Refiro-me ao ex-Vice-Presidente José Alencar. O Brasil parou para reverenciar o homem que emprestou sua sabedoria, honestidade e experiência corajosa à política brasileira. Não foi uma homenagem protocolar forçada. Foi um gesto espontâneo, sincero e amigo de toda a população ao homem que de pé, no uso do poder, ou, sentado numa cadeira de rodas, entrando e saindo muitas vezes do hospital, esteve sempre de rosto alegre, comunicativo, de bom humor e sem jamais entregar o jogo. Todos os testemunhos que ouvi de sua pessoa e ação não mostravam só a opinião, mas uma profunda admiração.
Homem de coragem que soube conciliar a vida pública com a honra, a verdade, o amor à família e a sincera amizade a todos. A fé foi a sua grande arma que tanta força lhe proporcionou no sofrimento. Foi a fé que o fez leal companheiro de Lula sem deixar de discordar, sinceramente, nalguns pontos do seu próprio Governo. Nos momentos difíceis não traiu o amigo para o poder substituir. Ficou fiel em todos os momentos. Temia mais a perda da sua honra que a própria morte. E, se alguma coisa o entristecia ao sair melhor dos hospitais, era saber que nem todos os brasileiros se podiam tratar, numa doença, como ele podia...
Exemplo de vida! Como Vice-Presidente na política, como homem de trabalho e empresário, como pai de família e como homem público. Que se espelhem nele todos os nossos políticos. Que analisem sua tenacidade de trabalho, seu vigor de fé, sua honestidade na política, sua proximidade respeitosa de todos, sua fidelidade à família...
Que o Guerreiro descanse em paz! Que todos nós sejamos esforçados continuadores da dignidade deste homem! Faz muito bem sabermos que a corrupção não vence todos os seres investidos em autoridades.
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