sábado, 16 de junho de 2012

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - ONDE HÁ RAPOSAS NÃO SE CRIAM GALINHAS





Manhosas, ligeiras, habilidosas... as raposas aparecem atravessando estradas pela calada da noite. Nunca as observei durante o dia, porque têm, como costume, esconder-se para melhor buscar suas presas. Isto no reino animal. Mas há situações humanas bem parecidas! Assaltos a prédios, roubos domiciliários, ataques a pessoas... e, (porque não dizê-lo?!) pessoas, sem escrúpulos, tomando conta do que não é seu, assaltando o património público. Mas tudo bem planeado, bem justificado com notas frias, faturas falsas, recibos comprados... tudo pela calada de uma esperteza diabólica. 

Há muita maneira de pretender justificar a desonestidade, de esconder a falsidade. Mas, de vez em quando, lá vem uma fiscalização e aparecem algumas irregularidades que é de espantar! Mas nem seria preciso tanta coisa. Está aí, com evidência, todo um resultado que revolta. Como é possível que pessoas públicas, sem terem um rendoso emprego, sem gerirem uma empresa, sem um negócio... consigam arrecadar um património incalculável? E, mesmo que tenham algum negócio, como é possivel juntar tanto património em tão pouco tempo? 

Nota-se, com toda a facilidade, que quem entra na classe política depressa, espantosamente, sobe de posição social, compra carros novos e importados, adquire propriedades com gado, melhora sua residência, negocia emissoras de rádio e televisão, abre jornais, cria empresas de construção e asfaltamento... e, (é interessante!) seus filhos acham a política tão lucrativa que preferem o mesmo caminho. Olhem quantos políticos, no Maranhão e por esse Brasil afora, têm seus filhos como seus continuadores! É sinal que se arranjam bem com a política! É político o bizavô, o avô, o filho, o neto, o bisneto e o tetaraneto.
 Andamos ainda bem atrasados no processo democrático. Sou testemunha do avanço que o Brasil fez, nestes últimos trinta anos, para afastar os atrevidos senhores de manobras de corrupção que se faziam: currais eleitorais, propaganda na boca de urna, publicidade com cartazes, showmicios,  camisetas, bonés, transporte de eleitores, compra de votos aos fazendeiros, expulsão do terreno para quem não obedece... Muito se avançou, mas muito falta ainda percorrer. Donde virão tantos milhões de reais gastos nas campanhas eleitorais? 
 Como conseguem os prefeitos andar anos inteiros sem nada fazer e quando chegam perto da campanha eleitoral disparam com obras que até metem medo? Como conseguem não ter blog de transparência (que é obrigatório!) e não informar o público dos gastos feitos? Como mantêm secretários municipais inativos no cargo, apesar de serem reprovados por todos?   
Como é possível um Município, como o nosso, não ter uma rodoviária decente, um ginásio esportivo, um cemitério municipal, um hospital digno, andar a esfaltar estradas urbanas sem saneamento básico, não resolver o problema da água que vai faltar na cidade, não cuidar dos caminhos do interior, não desenvolver a agricultura familiar, do que vive a maior parte da população, não cuidar de lugares de lazer para nossa juventude não andar apodrecendo por essas praças ...? Tudo que se faz  para enganar o povo até pode ser legal. Mas é imoral. E não quererão outros irem para lá para pagar contas que, inesperadamente, lhes aparecem? Uma coisa é certa: onde há habilidosos para desviar dinheiro não há desenvolvimento. Onde há raposas não se pode criar galinhas.
 


SOMOS SEMEADORES! O QUE ANDAMOS SEMEANDO?


O semeador sai a semear...Todos os dias, todo o santo dia... Sou eu, é você, são aqueles, somos nós... Somos semeadores. De quê? Precisamos de escolher a semente que queremos levar na bolsa. Não podemos investir em qualquer semente, porque o terreno é árido. E temos que saber semear! Semeemos os valores do Reino! Não nossos miseráveis caprichos! Escolhamos a terra fertil da fraternidade. Não o deserto do egoísmo. Lancemos as boas sementes com generosidade, com alegria, sem críticar o tempo em que vivemos, sem perguntar pelo resultado do penoso trabalho, sem nos queixar do esforço e do suor que banha nosso rosto. 

