domingo, 24 de fevereiro de 2013

PARÓQUIA DE CHAPADINHA - "CATAVENTAR" É VERGONHOSO PARA GENTE QUE É GENTE!





 TRANSFIGURAÇÃO,  O CONTRÁRIO DA TENTAÇÃO.

Se a tentação nos mostrou Jesus como Homem, a Transfiguração mostra-nos Ele como Deus. Jesus é verdadeiramente Homem e Deus. Cada domingo da Quaresma tem, na sua liturgia, um tema que pertence ao itinerário catequético dos que se preparam, proximamente, para uma vida nova no Batismo. No domingo passado víamos o tema da fragilidade humana, das tentações e da necessidade da fé para vencer o diabo. Trazemos em nós uma inclinação para a facilidade de vida, para possuir e dominar. Cristo mostrou-se perfeitamente humano, sujeito à tentação, mas vitorioso. E, com Ele e como Ele, temos nós que fazer também

Hoje aparece-nos o tema da Transfiguração. Jesus e o grupo de seus Apóstolos caminhavam para Jerusalém. Há o primeiro anúncio da Paixão, Morte e Ressurreição. Os apóstolos entram em crise já que esperavam participar no triunfalismo messiânico. Agora começam a saber que os caminhos de Deus são outros. Difíceis de compreender! Jesus sobe a um monte com três deles para lhes dar uma experiência profunda e forte da Sua divindade, criando neles uma maré cheia de coragem e perseverança. A Transfiguração mostra o que Jesus é de verdade e possibilita um novo horizonte, alto e certo, sem o imediatismo inglório do nosso viver. A história de Abraão começa por um chamado. E, há 2.000 anos, o percurso da aproximação divina ao ser humano chega à plenitude, em Cristo. Abraão aceita o chamado. Cristo obedece ao Pai e realiza Seu projeto de amor.

Nós, como Abraão e com Cristo temos que aceitar responder bem aos planos de Deus. Não podemos ficar na “mesmice”, pactuando com o mundo. Onde Deus não está, o diabo é rei. As dificuldades de nossa fraqueza humana não nos devem esconder a direção do roteiro batismal. A sede de prazer e da facilidade de vida não nos devem alucinar com a miragem de falsos oásis, no deserto da vida. A confiança na Palavra de Deus deve  alimentar nossa fé. E transfigurar nossa vida na esperança. Mas temos que subir à montanha da oração para sentir a proximidade e o poder divinos. Precisamos entrar na nuvem da contemplação, sem sair da realidade do nosso dia a dia. Sermos cristãos de verdade! Confiantes e firmes em Cristo! Como se víssemos o Invisível. Pedro enganou-se ao querer fazer uma tenda para ficar ali no gozo. Não era essa a vontade de Deus. A verdadeira tenda da presença divina era Jesus e era, em comunhão com Ele, que devia permanecer. Era preciso descer. Voltar a viver de maneira comum, mas com novo horizonte, com novo aspeto: “Este é o meu Filho, meu Eleito!” Por isso, S. Paulo nos adverte a não seguirmos o consolo do ventre, nem o ídolo da carne, nem a tentação do diabo. Temos que permanecer firmes em Cristo!

 A força (FRAQUEZA!) RACIONAL DO HOMEM E A fraqueza (FORÇA!) AFETIVA DA MULHER

Faríamos bem nós, homens, ser menos machistas, menos orgulhosos e independentes. Precisaríamos sentir mais nossa fragilidade e pouca firmeza. E ler o Evangelho no feminino. Ver, na realidade, o que aconteceu naqueles últimos dias da vida de Jesus na terra. Pedro só tem fanfarronice e nega Jesus. Os Apóstolos mais chegados a Ele adormecem no Jardim das Oliveiras, enquanto Jesus ora e sofre até suar sangue. Judas trai por dinheiro e entrega Jesus com um beijo. Os restantes Apóstolos, na hora da prisão e paixão, desaparecem. Fogem assustados e temendo o pior. Deixam Jesus sozinho! Depois da Ressurreição a maior parte desanima, sai de Jerusalém, desiste. A desorientação é completa! Os sacerdotes do templo, os fariseus, Pilatos, Herodes, Anás e Caifás... mordidos de raiva e inveja, uns nojentos covardes.

O comportamento das mulheres é mais sincero e firme, sereno e discreto. Tanto a Mãe Maria como as restantes mulheres que acompanharam Jesus não são notadas na hora dos grandes milagres nem na entrada triunfal em Jerusalém. Mas, na hora da Paixão e Morte... não fugiram. Estiveram lá no caminho para o Calvário, junto à Cruz, no sepultamento, na madrugada da Ressurreição. Tornam-se anunciadoras da Ressurreição. Seus coração mostram firmeza. São mais fiéis que os homens. Guardam o segredo da esperança. Quando os acontecimentos se inclinam para a derrota... não desistem. Perseveram e acompanham. Fazem tudo que podem fazer. Persistem no amor. E essa razão é mais forte que a “força” (fraqueza!) racional dos homens.

