quarta-feira, 13 de abril de 2011

                      AGRADECIMENTO DE P. NEVES
                         E RELATO DO ACIDENTE QUE SOFREERAM ELE E IVANILSON.
De repente vi chegada a minha última estação, o derradeiro degrau da escadaria da vida. Tudo indicava que a teia do fio dos meus dias ia ser cortada. Eu e  Ivanilson seguíamos no “Ranger” na direção de S.Luis. Eram as cinco e meia da manhã de terça feira. Meu interesse era pedir uma leitura mais atenta aos exames e ressonância magnética de P. Américo e comprar a passagem de avião porque ele devia seguir para Portugal o mais depressa possível.  A 200 metros da antiga residência do sr. Domingos Norato, no lugar da Ponte a dois quilómetros do lugar de Baturité, em plena reta, ao cruzar com outro veículo, uma bezerra saiu espantada do capim alto e querendo chegar à estrada, do nosso lado,  ficou bem na nossa frente. Foi uma questão de milésimas de segundo. Não deu para frear nem para nos desviar do animal. O susto foi grande. O embate violento. O animal andou uns dez metros pelo ar e foi cair do outro lado da estrada. Conosco, dentro do carro, ficou a proteção de Deus. Os “air-bags” dispararam, protegeram-nos da projeção para a frente. O carro parou no meio da estrada... A dianteira ficou desfeita e semeada na estrada, aos pedaços. Eu e Ivanilson olhamos um para o outro e estávamos vivos, embora envoltos numa espécie de nevoeiro do gás dos “air-bags”. Procurámos sair, mas as mãos não encontravam as portas. Como o perigo do carro encendiar era grande, fizemos tudo para sair logo. Saimos. Olhamos a tragédia e agradecemos a Deus estar vivos. Ao lado, na direção donde tinha saído o animal que ficou todo quebrado e ferido, estava uma manada presa. Pela raça e cor, tudo indicava que a bezerra tinha saído de lá. Mas não tinha sinal de ferro. Não havia como provar de quem era. Logo começaram a passar carros que se prontificaram a ajudar. Um trouxe Ivanilson para Chapadinha para avisar a Polícia e pedir a P. Casimiro que fosse com outro carro para ajudar. Outro veículo levou a notícia à Polícia Rodoviária de Vargem Grande. Dentro de meia hora todos apareceram. O caso foi registrado pelas duas polícias. Nestes casos, o animal é sempre de ninguém. Todos que têm gado na vizinhança se escusaram. Todos acharam razões para se desculpar do que, pelo menos num caso do dono da manada ali perto, nos pareceu evidente. Mas as evidências de uns não provam. O carro foi rebocado. Entrou numa oficina e está sendo reparado. E nós, eu e Ivanilson, estamos agradecidos a Deus por poder contar o que se passou. Os santos de nossa devoção que tinham sido invocados no início da viagem foram bons intercessores. Obrigado, meu Deus! E obrigado a todos os amigos que rezaram e se interessaram por nós. Estamos muito agradecidos a Deus e a todos! E queremos deixar o recado aos fazendeiros que criam gado,sem o mínimo de segurança, que vejam a responsabilidade que têm. E às autoridades desejamos pedir que olhem com mais cuidado estas situações. Ali já aconteceram vários acidentes. Dá indignação saber que uns queiram enriquecer, criando gado sem condições, colocando em risco a vida de quem passa na estrada. Será que todas as cabeças que não têm sinais de ferro não têm dono?

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