Semear é nosso dever. Sentimos que semear é nossa obrigação: sem desânimo, sem culpar outros, sem pedir paga ou recompensa; sem temer a malícia dos opositores porque nenhuma tiririca vencerá a força da nossa semente. Semeada, ela produzirá sem nós por sua própria força. Alguém antes de nós se semeou a Si mesmo, se entregou totalmente por nós, terra não muito fértil. Ensinou-nos a praticar gestos assim, cheios de amor e alegria: um esforço fraterno, um sorriso amigo, uma saudação alegre, um conselho oportuno, um controle pessoal, uma generosa ajuda... 

Não nos podemos descuidar. Rejeitemos o comodismo. Procuremos um mundo melhor. Não nos deixemos intimidar pela agressividade do ambiente, nem pela aparente inutilidade dos gestos, nem pela  mordaz crítica dos adversários ou pela pouca produção da sementeira... Plantemos com entusiasmo, com coragem, sem desistir, sem perguntar pelo resultado final... Não queiramos trabalhar por recompensa, nem para ser aplaudidos. Não esperemos palavras de elogio, nem sinais de agradecimento. Basta-nos a alegria de semear o bem, de fazer germinar a boa disposição, de acordar os distraídos,  de apontar o céu aos que enterraram seus olhos na lama da terra, de multiplicar a felicidade de viver juntos nesta casa humana.

 Não podemos guardar, no armazém da inutilidade, os dons que Deus nos concede. Foram-nos emprestados. Temos que os fazer render. Seremos julgados por isso. Sempre que semeamos nossa felicidade ela se multiplica. Trabalhamos por um Reino em que doar é receber, perder a vida pelo bem é encontrá-la, saber perdoar é achar a paz, morrer é ressuscitar... 

Vamos continuar a semear. Na nossa bolsa de semeador, vai o Evangelho; na mão, a força do Espírito que nos atira sempre mais além; no coração, a coragem de transformar nosso trabalho em doação. Vamos continuar a semear! Semear os valores da vida, da fraternidade, da família, do amor... na gratuidade da partilha, na felicidade de fazer germinar a comunhão. 

A colheita não depende de nós. Certamente a semente não se perderá e nosso esforço receberá uma recompensa cem por cento já no tempo e muito mais na eternidade. Ao ser semeadores assim, Deus está semeando Sua Vida em nós. E aqui não falha; a colheita é certa, certíssima... e será generosa! Boa sementeira, meu amigo leitor!

 


DOCUMENTOS DO VATICANO II



Como vimos, no último número deste Boletim, Vaticano II foi uma reunião muito importante, de bispos de todo o mundo e teólogos, que se realizou no Vaticano, há 50 anos e que serviu para atualizar a Igreja e orientar sua pastoral. Dessa reunião sairam alguns documentos que ainda hoje merecem ser conhecidos e estudados: 4 constituições dogmáticas, 9 decretos e 4 declarações conciliares.

 As 4 Constituições que são o eixo temático do Concílio tratam sobre a Igreja (Lumen Gentium), a Sagrada Liturgia (Dei Verbum), a Pastoral ( gaudim et spes) e os Princípios Gerais da Reforma (Sacrossantum Concilium).

 Os nove Decretos que têm grande valor teológico, mas não tão grande como as Constituições são:

1)- Restauração da unidade dos cristãos, vista como graça e vocação dos cristãos (Unitatis Redintegratio).

2)-Ritos litúrgicos e instituições das Igrejas Orientais vistas como testemunhas da tradição apostólica (Orientalium Ecclesiarum)

3)- Teologia, ação, agentes e organização da missão da Igreja mediante o qual a Igreja se estabelece e difunde sobre a terra (Ad Gentes).

4)- Atribuições e responsabilidades dos bispos na Igreja como sucessores dos Apóstolos (Christus Dominus)

5)- Ministério e vida dos Presbiteros, participantes do ministério de Cristo e da Missão da Igreja ( Presbyterorum Ordinis)

6)- Atualização da vida religiosa, para que a prática dos conselhos evangélicos contribua para o maior bem da Igreja (Perfectae Caritatis).

7)- Formação dos Presbíteros considerada de máxima importância para a renovação da Igreja (Optatam Totius).

8)- Meios de Comunicação Social, maravilhosas invenções da técnica que são capazes de movimentar indivíduos e a sociedade (Inter Mirifica)

9)- Apostolado dos cristãos leigos, necessário e imprescendível na missão das Igreja (Apostolicam Actuositatem).
            As três declarações conciliares emitem a opinião da Igreja sobre a Educação cristã (Gravissimum Educationis), sobre a liberdade religiosa (Dignitatis Humanae) e sobre as relações da Igreja com as religiões não cristãs (Nostra Aetate)..
NOTICICAS DA PARÓQUIA 


1-     De admirar como nos últimos meses se melhoraram os bairros da Boavista, do Sol Nascente, Japão, Corrente, Nª Sª de Fátima e se colocou asfalto em tantos quilómetros! Pensavamos que isso ainda não se tinha feito por as autoridades estarem sempre ausentes do Município.! Mas agora sabemos que chegaram para fazer a campanha eleitoral. Que bom!