Ainda hoje, quantos homens vivem à margem dos maiores acontecimentos da sua fé. Não têm prática religiosa. Se auto-bastam a si mesmos. Por ganharem uns vinténs, pensam que dispensam até Deus! Não mostram interesse pelo sagrado! Não alimentam a fé! Brincam com a religião.  São turistas na igreja só em dias de festa ou quando vão batizar filhos. E não ligam para os acontecimentos que, no nosso dia a dia, atualizam a paixão de Cristo! Fogem a seu compromisso de fidelidade quando surge um problema, na hora de uma doença grave da esposa ou no momento de um filho desvairado. Saem de casa, abandonam o lar e trocam-no pelo baralho, pelo boteco, pela pescaria ou festa dançante. Vão com os amigos e deixam os familiares. Se imigram, onde chegam, formam outra família e abandonam a primeira. Ou ficam com duas. E a mãe, essas mulheres simples? - Persistem. Lamentam-se, mas aguentam tudo. Inventam mil maneiras de sobreviver e fazer sobreviver os seus. Vendem uns bolinhos na rua, pedem uma ajuda aos amigos e vizinhos, fazem uma ou outra diária, batem roupa... para ninguém morrer à fome em casa. E quantas vezes se vêem obrigadas a ir à cadeia levar uma comida quente ao marido ou ao filho que foi apanhado com droga. Choram. Sofrem. Mas não desistem. Não trocam sua situação por brincadeiras alienantes. Acompanham, encorajam e (quantas!) salvam os filhos ou o marido... ou aceitam morrer aos poucos com eles. Parabéns, mulheres corajosas! Pena é que outras, reduzidas a penicos na prostituição ou brinquedos na leviandade de vida, sejam o contrário desta honrosa plêiade de seres humanos femininos.

NOTICIÁRIO DA PARÓQUIA

1- Por motivo de certo atraso na colocação do piso morto e na instalação da luz elétrica na construção da igreja de S. José temos que adiar o dia de levar para lá a imagem do Padroeiro. Tínhamos combinado ser no dia 03 de Março, domingo, pelas quatro horas. Vamos mudar para o dia 10 de Março, domingo também, pelas quatro horas da tarde. Queremos convidar todos que tenham carro ou motoca para acompanhar desde a Matriz até à nova igreja. Sobretudo os homens que se chamam “JOSÉ”.

2- A construção da igreja de S. José está telhada. Segunda feira vamos começar a construir uma cruz de cimento com quatro metros de altura na frontaria da igreja. E vamos também começar a colocar o piso morto.

3- A equipe sacerdotal e algumas irmãs das duas comunidades vão participar do retiro dos sacerdotes da Diocese em S. Luis. Será no Convento dos padres beneditinos.

4- P. António e Irmã Márcia chegaram bem a Portugal. Já recebemos fotos deles pela internet do dia que o Superior Geral celebrou Eucaristia em casa das Missionárias da Boa Nova na cidade do Porto.

5- A próxima sexta feira é a primeira sexta feira do mês de Março. Por ser véspera da 1ª sexta feira, quinta feira próxima haverá confissões na Matriz. Para isso, virá um sacerdote que está a freqüentar o retiro.

6- As intenções de missas marcadas para esta semana serão  celebradas  pelos sacerdotes em S. Luis. Na Matriz e nas capelas serão feitas celebrações da Palavra. Mas serão lidas as intenções.

7- Pedimos a todas as comunidades da cidade e do interior que não adiem por mais tempo a marcação dos participantes no retiro paroquial para as santas missões. Cada setor ou região deverá ter uma grande participação, conforme o Secretariado das Santas missões já marcou.

8- Estamos tomando conhecimento, pela internet, do que já tínhamos a certeza que era verdade: houve desvios graves de verbas municipais, obras não acabadas, setores da vida pública que estiveram completamente paralisados. O povo merece respeito e os senhores vereadores que não fizeram acompanhamento do que se passou devem responder também pela negligência culposa.

9- Nas comunidades da Sagrada Família e de Nª Sª de Fátima vão começar a trabalhar duas equipes de Ministros da Comunhão.

10- Pedimos atenção de todas as comunidades para que a via sacra, pelo livrinho da Campanha da Fraternidade, se faça todas as semanas. Não é obrigatório que se faça na sexta feira. Pode ser feita no dia que tem celebração na comunidade. Também não descuidar os encontros com o tema da Campanha.

11- Pedimos a todas as comunidades que não deixem goteiras nos telhados das capelas. Temos receio que, se a chuva penetrar nas paredes, apodreça os pés das tesouras.



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