O direito de errar é tão importante
como o direito de existir, caso contrário nem Deus não nos teria criado.
Veja bem, o jogador bota o nome num
time, começa aprendendo, quer ser um craque, mas erra muito e nunca desiste. O
treinador dá-lhe o direito de errar. O aluno vai na escola, vai para aprender mas tem o direito de errar. O filho tem o direito
de errar, porque está aprendendo a ser filho ou filha.
Os pais têm o direito de
errar porque estão aprendendo a ser pais. Por isso os pais têm que dar aos
filhos o direito de errar. E os filhos também que dar aos pais o direito de
errar. E Deus é o primeiro que nos dá o direito de errar senão nem nos tinha
criado.
Na Igreja e nas famílias parece que ninguém pode errar.
Até para as crianças já temos um dedo apontando que errou, e poucas vezes um
elogio que acertou. E na Igreja? Vejamos bem que houve sempre uma luta entre o
magistério dos bispos e dos teólogos.
No séc.I não havia separação nenhuma
entre um e outro. Havia a função de ensinar semelhante à dos rabinos das
sinagogas. Depois as Escolas do séc.II ao séc. III foram abertas por iniciativa
de mestres de iniciativa particular, sem missão recebida das autoridades
pastorais, como Justino, Orígenes, Jerônimo e Efrém. O Catequista era chamado de doutor
(didáskalos) semelhante ao ensino dos rabinos do A.Testamento.
Foi Santo Irineu que começou a formular
o critério de sucessão apostólica para garantir a autenticidade
da tradição. Depois do séc.II já começou uma distinção entre o ensino dos
doutores e dos ministros ordenados que se julgavam os da
tradição. E começou a tomar relevo a figura do bispo.
A “cátedra”
é que caracterizava a figura do bispo. Daí a “cátedra” “cadeira”
do bispo é que começou se tornando o critério de autenticidade. Embora alguns
bispos mal soubessem ler mas se baseavam na sucessão dos apóstolos e faziam
“regra de fé”, e botavam algum diácono para fazer as pregações. E assim
continuou pela Idade Média, quando não poucos bispos eram escolhidos
pelo rei e nobres da corte e entre os seus membros.
Mais à frente chegou-se a um conceito
restritivo de magistério do bispo e exigir dos teólogos que exercessem
sua atividade só para explicação das declarações do Magistério, limitando e
amarrando o trabalho da Teologia e dos
teólogos.
O magistério do Papa e dos bispos,
invocando sua autoridade pastoral invadiu assim o campo e a competência da Teologia.
Foi quando também o Papa declarou só como válida e eterna a teologia de Tomás
de Aquino, como a única aceitável, e excluindo todas as outras Escolas e
Mestres mais atualizados e capacitados.
O papel assumido pela especulação
teológica sofreu grandes revezes em épocas diferentes devido a essa invasão e
repressão do Magistério impedindo o trabalho acadêmico que na herança de Platão
é o lugar do diálogo entre as ciências e isso foi suprimido. Além de
outros atropelos como a Inquisição, o Index e o Syllabus.
O Concílio Vaticano II colocou bases
para uma solução desse problema, pondo em evidência a necessidade de abertura ao trabalho teológico (GS. 44 e
62). Na verdade, como dissemos atrás, há um direito fundamental da pessoa
humana e das instituições, é o direito de errar. Se Deus dá o direito de
errar, porque é que a Igreja não dá esse direito? E por que tantas vezes não o
admitiu? Porque se não existisse o direito de errar não poderia haver o direito
de existir.
“Ninguém explica Deus”, como canta o músico Marcos Almeida. Os cientistas
explicam Deus do jeito deles; o morador de rua explica do jeito dele; a Igreja explica
do jeito dela; as outras igrejas explicam do jeito delas; a Antigo
Testamento explicava do jeito dele. E há erros? Não, porque todos querem
acertar e ninguém, acerta, só tenta, “procurando
Deus às apalpadelas”. (At.17,24). E
ainda : “Agora vemos como num espelho, em enigma, mas então veremos face a
face”(1.Cor,13,12).
Já dizia um jargão antigo da Patrística: “Nas coisas necessárias haja unidade, nas duvidosas e incertas a liberdade, mas em todas a caridade. E eu sempre digo: O amor vale mais do que a fé.
NOTICIÁRIO:
1)- Festejo de Santa Ana: Hoje
já é o 5º dia do festejo da Santa Ana, no Bairro Aldeia e Vila Liberdade, BR
220. O Festejo encerra no dia 26 com celebração da santa missas às 08.00h e
procissão à tarde com valioso show de prêmios.
2)- Convite do Ministério de
Acólitos: É com muita alegria que o Ministério
do Grupo de Acólitos convida você para participar da solenidade dos 25 anos
de existência do grupo em Chapadinha. PROGRAMAÇÃO: Missa: Local,
igreja Matriz de NªSª das Dores, data: 28/07/2019. Horário:
10.00h COMEMORAÇÃO DAS BODAS DE
PRATA: Local, Rincão BOA NOVA, data: 02/08/2019. Hrário:
19.00h.
4)-
A igreja matriz está levando uma geral com troca da telha antiga por brasilite reforçada
de 5mm, e a torre com pastilhas de cerâmica; também a cruz nova no cimo
da torre porque a outra estava já comida
pela ferrugem; e pintura geral. Muitas madeiras e caibros tiveram que ser
substituídos.
A igreja matriz é um patrimônio de toda a Paróquia. Por isso
todas as Comunidades têm que intensificar o dízimo, porque tem
comunidades que colaboram pouco. Graças a Deus que algumas colaboram bem mas
outras muito pouco.
E todo o paroquiano deve tomar a peito esta empleitada
de ser dizimista consciente com o compromisso de não falhar em sua vida e
na família. Faço um apelo aos membros da Pastoral Familiar que
sejam os primeiros a não falhar no seu dízimo e botem a mão na sua
consciência.
PÁGINA DA IRONIA:
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