2-     P. Neves, como já foi anunciado, vai passar alguns dias a Portugal por motivos familiares e de saúde. Um sobrinho lhe enviou o bilhete. Estará conosco em princípios de julho.

3-     Correu bem o festejo em honra de S. Antônio no bairro da Independência. A capela esteve sempre super lotada de devotos e com membros da comunidade. E a capela de Campo Velho recebeu alguns melhoramentos já tendo em vista o festejo do seu Padroeiro.

4-     O parque das festas juninas da Paróquia vai ser feito, possivelmente, durante o mês de Julho. Estava planeado para este fim de semana. Mas, por motivo da Prefeitura começar o seu parque mais cedo e ser mais longo, tivemos que adiar o nosso.

5-     A construção do Centro no Recanto dos Pássaros continua. Estamos prestes a colocar o madeirame do telhado em cima das paredes. Agora interessante é o poço que fizemos no terreno estar a dar água a muitos moradores que não têm onde ir buscar água.

6-     Estamos contatando com as comunidades do interior e aqui da cidade para que não admitam políticos nas capelas nem antes nem depois das celebrações. Dizemos isto porque tem gente que já anda dizendo que tem bom acesso às comuniaddes para pedir votos. Se alguém ajudou alguma comunidade com esse fim e com consentimento da coordenação, pode ir buscar o que deu, porque esse negócio é ilegal e imoral. Quem quiser ajudar o povo do interior seria bom ver como estão alguns caminhos do interior e como está faltando até comida para algumas famílias.

7-     O Apostolado da Oração festejou o Sagrado Coração de Jesus com um tríduo de preparação e missa solene no dia.
As capelas de S. Margarida no Novo Castelo e de S. Teresinha na Boavista já têm o sacrário para terem o Santíssimo Sacramento permanente. Mas serão as comunidades da Corrente e de Campo Velho a levar o Santíssimo para estas comunidades: Campo Velho para a Boavista e Corrente para Novo Castelo. combinem entre si e organizem o movimento. 


 "ERA MESSIÂNICA" EM CHAPADINHA?

 Era messiânica em Chapadinha? Até parece! No Antigo Testamento profetas anunciaram uma era messiânica. Acabaria o sofrimento e chegaria a felicidade para todos. Será que só agora isso chegou a Chapadinha? Antes tarde que nunca! Vejamos: a calamidade da seca cessou; a tristeza já era; tudo virou festa. E, para não cansar, prolonga-se por um mês e com foguetes às onze horas da noite, no tempo de descanso, para todos saberem. Veio a chuva da cachaça e da cerveja. As goelas começam a ficar bem molhadas. 

As barracas multiplicaram-se para agradar a todos e prometer também festa nas casas particulares, quando chegarem os viciados. E para crianças e adolescentes aprenderem e não acabar a tradição da bebedeira. A preocupação deu lugar à folia. Com magnânima influência, pelas bandas da capital, o que era sujo virou limpo, o acusado foi perdoado, o culpado foi considerado inocente, quem estava descansando, levantou-se e  começou a trabalhar. Os blogueiros calaram. Os teclados dos computadores emperraram. Todo o mundo se espanta. A alegria chegou. As dores de cabeça pararam. O radical PT apareceu domesticado a fazer aliança com seus opositores e, para não desagradar a nenhum, até se dividiu. As autoridades parecem estar mais presentes, não sei se por causa do arraial junino!  Estende-se asfalto com fartura, os buracos nas estradas são tapados, os Bairros esquecidos são lembrados, levanta-se postos de saúde, melhora-se escolas... As inaugurações, de tantas, até cansam! E há re-inaugurações! O dinheiro escondido apareceu. 

Começou a chuva das promessas que promete boa colheita na safra dos votos. O dinheiro oferecido começou a correr. Anuncia-se a Primavera do desenvolvimento, no verde-seco do Baixo Parnaíba, com a plantação do eucalipto que afastará as populações. A que apelidam de pequena beleza entra na corrida política. As paisagens danubianas prometem continuar em festa. Acabará tudo que é feio, mas, finalmente, reinará  a justiça nas heranças. Enfim, tudo está mudado. Chegou mesmo a era messiânica em Chapadinha?!


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