai Governo e entra Governo, acontece crise e vem dificuldade... a nação continua serena, porque as empresas e o povo estão conscientes e organizados para a sua responsabilidade.

8)- Têm chegado, em enorme quantidade, denúncias de ditos e promessas de atrevidas e conhecidas pessoas do campo político. Não temos dado demasiada importância a isso, mas, pelo que aconteceu em campanhas anteriores, tudo é possível! Avisamos esses senhores que a comunidade católica está atenta e não deixará passar em vão atrevimentos injuriosos ou prejuízos materiais. Perante provocações, nenhum membro da Equipe Sacerdotal se responsabiliza pelo que possa vir a acontecer. Tudo tem seus limites. Parece que atrevidos e valentões senhores não os querem assumir. As autoridades estão avisadas do que se diz que alguns falam. Religião não é política, mas política não pode querer substituir nem perseguir a religião. Um bom ambiente que se vinha criando não pode desaparecer ou enfraquecer. Saibamos conviver na harmonia fraterna. A política vale para o tempo. A fé é necessária para a eternidade.  





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